Em outubro, emprego formal cresce em Pelotas, mas diminui em Rio Grande
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho (MTb), em outubro de 2016, ocorreram, em Pelotas, 1.924 admissões e 1.733 desligamentos, o que resultou num saldo positivo de 191 empregos formais celetistas. Observa-se, pois, uma taxa de variação de 0,3% em relação ao estoque do mês anterior. Depois de seis meses apresentando saldos negativos (desde abril), o saldo de empregos formais volta a ser positivo, num ano de desempenho bastante negativo, com perda acumulada de 1.991 empregos formais. Trata-se de uma taxa de crescimento de -3,03% em relação ao estoque de dezembro de 2015.
No mês de outubro, a indústria de transformação (+ 134 vínculos) e o comércio (+ 82 vínculos) foram os setores que mais contribuíram para esse desempenho positivo, apesar do desempenho negativo da construção civil (- 84 vínculos). Os fatores sazonais pesaram para esse cenário, uma vez que nos meses de outubro e novembro, tem-se o ápice das contratações na indústria de conservas de Pelotas, quando se inicia o processamento da safra do pêssego. Essa sazonalidade também se manifesta no aumento das vagas no comércio, setor tradicionalmente aquecido com as festas de final de ano.
Em Rio Grande, por outro lado, o comportamento do emprego formal foi negativo no mês de outubro, por conta da perda de empregos, sobretudo, na indústria de transformação (- 397 vínculos), mas também nos serviços (- 101 vínculos). Ocorreram, nesse município, 1.145 admissões e 1.642 desligamentos. O saldo foi de -497 vínculos, o que corresponde a uma taxa de variação de -1,09% em relação ao estoque do mês anterior. Nesse município, a perda de empregos foi ainda maior que aquela observada no mês de setembro, quando o saldo de empregos formais foi de -288 vínculos. Já são cinco meses consecutivos de saldos negativos, num ano em que as perdas acumuladas chegaram a -1.171 vínculos formais de emprego, ou seja, um recuo relativo de 2,52% em relação ao estoque de dezembro de 2015.
Comparando-se a conjuntura local com a conjuntura nacional, constata-se que enquanto no conjunto do país o saldo do emprego no mês de outubro foi negativo, com perda de 74.748 vínculos e queda relativa de 0,19%, no estado do Rio Grande do Sul o saldo foi positivo, com um incremento de 2.386 vínculos e um crescimento relativo de 0,09%. Em ambos os casos, há um acúmulo importante de perdas de emprego formal no ano. No Brasil, o saldo acumulado é de -751.816 vínculos formais e no Rio Grande do Sul de -26.839. A perda relativa é de -1,89% para o país e de -1,03% para o Estado. Enfim, apesar de algumas melhoras neste final de ano, trata-se, ainda, de um cenário negativo para o mercado de trabalho em todos os níveis geográficos. No acumulado do ano, a situação local é pior que a nacional e a estadual, com perdas relativas maiores.
Nota metodológica:
Os dados do CAGED referem-se apenas aos empregos formais celetistas registrados, declarados pelos estabelecimentos ao Ministério do Trabalho (MTb), estando excluídos os empregos estatutários e os empregos e ocupações informais. É importante sublinhar, ainda, que estes dados estão sujeitos a ajustes, tendo em vista as declarações realizadas fora do prazo regular.