Balanço do emprego formal em Pelotas e Rio Grande: Setembro de 2016
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho (MTb), em setembro de 2016, ocorreram em Pelotas 1.763 admissões e 1.927 desligamentos, o que resultou num saldo de -164 empregos formais celetistas. Observa-se, pois, uma taxa de variação de -0,26% em relação ao estoque do mês anterior. Essa redução do emprego formal foi maior que aquela observada no mês de agosto, quando se constatou uma perda de 27 vínculos formais de emprego.
Em Rio Grande, o comportamento do emprego formal foi igualmente negativo no mês de setembro, ocorrendo 1.086 admissões e 1.374 desligamentos. O saldo foi de -288 vínculos, o que corresponde a uma taxa de variação de -0,63% em relação ao estoque do mês anterior. Também nesse município, a perda de empregos foi maior que aquela observada no mês de agosto, quando o saldo de empregos formais foi de -70 vínculos.
Comparando-se a conjuntura local com a conjuntura nacional e estadual, constata-se que as perdas de emprego, em termos relativos, foram maiores nos municípios de Pelotas e Rio Grande, especialmente neste último, ainda que o comportamento do emprego formal tenha sido igualmente negativo no conjunto do país e do estado do Rio Grande do Sul, com o volume de desligamentos superando o de admissões. No Brasil, observa-se uma perda de 39.282 vínculos formais de emprego, o que corresponde a uma taxa de variação de -0,10% em relação ao estoque do mês anterior. No Estado, a perda foi de 2.828 vínculos formais de emprego, correspondendo a uma taxa de variação de -0,11%.
O balanço do emprego formal no acumulado do ano
O balanço do emprego formal celetista no acumulado do ano também é negativo em todos os níveis geográficos. Em Pelotas, o saldo de empregos de janeiro a setembro foi de -2.178 vínculos, o que corresponde a uma taxa de variação de -3,31%. Em Rio Grande, o saldo foi de -663 vínculos, com uma taxa de variação de -1,43%. Portanto, a perda de empregos formais no período, tanto em termos absolutos como relativos, é mais acentuada em Pelotas que em Rio Grande.
O desempenho negativo é observado, ainda, no conjunto do país e do estado do Rio Grande do Sul. No país, o saldo no acumulado do ano foi de -683.597 empregos formais e no estado foi de -29.588, o que corresponde às taxas de variação do emprego de -1,72% e de -1,14%, respectivamente. O desempenho do mercado de trabalho formal de Pelotas foi pior do que das demais unidades geográficas analisadas. No mesmo período, o desempenho do mercado de trabalho formal de Rio Grande não foi tão ruim quanto o do país, porém apresentou variação mais negativa do que do estado do Rio Grande do Sul.
O balanço do emprego formal nos últimos doze meses
O balanço do emprego formal nos últimos doze meses mostra-se bastante negativo em todos os níveis geográficos analisados. Em Pelotas, constata-se uma perda acumulada de 2.708 empregos formais celetistas em relação ao estoque de setembro de 2015, o que corresponde a uma taxa de variação de -4,09%. Em Rio Grande, a perda foi de 1.312 empregos formais celetistas, correspondendo a uma taxa de variação de -2,79%.
Esse desempenho negativo nos últimos doze meses é igualmente observado no conjunto do país e do estado do Rio Grande do Sul. No Brasil, registram-se 1.599.733 empregos formais perdidos, o que corresponde a uma taxa de variação de -3,94%, um patamar próximo àquele apresentado pelo município de Pelotas. No Rio Grande do Sul, foram 74.714 empregos formais celetistas perdidos, o que corresponde a uma taxa de variação de -2,83%, patamar próximo àquele apresentado pelo município de Rio Grande.
O balanço setorial do emprego em Pelotas
No mês de setembro de 2016, o comércio (-153 vínculos) e a construção civil (-69 vínculos) foram os setores que mais contribuíram para o desempenho negativo do emprego formal em Pelotas. O setor da indústria de transformação (23 vínculos) e a agropecuária (41 vínculos) apresentaram os saldos positivos mais elevados. Os demais setores apresentaram saldos pouco significativos, positivos ou negativos.
No acumulado do ano, o cenário é ainda bastante negativo, com perda generalizada de empregos formais, com exceção da Administração Pública (+9 vínculos), setor pouco significativo no volume total de empregos formais celetistas. O comércio (-836 vínculos) e a indústria de transformação (-524 vínculos) lideram o ranking dos setores que mais perderam postos formais de trabalho nesse período. O desempenho negativo também é expressivo na construção civil (-308), nos serviços (-289), nos serviços industriais de utilidade pública (-169) e na agropecuária (-54).
Nos últimos doze meses, esse cenário também é de perdas generalizadas, destacando-se as perdas no setor de serviços (-821 vínculos), no comércio (-692 vínculos), na construção civil (-514 vínculos), na indústria de transformação (-506 vínculos) e nos serviços industriais de utilidade pública (-173 vínculos). A agropecuária e a extrativa mineral registram perdas de apenas 6 e 4 vínculos, respectivamente. A administração pública, pouco significativa, apresenta um saldo positivo de 8 empregos formais celetistas.
O balanço setorial do emprego em Rio Grande
No mês de setembro de 2016, o setor que mais contribuiu para o saldo negativo do emprego formal no município de Rio Grande foi a indústria de transformação (-244 vínculos). Também perderam empregos formais o comércio (-41 vínculos), os serviços (-24), a indústria extrativa mineral (-11 vínculos) e os serviços industriais de utilidade pública (-2). A agropecuária (+26 vínculos) e a construção civil (+8 vínculos) apresentaram saldos positivos.
No acumulado do ano, o setor que contribuiu decisivamente para o desempenho negativo do mercado formal de emprego do município foi o comércio, que apresentou um saldo de -716 vínculos formais. A indústria de transformação também apresentou saldo negativo, com uma perda de 94 vínculos empregatícios. Nesse período de janeiro a setembro, o desempenho dos setores de serviços (+165 vínculos) e da agricultura (+50 vínculos) foram positivos, apresentando mais admissões que desligamentos.
Nos últimos doze meses, o cenário de perdas é mais acentuado. O setor que mais contribuiu para o desempenho negativo do município foi a indústria de transformação, com uma perda de 956 vínculos celetistas, seguida do comércio (-309 vínculos), da indústria extrativa mineral (-77 vínculos), da construção civil (-38 vínculos) e da administração pública (-10 vínculos). A agropecuária (+41 vínculos), os serviços (+29 vínculos) e os serviços industriais de utilidade pública (+8 vínculos) apresentaram saldos positivos nesse período.
Nota metodológica:
Os dados do CAGED referem-se apenas aos empregos formais celetistas registrados, declarados pelos estabelecimentos ao Ministério do Trabalho (MTb), estando excluídos os empregos estatutários e os empregos e ocupações informais. É importante sublinhar, ainda, que estes dados estão sujeitos a ajustes, tendo em vista as declarações realizadas fora do prazo regular.