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A movimentação do emprego formal em Rio Grande: publicação do Relatório de 2017

Como parte das ações previstas pelo Acordo de Cooperação Técnica entre o Ministério do Trabalho (MTb) e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o Observatório Social do Trabalho está publicando o Relatório 2017 sobre o Mercado de Trabalho de Rio Grande. Esse Relatório apresenta os principais indicadores de movimentação do emprego formal celetista no município de Rio Grande no ano de 2017, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho (MTb). A movimentação é o fluxo de admissões e desligamentos ocorridos mensalmente no mercado de trabalho formal celetista, regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

No link abaixo, o Relatório pode ser acessado em sua íntegra:

O Mercado de Trabalho de Rio Grande – Relatório Anual 2017

 

Alguns resultados apresentados pelo Relatório

O Relatório mostra que no ano de 2017, em Rio Grande, ocorreram 31.103 movimentações de vínculos de emprego formal celetista, sendo 14.490 admissões e 16.613 desligamentos, o que resultou em um saldo negativo de 2.123 vínculos.

Desse total anual, 15.776 movimentações ocorreram no 1º semestre, sendo 7.499 admissões e 8.277 desligamentos. No 2º semestre, ocorreram 15.327 movimentações, sendo 6.991 admissões e 8.336 desligamentos. Os dois semestres registraram saldos negativos, -778 vínculos no primeiro e -1.345 vínculos no segundo.

Segundo o Relatório, a variação negativa no saldo do emprego formal durante o ano de 2017 fez com que o estoque total caísse de 43.396 vínculos, em dezembro de 2016, para 41.273, em dezembro de 2017, uma redução de -4,89%.

Em relação à movimentação do emprego nos grandes setores da economia, verifica-se que todos setores registraram saldo negativo ao final do ano, com a queda mais acentuada na indústria, que sofreu uma perda de 913 vínculos formais de emprego, seguido por serviços (-640 vínculos), construção civil (-412 vínculos), comércio (-147 vínculos) e agropecuária (-11 vínculos).

Segundo o Relatório, os homens (19.241 vínculos) constituem a maioria dos vínculos movimentados, correspondendo a 61,9% do total, enquanto as mulheres, com 11.862 movimentações, representam 38,1% do total das movimentações. Tanto homens (-1.169 vínculos) como mulheres (-954 vínculos) apresentaram saldos negativos em 2017.

Analisando-se o perfil das movimentações segundo a faixa etária, verifica-se que a maior parte da movimentação (14.091 vínculos) ocorreu na faixa etária de 30 a 49 anos, correspondendo a 45,3% do total, seguida pela categoria de 18 a 29 anos de idade (13.263 vínculos), com participação de 42,6% do total das movimentações. Os adultos de 50 a 64 anos de idade (2.775 vínculos) têm uma participação bem menos expressiva, correspondendo a 8,9% do total, assim como os menores até 17 anos de idade (786) e das pessoas de 65 anos ou mais de idade (188), com participação pouco significativa, respectivamente de 2,5% e 0,6%.

Analisando-se as movimentações segundo o grau de instrução, verifica-se que a maior parte dos vínculos movimentados (18.098 vínculos) é formada por pessoas com ensino médio completo ou superior incompleto, que corresponde a 58,0% do total. Os empregados com ensino fundamental completo ou médio incompleto (6.614 vínculos) representam 21,3% do total da movimentação. Os empregados com ensino fundamental incompleto (3.719 vínculos) têm uma participação de 12,0% do total da movimentação. Já os empregados que possuem ensino superior completo (2.672 vínculos) apresentam o menor volume de movimentação, com 8,4% do total.

O rendimento médio dos vínculos movimentados

Conforme o Relatório, o rendimento médio nominal total dos vínculos movimentados, em reais, ao longo de 2017, em Rio Grande, é de R$ 1.620,45. O rendimento médio dos admitidos era de R$ 1.419,54 e correspondia a 79,1% do rendimento dos desligados, que era de R$ 1.795,52.

Em 2017, o rendimento médio das mulheres, de R$ 1.348,59, representava 75,4% do rendimento masculino, de R$ 1.789,08. Em ambos os sexos, o rendimento médio dos admitidos é inferior ao dos desligados.

Analisando-se os rendimentos médios dos vínculos movimentados por faixa etária, o Relatório mostra que as remunerações crescem na medida em que a idade avança. O rendimento médio da faixa até 17 anos, de R$ 682,72, representa apenas 42,1% do rendimento médio total (R$ 1.620,45). Já na faixa de 18 a 29 anos, o rendimento médio total de R$ 1.368,01 corresponde a 84,4% do rendimento médio total. Em todas as demais faixas etárias os rendimentos superam o rendimento médio total, chegando a representar 130,8% na faixa etária de 65 anos ou mais (R$ 2.119,82)

Analisando-se os rendimentos médios segundo o grau de instrução, o Relatório indica que os maiores rendimentos são aqueles dos empregados com ensino superior completo, de R$ 2.973,45, correspondendo a 183,5% do rendimento médio total (R$ 1.620,45). Trata-se de um patamar de rendimento que se encontra muito acima das demais categorias, todas situadas abaixo do rendimento médio total. Além dos empregados com nível superior completo, apenas os que possuem o nível médio completo e superior incompleto (R$ 1.548,11) apresentam rendimento médio que se aproxima da média total. Os empregados com fundamental completo e ensino médio incompleto são os que apresentam o menor rendimento médio, de R$ 1.620,45, o que corresponde a 95,5% do rendimento médio total.

 

 

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