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Em reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Trabalho (COMDEST) são apresentadas as características do mercado de trabalho de Pelotas

O Prof. Francisco E. B. Vargas, coordenador do Observatório Social do Trabalho (IFISP/UFPel) e membro do Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Trabalho (COMDEST), apresentou, na última reunião do Conselho, dados referentes às transformações e características do mercado de trabalho de Pelotas. A reunião ocorreu no último dia 17 de abril, às 9 horas, no Parque Tecnológico de Pelotas, em sessão conjunta realizada com o Conselho Municipal das Micro e Pequenas Empresas (COMICRO).

Acesse, no link abaixo, a apresentação em power point sobre o mercado de trabalho de Pelotas:

O Mercado de Trabalho de Pelotas_ Relatório Anual 2018

Além de apresentar alguns indicadores gerais de mercado de trabalho a partir dos dados do Censo de 2010 (IBGE) e dos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), referentes à evolução histórica do emprego formal no município de Pelotas, o Prof. Francisco também fez um balanço da movimentação do emprego do setor privado em 2018 (regido pela CLT), segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Os dados apresentados de movimentação do emprego em 2018 estão baseados no Relatório Anual 2018, produzido pelo Observatório em parceria com o Observatório Nacional do Mercado de Trabalho (Secretaria do Trabalho – Ministério da Economia). O Relatório está em fase de finalização.

Assim, o Prof. Francisco mostrou que após um longo período de crescimento do emprego, desde o início dos anos 2.000, cujo ápice ocorreu em 2014, quando o estoque de empregos formais atingiu 79.601 vínculos ativos (em 31/12), o mercado local foi fortemente afetado pela crise econômica nacional, o que acarretou uma diminuição desse estoque desde então. Em 2017, último ano da série histórica da RAIS, o estoque tinha caído para 73.802 vínculos, uma perda total de 5.799 vínculos desde 2014.

Os dados do CAGED, referentes apenas à movimentação do emprego celetista (estando excluídos os empregos públicos estatutários, contabilizados pela RAIS), mostram um cenário mais favorável no mercado de trabalho local em 2018. Conforme mostrou o Prof. Francisco, no ano passado, ocorreram, em Pelotas, 24.318 admissões e 23.705 desligamento, resultando em um saldo positivo de 613 vínculos de emprego. O saldo é tímido, está longe de compensar as perdas dos últimos anos, expressando uma recuperação do emprego em patamares bastante baixos. Esses dados de movimentação revelam também um mercado de trabalho muito rotativo, com elevado volume de admissões e desligamentos, bem como uma forte variação sazonal do emprego ao longo do ano.

Em termos setoriais, o desempenho positivo do emprego formal celetista, em 2018, foi puxado principalmente pela indústria e pela construção civil, cujos saldos foram de 560 e 244 vínculos. O setor de serviços também apresentou saldo positivo, de 105 vínculos. Os demais setores, comércio e agropecuária, apresentaram saldos negativos, perdendo 210 e 86 vínculos, respectivamente.

Em suas considerações finais, o Prof. Francisco destacou a importância das atividades do Observatório no acompanhamento dos indicadores de trabalho e emprego. Esse monitoramento visa não apenas estimular o debate público sobre o tema, mas também subsidiar a formulação de políticas públicas de desenvolvimento. Em nossa sociedade, o trabalho, destacou o Professor, é mais do que uma atividade que proporciona renda aos trabalhadores e capacidade produtiva para as empresas e empreendimentos. Trata-se,  também, de uma fonte importante de direitos, proteções, reconhecimento e uma posição na vida social.

 

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