Pelotas (RS) e Rio Grande (RS) apresentam saldos negativos no balanço do emprego formal em dezembro e no acumulado do ano de 2019

A conjuntura do emprego no mês de dezembro de 2019

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), publicados pela Secretaria do Trabalho (Ministério da Economia), o saldo do emprego formal regido pela CLT mostrou-se negativo no mês de dezembro de 2019 em Pelotas e Rio Grande, assim como no Estado do Rio Grande do Sul e no Brasil. Dada a sazonalidade das variações do emprego ao longo do ano, trata-se de um desempenho normal para o mês de dezembro, durante o qual observa-se um volume maior de desligamentos do que de admissões.

Conforme o Quadro 1, abaixo, observa-se que, em Pelotas, o saldo do emprego formal foi de -54 vínculos, decorrente de 2.274 admissões e 2.328 desligamentos. A taxa de variação do emprego em relação ao mês anterior foi de -0,09%. Nesse município, dado o caráter fortemente sazonal de seu mercado de trabalho, o ápice das contratações ocorre, normalmente, no mês de novembro, sucedendo-se, nos meses seguintes, níveis significativos de desligamento.

Em Rio Grande, o saldo negativo foi um pouco mais elevado, tanto em termos absolutos como relativos, registrando-se uma perda de 88 vínculos, o que corresponde a uma taxa de variação do emprego de -0,23% em relação ao mês de novembro. Esse saldo negativo decorre da diferença entre 1.170 vínculos admitidos e 1.258 vínculos desligados.

Quadro 1 – Total de admissões, desligamentos e saldo do emprego formal celetista, Pelotas, Rio Grande, Rio Grande do Sul e Brasil, Dezembro de 2019.

_{Fonte: CAGED, Secretaria do Trabalho (Ministério da Economia).}

No Rio Grande do Sul e no Brasil, observa-se a mesma tendência de desempenho negativo do emprego formal no mês de dezembro. No Estado, ainda conforme o Quadro 1, registra-se uma perda de 18.688 vínculos formais celetistas. Já no Brasil, essa perda é de 307.311 vínculos. Tais volumes de perdas correspondem a taxas de variação do emprego, em relação ao mês anterior, de -0,73% para o Rio Grande do Sul e de -0,78% para o Brasil. É interessante notar que, no mês de dezembro, a perda de empregos formais no país e no Estado foram mais altas, em termos relativos, que aquelas observadas em Pelotas e Rio Grande.

A conjuntura do emprego no acumulado do ano de 2019

Ainda segundo o CAGED, o saldo do emprego formal celetista no acumulado do ano de 2019 foi negativo tanto em Pelotas como em Rio Grande, diferentemente do que ocorreu no Estado do Rio Grande do Sul e no Brasil, que apresentaram saldos positivos. Em Pelotas, o saldo do emprego no acumulado do ano foi de -450 vínculos, conforme o Quadro 2, abaixo, o que corresponde a uma taxa de variação de -0,73%. Já em Rio Grande, o saldo no mesmo período foi de -621 vínculos, correspondendo a uma taxa de -1,61%. Portanto, o desempenho do mercado de trabalho formal, no ano de 2019, mostrou-se negativo para ambos municípios, mas ainda mais em Rio Grande.

Esse cenário, no acumulado do ano, foi diferente para o conjunto do país e do Estado gaúcho, conforme o Quadro 2. No Brasil, foram gerados +644.079 vínculos nesse período, o que corresponde a uma taxa de variação de +1,68%. Já no Rio Grande do Sul, foram gerados +20.426 vínculos formais de emprego, correspondendo a uma taxa de variação de +0,81%.

Quadro 2 – Total de admissões, desligamentos e saldo do emprego formal celetista, Pelotas, Rio Grande, Rio Grande do Sul e Brasil, Acumulado do Ano de 2019.

_{Fonte: CAGED, Secretaria do Trabalho (Ministério da Economia).}