O jornal Gazeta Pelotense, gestado em Pelotas nos anos 1975 e 1976 (ano em que teve a circulação de seus 91 volumes), foi um veículo de imprensa inovador que contou com a colaboração de jornalistas e intelectuais da cidade, capitaneados pelo escritor, advogado e professor, Aldyr Schlee.
A iniciativa era financiada pela empresa de transportes Fonseca Junior (de Manuel Marques da Fonseca Junior) e, segundo um de seus colunistas, o prof. Renato Varoto, possuia um parque gráfico único no estado e somente igualável ao dos maiores jornais de São Paulo.
Em formato tablóide, circulava com uma diagramação em 24 páginas e, em alguns volumes, contava também com cadernos especiais, combinando o compromisso político do final dos anos de chumbo no país, com uma rica expressão artística, marca de seus colaboradores e do projeto.
Em fevereiro de 2025, os jornalistas Luiz Carlos Vaz (que atuou no Gazeta) e Amilcar Alexandre Oliveira da Rosa, doaram ao NDH um conjunto de exemplares do periódico que foram digitalizados em disponibilizados na página do Núcleo. Na ocasião, Amilcar também disponibilizou uma cópia de sua dissertação de mestrado em história “Gazeta Pelotense: ensaio para uma imprensa de transição (anos 1970)“.
A essa coleção foi incorporada, em outubro de 2025, um outro grupo de exemplares, doados por Renato Varoto, o que fez com que restem apenas 11 números faltantes na coleção.
Em fins de setembro, Vaz, Amílcar e a cineasta Ana Paula Leal lançaram o documentário “Olha a Gazeta! 50 anos do Projeto”, momento em que a equipe do NDH esteve presente e realizou contatos com outros profissionais do Gazeta, no sentido de completar a coleção e, assim, contribuir para a preservação da história da imprensa pelotense, bem como para a publicização do conhecimento histórico e dos acervos sob a guarda do Núcleo.
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