Escola de Inclusão da UFPel: A Escola de Inclusão da UFPel tem como proposta de trabalho a inserção da comunidade externa da UFPel em projetos vinculados à inclusão. Trata-se do atendimento de uma comunidade que antes era desassistida principalmente pela idade que possuem, ou seja, a maioria mais de 25 anos de idade. São jovens e adultos portadores de síndromes diversas como Down, paralisia cerebral, autismo, entre outras. São oferecidas oficinas as mais diversas como informática, dança, cinema, teatro e práticas alimentares saudáveis. [Coordenadora: Lorena Almeida Gill]
Histórias Pouco Contadas: Com o objetivo de evidenciar a trajetórias de mulheres e homens negros que tiveram suas memórias apagadas, o projeto busca alcançar o maior número de pessoas possíveis, por meio das redes sociais, para que possam conhecer as lutas de pessoas, que tiveram suas histórias muito pouco contadas. Grande parte das fontes utilizadas estão no livro “A Família Silva Santos e outros escritos”, cujos textos são de autoria da fundadora do NDH, a professora Beatriz Loner, além de outros parceiros que contribuíram nos escritos da obra. Para este projeto, contamos com a parceria do PET Diversidade e Tolerância e o PET Artes, UFPel.
Tendo se iniciado no final de 2020 e ainda em andamento, o projeto surgiu numa circunstância onde as redes sociais têm se mostrado a melhor forma de nos dialogando com a comunidade externa ao núcleo e a universidade, em um momento de distanciamento sanitário, ocasionado pela pandemia do novo Coronavírus.
Até o momento, foram disponibilizadas cinco histórias:
Antônio Baobad, nascido em Pelotas, conquistou sua liberdade com cerca de 20 anos, utilizou, por certo tempo, o sobrenome dos que o escravizavam (Xavier e Oliveira), posteriormente, mudou o sobrenome para Baobad, inspirado na grandiosidade e força das raízes africanas. Trabalhou como chapeleiro e fulista, foi um dos fundadores do jornal A Alvorada, líder sindical que participou das lutas operárias e étnico-racial. Participou, também, de diversas associações, como a Entidade Feliz Esperança e a Sociedade de Socorros Mútuos União e Fraternidade dos Operários Chapeleiros.
Rodolpho Xavier, pelotense, após a aprovação da Lei do Ventre Livre, tinha o status de ingênuo. Exerceu diversas profissões como: chapeleiro, pedreiro, vassoureiro, colchoeiro e maleiro. Participou de sindicatos, como o Sindicato dos Pedreiros, tornando-se um líder sindical. Foi um dos idealizadores e fundadores do jornal A Alvorada.
Luciana de Araújo, nascida em Porto Alegre, mudou-se para Pelotas aos trinta anos de idade. Acometida por tuberculose, fez promessa para seu santo de devoção, caso fosse curada, fundaria um abrigo para meninas pobres. Em Pelotas, fundou o Asilo de Órfãs São Benedito, sete anos depois, em 1908, mudou-se para Bagé, onde fundou o orfanato São Benedito. Em 1922, passou a administrar uma creche para crianças pobres, onde permaneceu no cargo até sua morte.
Euzébio de Queiroz Coutinho Barcellos, em sua certidão de batismo constava apenas “filho da preta Ângela, escrava de Cipriano Roiz Barcellos”. Aos 31 anos recebeu sua alforria, compondo seu nome usando parte do sobrenome do político Eusébio de Queirós e o sobrenome do seu proprietário. Ainda escravizado, foi mesário de irmandade, tesoureiro de sociedade lotérica e membro da primeira comissão do Centro Ethióphico. Quando livre, atuou como juiz protetor e auxiliou na fundação do Asilo São Benedito. Foi professor, dono de escola de dança e recebeu licença para atuar como médico. Aos 76 anos, participou, em posição de destaque, da fundação e desenvolvimento da Associação Centro Cívico Alcides Bahia.
Manoel Conceição da Silva Santos, nascido em Rio Grande, já possuía registros de residir em Pelotas no ano de 1860 (quando já estava próximo dos vinte e nove anos de idade), foi escravizado por vinte anos, mas conquistou sua liberdade e fez fortuna na profissão de construtor, foi referência na cidade por sua liderança em movimentos políticos e sociais, inclusive usando seus recursos financeiros para auxiliar nas causas que atuava. Participou da Campanha Abolicionista, do Partido Liberal, do Clube Abolicionista, foi fundador e proprietário do jornal A Voz do Escravo, auxiliou na fundação do jornal A Vanguarda e da primeira associação mutualista de artesãos negros na cidade.
Para acompanhar o andamento do projeto e as novas histórias que em breve serão mostradas, basta clicar e nos seguir no facebook e instagram.
Atuam no projeto as professoras Lorena Almeida Gill (ICH), Nádia Senna (Centro de Artes), além das alunas Ariane Bueno, Gabrielle Gotuzzo, Caroline Araújo, Laís Cerroni de Morais, Januza Pereira e Gabriela Kalcenikas e do aluno Leonardo Tavares.
Acervos documentais do Núcleo de Documentação Histórica da Universidade Federal de Pelotas: O projeto de extensão tem por principal objetivo organizar (higienização, catalogação e armazenamento) os acervos salvaguardados no Núcleo de Documentação Histórica da Universidade Federal de Pelotas. O NDH/UFPel foi fundado em março de 1990 com as funções de um Centro de Documentação e Pesquisa em História e, desde então, salvaguarda importantes acervos. Um deles contempla a história institucional da UFPel, com um acervo composto por materiais diversos como fotografias, recortes de jornais, documentos oficiais e relacionados aos cursos e unidades da universidade. Outros acervos são o do DCE/UFPel e do Partido dos Trabalhadores da sede de Pelotas. Outros acervos se constituíram com origens variadas: história da imprensa, sindicatos, movimentos sociais, movimentos estudantis e obras raras. O presente projeto de extensão pretende organizar esses acervos, objetivando higienizar, catalogar e armazenar de formas corretas, disponibilizando os materiais aos pesquisadores e à comunidade em geral.
Integrantes: Aristeu Elisandro Machado Lopes (Coordenador) Jéssica Bitencourt Lopes (PPGH/UFPel), Charles Ânderson dos Santos Kurz (PPGH/UFPel), Euler Fabres Zanetti (PPGH/UFPel), Larissa Ceroni de Morais (Graduação-História/UFPel), Bethânia Luisa Lessa Werner (Graduação-História/UFPel), Nathalia Lima Estevam (Graduação-História/UFPel), Maicon Paiva Zanetti (Graduação-História/UFPel).
Pelotas: passado e presente – Divulgando suas histórias para a comunidade: É um projeto de extensão do gênero de pesquisa e divulgação, realizado por Professores/as e alunos/as dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em História da Universidade Federal de Pelotas, que tem como principal objetivo divulgar para a comunidade local e um público mais amplo das redes sociais as pesquisas mais recentes sobre a história da cidade, sempre inserindo-a em contextos regionais e globais. A primeira ação, realizada ao longo do segundo semestre de 2021 se chama “Da África para as charqueadas de Pelotas: os primórdios da história da cidade” e tem como meios
de divulgação iniciais postagens na página do Instagram, do YouTube, além de Podcasts.
Coordenador: Prof. Jonas Vargas
Bolsista: Higor William Marcolino
Equipe: Prof. Natália Garcia Pintos e acadêmicos Ana Valéria Ferraz Dos Santos, André Alves da Silva, André Vargas, Bethânia Luisa Lessa Werner, Camila Gonçalves Dutra, Douglas Reisdorfer, Laís Neves Bittencourt, Luísa Fanfa Barroso, Maria Augusta Silveira, Marina Ribeiro Cardoso, Matheus Gregorio Tupina Silva, Michelle da Cruz Vergas, Rodrigo de Jesus, Stefany Solari Maciel, Vitória Henzel Ferreira.