Projetos de Ensino
Agricultura Familiar e Agroecologia
Período de Realização: 2006/2007
O segmento da agricultura familiar caracteriza-se por apresentar uma grande diversidade de combinações, tanto no que se refere à disponibilidade quanto ao uso e distribuição dos recursos – terra, trabalho e capital – no interior das unidades produtivas. Essa diferenciação pode ser observada em diversas escalas, seja nacional, estadual, microrregional, municipal e, até mesmo dento de uma comunidade rural.Aliado a isso o conceito de agroecologia quer sistematizar todos os esforços em produzir um modelo tecnológico abrangente, que seja socialmente justo, economicamente viável e ecologicamente sustentável. A rigor, pode-se dizer que a agroecologia é a base científico-tecnológica para um projeto de desenvolvimento sustentável.Como objetivos o projeto busca analisar as possibilidades e restrições para o desenvolvimento da agricultura familiar vis a vis à emergência do paradigma agroecológico; Compreender, com base em leituras selecionadas sobre a temática, a base teórico-conceitual que permeia os estudos sobre agricultura familiar e agroecologia; Caracterizar os produtores familiares de base agroecológica, segundo indicadores sociais, de produção, econômicos e técnicos por meio da proposta de Lamarche; Estabelecer comparações entre as unidades produtivas familiares, mediante análise empírica de elementos diferenciadores presentes na agricultura; Identificar as alternativas de desenvolvimento para a agricultura familiar, baseadas nos princípios da sustentabilidade econômica, social e ecológica; Oferecer aos alunos participantes atividades extracurriculares, solicitadas para complementação da sua formação acadêmica.A organização do grupo de estudos, referente ao projeto, tem como sistematização metodológica discutir e aprofundar o entendimento dos pressupostos teórico-metodológicos, adotados pelos estudiosos das questões agrárias, para estabelecer as inter-relações entre o segmento da agricultura familiar e a emergência do paradigma agroecológico, para tanto, serão utilizados um conjunto de leituras/textos como referencial bibliográfico.
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Agricultura familiar e sustentabilidade: estratégias de reprodução social e territorial.
Período de Realização: 2007/2008
O segmento da agricultura familiar caracteriza-se por apresentar uma grande diversidade de combinações, tanto no que se refere à disponibilidade quanto ao uso e distribuição dos recursos – terra, trabalho e capital – no interior das unidades produtivas. Essa diferenciação pode ser observada em diversas escalas, seja nacional, estadual, microrregional, municipal e, até mesmo dento de uma comunidade rural. Para entender a organização da produção familiar nesses termos, é necessário considerar que a diferenciação social entre produtores familiares é fruto do desenvolvimento de uma agricultura moderna, que incorpora o progresso tecnológico, formando uma camada de produtores “ditos” modernos e, no outro extremo, aqueles que adotaram outras estratégias de desenvolvimento e de reprodução social e territorial. Desta maneira, segundo Neumann (1993), o ponto de partida para o processo de transição rumo a sustentabilidade na agricultura reside no reconhecimento das diferentes racionalidades de decisões produtivas presentes na produção familiar, se é que se pretende oferecer algum aporte eficaz para enfrentar os problemas existentes na organização interna das unidades produtivas familiares. Como objetivos o projeto busca: analisar as possibilidades e restrições para o desenvolvimento da agricultura familiar a partir da perspectiva da sustentabilidade e suas relações com o desenvolvimento territorial; Compreender, com base em leituras selecionadas sobre a temática, a base teórico conceitual que permeia os estudos sobre agricultura familiar, sustentabilidade e território; Estabelecer comparações entre as diferentes organizações das unidades produtivas familiares, mediante análise empírica de elementos diferenciadores presentes na agricultura; Identificar as alternativas de desenvolvimento para a agricultura familiar, baseadas nos princípios da sustentabilidade econômica, social e ecológica; Analisar os princípios teóricos e metodológicos que norteiam os estudos sobre o desenvolvimento territorial; Realizar atividades de pesquisa de campo a fim de confrontar com o referencial teórico com a realidade empírica; Oferecer aos alunos participantes atividades extracurriculares, solicitadas para complementação da sua formação acadêmica. A organização do grupo de estudos, referente ao projeto, tem como sistematização discutir e aprofundar o entendimento dos pressupostos teórico-metodológicos, adotados pelos estudiosos das questões agrárias, para estabelecer as inter-relações entre o segmento da agricultura familiar com a sustentabilidade e as estratégias de reprodução social e territorial.
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Estratégias de reprodução social e territorial da agricultura familiar: O patrimônio alimentar na escala do local
Período de Realização: 05 à 08/2009
O segmento da agricultura familiar caracteriza-se por apresentar uma grande diversidade de combinações, tanto no que se refere à disponibilidade quanto ao uso e distribuição dos recursos – terra, trabalho e capital – no interior das unidades produtivas. Pode-se dizer que, mesmo com a difusão do processo de modernização da agricultura, persiste um patrimônio cultural camponês, identificável por meio dos conhecimentos sobre a gestão dos agroecossistemas e da sociabilidade camponesa. A questão cultural valoriza o conhecimento empírico acumulado ao longo de anos de processo de vivência camponesa. E, este saber camponês apresenta-se como necessário e culturalmente valorizado na medida em que a sociabilidade camponesa torna-se, também, agente de transformação dos padrões de produção/consumo na escala do local. Ainda, o patrimônio cultural alimentar está relacionado aos processos políticos, participativos e democráticos, que incluem os produtores rurais nos processos decisórios e de gestão nas atividades desempenhadas por eles, assim como, na organização de redes sociais e de representações dos diversos segmentos da população rural. Ou seja, na configuração de estratégias capazes de assegurar o resgate da auto-estima e o pleno exercício da cidadania, por meio da valorização do saber fazer, transformando os agricultores em sujeitos ativos nos rumos do processo de mudança no desenvolvimento local e regional. O projeto tem como objetivos: Compreender, com base em leituras selecionadas sobre a temática, a base teórico conceitual que permeia os estudos sobre agricultura familiar, sustentabilidade e território; Identificar no contexto da agricultura familiar as tradições culinárias caracterizáveis como patrimônio alimentar. Identificar, a partir da observação das práticas alimentares dos distintos grupos e de sua articulação aos modos de vida, elementos que apontam para uma cultura camponesa comum ou para a delimitação de fronteiras e distinções, não apenas entre os diferentes grupos, mas também em relação à cidade. Identificar nas classificações referentes à alimentação as valorações operadas, particularmente aquelas que remetem às percepções do rural e do urbano e às tensões entre o saber tradicional/leigo e o saber científico/moderno, que orientam diferentes concepções de qualidade dos alimentos produzidos, consumidos e/ou comercializados. Estabelecer comparações entre as diferentes organizações das unidades produtivas familiares, mediante análise empírica de elementos diferenciadores presentes na agricultura; Identificar as alternativas de desenvolvimento para a agricultura familiar, baseadas nos princípios da sustentabilidade econômica, social e ecológica; Analisar os princípios teóricos e metodológicos que norteiam os estudos sobre o desenvolvimento territorial; Oferecer aos alunos participantes atividades extracurriculares, solicitadas para complementação da sua formação acadêmica.
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Pensar o Rural: abordagens da Geografia e do Planejamento Rural
Período de Realização: 2017/ em andamento
O projeto parte da premissa de que pensar o rural exige a compreensão mais ampla sobre a agricultura e suas relações com o ambiente natural, a partir da identificação dos elementos que conformam o complexo agrário. Pois, a organização do espaço agrário é entendida como resultado da interação entre a ação humana e os condicionantes físicos, ao longo do processo histórico de desenvolvimento social, econômico, cultural e político das sociedades. Diante disso, a proposta contém atividades complementares voltadas para os alunos das disciplinas de Geografia Rural e Planejamento Rural do Curso de Geografia -Bacharelado da UFPel.
Justifica-se ao proporcionar aos alunos o acesso a atividades extracurriculares relacionadas aos conteúdos curriculares das disciplinas de Geografia Rural e Planejamento Rural. As atividades previstas envolvem a interpretação das relações socioespaciais estabelecidas entre o rural e o urbano, entendidas a partir da reprodução dos modos de produção e suas transformações ao longo do tempo, seus conflitos e contradições, os quais se encontram presentes no desenvolvimento do capitalismo no agro brasileiro. Além disso,a atuação de monitor estimula a relação aluno-aluno no processo pedagógico de aprendizagem de conteúdos teóricos e práticos.
Pensar o rural sob diferentes perspectivas teórico-metodológicas, com vistas a ampliar os conhecimentos bibliográficos e práticos relacionados as disciplinas de Geografia Rural e Planejamento Rural