O Projeto “À beira da extinção: memórias de trabalhadores cujos ofícios estão em vias de desaparecer” observa que, em nossa sociedade, com as rápidas transformações industriais e a revolução da informática, cada vez mais profissões e, principalmente ofícios manuais, vão se tornando obsoletos neste inicio do século XIX, sendo extintos ou estando em vias de desaparecer. Por outro lado, os trabalhadores que os exerceram têm um rico manancial de vivências, experiências e trajetórias ligadas a estes ofícios, que vão se perder paulatinamente com o desaparecimento destes. A maioria desses trabalhadores já se encontra retirada do mercado de trabalho, pelos motivos do esgotamento de suas forças de trabalho, com o declínio natural da idade e também pelo avassalador efeito das novas tecnologias, que tornaram alguns dos ofícios mais tradicionais até então, completamente ultrapassados, como é o caso das parteiras, e lavadeiras, ocupações existentes desde o Brasil colônia, mas que hoje encontram pouca razão de ser. A questão mais relevante será justamente analisar aquelas profissões à beira da extinção, como estivadores, tecelãs, sapateiros, alfaiates, afiadores de faca, fotógrafos de rua, bem como benzedeiras, parteiras, curandeiras, ofícios que insistem em se manter em um mundo que parece não querer mais lhes dar qualquer tipo de espaço, já que, muitas vezes, aquilo que oferecem se tornou descartável.
Concomitante a diversas entrevistas que vem sendo disponibilizadas pelo Laboratório de História Oral da UFPel, o fotógrafo Vinícius Kusma registrou momentos de trabalhadoras e trabalhadoras em seus afazeres tradicionais. Algumas imagens disponibilizamos abaixo.
Milton da Silva – Alfaiate
Neida Matos – Tecelã
Orli Bons – Relojoeiro
Isolda de Oliveira – Lavadeira
Volcei da Rosa – Sapateiro
Cecília dos Santos – Parteira
Dalmiro dos Santos – Sapateiro
Neuza da Rosa – Tecelã
Zoido de Jesus – Guasqueiro
Elza Lopes – Tecelã
Fotos: Vinícius Kusma
Você precisa fazer login para comentar.