Veganismo e solidariedade

 

 

Reportagem de Karen Costa Krüger e Marla da Silva Duarte –

Evento preza boa nutrição e contribui com necessitados e proteção dos animais –

Evento teve venda de diversos produtos e lanches veganos

     Aconteceu na tarde de sábado, 25 de fevereiro, a 3ª Edição do Veganique. O evento ocorreu na Praça Coronel Pedro Osório e, nesta edição, a causa era nobre: a arrecadação de alimentos não-perecíveis para as pessoas e ração para os cães moradores de rua.

    O Veganique foi uma iniciativa da ONCA Defesa Animal de Pelotas, há cerca de dois anos. Como a ONCA chegou ao fim, a proprietária do restaurante vegano Pycho Veg e ex-integrante da organização, Ingrid Sias, resolveu continuar a realizar o piquenique. O evento contou com a presença de expositores com vários produtos, lanches veganos e sorteios. Um quilo de alimento ou ração valia um cupom para concorrer aos brindes.

     Como o restaurante está diretamente ligado à causa animal, essa edição do Veganique foi em prol de ONG’s que necessitam de ajuda para alimentação, medicação, castração e para a manutenção dos cuidados aos animais. Porém, amigos da equipe Psycho Veg e ONG’s resolveram contribuir, também, para outra causa: a arrecadação de alimentos para a realização de almoços, jantas e atividades para pessoas carentes.

     “Acredito que a importância do veganismo para o mundo são as mudanças positivas que ele pode trazer – nas questões ambiental, de consciência e sociais, além de inúmeras outras. Gostaríamos muito que o mundo ouvisse o veganismo”, diz Ingrid ao ser questionada a respeito do que acredita ser o valor do movimento para o mundo. Ela afirmou, também, que essa é a missão do Psycho Veg: levar o veganismo para mais pessoas.

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Despedida do Carnaval

Reportagem de Naiara Khastasmokia –

Mesmo após o término das festas do Momo, a Xavabanda agitou no domingo –

Desfile foi da rua Almirante Barroso até a quadra junto ao estádio rubro-negro

     No domingo, dia 12 de março, em Pelotas, a Banda Carnavalesca XavaBanda transformou a Rua General Neto em sua passarela. Um grande público acompanhou a escola em seu desfile que ocorreu a partir da Rua Almirante Barroso até sua quadra de ensaios, localizada na esquina com a Rua Juscelino Kubistchek, junto ao prédio do Grêmio Esportivo Brasil, o Xavante de Pelotas.

     A banda reproduziu uma parte do espetáculo que desempenhou na passarela do samba, que neste ano foi novamente no Porto de Pelotas, no último final de semana de fevereiro. Após o desfile de domingo, a festa continuou na quadra com os shows da Xavabanda e do Pagode dos Guris, que encerrou a noite.

     Segundo Fagner Feijó, presidente da Banda, o sentimento era o melhor possível: “É muito gratificante a gente trabalhar o ano todo para dar o nosso melhor na passarela e, agora, após o Carnaval, fazer esse grande evento sem nenhuma violência e com esse grande número de pessoas”.

     Agora, os planos e os preparativos da Banda do Povão, como também é chamada, além dos eventos durante o ano e o desfile na passarela do samba de Pelotas, será o desfile que irão fazer no Rio de Janeiro em fevereiro de 2018. Depois de tratarem da cidade maravilhosa como tema, a Xavabanda foi convidada a se apresentar por lá no ano que vem.

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Saint Patrick’s Day

 

 

Reportagem de  Mariana Florencio e Luís Otávio Schebek –

A Irlanda desembarca em Pelotas hoje na comemoração do Dia de São Patrício –

A data corresponde a uma das festividades mais populares no país

 

     O Dia de São Patrício é um feriado nacional na Irlanda comemorado no dia 17 de março. Apesar de representar a morte do padroeiro do país, a festa é marcada por muita comemoração, bebida, comidas e a alegria do povo irlandês. Em 2006, a festa durou 10 dias, e sua fama é tanta que várias pessoas ao redor do mundo vão ao país para comemorar, ou trazem a festa para seus países.

     Em Pelotas não é diferente. O Sherlock Pub, bar temático que homenageia a cultura do Reino Unido, realiza hoje um evento de rua para comemorar o dia. Em sua segunda edição, já foi um sucesso no ano passado. Em entrevista, a sócia-proprietária Camila Souza comenta que “a proposta desse ano é fazer um evento grande de rua, com atrações temáticas que lembrem a cultura irlandesa.”

     Para este ano, várias coisas estão sendo planejadas para as pessoas se sentirem parte dessa cultura. “Vamos trazer o chopp verde, tocar um rock meio celta, enfeitar o bar, entre outras coisas”, afirma Camila. Com certeza, o mais esperado do evento é o chopp verde. Essa cerveja foi criada na Irlanda exclusivamente para a comemoração do dia, já que o verde é a cor que representa o país, pela sua natureza exuberante e pelo famoso trevo de quatro folhas. Para chegar à coloração, adiciona-se uma dose de menta à bebida, que é feita de forma artesanal.  

     Além do chopp, as pessoas vão encontrar várias barracas com comida de rua. O som fica por conta da banda The Woods, já popular nos eventos e festas da cidade, que vai tocar o tradicional rock celta. Esse tipo de música é comum na Irlanda, e é influenciada pelos povos celtas que lá moraram, que misturam o ritmo tradicional com o rock, criando esse estilo.

     Para quem quiser provar um pouco da cultura irlandesa, o evento acontece hoje a partir das 16h, na rua Três de Maio, entre as ruas Félix da Cunha e Gonçalves Chaves, com entrada franca. Além do Sherlock, o Dia de São Patrício será comemorado no Venerável Beer, Bazar da Cerveja, The Kraken Pub e o Botequim das Gordas.

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Ballet em Pelotas

 

 

Reportagem de Calvin Cousin –

Várias modalidades e histórias memoráveis da dança nas escolas da cidade – 

 

Aula na Escola de Ballet Dicléa: formação na modalidade clássica dura cerca de dez anos  (Foto: Divulgação)

           

     Quem olha para um corpo de ballet e não enxerga além da graça e delicadeza apresentadas, nem imagina a imensa dedicação, esforço e técnica aplicados pelos bailarinos. A formação na modalidade clássica dura cerca de dez anos, se iniciada, preferencialmente, por volta dos sete anos de idade. Na cidade de Pelotas existem duas escolas voltadas exclusivamente para o ensino da dança: a Escola de Ballet Dicléa Ferreira de Souza e a PLESS – Studio de Ballet.

Dicléa de Souza, a história do ballet pelotense encarnada

     A homônima professora de dança, mestra de ballet, proprietária e diretora da escola (atualmente aos cuidados de sua filha, Daniela) já virou tema de livro e enredo (vencedor) de escola de samba. Recebeu diversos prêmios e homenagens, inclusive o título de Cidadã Pelotense, em 1991. No Rio, integrou a escola de dança Maria Olenewa, do Theatro Municipal, como solista e membro do corpo de baile. Veio às terras sulinas, vinda do Rio de Janeiro, em julho de 1958, após seu casamento. “Cheguei em julho e em agosto já estava trabalhando. Comecei dando aulas no conservatório Angelo Crivellaro, um conservatório de música. Já tinham 118 crianças me esperando, e eu dava uma média de oito horas de aula por dia. Em 1960, abri minha própria escola,” conta a bailarina.

     Operando, originalmente, na Rua Félix da Cunha, a primeira grande apresentação da escola aconteceu em 1961, no Theatro Guarany. Nas palavras de Dicléa, “foi um horror”. Em função do tamanho do teatro, não era possível realizar um espetáculo apenas com piano, logo, foi convocado o maestro Tagnin, que precisava de músicos da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) para a apresentação, trazendo os três primeiros violinos, o oboé, o violoncelo e alguns outros instrumentos. As partituras vieram do Rio de Janeiro, com segmentos de “Le Sylphides” e das “Bodas de Aurora” (uma parte da “Bela Adormecida”). Durante a apresentação, devido a problemas e atrasos durante os ensaios, o maestro anunciou de capo primo!, que significa “começar tudo de novo”. Dicléa gritou do palco: “dá capo primo! coisa nenhuma! Vai só no piano”. E o restante do espetáculo foi acompanhado apenas pelo piano, enquanto os músicos da OSPA fugiram para a Praça Coronel Pedro Osório, envergonhados.

     Isso não impediu a escola de fazer sucesso, recebendo milhares de alunas e alunos ao longo dos anos. Participações vitoriosas em festivais em Joinville fizeram com que o nome Dicléa fosse reconhecido a nível nacional. Hoje, a escola se encontra em um novo endereço, na Rua General Osório, e participa de festivais em lugares mais próximos, “porque as crianças gostam e se sentem importantes ao participarem deles”.

     Ensinando, prioritariamente, o ballet clássico, por ser a base de tudo na dança, a escola também dispõe aulas para adultos e baby class, para crianças com menos de sete anos. Utilizam-se muito os ballets de repertório, não apenas pela didática, mas também para aproximar o público da cidade da experiência de ballets profissionais. “Criamos um público em Pelotas, tornando os espetáculos de repertório acessíveis para aqueles que não têm condições de assistir a um ballet fora. No final do ano passado fizemos “O Quebra-Nozes”, que, modéstia a parte, foi um baita sucesso. O público veio abaixo”, lembra a professora.

     A escola conta com quatro professoras e, aproximadamente, duzentos alunos, muitos originários do projeto A Magia da Dança, uma parceria com a Universidade Federal de Pelotas – UFPel, para dar aulas de ballet para crianças de bairros periféricos, na faixa dos oito aos 14 anos. Ainda que encontre resistência, o número de alunos homens vem aumentando, muitos deles estudantes universitários. Entre suas duas salas de aula (uma para baby class e outra para o clássico) e a boutique para venda de materiais de dança, a instituição apresenta diversas fotografias em preto e branco de Dicléa em meio de seus repertórios.

O Ballet Fitness

     Um estilo cuja popularidade tem crescido (inclusive entre famosos, como Grazi Massafera e Flávia Alessandra) é o Ballet Fitness, criado pela bailarina Betina Dantas, após uma lesão que a impossibilitou de seguir praticando o ballet clássico. Para não ficar parada, a profissional aproveitou sua formação em Educação Física para criar uma aula que misturasse movimentos do ballet com exercícios do mundo das academias. Alguns estabelecimentos de Pelotas ofertam aulas da modalidade, como a Escola Dicléa, sob o nome de moving dance, e a Academia Spazio, cuja professora é Nicole Gonzales. Formada em Educação Física pela UFPel, com mestrado na área pela mesma instituição, Nicole explica como funcionam as aulas:

     “São realizados abdominais, exercícios para braços e glúteos, além dos movimentos dos ballets tradicionais, como pliés (dobras dos joelhos), tendus (esticar uma perna ao lado do corpo enquanto a outra fica estática) e frappés (pousar um pé sobre o tornozelo do pé de apoio).” Os alunos realizam movimentos na barra, no chão e no centro, sem acompanhamento de música clássica ou apresentações externas, por ser uma atividade incluída nos currículos das academias como alternativa para quem quer se exercitar e tem gosto pelo ballet, mas não por exercícios com pesos. A modalidade é aberta para aqueles que nunca praticaram a dança, ajudando no fortalecimento muscular, na queima de calorias e na melhoria do equilíbrio, respiração, postura e flexibilidade.

     O Ballet Fitness é uma franquia, embora muitos professores utilizem de seus conhecimentos em educação física e ballet clássico para darem aulas, como é o caso de Nicole. “O curso de master só é realizado em capitais e, assim, possui um custo muito elevado para participar”. Contudo, diversos países, como os Estados Unidos, o Canadá e a Espanha, apresentam modalidades semelhantes, mas que trabalham com outros nomes, como Ballet Workout, Ballet Beautiful ou Barre Ballet. Mesmo com as inovações, o Ballet Fitness reforça a ideia de que, realmente, o clássico não cai, como diria Dicléa de Souza.

Um novo espaço para bailarinos

      O Studio PLESS, fundado em março de 2013 por Diego Porciúncula e Jean Coll, tem por objetivo a formação de bailarinos a nível técnico e artístico. Jean estudou com Dicléa, já na fase adulta, assim como Diego, que trabalhou com a mestra como professor de ballet, além de ter participado da companhia do Teatro Guaíra, em Curitiba. Ao voltar para a cidade, abriu a escola para ter maior autonomia e explorar o lado artístico da dança. “O técnico é aquilo que se aprende como matéria, mas ele fica muito frio no palco, então exploramos o artístico para trabalhar com a expressão facial e emotiva do bailarino”, afirma Jean.

      Com três modalidades, cinco professores e cerca de 120 alunos, a PLESS é uma escola exclusivamente de ballet. O ballet clássico de formação é dividido em níveis, que se estendem por cerca de dez anos, o período ideal para a formação de um bailarino clássico, que pode desempenhar papéis de destaque em qualquer ballet.

      Um diferencial do Studio é a carga horária de ensaio maior do que a de outros grupos da região. Utilizando como referência escolas do exterior ou companhias como a Bolshoi, que possui um centro em Joinville onde os bailarinos ensaiam cinco vezes por semana, algumas vezes durante todo o dia, a PLESS busca aproximar a realidade do ballet gaúcho com as de outros centros mais estabelecidos. São realizados três treinos semanais de uma hora e meia, ao invés das tradicionais duas aulas de uma hora. Para Jean, o correto para se obter um bom desempenho técnico seria pelo menos três horas de ensaio por dia, embora seja muito difícil consagrar a prática na região, devido ao preconceito e às questões do nativismo. “Quanto mais estudares, mais aperfeiçoado tu vais estar.”

      Ainda, a escola disponibiliza o Ballet Adulto, tanto para aqueles que nunca dançaram quanto para aqueles que praticaram durante a juventude, mas passaram muito tempo parados, e o Ballet Funcional, sem restrição de idade, desenvolvido pelo próprio professor Diego. Essa modalidade é composta por aulas de ballet que funcionam como exercícios físicos sem alto impacto ou os grandes saltos que existem nas outras duas categorias. A ideia do Ballet Funcional é semear os benefícios físicos da dança, como o tônus muscular, a boa postura e questões cognitivas, pela alta exigência que as bailarinas têm em se concentrar para contar a sequência de passos e o tempo de música. A categoria se diferencia do Ballet Fitness pelo fato de a segunda modalidade apresentar exercícios de alto impacto, impróprios para pessoas de mais idade ou com problemas de saúde.

     Por ser uma companhia nova, a PLESS apresentou poucos espetáculos, sendo eles “Cinderela” e, no final de 2016, “O Quebra-Nozes”, assim como a escola de Dicléa. A obra apresenta, em seu segundo ato, uma visita do “Quebra-Nozes” e da personagem Clara à Terra dos Doces, ou seja, Pelotas. Ao se apresentarem na cidade, as escolas mostram que a vida, algumas vezes, imita a arte.

  • Escola de Ballet Dicléa Ferreira de Souza

                  Localização: Rua General Osório, 1427

            Contato: (53) 3225-7975

  • Academia Spazio – Fitness & Wellness

                  Localização: Rua General Telles, 710

            Contato: (53) 3222-0491

  • PLESS – Studio de Ballet

                  Localização: Rua Santa Cruz, 2589

                  Contato: (53) 3028-0029

 

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História e tradição doceira

 

 

Reportagem de Juliana Rossler Ramires –

 

 O Museu do Doce UFPel foi criado em 2011 para celebrar a gastronomia local –

O prédio que sedia a instituição foi construído em 1878 a mando de Francisco Antunes Maciel, político pelotense

 

     O Museu do Doce da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) situa-se no Centro Histórico da cidade, no Casarão 8, situado na Praça Coronel Pedro Osório. O projeto foi criado em 2011, com o objetivo de preservar a memória da tradição doceira da região sul, tendo como compromisso produzir conhecimento sobre o patrimônio cultural.

     O museu apresenta diversos projetos que visam preservar e produzir conhecimento sobre a região sul, como o Laboratório de Educação para o Patrimônio (LEP). Pretende refletir sobre os museus como agentes educativos. Ao mesmo tempo, busca colaborar para qualificação das ações educativas oferecidas pelas instituições museológicas do Rio Grande do Sul.

     A instituição também abriga um programa de extensão vinculado ao Departamento de Museologia, Conservação e Restauro da UFPel, que visa democratizar o conhecimento por meio da acessibilidade, chamado o Museu do Conhecimento para Todos. Esse projeto conta com a participação de acadêmicos de diferentes cursos de graduação da universidade.

A principal exposição

     A exposição principal é um resultado do projeto de extensão o Museu do Conhecimento para Todos. “Entre o sal e o açúcar: o doce através dos sentidos” possui uma série de recursos que visam ampliar a capacidade expositiva do museu. Promove o doce como uma memória local que é compartilhada por gerações. Na exposição, é também possível conhecer a história associada ao sal, que simboliza as charqueadas localizadas no município, durante o século XIX e início do século XX. 

 O casarão 8

     O local que abriga o museu é um casarão imponente, que por si só já diz muito sobre a história da cidade. O prédio foi construído em 1878 a mando de Francisco Antunes Maciel, político pelotense, que entre diversos cargos políticos foi até conselheiro do Imperador. A construção foi moradia da família do conselheiro até 1950, sendo tombada em nível federal em 1977, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e comprada pela UFPel em 2006. O projeto de adequação das instalações para o Museu do Doce começou em 2010 e, somente em 2013, o processo foi concluído.

Horário de funcionamento e passeio virtual

     O museu funciona de domingo a sábado, das 14h às 17h30min. Mas é possível conhecer um pouco das instalações sem visitá-las presencialmente, por meio do passeio virtual. Nesses vídeos, é possível observar detalhes da construção que ajudam a exemplificar o período de intenso fluxo econômico na Princesa do Sul.

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Várias atrações dia 8 de abril

 

 

Reportagem de  Rafael Mirapalheta Goulart –

 

Facool Festival agitará Pelotas com sete atrações nacionais  – 

     O mês de abril reserva muita animação para os amantes de música em Pelotas. Para comemorar o aniversário de oito anos e o lançamento de seu novo site, o Facool Festival promove no dia 8 um evento multicultural no Centro de Eventos da Fenadoce.

     As festividades têm início programado para as 18h, com diversas opções de lazer; feira de vinil, brechó, bazar, gastronomia, arte, atividades de interação com o público e, principalmente, música. Entre as atrações musicais previstas para se apresentarem no evento estão algumas bandas e cantores de renome nacional. São os casos de Armandinho, Cachorro Grande, Vera Loca, Tenente Cascável, Cartolas & Identidade, Vitor Kley e Valente, entre outros. Vale ressaltar que a entrada é permitida para jovens a partir dos 14 anos, sendo que menos de 16 precisam estar acompanhado de responsáveis.

     Existem três tipos de ingressos sendo vendidos para o evento: a pista Premium, a pista Solidária e o Camarote. A entrada inteira da Premium está no valor de R$ 90,00, sendo R$ 45,00 para estudantes, idosos e portadores de necessidades especiais. O segundo módulo custa R$ 35,00 mediante a entrega de um litro de leite ou um quilo de alimento não perecível. Já a entrada para o lugar mais confortável, o camarote, está pelo valor de R$ 120,00 a inteira e R$ 60,00 meia entrada.

      A chegada do evento na cidade se torna fundamental para recolocar o cenário pelotense em evidência cultural. Com tanta tradição na música, Pelotas precisava justamente de atrações de peso e reuniões culturais como esta para dar à sua população a oportunidade de se manter com opções de lazer musical. Também para mudar um pouco o foco do Theatro Guarany e dar oportunidades a outras regiões de receber artistas importantes do cenário musical.

     A estudante Laís Souza, de 21 anos, comemora a realização da festividade e garante que o mesmo traz a possibilidade de novas realizações culturais na cidade. “Com toda certeza estarei no evento no dia 8 de abril. Pelotas estava precisando de mais eventos musicais e este com certeza trará um público enorme por ter acertado nas atrações. Além de, possivelmente, impulsionar a cidade a receber cada vez mais apresentações como estas”, comentou Laís.

     Para garantir presença no festival basta acessar o site Minha Entrada, escolher a modalidade de ingresso e seguir para a sessão de pagamento.

     Com as movimentações de vendas e de interesse em atender ao evento, o Facool Festival já é um sucesso antes mesmo de ter acontecido. Sinal de que a decisão de realizar tamanha festividade na cidade se mostrou um acerto. Que sirva de motivação para que outros eventos deste porte cheguem para entreter o público pelotense, tão carente de acontecimentos artísticos.

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Motoqueiros e rock unidos

 

Reportagem de Ricardo Leite –

20º Moto Lagoa promete movimentar São Lourenço do Sul – 

O evento recebeu 30 mil pessoas em três dias no ano passado e vem marcando a última parte do veraneio
Foto: Divulgação

     Entre os dias 24 e 26 de março ocorre em São Lourenço do Sul o Moto Lagoa. Evento que une shows, cultura, apresentações esportivas, exposições e encontro de motoqueiros. Nesse ano, será a 20ª edição do evento que promete ir além das anteriores, com várias bandas na programação.

     O Moto Lagoa tem marcado o verão na cidade de São Lourenço do Sul, ou melhor, como informa o organizador do evento, Albino Specht, “o Moto Lagoa serve, também, indiretamente, para ampliar a temporada de verão”.

     Specht explicou ao Arte no Sul que o evento ocorre nesse período para manter os turistas na cidade também no mês de março. “Como a temporada acabaria em fevereiro, o Moto Lagoa ocorre no fim de março e prolonga a temporada de verão, mantendo os empregos do veraneio e gerando mais renda na cidade”, completa.

     A expectativa é superar os 30 mil participantes de 2016, e para isso o evento traz, além dos músicos locais e regionais, apresentação de manobras radicais, artes marciais e mais de 60 expositores. “Para esse ano teremos lutas de Muay Thai, M.M.A. e Boxe, além dos shows, tudo com entrada franca. Por marcar os 20 anos, queremos fazer um evento de excelência”, indica o organizador.

     Em 2011, o Moto Lagoa quase foi cancelado devido à grande enchente que ocorreu na cidade. Para Specht o mais importante para o evento neste ano é a continuidade. “É muito difícil fazer que um projeto como este durante 20 anos ininterruptos, em alguns anos tivemos problemas, o de 2011 só foi possível porque tivemos muito apoio e doações. É um grupo muito unido e que trabalha muito para esse evento acontecer”, afirma Specht.

     O grupo que organiza o Moto Lagoa é uma associação que nasceu junto com o evento. “Quando começamos, éramos um grupo de pessoas que queria fazer isso acontecer apenas, agora somos uma associação registrada”. A Associação Guerreiros do Asfalto atribui ao presidente a organização todos os anos.  

     O evento terá cerca de 60 expositores vendendo seus produtos. Diversos empreendedores locais, porém muitos de todo o Rio Grande do Sul, e até Paraná e Santa Catarina. Além disso, os visitantes incluem turistas de toda a região e grupos de motociclistas nacionais e até internacionais. “Pelo número de contatos que temos recebido, teremos visitantes do Uruguai, Argentina, e do Sudeste e Sul do Brasil”, completa Albino Specht.

Programação:

Sexta-Feira – 24 março

15:00 Recepção na RS-265

20:00 Competição de artes maciais

Shows

19:00 Banda Calavera

20:00 Banda Zelda

21:00 Gueppardo

22:00 Banda Gobust

23:00 Q’Nome

24:00 Marenna

 

Sábado – 25 de março

9:00 Recepção na RS-265

11:00 Desfile com participação do grupo de manobras “Arte e Equilíbrio”

21:00 Apresentação do grupo de manobras “Arte e Equilíbrio”

Shows

17:00 Abertura oficial

18:00 Os Rebobináveis

19:00 The Jarbs

20:00 Nu Xadrez

21:00 Bourboun Schot

22:00 Dr. Dog

23:00 TNT – Tenente Cascavel

24:00 The Jarbs

 

Domingo – 26 de março

13:00 Banda The Rock Machine

15:00 Show de manobras radicais

18:00 Encerramento

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   Maravilhosa a matéria. mais uma importante contribuição para a divulgação do evento..Aproveito para agradecer e convidá-los para estar conosco nestes dias e receber um troféu do 20º MOTO LAGOA.

     Albino Specht

 

 

Festival nativista leonense

Reportagem de Igor Vianna e Luciano Coelho – 

Levante da Canção Gaúcha cultiva a tradição e valoriza talentos locais – 

Escultura homenageia o graniteiro, símbolo do Levante

     A música nativista gaúcha é uma veia que pulsa forte no interior do Rio Grande do Sul. O município de Capão do Leão cultiva essa semente da tradição através de um dos grandes festivais desta categoria no Estado, o Levante da Canção Gaúcha, que tem a nova edição prevista para o mês de maio.

     O nome surgiu em homenagem aos graniteiros do município, que trabalham na mineração de pedra, o maior potencial econômico da localidade. O levante é o nome dado ao tiro utilizado para a detonação e posterior extração das pedras.

     De acordo com Hugo Alexandre Albuquerque, um dos fundadores do Festival, a ideia surgiu em 2008, quando aconteceu a primeira edição, a fim de elevar e inserir a cultura nativista na comunidade leonense. Com base em outros festivais como o Reponte de São Lourenço do Sul e o Terra e Cor de Pedro Osório, a intenção é colocar novos artistas da região junto aos nomes consagrados do nativismo, no mesmo palco. Busca-se, em especial, a inserção de artistas leonenses no cenário. É feita uma triagem em separado dos talentos, chamada de fase local, existente desde a primeira edição do evento, garantindo a participação de quatro composições da cidade no palco e no CD do Festival.

     Em 2017, o município de Capão do Leão conta com um novo diretor de Cultura, Everson Maré, que é músico nativista de renome estadual. Ele falou um pouco sobre a perspectiva do Levante da Canção gaúcha para a nova gestão do município. Para Maré, a expectativa é de dar continuidade ao Festival e aumentar ainda mais a participação do público, que já é grande, segundo ele. Os objetivos são propagar e difundir a cultura do Rio Grande do Sul junto à comunidade leonense e proporcionar espaço para o surgimento de novos talentos. O Festival também evidencia e promove o município de Capão do Leão, suas potencialidades culturais, históricas e socioeconômicas. 

     O Levante teve as seis edições anteriores concomitantes à Festa da Melancia no município, este ano mudará de data e festividade. De acordo com o Diretor de Cultura, em virtude da Festa da Melancia ter sido extinta, o festival acontecerá junto com as festividades de aniversário do município nos dias 5 e 6 de maio, ainda com local indefinido.

     Maré explicou que haverá algumas alterações nos moldes do Festival: “A premiação teve mudanças não somente no que se refere à quantia em dinheiro, como também aos troféus oferecidos aos vencedores, que, agora, passam a ter nomes alusivos à história do Município”. As premiações serão os seguintes: “Troféu Levante”, alusivo ao tiro de levante utilizado pelos graniteiros na extração de pedras; “Troféu Emancipação”, alusivo à emancipação política de Capão do Leão; “Troféu Cultura”, que irá premiar o melhor tema sobre Capão do Leão e sua história, alusivo aos aspectos culturais e históricos locais; “Troféu Leopoldo Rassier”, alusivo a um dos maiores intérpretes do Estado e que, além disso, prestou relevante contribuição para a emancipação de Capão do Leão; e “Troféu Santa Luzia”, em respeito à protetora dos graniteiros.

     Uma das intenções do festival, conforme foi comentado por Hugo Albuquerque, é a inserção dos artistas leonenses no circuito cultural. O diretor do Festival Everson Maré afirma: “Estamos avaliando a possibilidade de usarmos dois palcos no evento, um para a realização do Levante e dos shows principais, onde também se apresentarão alguns artistas locais, e outro exclusivamente para atrações da cidade durante a Festa de Aniversário do Município e Levante da Canção Gaúcha de Capão do Leão.”

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Prata da casa

 

Reportagem de Beatriz Coan Peterle – 

Cantora e compositora pelotense lança single na internet – 

Julie Schiavon estuda Dança e impulsiona carreira musical

     Nascida em Pelotas e estudante de Dança na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Julie Schiavon, é uma das mais novas artistas da cidade tentando se lançar no cenário musical. Com 20 anos estreia seu primeiro clipe, “The Fear”, que traz sua opinião a respeito de experiências comuns às pessoas na sua volta. Em busca de visibilidade ela divulga seu trabalho na internet, principalmente, através de redes sociais.

     Desde criança, Julie é apaixonada por música e canto. Foi aos 11 anos de idade que ela diz ter começado de fato a cantar, quando iniciou suas aulas de canto. Nessa época, também já compunha algumas músicas, que expressavam situações que vivenciava, sendo “The Fear” a primeira a sair dessa linha. Tendo como inspiração artistas internacionais, principalmente norte americanos, suas letras são escritas em inglês. Aliás, foi através da música que aprendeu a língua.

     Seu maior suporte e apoio na carreira vem da sua família, em especial dos pais, e dos amigos, que sempre acreditaram no seu sonho e na sua capacidade de viver da música. Apesar de Pelotas ser rica em cultura, Julie não tem encontrado muito apoio na cidade. Sente uma falta de interesse pela área do público e de órgãos municipais. As experiências que teve em cima do palco incluem uma apresentação no Piquenique Cultural e outra na Fábrica Cultural.

     Seu primeiro e principal projeto no momento é o lançamento oficial do seu clipe “The Fear” na internet. É também a primeira música que produz. Julie conta que a letra fala sobre o medo que as pessoas têm de demonstrar sentimentos, de perder pessoas importantes em suas vidas, e quão vulnerável ficam os relacionamentos quando não se demonstra isso para o parceiro.

     Para saber mais sobre a Julie Schiavon e seus trabalhos é só seguir ela no Facebook e no YouTube.

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Planos da Cultura em 2017

 

Reportagem de Beatriz Coan Peterle – 

Secretário Giorgio Ronna expõe como a cidade planeja as suas atividades – 

Com mesmo orçamento de 2016 Giorgio Ronna busca manutenção de projetos                                                  Foto: Beatriz Coan Peterle

     O ano de 2017 iniciou com mudanças, principalmente no cenário político, com um novo mandato de governo municipal em Pelotas. A saída de Eduardo Leite para dar lugar à sua até então vice-prefeita, eleita em 2016 para substituí-lo no cargo, Paula Mascarenhas, gera uma modificação na estrutura governamental do município, incluindo a Secretaria de Cultura de Pelotas (Secult).

     Apesar da troca de mandatos, a Secult manteve 80% da equipe que atuava no governo anterior, o que, segundo o secretário de Cultura, Giorgio Ronna, facilita a administração da secretaria. O mesmo pessoal, a mesma engrenagem, que estão familiarizados com o calendário de eventos da cidade e seus recursos disponíveis, facilita para planejar de forma mais ampla, com ações de médio e longo prazo.

     Com o orçamento do ano anterior, o desafio de 2017 é manter e aumentar as propostas de trabalho já existentes. A maneira é enxugar o máximo que pode, o que já vem acontecendo, segundo o secretário. No Projeto Verão que aconteceu em janeiro e fevereiro desse ano, continuaram sendo oito apresentações como nas edições passadas, o que não afetou a participação dos artistas, mas reduziu-se para dois dias de evento, diminuindo em mais de 50% os custos com o corte de aluguel de estrutura.

     O foco está em descentralizar a cultura, levar para todos os bairros apresentações, oficinas e programas custeados pela Secult. O secretário reforça “A secretaria não é uma promotora de eventos, é uma fomentadora de práticas culturais no município”. Com projetos de circulação interbairros, dentro do sistema penitenciário, e também na FASE, a secretaria busca uma ampliação de possibilidades e de visão para o futuro dos moradores de zonas violentas e ressocialização dos detentos.

     Todas as ações são promovidas através de editais, medida que foi adotada em 2014 pelo ex-prefeito Eduardo Leite, que segundo Ronna é a maneira mais democrática de se escolher os artistas. Em 2015 foram lançados por volta de 13 editais, em 2016 devido à crise esse número reduziu. Neste ano, o objetivo é aumentar a quantidade e as modalidades de editais. Incluindo assim ‘circulação do artista pelotense’ para custear viagens de apresentações, participação de seminários e palestras fora da cidade, ‘circulação interbairros’ para espalhar os artistas dentro do município, ‘programas’ que são ações sociais e culturais promovidas por outras entidades em Pelotas e também ‘programa de formação continuada’ para não só mostrar a cultura, mas capacitar os pelotenses.

     O que ficou marcado em 2016 foi a  inclusão de novas áreas como gastronomia, games e moda.  As escolhas nos editais são feitas por meio de uma comissão, formada por membros do Conselho Municipal de Cultura, da Secult e especialistas e professores da área do edital em questão. O programa PRO Cultura é o mais consolidado e que possui aumento anual de 15%, já confirmados pela nova prefeita Paula Mascarenhas, e é o único onde somente o Conselho Municipal de Cultura faz as escolhas.

     Giorgio Ronna traz também números em relação a investimentos. Por exemplo, o Pro Cultura, que iniciou com 90 mil reais de subsídio, hoje conta com 550 mil reais para a sua realização.  O que é visto de maneira muito positiva, pois demonstra o apoio da Prefeitura cada vez maior à cultura pelotense.

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