Máscaras deixam de ser obrigatórias na UFPel

O uso de máscaras passa a ser uma recomendação, após mais de dois anos sendo obrigatório

Por Rafaela Stark

Campus Anglo da UFPel /Foto: Carlos Queiroz / Diário Popular

Na última segunda-feira (29), a reitora Isabela Andrade assinou o regulamento que flexibiliza o uso de máscaras nas dependências da universidade, antes obrigatório, agora opcional. A avaliação da medida foi feita na sexta-feira (25), na reunião do Comitê Interno de Acompanhamento da Evolução da Pandemia pelo Coronavírus. O encontro foi um pedido da Administração Central da Universidade.

Após mais de dois anos sendo obrigatória, a instituição abriu mão da decisão, deixando a critério dos alunos se devem ou não utilizá-las. Entretanto, a universidade ainda irá exigir o uso da proteção em espaços de saúde, conforme decreto municipal. 

Sobre a portaria nº 1772, o aluno do curso de Ciências Biológicas Nicolas Harter, acredita que é válido o uso de máscaras dentro da sala de aula e nos ônibus da linha de apoio, por se tratarem de ambientes fechados, porém “na rua, acho que poderiam manter a opção do uso, até mesmo por causa do avanço da vacinação”.

Lembrando que a universidade determina que apenas indivíduos com as três doses ou completando o esquema vacinal, podem frequentar as aulas presencialmente.

Já a estudante do curso de Fisioterapia Natália Duarte, confessa ter se surpreendido com a deliberação, considerando todo o histórico de combate intenso da UFPel contra o vírus da Covid-19.

“Sinceramente, fiquei surpresa que a universidade tomou essa decisão, devido a toda sua posição em relação à pandemia e sua rigidez em cobrar as vacinas. Claro que acho tudo isso correto, só não esperava que iria liberar as máscaras esse semestre.”

Contudo, Natália entende que, justamente pelo compromisso vacinal dos alunos com a instituição, as máscaras puderam se tornar recomendadas ao invés de exigidas. Além disso, os números de infectados e de óbitos vêm diminuindo, como mostra o Painel Covid-19, da Prefeitura de Pelotas.

Mesmo que o uso de proteção seja fortemente recomendado pela reitoria, a pandemia ainda não acabou. A enfermeira padrão Margaret Cremonini, que possui mais de 30 anos de experiência, recebeu a notícia com certo descontentamento. Ela diz que “apesar da população ter consciência do uso das máscaras, as instituições – principalmente as que têm um grande fluxo de pessoas convivendo dentro de seus espaços – deveriam reforçar o uso delas até o momento em que acabe a mortalidade do vírus”. 

É importante ressaltar que não há previsões para o coronavírus ser erradicado. De acordo com a edição de junho da revista alemã Der Spiegel, o virologista Christian Dorsten afirma que o fim da pandemia se dará quando as pessoas pararem de sentir o impacto da enfermidade no seu dia a dia. O profissional ganhou reconhecimento em 2020, quando foi um dos responsáveis pela criação do primeiro teste de diagnóstico de Sars-Cov-2.

Confira a portaria de número 1772, que confirma a desobrigatoriedade do uso de máscaras nas dependências da UFPel, clicando aqui.

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