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  • Reuniões debatem mobilizações contra os cortes nas Universidades e PEC 206

    Reunião chamada pela UEE com participação de DCEs e entidades estudantis

    O DCE UFPel, gestão DCE é Pra Lutar, realizou uma reunião aberta na terça-feira (31) para debater a PEC 206/2019, o corte de 18,5% no orçamento discriminatório do Ministério da Educação (MEC) e as mobilizações em torno destas pautas. No mesmo dia, no período da tarde, representantes do DCE UFPel participaram de uma reunião chamada pela União Estadual dos Estudantes (UEE) para debater o mesmo tema e como cada instituição do Estado tem recebido a notícia dos cortes e como estão as mobilizações.

    Na última semana, dois movimentos foram feitos por setores políticos no sentido de fragilizar ainda mais a educação pública. O primeiro deles, foi a tentativa de colocar em tramitação no Congresso Nacional a PEC206/2019, que prevê a cobrança de mensalidades nas universidades federais. A PEC foi retirada de pauta, mediante uma solicitação de audiência pública e, nesta terça-feira (31), houve um acordo para adiar a discussão até o próximo ano. No entanto, segue sendo importante manter-se vigilante com esta pauta, pois esta tentativa, que não é de hoje, segue sendo prioridade de um setor da sociedade que quer desmantelar a educação pública e alterar a finalidade das universidades.

    O segundo ataque veio do governo de Jair Bolsonaro (PL) que determinou na sexta-feira (24) um corte de R$ 3,23 bilhões do orçamento do Ministério da Educação (MEC) de 2022. O bloqueio representa 14,5% do orçamento discricionário do MEC e unidades vinculadas, como institutos e universidades federais. Os chamados recursos discricionários são aqueles que incluem despesas como funcionamento, contas de água e luz, assistência estudantil, pagamento de bolsas, obras e contratação de serviços. Com este novo corte, o funcionamento da UFPel deve totalmente comprometido nos próximos meses.

    A partir destes ataques, a União Nacional dos Estudantes (UNE) deliberou por indicar o dia 09 de Junho como um dia nacional de lutas, em defesa das universidades públicas. Em reunião, o DCE UFPel decidiu por construir um ato de rua em Pelotas, no dia 09/06, com a indicação de realizar a concentração no Largo do Mercado Público, a partir das 16h30.

    Para aprofundar o debate sobre os cortes e todo esse movimento de ataques a educação pública, o DCE UFPel deverá promover uma plenária online na próxima segunda-feira (06). Para este espaço, devem ser convidados representantes da Reitoria e dos sindicatos Adufpel e Asufpel, representantes de Centros e Diretórios Acadêmicos (DAs e CAs), além de grêmios estudantis e representantes de outras instituições. A plenária deve ocorrer de forma online com transmissão nas redes sociais, a partir das 17h30.

    Por fim, foi tirado a realização de um panfleto com panfletagem chamando para o ato do dia 09 e ampliando o diálogo sobre os cortes com os estudantes nas filas do Restaurantes Universitários e em passada em salas.

  • Comissão Permanente de avaliação dos RUs está em fase de formação

    Após o movimento de reivindicação por melhorias nos Restaurantes Universitários da UFPel em abril e volta do sistema do Buffet no início de maio, notou-se uma significativa melhora na comida oferecida pela NorteSul, empresa prestadora de serviço nos RUs da UFPel. Para que essa luta por alimentação de qualidade continue sendo pautada e novos avanços sejam conquistados, será criada uma Comissão Permanente de avaliação dos RUs.

    Para esta comissão, além de membros da Pró Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), estão abertas vagas para representação estudantil: três estudantes do curso de Gastronomia, dois estudantes da Nutrição e cinco estudantes de cursos diversos (vegetarianos e não vegetarianos). O objetivo da comissão será avaliar mensalmente a qualidade da comida, a variedade da comida, especialmente a vegetariana, entre outras questões.

    Em uma reunião realizada na última segunda-feira (30) com a PRAE, nutricionistas responsáveis e representação estudantil com a estudante Milena Senem, foram abordamos alguns tópicos que seguirão sendo discutidas com a empresa NorteSul e os estudantes como:

    • Diminuição da quantidade semanal de ultraprocessados;
    • Aumento da variedade das comidas vegetarianas;
    • A realização de uma campanha de conscientização visando a diminuição da queda de cabelo na comida por parte dos estudantes e servidores;
    • A pesagem de proteínas como nuggets e almondegas, visando o cumprimento da quantidade prevista no contrato;
    • A possibilidade da troca dos molhos.

    A respeito do retorno do atendimento normal no RU Anglo, isso é, sem o agendamento, foi informado que a previsão é que o retorno ocorra no dia 01 de agosto no início das aulas do semestre 2022/1.

    Para participar da comissão ou participar das discussões sobre o tema é possível entrar no grupo no whatsapp. Alimentação de qualidade é um direito!

  • Governo corta R$ 3,2 bilhões do orçamento do MEC; funcionamento de Universidades fica ameaçado!

    O governo de Jair Bolsonaro (PL) determinou um corte de R$ 3,23 bilhões do orçamento do Ministério da Educação (MEC) de 2022. A medida atinge todos os órgãos ligados à pasta, como institutos e universidades federais, que sofrerão um corte de mais de R$ 1 bilhão, segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

    Os R$ 3,2 bilhões representam um bloqueio de 14,5% no orçamento discricionário do MEC e unidades vinculadas. Os chamados recursos discricionários incluem despesas como funcionamento, contas de água e luz, assistência estudantil, pagamento de bolsas, obras e contratação de serviços, por exemplo.

    No início do ano, o governo federal já havia anunciado um corte de um corte de R$ 736,3 milhões no Orçamento do MEC (Confira aqui). A Universidade Federal de Pelotas, por sua vez, acumula um déficit de R$ 5 milhões no ano passado, conforme revelado pelo reitor eleito e pró-reitor de Planejamento, Paulo Ferreira, em reunião do último dia 19. Com este novo corte, o funcionamento da UFPel deve totalmente comprometido nos próximos meses.

    Além do dinheiro do MEC e das federais, o corte do governo federal também deverá atingir o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).

    Diante deste novo ataque a educação pública promovido pelo governo federal, o DCE da UFPel, gestão DCE é Pra Lutar, reforça a urgência de mobilizarmos a comunidade acadêmica de nossa instituição para ocuparmos as ruas contra esse retrocesso. O DCE  realizará uma reunião aberta nesta terça-feira, dia 31, às 18h, em sua sede na rua Três de Maio, 665.  O indicativo é de aderir, em Pelotas, à mobilização do dia 9 de junho, chamada pela União Nacional dos Estudantes (UNE).

     

     

  • Educação não é mercadoria! Motivos para lutar contra a PEC 206/2019

    Na última terça (24/05) foi apresentada a PEC206/2019 que permite a cobrança de mensalidades nas universidades federais. A PEC foi retirada de pauta, mediante uma solicitação de audiência pública, mas é importante seguirmos atentos! Essa tentativa não é de hoje e segue sendo prioridade de um setor da sociedade que quer desmantelar a educação pública.

    Proposto por um deputado da extrema direita, da base aliada ao governo Bolsonaro, esta é mais uma investida do projeto de desmonte e mercadorização do ensino público. A seguir elencamos 6 motivos para lutarmos contra essa PEC e contra a desmonte da educação pública:

    01 – 70% dos estudantes de Universidades Federais tem renda “per capita” familiar de até 1,5 salário mínimo (dados de pesquisa da Andifs 2018). A justificativa de que só ricos frequentam universidades públicas é uma falácia!

    02 – A PEC afirma que apenas os ricos pagariam, mas em nenhuma momento menciona qual será a porcentagem de vagas para estudantes de baixa renda ou como será essa distribuição.

    03 – Só em 2022, o governo federal cortou mais de R$ 736 milhões do orçamento da educação. As mensalidades não são capazes de recuperar o déficit de orçamento das universidades. #ForaBolsonaro

    04 – A consolidação da Universidade pública e gratuita é uma conquista dos estudantes e do movimento estudantil! Ter que pagar pra estudar representa um retrocesso histórico, uma volta ao tempo onde somente a elite frequentava esses locais

    05 – Atualmente, o ensino superior já enfrenta um alto índice de evasão no país. Houve ainda uma drástica queda nas inscrições em universidades federais. O principal motivo é crise financeira e os principais atingidos são os jovens de baixa renda!

    06 – A PEC abre ainda mais as portas para a interferência do setor privado dentro da educação pública. Nossas pesquisas, projetos pedagógicos e científicos não podem ser submetidos aos interesses de empresas.

    É hora de lutarmos contra esse retrocesso! Converse com seus colegas, com seus amigos, com sua turma. É hora de mobilizarmos a UFPel contra a PEC 206!

  • DCE e sindicatos reúnem-se com reitoria da UFPel para tratar do retorno presencial e outras demandas

    Foto Adufpel

    O Diretório Central dos Estudantes (DCE) participou, na última quinta-feira (20), de uma reunião, junto de membros das entidades representativas dos docentes e técnico-administrativos (ADUFPel e ASUFPel), com integrantes da reitoria, para tratar do retorno presencial em 1º de agosto. No encontro, ainda foram apresentadas algumas dúvidas e demandas das categorias.

    Um planejamento transparente e construído de forma coletiva foi cobrado pela a diretora da ADUFPel, Celeste Pereira. Foi ressaltado ainda a importância da garantia de segurança para o retorno, visto o recente aumento no número de casos de Covid-19 na região.

    A reitora Isabela Andrade ressaltou as medidas que a Universidade segue mantendo como a obrigatoriedade do uso de máscara em todos os espaços da instituição. A respeito da exigência do passaporte vacinal, foi informado que o controle do registro seguirá ocorrendo via Cobalto e, portanto, para se matricular no semestre 2022/1 da UFPel, todos estudantes devem realizar o registro, o que também valerá para os servidores.

    Demandas estudantis

    O DCE da UFPel apresentou à gestão questionamentos relacionados represamento de disciplinas e como a instituição vem trabalhando pra dar conta de ofertar estas vagas no próximos semestres, bem como dispor de salas comportem aquelas disciplinas que tiverem grande procura. A reitoria informou que a Pró-Reitoria de Ensino (PRE) vem trabalhando junto às Unidades e Colegiados no sentido de coletar os dados e garantir uma ampla oferta para disciplinas represadas.

    Sobre pontos referentes a assistência estudantil, os representantes do DCE levantaram preocupações quanto aos horários ofertados pelo transporte de apoio, bem como a alta demanda no Restaurante Universitário (RU) da Santa Cruz, já verificada neste período. A preocupação é de que com a volta das aulas presenciais em sua totalidade, em agosto, longas filas voltem a ocorrer tanto no transporte de apoio, em especial para o Campus do Capão do Leão, quando no almoço do RU da Santa Cruz. Foi enfatizado o quando as bolsas e a assistência estudantil se tornam ainda mais imprescindível neste momento de crise e alta da inflação. Além disso, foi cobrado que a reitoria reivindique junto à Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito de Pelotas o retorno das linhas Anglo/Cohabpel e Balsa/Centro retiradas durante a pandemia.

    O pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, Paulo Roberto Ferreira, se comprometeu em dialogar com a Secretaria de Transporte e Trânsito e levar a reivindicação de retornos das linhas. Informou também que mantém contato com o Núcleo de Transporte da UFPel sobre o transporte de apoio e iria propor uma análise de ampliação nas linhas da manhã. Nesta semana, a linha Capão do Leão-Pelotas ganhou um novo horário, com um ônibus saindo do campus Capão do Leão às 11h da manhã em direção a Pelotas. Por fim, a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Rosane Brandão informou que acompanha a situação do RU da Santa Cruz, mas afirmou acredita que com o retorno presencial a busca deve se diluir nos outros RUs da Universidade. O RU do Anglo deve ampliar sua capacidade e acabar com o sistema de agendamento em agosto. Informou ainda que as bolsas dos Programa de Auxílio Moradia e Programa de Auxílio Deslocamento receberão um aumento, ambas não recebiam reajuste desde o ano de 2013.

    O DCE UFPel, gestão DCE é Pra Lutar, seguirá acompanhando estas e outras demandas estudantis ao longo deste semestre. Também se coloca a disposição de todas e todos estudantes que queriam trazer suas reivindicações. O que pode ser feito via e-mail: dce@ufpel.edu.br ou presencialmente na sede do DCE confira horários.

    Orçamento da Universidade

    Outro ponto questionado na reunião foi sobre o cenário orçamentário da instituição, que tem afetado diretamente o funcionamento da UFPel nos últimos anos e se agravado cada vez mais no governo Bolsonaro. Os sucessivos cortes, segundo Paulo Ferreira, levaram a UFPel a assumir um déficit de R$ 5 milhões no ano passado. Como o orçamento deste ano permanece o mesmo, 2022 já iniciou com uma carência bastante significativa. Ele explica que essa situação coloca em risco os contratos vigentes e funcionários terceirizados. Por conta disso, tem reduzido as equipes de motoristas e porteiros.

  • Estudantes do curso de Engenharia Geológica reivindicam pagamento de diárias de saídas de campo

    Estudantes da UFPel em atividade de campo em Caçapava do Sul

    O Diretório Central dos Estudantes recebeu, na última semana, uma demanda de estudantes do Curso de Bacharelado em Engenharia Geológica referente às diárias das saídas de campo. Por meio do Diretório Acadêmico Francisco de Paula Oliveira (DAFPO), os estudantes da Geológica reivindicam o pagamento de diárias de campo nas atividades práticas obrigatórias das disciplinas que fazem parte do PPC do Curso.

    Conforme as diretrizes curriculares do curso (Resolução CNE/CES 01, de 06 de janeiro de 2015), o Bacharelado em Engenharia Geológica possui um total de 720 horas de atividades de campo obrigatórias, o que corresponde a 20% da carga horária do curso. Na UFPel, a Eng. Geológica tem um total de 22 disciplinas obrigatórias que em seu processo avaliativo necessitam de atividades práticas de campo. Estas atividades são realizadas em localidades como os municípios de Caçapava do Sul, Santana da Boa Vista, Lavras do Sul, Dom Pedrito dentre outras localidades com ambientes geológicos e exposições de feições geológicas preservadas e didaticamente propícias para as práticas de campo. Embora ofereça transporte para os locais, a estadia e alimentação do período que pode variar de dois dias a mais de uma semana tem sido bancada pelos próprios estudantes.

    Segundo o DAFPO, sucessivas gestões de Coordenação do Curso têm apresentado, no Conselho do Centro de Engenharias, solicitação para pagamento de diárias de campo nas atividades práticas obrigatórias. Atualmente, no entanto, o pagamento não tem ocorrido nem de forma parcial.

    Um levantamento realizado pelo DAFPO aponta que a UFPel é atualmente uma das únicas universidades federais do país dentre os 35 cursos de Geologia e Engenharia Geológica que não vem oferecendo nenhum suporte às atividades práticas obrigatórias de campo em termos de auxílio alimentação e hospedagem. O ofício encaminhado pelo Diretório Acadêmico destaca ainda a prerrogativa de gratuidade do ensino público. Ao “obrigar” que estudantes paguem os custos de atividades previstas no currículo do curso, a instituição não está promovendo a inclusão e permanência dos estudantes previstos no Plano de Desenvolvimento Institucional, o que tem contribuído para o grande número de evasão de estudantes no curso.

    O DCE UFPel entende como extremamente legítima a reivindicação apresentada pelos estudantes do curso de Engenharia Geológica, via DAFPO, e se compromete em levar a demanda às instâncias superiores da instituição como Centro de Engenharias e Pró-Reitoria de Ensino, ao mesmo tempo que se coloca à disposição dos estudantes do curso para ações que visem pressionar por uma solução mais breve possível.

  • DCE UFPel realiza reunião de balanço e debate de ações para acompanhamento do retorno presencial

    O DCE UFPel, gestão DCE é pra Lutar, realizou uma reunião presencial na última sexta-feira (13), em sua sede, para debater algumas ações dos últimos meses de gestão, com balanço financeiro, informes sobre carteirinhas e sobre melhorias estruturais da sede. No encontro ainda foram debatidos ações para acompanhamento do retorno presencial e planejamento de atividades para as próximas semanas.

    A confecção da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) do DCE UFPel teve início em novembro passado e se intensificou a partir do início do semestre 2021/2 da UFPel, em março deste ano. Atualmente, as carteirinhas são a principal fonte de política financeira do DCE e o saldo positivo têm possibilitado dar suporte e estrutura a lutas estudantis (Saiba mais sobre CIE do DCE).

    No ponto de balanço foi ainda reforçado a importância do esforço feito pela gestão em organizar um cronograma de horários que garanta abertura da sede diariamente (confira horários). A  respeito das melhorias estruturais reivindicadas para a sede, foi informado que há previsão, que nesta semana, seja realizado o recolhimento de materiais de descarte como madeiras, canos e vidros, pela SUINFRA. Para o dia 19 de maio está marcado o serviço de desinsetização e desratização no local. Com a instalação de um ponto de internet, no início de abril, a gestão deve concentrar seus esforços agora na reivindicação pela instalação de banheiro e manutenção e aquisição de novos computadores.

    Sobre os recentes casos de racismo na UFPel (nota sobre os casos), houve como proposta o convite aos coletivos negros que atuam na UFPel para uma reunião conjunta, a fim de que a partir deste encontro seja encaminhada alguma ação e/ou atividade conjunta.

    O DCE planeja ainda a realização de uma série de ações e atividades para as próximas semanas, entre elas uma plenária sobre o retorno presencial e uma festa de rua. Sobre o acompanhamento do retorno presencial, a gestão do DCE participará de uma audiência no gabinete da reitoria, na próxima quinta-feira (19).

    Na reunião, o DCE recebeu ainda a demanda dos estudantes do curso de Engenharia Geológica, referente às diárias das saídas de campo. Por meio do Diretório Acadêmico Francisco de Paula Oliveira (DAFPO), os estudantes deste curso reivindicam o pagamento de diárias de campo nas atividades práticas obrigatórias de campo das disciplinas que fazem parte do PPC do Curso. O DCE UFPel se comprometeu em levar a demanda as instâncias competentes e construir junto aos estudantes deste curso ações que visem pressionar por uma solução.

    Por fim, o DCE UFPel deliberou por fixar reuniões presenciais abertas a cada 14 dias, que devem ocorrer nas terças-feiras, a partir das 18h. A próxima reunião será, portanto, no dia 25 de maio. Aproveitamos para relembrar que a sede está disponível para DAs, CAs, Atléticas, Coletivos e movimentos sociais que necessitem de espaço físico para realizar reuniões e/ou atividades.

     

  • Contra o racismo institucional na UFPel! As ações afirmativas e educação antirracista precisam ser prioridade na universidade! 

    O DCE UFPel, gestão DCE é pra Lutar, vem se manifestar sobre os recentes casos de racismo institucional vivenciados por estudantes nas últimas semanas.

    Conforme exposto em nota pelo Coletivo Negro das Ciências Sociais, um colega nosso, estudante negro da pós graduação em ciência política da UFPel foi contemplado com uma bolsa de mestrado destinada a pessoas negras dentro do programa de ações afirmativas de pós-graduação da Universidade. Atualmente ele reside no Ceará e precisa começar a receber essa bolsa para custear a sua mudança para Pelotas/RS, programada para agosto de 2022, quando as aulas presenciais retornam em sua totalidade na UFPel.

    Em março deste ano ele recebeu uma convocação da UFPel para comparecer em Pelotas em 05 dias para realizar a banca de heteroidentificação, sob pena de perder a bolsa. Sem recursos financeiros, naquele momento, ele enviou e-mails a vários setores da UFPel, incluindo o DCE, solicitando que sua banca fosse realizada de forma online ou em alguma outra universidade pública no Ceará, ou, ainda, postergada para agosto/2022 quando terão início suas aulas presenciais na Universidade.

    Em todas suas manifestações, o estudante mostrou nítido comprometimento em cumprir o protocolo da instituição e realizar a banca de heteroidentificação, mas devido a sua atual situação financeira, ficaria inviável sua locomoção a Pelotas somente para fazer a banca. O aluno, no entanto, recebeu como resposta que não seria possível a realização da banca de forma remota pela “possibilidade de manipulação de imagens por meio de filtros” e que existiria uma “determinação superior” vedando esse procedimento, sem que a Universidade em suas várias manifestações tenha ao menos indicado o fundamento jurídico onde constaria essa vedação. Também não foi realizado, por parte da UFPel, nenhum esforço no sentido de realizar a banca em uma outra instituição.

    “Mesmo sendo um estudante de fenótipo incontestavelmente negro, a UFPel não atendeu a nenhum de seus apelos, pelo contrário, representantes da Universidade aconselharam que ele “tomasse um crédito” para comprar a passagem e vir a Pelotas somente para fazer a banca, recomendação essa que evidencia a falta de sensibilidade com a situação do estudante, com os propósitos reparatórios das políticas de ações afirmativas e, ao mesmo tempo, reforça a cultura de racismo institucional enraizada na UFPel”, pontua a nota do Coletivo Negro das Ciências Sociais.

    Casos no Hospital Escola e Faculdade de Odonto

    O racismo institucional na UFPel foi também evidenciado em outras duas denúncias que dão conta de estudantes negros sendo barrados em prédios da instituição. O primeiro caso ocorreu na portaria do Hospital Escola UFPel, gerido pela Ebserh – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares em março. Conforme nota divulgada pelo Diretório Acadêmico da Medicina e Coletivo NegreX, um estudante negro foi impedido de acessar as dependências do hospital que frequenta diariamente, enquanto colegas brancos acessaram o prédio sem precisar mostrar qualquer identificação (confira nota completa). Caso semelhante foi denunciado no fim de abril por uma professora de Odontologia. Um estudante negro que precisava ingressar o prédio da faculdade de Odontologia para o atendimento em uma das clínicas sendo barrado por um atendente da portaria (leia relato completo).

    O DCE UFPel vem por meio desta nota se colocar, publicamente, à disposição dos coletivos, movimentos, entidades e indivíduos que vêm realizando estas e outras denúncias. Estamos abertos e vigilantes para acompanhar estes casos e receber novas denúncias. Acreditamos na importância de ampliarmos estas denúncias a toda comunidade acadêmica e na necessidade de seguirmos realizando debates entre estudantes, demais categorias e movimentos sociais para construção de ações que visem que situações como as citadas não se repitam!

    Para além disso, o DCE cobra por parte da reitoria e gestão geral da Universidade uma atuação com mais transparência nestes casos, tomando ação que levem em consideração as vozes do movimentos negro que atuam na universidade. Que as ações afirmativas sejam efetivamente cumpridas na prática! Que a educação antiracista seja pautada em todos espaços da universidade para que nenhum estudante, trabalhador técnico administrativo, professor ou terceirizado tenha que passar por situações constrangedoras e discriminatórias.

  • Conselho de DAs e CAs realiza primeira reunião ordinária do ano

    O Diretório Central dos Estudantes participou, na última quinta-feira (30), do primeiro Conselho de Diretório e Centros Acadêmicos (DAs e CAs) da UFPel realizado neste ano. Estiveram em pauta: troca de representantes da mesa do Conselho, qualidade no serviço dos Restaurantes Universitários,  obrigatoriedade do passaporte vacinal na UFPel, entre outros assuntos.

    O Conselho foi convocado pelos centros acadêmicos que estavam na atual Mesa do Conselho: Centro Acadêmico Ferreira Vianna (CAFV), Centro Acadêmico do Curso de Terapia Ocupacional (CATO) e Diretório Acadêmico de Nutrição (DAN). As duas primeiras pautas diziam a respeito justamente da troca de dois representantes nos assentos da mesa do Conselho. Para o assento do Anglo da mesa, atualmente ocupada pelo DAN, não houve inscrição de interessados e a pauta foi adiada para apreciação na próxima sessão.

    Na eleição para o assento Capão/Unidades Dispersas da mesa do Conselho, ocupada até então pelo CATO, houve a inscrição e aprovação, por unanimidade, do Diretório Acadêmico Naum Keiserman – Medicina (DANK), representado pelos estudantes Vinicius Queiroz e Cleomar da Silva. Deste modo, o DANK assume assento Capão/Unidades Dispersas da mesa do Conselho pelos próximos seis meses.

    No segundo item da pauta, sobre a qualidade do serviço prestado pela Norte Sul, empresa terceirizada que gerencia os Restaurantes Universitários da UFPel, foi solicitado ao DCE que fizesse um repasse o tema. O coordenador do DCE, Cassio Lilge,  reforçou a importância do ato no dia 11 de abril em frente do RU da Santa Cruz, relembrando as reivindicações de itens previstos no contrato que não vinham sendo cumprido pela NorteSul, como: a quantidade mínima de proteína por refeição e a variedade no cardápio. Foi enfatizado a importância dos estudantes seguirem em vigilância e cobrar para que se cumpra este direito que é o oferecimento de alimentação digna para todas e todos.

    A respeito do retorno do buffet, em substituição ao sistema de marmita, foi informado que a Pró Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) implementou esse sistema como um medida emergencial para o período de pandemia. Na medida que o retorno das aulas presenciais ocorresse já era previsto que esse sistema de marmita seria abandonado. O DCE considera, no entanto, que se for uma demanda ampla dos estudantes pode-se construir um movimento que reivindique um sistema híbrido, de transição nos próximos meses, que inclua tanto buffet quando marmitas para casos específicos.

    Por fim, foi aprovada pelo Conselho de Centros e Diretórios Acadêmicos ser favorável a pleitear frente à PRAE, em conjunto ao DCE, que continuem sendo disponibilizadas as marmitas para utilização dos alunos que assim desejarem.

    O tópico sobre a obrigatoriedade do passaporte vacinal na UFPel foi colocado em pauta após um procurador do Ministério Público Federal (MPF) ingressar com uma ação civil pública na 2ª Vara da Justiça Federal de Pelotas visando derrubar a exigência do passaporte vacinal na instituição (veja notícia). Foi aprovado, por unanimidade, a posição do Conselho de Centros e Diretórios Acadêmicos ser favorável à obrigatoriedade do passaporte vacinal na UFPel, bem como repudiar a ação proposta pelo MPF; também que seja assinada uma nota conjunta com o DCE para divulgar esse posicionamento.

    A respeito da reivindicação de um RU na FAMED – Faculdade de Medicina, Psicologia e Terapia Ocupacional foi exposto por alunos dos cursos de Medicina e Psicologia o problema estrutural e histórico que é a questão da alimentação para os estudantes do câmpus da FAMED. Há um movimento pleiteado junto à Universidade um Restaurante Universitário que atenda a região do bairro Fragata. Foi aprovado por unanimidade o posicionamento do Conselho de Centros e Diretórios Acadêmicos ser favorável e apoiar a solicitação de criação de um RU no Fragata e atender a FAMED e cursos próximos.

    Confira ata do Conselho 01-2022.

     

  • Em defesa da vacina! Passaporte vacinal fica, negacionismo científico sai!

    O Diretório Central dos Estudantes da UFPel gestão DCE é pra Lutar vem a público repudiar a absurda tentativa do Ministério Público Federal, por meio de ação Civil Pública, de impedir que a Universidade exija a apresentação do comprovante vacinal para a circulação em seus ambientes. Essa ação é irresponsável!

    Em primeiro lugar, relembramos que foi o Conselho Universitário da UFPel (CONSUN) que deliberou sobre a exigência do comprovante, de modo que deve ser respeitado por sua legitimidade para a manutenção da autonomia universitária na tomada de suas decisões.

    Em segundo lugar, sabemos que a vasta maioria dos brasileiros corretamente decidiu tomar a vacina porque preza pela vida e entendeu o recado da ciência brasileira de que as vacinas são eficazes e seguras! É desnecessário trazer aqui os inúmeros resultados de pesquisas que indicam em todo mundo a segurança das vacinas. A realidade expressa esse avanço quando o número de casos e mortes diminui possibilitando o retorno de nossas atividades. O papel da vacina é evidente. Por isso, o argumento do procurador Max Palombo de que a eficácia das vacinas não foi comprovada é desconectado da realidade. O procurador ainda chega a pedir que a universidade pague 10 mil reais em caso de descumprimento se a liminar for concedida, outro absurdo por onerar ainda mais os recursos da Universidade, já tão atacados pelo governo Bolsonaro.

    A contradição fica ainda mais escancarada se levarmos em conta que o MP ao tenta impedir que a UFPel exija o comprovante, ao mesmo tempo em que o ele próprio exige o comprovante para frequentarmos suas dependências.

    Por fim, sabemos que o maior representante desse tipo de ideia é o próprio presidente Bolsonaro, irresponsável, que NÃO TOMOU A VACINA, e o bolsonarismo que prega e dissemina o negacionismo científico. Não aceitamos que as instituições do estado sejam aparelhadas por essas ideias.

    A Universidade deve recorrer a esse absurdo, e nós da comunidade acadêmica devemos pressionar a justiça para deliberar em defesa da vacina e em defesa da vida, contra o negacionismo! Porque de negacionista e irresponsável já basta o presidente Jair Bolsonaro.

    Leia mais detalhes sobre a ação nesta reportagem do jornal Diário Popular.