31 de maio: Dia Mundial sem Tabaco

Por Anahí Silveira e Letícia Pinto

O dia 31 de maio é marcado pelo Dia Mundial Contra o Tabagismo. A data serve para estimular os debates sobre a temática, facilitando a realização de várias campanhas de conscientização. Nesse ano, o tema escolhido é “A Interferência da Indústria do Tabaco”. Com foco também nos danos que a produção e o uso de tabaco provocam no meio ambiente, na exploração do trabalho infantil e nas consequências do fumo passivo, o tema no Brasil é “Fumar: faz mal pra você, faz mal pro planeta”.

A pelotense Mara Lucia está há aproximadamente 10 anos sem fumar. Determinada a colocar um ponto final no vício, ela buscou tratamento na Unidade de Atendimento (UA), por meio do médico especialista Antonio Siedler, o que foi fundamental na luta contra o tabaco. “Meus hábitos alimentares mudaram, sem contar a autoestima e o bem estar. A pessoa que deseja parar de fumar deve, num primeiro momento, estabelecer essa vontade, esse desejo. Acredito que só depois disso é que se deve buscar ajuda médica. Com certeza, minha rotina mudou. Quando eu ainda tinha o vício, me sentia constrangida em ter que sair do local onde estava para fumar um cigarro”, relata.

Neste ano, o tema da campanha no Brasil é “Fumar: faz mal pra você, faz mal pro planeta” (Foto: Divulgação)

Neste ano, o tema da campanha no Brasil é “Fumar: faz mal pra você, faz mal pro planeta” (Foto: Divulgação)

“Mais cedo ou mais tarde a pessoa que utiliza o tabaco terá seu organismo prejudicado. Além de afetar a si mesmo, atinge a família e as pessoas que estão a sua volta através da fumaça tóxica”, é o que explica a enfermeira Caroline Vargas.

Consequências do uso do cigarro

O órgão mais afetado pelo cigarro é o pulmão. O tabagismo desenvolve uma série de riscos a saúde, dentre eles: asma, bronquite, insuficiência respiratória e perda do paladar. A pessoa que fuma, tem a espessura de seus vasos sanguíneos diminuídos, além do fato de comprometer cérebro, fígado e estômago.

Aproximadamente 20 mil pessoas morrem por ano no Brasil por causa do câncer no pulmão. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), 90% dos casos diagnosticados são em decorrência do consumo excessivo de tabaco.

Segundo uma pesquisa feita em 2008 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto do Câncer (Inca), Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aproximadamente 25 milhões de brasileiros com mais de 15 anos fumavam derivados de tabaco. Apesar de 93% dos fumantes declararem ter ciência dos males do fumo e 67% ter percebido campanhas antitabaco nos meios de comunicação, apenas 52% tinham planos de parar e somente 7% queriam por a ideia em prática no mês seguinte à pesquisa. Ainda segundo a mesma pesquisa, entre o total de fumantes, cerca de 85% consumiam tabaco diariamente, sendo que 33% fumavam, em média, de 15 a 24 cigarros por dia.

No Brasil, aproximadamente 20 mil pessoas morrem por ano por conta de câncer no pulmão. (Foto: Divulgação)

No Brasil, aproximadamente 20 mil pessoas morrem por ano por conta de câncer no pulmão. (Foto: Divulgação)

Tratamento*

De forma equivocada, muitas pessoas acreditam que o tabagista é um “viciado”, “sem força de vontade”, “que não deixa de fumar porque não quer”. Mas não é isso. Na verdade, quem fuma sofre de dependência química, ou seja, é alguém que ao tentar deixar de fumar, se defronta com grandes desconfortos físicos e psicológicos que trazem sofrimento, e que podem impor a necessidade de várias tentativas até que finalmente se consiga abandonar o tabaco. Entender o que acontece com o tabagista e suas tentativas de parar de fumar é fundamental para que se possa ter a real dimensão do problema.

Portanto, se você quer parar de fumar comece escolhendo uma data para ser o seu primeiro dia sem cigarro. Este dia não precisa ser um dia de sofrimento. Faça dele uma ocasião especial e procure programar outra coisa que goste de fazer para se distrair e relaxar.

Se não consegue parar de fumar sozinho procure um tratamento especializado. Para informações mais detalhadas, é possível consultar a Coordenação de Controle do Tabagismo da sua Secretaria Estadual e/ou Municipal de Saúde.

*Fonte: INCA

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