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A conjuntura do emprego em novembro de 2016, em Pelotas e Rio Grande

O balanço do emprego formal em Pelotas:

 

 Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho (MTb), em novembro de 2016 ocorreram em Pelotas 3.290 admissões e 1.818 desligamentos, o que resultou num saldo positivo de 1.472 empregos formais celetistas. Observa-se, pois, uma taxa de variação de 2,31% em relação ao estoque do mês anterior. Esse desempenho positivo do mercado formal de emprego, em um contexto de crise e perda generalizada de postos de trabalho, reflete a conjuntura local marcada por fatores sazonais ligados tanto ao período de safra da indústria de conservas como ao incremento do comércio no período de final de ano. Neste sentido, a indústria de transformação e o comércio são os setores que apresentam os saldos positivos mais elevados. Novembro é, tradicionalmente, o mês de pico nas contratações no mercado local de trabalho, com saldos elevados de emprego formal. Isto se confirma nestes últimos dados que revelam, ainda, em comparação com novembro de 2015, quando o saldo foi de 845 postos de trabalho, um desempenho melhor de um ano para outro. Vale registrar, também, que nos meses de outubro e novembro houve uma interrupção de seis meses seguidos (de abril a setembro de 2016) de saldos negativos. De fato, considerando todo o ano de 2016, até setembro, observa-se saldo positivo apenas no mês de abril. Apesar do saldo positivo elevado em novembro deste ano, o acumulado do ano ainda apresenta saldo negativo, com perda líquida de 530 empregos formais.

 

O balanço do emprego formal em Rio Grande:

 

Em Rio Grande, o comportamento do emprego formal segue tendência bastante negativa. No mês de novembro, ocorreram 1.121 admissões e 1.554 desligamentos, resultado num saldo negativo de 433 vínculos formais, o que corresponde a uma taxa de variação de -0,96% em relação ao estoque do mês de outubro. Esse desempenho negativo concentra-se, principalmente, na indústria de transformação, tendo em vista a crise do setor naval. Apenas o comércio apresentou desempenho positivo significativo, com saldo de 178 vínculos formais de emprego, o que reflete a conjuntura positiva de final de ano, com aumento das vendas nesse setor. Há seis meses seguidos, o mercado local de emprego vem apresentando saldos negativos, o que deve continuar e mesmo se acentuar nos próximos meses, com as demissões em massa no polo naval. O saldo deste último mês de novembro foi muito pior que aquele observado no mesmo mês do ano anterior, quando houve um saldo positivo de 205 vínculos formais de emprego. Vale salientar, finalmente, que a perda líquida no acumulado do ano de 2016 chega a 1.602 postos de trabalho, em Rio Grande, um quadro bastante desolador.

 

Em comparação com as conjunturas nacional e estadual:

 

As conjunturas locais de emprego, pior em Rio Grande e melhor em Pelotas, situam-se em uma conjuntura nacional bastante negativa de perdas generalizadas ao longo de todo o ano. No conjunto do país, o saldo em novembro foi de -116.747 vínculos, o que corresponde a uma taxa de variação de -0,30%, um pouco menos ruim que a de Rio Grande, de -0,96%, e contrastante com aquela de Pelotas, de 2,31% de crescimento. Apenas o comércio teve saldo positivo no mês de novembro.

No acumulado do ano, são 858.333 vínculos perdidos, com uma variação de -2,16% em relação ao estoque de empregos do ano anterior, variação pior que a de Pelotas, de -0,81%, e menos ruim que a de Rio Grande que foi de -3,45%.

Já nos últimos doze meses, 1.472.619 empregos formais foram perdidos, uma variação de -3,65%. Nesse caso, as variações de Pelotas e Rio Grande também foram bastante negativas, de -2,34% e -5,51%, respectivamente. Observa-se que a conjuntura local de Rio Grande é sempre pior que a nacional. A de Pelotas, ao contrário, é sempre menos ruim.

A conjuntura estadual do emprego mostra-se melhor que a conjuntura nacional, seu desempenho se aproximando àquele observado em Pelotas. No mês de novembro, o saldo entre admissões e desligamento foi positivo no Estado, com um acréscimo de 1.191 vínculos formais, o que corresponde a uma variação de 0,05%, não tão boa como a de Pelotas (2,31%).

Já no acumulado do ano, o saldo é negativo, com 25.469 vínculos formais perdidos, o que corresponde a uma variação de -0,98%, similar à de Pelotas (-0,81%). Nos últimos doze meses, foram 60.045 empregos perdidos, com uma taxa de -2,28%, também similar à de Pelotas (-2,34%).

 

Publicado em 30/12/2016, na categoria Notícias.
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