Mostra fotográfica traz registros inéditos do prédio da Prefeitura do Rio Grande

Exposição tem visitação gratuita e acontece na Galeria de Exposição Permanente      

Por Victória Silva       

  

Exposição narra 200 anos de história do sobrado em que funciona Prefeitura do Rio Grande    Foto: Victória Silva

 

Com foco na valorização do patrimônio cultural do município do Rio Grande, a exposição “Da Casa Nobre ao Paço Municipal: 200 anos de Narrativas” retrata, por meio de fotos inéditas, a história do prédio que sedia o Executivo da cidade mais antiga do Estado. Desde 13 de dezembro de 1982, o valor da edificação foi reconhecido com o registro no Livro do Tombo Histórico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul (IPHAE). A mostra fotográfica acontece na Galeria de Exposição Permanente, no piso térreo do Paço Municipal do Rio Grande (rua General Neto, 44).

 

Curadoria foi realizada pela equipe da Fototeca Municipal Ricardo Giovannini Foto: Divulgação

 

Aberta à visitação desde agosto e incluída na programação da Semana do Patrimônio 2024, entre os dias 20 e 30 de agosto, a exposição se estende até fevereiro de 2025. Até lá, de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h, o público terá acesso a registros visuais selecionados pela equipe da Fototeca Municipal Ricardo Giovannini. Poderá ser contemplada a transformação do prédio ao longo do tempo, bem como dos arredores. A visitação é gratuita.

 

A atração conta com fotografias inéditas do interior do prédio                     Foto: Victória Silva

 

Segundo a diretora da fototeca, a historiadora Gianne Zanella Atallah, a curadoria buscou documentar alguns momentos pontuais do sobrado enquanto espaço construído, não apenas como um imóvel da Prefeitura. “A intenção da exposição é fazer com que a comunidade se sinta pertencente a este espaço. São 200 anos de narrativas. Muitas pessoas passaram por aqui, tiveram suas atividades aqui dentro, tivemos moradores e um clube de divertimento, que era uma sociedade carnavalesca. Então, são muitas entradas e saídas”, explica ela. “A fotografia tem várias interpretações, então, muitas vezes, uma única fotografia conta muito sobre vários momentos”, completa.

 

Detalhes do cotidiano rio-grandino no passado são lembrados em cada imagem      Foto: Divulgação

 

Para a estudante Nathália Santos, a mostra cumpriu com o seu propósito. “Foi muito interessante visualizar, como rio-grandina, através dos arquivos, a mudança de hábitos e vestuário. Observei uma pequena parte da evolução da minha cidade através do prédio que simboliza sua democracia”.

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Programa Orquestra Jovem do Sesc com inscrições abertas até dia 9 de outubro

Pelotas foi a cidade escolhida como sede de projeto que busca estimular o desenvolvimento artístico de adolescentes        

Por Fernanda Farinha        

 

Chance com bolsas para cursos de contrabaixo, viola, violino e violoncelo     Foto: Divulgação/@paulorossifoto

 

O programa Orquestra Jovem do Sesc é uma inovação no Rio Grande do Sul, sendo o primeiro projeto de orquestra voltado para adolescentes no Estado. As inscrições vão até o dia 9 de outubro, para jovens entre 15 a 18 anos, através do site, o programa também oferecerá bolsas de estudos para alunos selecionados.

Nacionalmente, o Sesc é pioneiro nesse tipo de projeto, a instituição forma bandas de música e orquestra desde 2004. Atualmente, as orquestras jovens do Sesc estão presentes em diversos estados do país, e agora também no Rio Grande do Sul.

O Festival Internacional Sesc de Música, realizado em Pelotas, tradicionalmente recebe membros das orquestras jovens. Segundo Luciana Stello, gerente de Cultura do Sesc/RS, a possibilidade de trazer esse programa para o sul foi vista durante as suas realizações. “Presenciamos, de perto, como este projeto tem o potencial de transformar vidas através da música e da inclusão social. Então, ter essa iniciativa também em prática no Rio Grande do Sul era um sonho pensado já há algum tempo, que estamos concretizando neste ano,” contou. As aulas serão realizadas na Unidade do Sesc de Pelotas, a cidade foi escolhida como sede do projeto pela sua vocação para música e pelo sucesso que o Festival Internacional faz no município.

Os jovens poderão escolher entre os cursos de contrabaixo, viola, violino e violoncelo. As aulas serão realizadas presencialmente em três dias da semana e iniciam em janeiro de 2025. Uma novidade é a oferta de bolsas de estudos, um fato inédito entre as orquestras jovens do Sesc no Brasil. Luciana ressalta a importância dessa ajuda financeira para os alunos: “Partiu de nosso entendimento, no Sesc/RS, da necessidade de valorizar esses jovens alunos e evitar a evasão do curso entre participantes que, por motivos socioeconômicos, teriam que migrar para o mercado de trabalho e ficariam sem tempo para a formação”. Além da bolsa no valor de 600 reais, os estudantes também terão custeados o transporte e o lanche, permitindo com que se dediquem à formação e ao desenvolvimento do seu talento.

A música clássica e as orquestras ainda são, de certa forma, vistas como inacessíveis para muitos públicos. Projetos como os do Sesc têm um papel muito importante na popularização dessa arte. Luciana evidencia que a Orquestra Jovem do Sesc busca tornar a música de concerto acessível a todas as camadas da sociedade, no lugar de deixá-la erroneamente atrelada à elite, tendo em conta seus instrumentos e formações de alto custo. A formação de uma Orquestra Jovem, soma-se às inúmeras contribuições do Festival Sesc de Música à comunidade pelotense, um legado que colabora com a democratização da música de concerto.

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Os fantasmas ainda se divertem

O retorno triunfal do fantasma mais irreverente do cinema     

Por Pedro Bittencourt de Oliveira     

 

Michael Keaton interpreta o personagem protagonista            Fotos: Divulgação

 

Após mais de três décadas, o excêntrico Beetlejuice está de volta às telonas. Dirigido novamente por Tim Burton, “Beetlejuice 2” traz a tão esperada sequência de um dos maiores clássicos de comédia sombria do cinema. O filme chega com a missão de revitalizar o espírito caótico do original e conquistar uma nova geração,enquanto celebra o legado deixado pelo primeiro longa de 1988.

A nova vida de “Beetlejuice”

“Beetlejuice 2” carrega o desafio de dar continuidade a uma história que se tornou icônica. O personagem principal, interpretado por Michael Keaton, retorna com a mesma energia irreverente e anárquica que o consagrou no primeiro filme. Keaton, mais uma vez, encarna o bio-exorcista que transita entre o mundo dos mortos e dos vivos, desta vez com novos desafios e, claro, novos humanos para atormentar.

A trama envolve a personagem de Lydia Deetz, interpretada por Winona Ryder, agora adulta. Ela enfrenta questões familiares enquanto tenta proteger sua filha, papel de Jenna Ortega, das travessuras de Beetlejuice. A continuação não apenas amplia o universo apresentado no primeiro filme, mas também introduz uma nova geração de personagens, mantendo a essência humorística e sombria que fez de“Beetlejuice” um clássico.

Conexões com o passado e novos ares

Se o primeiro filme se destacou por sua originalidade e estética única, “Beetlejuice 2″ segue o mesmo caminho, mas com uma narrativa renovada e visualmente atualizada. Enquanto o estilo gótico de Tim Burton continua a definir o tom da produção, o diretor consegue trazer frescor ao universo de Beetlejuice ao incorporar temas mais contemporâneos e expandir o cenário fantasioso.

Com a adição de novos membros ao elenco, como Jenna Ortega, que tem ganhado destaque em papéis de terror e fantasia, e veteranos como Willem Dafoe e Justin Theroux, o filme garante uma dinâmica interessante entre os novos e os antigos personagens. Ortega, em particular, é um dos pontos altos da continuação, dando vida à filha de Lydia e estabelecendo um paralelo entre o comportamento irreverente de sua personagem e o de sua mãe no original.

 

Jenna Ortega soma no elenco fazendo o papel da filha de Lydia

 

Tim Burton: o maestro do macabro continua a brilhar

Tim Burton, novamente à frente da franquia, mostra que sua visão criativa ainda é tão vívida quanto nos anos 1980. Desde o lançamento do primeiro “Beetlejuice”, Burton se consolidou como um dos diretores mais originais de Hollywood, e o retorno ao universo que ele ajudou a criar é uma celebração de sua carreira e de seu estilo inimitável.

Com “Beetlejuice 2”, ele expande sua estética característica, utilizando a tecnologia moderna para aprimorar os efeitos especiais que, no original, eram propositalmente rudimentares, mas cativantes. O equilíbrio entre o digital e o prático mantém a atmosfera única do primeiro filme, ao mesmo tempo em que faz jus às exigências visuais do público contemporâneo.

Expectativa e nostalgia

“Beetlejuice 2” não é apenas uma continuação; é um evento cinematográfico que une nostalgia e inovação. Os fãs do primeiro filme encontrarão muitos easter eggs e referências ao original, enquanto o novo público terá a chance de descobrir o humor disruptivo e a estética gótica que definem o trabalho de Burton.

A expectativa estava alta, especialmente para ver como a interação entre os personagens clássicos e os novos seria conduzida. Com Michael Keaton retomando o papel de sua vida e a adição de um elenco jovem e talentoso, “Beetlejuice 2” supera as expectativas e se concretiza como um filme de ótimas atuações e narrativa divertida e envolvente.

Conclusão: Beetlejuice está de volta, e melhor do que nunca

“Beetlejuice 2” consegue capturar a essência do que fez do primeiro filme um clássico, ao mesmo tempo em que explora novas possibilidades narrativas. Com um elenco talentoso e a direção visionária de Tim Burton, esta sequência tem tudo para se tornar um novo marco no cinema de fantasia e comédia. O retorno do bio-exorcista mais amado do cinema faz não apenas rir, mas também nos lembrar por que “Beetlejuice” se tornou uma referência no imaginário cultural.

Ficha Técnica:
– Título Original: “Beetlejuice Beetlejuice”
– Direção: Tim Burton
– Elenco: Michael Keaton, Winona Ryder, Jenna Ortega, Catherine O’Hara, Willem Dafoe, Justin Theroux
– Roteiro: Alfred Gough, Miles Millar
– Gênero: Comédia, Fantasia, Terror
– Produção: Plan B Entertainment, The Geffen Company
– Distribuição: Warner Bros. Pictures
– Duração: 104 minutos
– Data de Lançamento: 5 de setembro de 2024
– Onde assistir: Lançado nos cinemas, plataformas de streaming ainda a serem confirmadas.

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Exposição do Museu Leopoldo Gotuzzo traz olhar sobre natureza 

Mostra fez parte da programação da Primavera dos Museus e continua aberta à visitação      

Por Vanessa Oliveira        

 

O Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (MALG), vinculado à Universidade Federal de Pelotas (UFPel), inaugurou a exposição “Olhar Peregrino: Percursos de Gotuzzo através da paisagem”, no dia 17 de setembro. A realização fez parte da programação da Primavera dos Museus, ocorrida na última semana de setembro. mas teve seus eventos paralelos adiados devido à suspensão das atividades acadêmicas e administrativas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em decorrência das condições climáticas adversas. As novas datas para os eventos adiados serão divulgadas em breve. A mostra pode ser visitada até abril de 2025. 

 

Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo fica na Praça 7 de julho, 180, em frente ao Mercado Municipal de Pelotas

 

A mostra apresenta as pinturas de paisagem criadas pelo artista Leopoldo Gotuzzo durante suas viagens por diversas regiões do Brasil e da Europa, realizadas  entre os anos de 1918 e 1942.  Gotuzzo viajava constantemente para visitar museus, estudar a arte e expor suas obras. A exposição revela suas rotas trazendo sua visão única e artística, sendo assim, ficou conhecido pela imprensa como o “peregrino das artes”.

 

Olhar do pintor sobre diversos lugares chega até nós

 

Sob a curadoria de Ana Carla de Brito, professora do curso de Licenciatura em Artes Visuais na UFPel e pesquisadora em teoria e história da arte, a exposição promete ser uma  jornada visual através dos trabalhos de paisagem do renomado artista Leopoldo Gotuzzo.

Ana Brito enfatiza a importância das paisagens na obra de Gotuzzo, notando que, embora ele seja conhecido por seus nus e retratos, foi um prolífico pintor de paisagens, frequentemente inspirado pelos lugares que passava. As obras selecionadas para a exposição, segundo Brito, foram cuidadosamente escolhidas para ilustrar os diversos percursos que o artista fez ao longo de sua carreira, particularmente entre 1918 e 1942.

 

Curadora da exposição Ana Carla de Brito explica como exposição foi pensada e organizada

 

A curadora utilizou uma variedade de documentos disponíveis no MALG, incluindo críticas de arte, notícias de jornais, manuscritos do artista e cartas para identificar as obras que estão sendo exibidas, planejando uma exposição que expressasse tanto os caminhos geográficos quanto a trajetória artística do autor.

Brito também destacou a relevância histórica das doações de Gotuzzo à Escola de Belas Artes de Pelotas, sugerindo um impacto significativo na formação de estudantes da região. A curadora expressou um desejo contínuo de envolver o público e a equipe didático-pedagógica do museu em conversas que exploram a relação entre arte, paisagem e sustentabilidade ambiental.

 

Sensibilidade das pinturas hoje se encontra com questões ambientais

 

“A exposição não é apenas uma retrospectiva do trabalho de Gotuzzo, mas uma tentativa de promover uma maior conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente e do olhar cuidadoso para as interações com ele,” diz Ana Carla. Ela espera que as pinturas de Gotuzzo inspirem uma apreciação renovada pela beleza natural e pela importância de práticas sustentáveis.

O MALG, é acessível à comunidade e opera sem fins lucrativos. O museu possui um acervo de 4.000 itens, organizado em oito coleções, incluindo acervos como o da extinta Escola de Belas Artes de Pelotas, além das coleções de Leopoldo Gotuzzo, Faustino Trápaga e João Gomes de Mello Filho

Para mais informações sobre a exposição ou outras atividades relacionadas, os interessados devem acompanhar as redes sociais do Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo e também pelo telefone (53) 3248-4318. O MALG funciona de terça a sábado, das 12h às 18h. Os espaços expositivos fecham pontualmente às 18h30.

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Por que os filmes de terror estão com medo de assustar?

“Longlegs: Vínculo Mortal” faz parte da crise de identidade que o gênero de horror vem sofrendo    

Por Gabriel Veríssimo

     

Nicolas Cage personifica um serial killer no filme dirigido por Osgood Perkins       Fotos: Divulgação

 

O filme “Longlegs: Vínculo Mortal”, dirigido por Osgood Perkins, tem se destacado como uma das obras mais comentadas do cinema de horror deste ano. A trama gira em torno de uma agente do FBI (interpretada por Maika Monroe), convocada para reabrir um caso arquivado de um serial killer (vivido por Nicolas Cage). Lançado mundialmente em 12 de julho, o longa já ultrapassou a marca de US$100 milhões em bilheteria.

Esses números são notáveis, especialmente considerando que “Longlegs” competiu nas salas de cinema com grandes lançamentos como “Deadpool vs Wolverine” e “É Assim que Acaba” durante julho e agosto. Um dos fatores que pode ter contribuído para esse sucesso é o forte marketing, que desde 2023 promove o lançamento como “um dos filmes de terror mais assustadores de todos os tempos”.

Não é surpreendente que os fãs do gênero tenham demonstrado grande interesse por “Longlegs”, especialmente considerando a escassez de filmes de terror que realmente se propõem a assustar o público. No entanto, surge a pergunta: “Longlegs” é realmente tão assustador quanto promete?

A resposta correta seria: depende. O medo é uma experiência subjetiva; o que aterroriza alguns pode não causar o mesmo efeito em outros. Porém, vamos analisar essa questão de uma perspectiva histórica. Assim como qualquer forma de arte, o cinema evolui em termos de linguagem e técnica ao longo do tempo. Podemos comparar o cinema atual, por exemplo, com os primeiros filmes, mudos e em preto e branco, que se limitavam a cenários em movimento com uma câmera fixa. Hoje, cenas são criadas inteiramente através de efeitos visuais de computação gráfica.

No caso específico do cinema de horror, essa evolução também é evidente. O gênero tem se tornado cada vez mais eficaz em criar experiências assustadoras e realistas para o espectador. Podemos observar essa mudança comparando os clássicos do expressionismo alemão, como “O Gabinete do Dr. Caligari” e “Nosferatu” – filmes mais lentos, com atuações teatrais e longos planos – com produções contemporâneas como “A Bruxa de Blair” e “Atividade Paranormal”. Estes últimos, no estilo *found footage*, utilizam câmeras digitais amadoras para transmitir uma sensação de maior realismo.

 

Trama gira em torno de uma agente do FBI (Maika Monroe), que investiga caso de assassino em série

 

Terror próximo ao cotidiano

Essa evolução no cinema de horror também reflete uma mudança na forma como o medo é apresentado. Enquanto filmes mais antigos buscavam criar uma atmosfera de estranheza e suspense por meio de uma estética visual e narrativa mais teatral, as produções do final da década de 1990 e início dos anos 2000 tendiam a utilizar novas técnicas para aproximar o terror da realidade cotidiana do espectador. No entanto, em meio a essa transformação, surgem obras como “Longlegs”, que desviam para outros gêneros, mostrando que o foco atual do horror não é a frontalidade.

Voltando à pergunta inicial: “Longlegs” é realmente assustador? A resposta é não, pois o filme não se propõe a isso. Embora possua uma atmosfera de tensão muito bem desenvolvida no primeiro ato, ela é descartada no decorrer da história.

“Longlegs” se transforma no seu decorrer, adotando um tom mais voltado ao drama psicológico e ao thriller policial, abandonando a frontalidade e o medo explícito característicos do gênero.

Esse distanciamento da estética do terror tem se tornado uma tendência nos últimos anos, marcada por uma espécie de crise de identidade do gênero. Filmes de horror que parecem ter medo de assustar são cada vez mais comuns. Obras como “Midsommar”, “X”, “Pearl”, e outros filmes de estúdios como a “A24”, exemplificam essa nova fase, em que o terror é frequentemente misturado com drama psicológico. Estes filmes oferecem uma narrativa mais densa e lenta, voltada para as histórias de traumas e situações semelhantes, mas ao fazer isso, deixam de lado o impacto direto que muitos espectadores associam ao terror.

Essa tendência pode ser vista como uma tentativa dos estúdios de moldar um novo padrão de gosto entre o público, onde o terror se aproxima cada vez mais do drama psicológico, afastando-se de suas raízes mais gráficas e assustadoras. Com isso, o gênero vai se transformando e buscando novas formas de manter a relevância, ao mesmo tempo em que se afasta da sua essência original, construída ao longo de décadas.

Essa mudança pode estar ligada ao desejo de elevar o gênero de terror nas grandes premiações. Ao incorporar elementos de drama psicológico e se afastar da frontalidade, esses filmes buscam reconhecimento crítico, almejando ser vistos como algo mais “elevado” do que o terror tradicionalmente é. Essa busca por legitimidade no mundo cinematográfico se torna problemática, pois acaba desvalorizando ainda mais o terror como gênero, transmitindo a ideia equivocada de que essa tendência representa uma evolução ou, até mesmo, a salvação do terror, o que definitivamente não corresponde à realidade.

 

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Museu do Doce tem programação especial para Primavera dos Museus

Amanhã, dia 28 de setembro, o espaço terá atividades culturais e musicais com abertura noturna       

Stéfane Costa       

 

O Museu do Doce fica no Casarão 8 do Centro Histórico de Pelotas    Fotos: Stéfane Costa

 

Museus de todo o País estão com uma programação especial pela 18ª Primavera dos Museus, ação promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Esses locais de resgate histórico e importância cultural estão realizando oficinas especiais, visitações e exposições. Em Pelotas não é diferente. Na Princesa do Sul, o Museu do Doce, administrado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), receberá visitantes em várias atividades.

Uma variedade de oficinas seria realizada nesta semana, porém com o cenário alarmante das fortes chuvas e cancelamento das atividades na Universidade, a programação precisou ser adiada para a próxima semana. Neste sábado (dia 28 de setembro), o espaço funcionará até as 22h, para o evento “Uma Noite no Museu”, com abertura prevista para a as visitações às 10h. Ou seja, o museu estará aberto das dez da manhã às dez da noite.

O visitante poderá visitar as exposições do Museu durante todo o horário de funcionamento.  Haverá uma oficina de biscoitos às 15h. A banda Sobreviventes, do Centro Musical O Batuta, irá abrir a programação musical às 17h, seguida pela banda Lady Blue, às 18h. O Núcleo de Teatro da UFPel fará uma encenação de “A atriz” às 19h. E a noite de atividades culturais será fechada com apresentação da banda de reggae do Kilombo Urbano.

As demais atividades que precisaram ser adiadas terão data e horário divulgadas no Facebook e no Instagram.

 

Exposição de cadernos de receitas das antigas doceiras é uma das atrações do museu

Inclusão

Com o tema “Museus, acessibilidade e inclusão”, a Primavera dos Museus propõe a estes espaços que reforcem seu papel na sociedade. Para Noris Leal, diretora do Museu do Doce, a inclusão vai muito além da acessibilidade à pessoa com deficiência, é o reforçar a inclusão à cultura para todas as pessoas. “A gente está tentando possibilitar que mais pessoas que não tenham como hábito vir ao museu possam participar das atividades”, diz.

 

A diretora do Museu, Noris Leal, salienta a importância da democratização e da acessibilidade da instituição

 

Ainda, segundo a entrevistada, um dos objetivos do Museu é tentar se aproximar do público que não costuma frequentar espaços como os casarões do Centro Histórico de Pelotas. Com as atividades realizadas no espaço, a ideia é que mais pessoas se sintam à vontade para conhecer tanto sobre a história doceira de Pelotas como outras possibilidades de áreas trabalhadas dentro do museu, cumprindo assim seu papel de democratizar a educação. Ela reforça que a estrutura do Museu é acessível, contando com exposições táteis, livro em braile e possibilidade de tradução para surdos.

 

Peças de exposição propõem interação com público

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Vitor Ramil lança quinta single “Amar Você”

O cantor e compositor de Pelotas anuncia também o novo álbum “Mantra Concreto” em homenagem ao poeta Paulo Leminski    

 

 

          Vitor Ramil celebra autor curitibano com música na web     Foto: Marcelo Soares/Divulgação

 

Nesta quinta-feira, dia 26 de setembro, será lançada na internet a música “Amar você”, single que anuncia o novo álbum de Vitor Ramil, “Mantra Concreto”. Este novo trabalho será inteiramente dedicado à poesia do curitibano Paulo Leminski (1944/1989), que completaria 80 anos em 24 de agosto deste ano.

Sozinho ou em parceria, Leminski compôs mais de cem canções. Sua vida é contada no livro “Paulo Leminski – o bandido que sabia latim” (Tordesilhas, 2022), escrito pelo jornalista Toninho Vaz. Quanto à poesia, seus versos eram eruditos e populares. Ao todo, a produção de Leminski compreende oito livros de poesia: “Quarenta clics em Curitiba” (1976), “Não fosse isso e era menos não fosse tanto e era quase” (1980), “Polonaises” (1980), “Caprichos & relaxos” (1983), “Distraídos venceremos” (1987), “La vie en close” (1991), “Winterverno” (1994) e “O ex-estranho” (1996). Desses, os três últimos são póstumos. Em 2013, a Companhia das Letras reuniu os oito livros em um só: “Toda poesia”, que já vendeu o número expressivo de 170 mil exemplares.

Um dos marcos da carreira de Leminski foi o trabalho em parceria nos anos 1980 com o cantor e compositor Guilherme Arantes assinando a trilha sonora do programa especial de TV Pirlimpimpim 2 (1984). Juntos, os dois compuseram nove músicas, entre as quais “Xixi nas estrelas” e “Tomamos vinhos maravilhosos e tivemos papos delirantes”. Guilherme Arantes, por sinal, vai apresentar o show “Intimista”, no dia 18 de outubro, no Theatro Guarany, em Pelotas.

Outro trabalho conjunto de Leminski foi com o cantor e compositor Paulinho Boca de Cantor, que deu título ao segundo álbum solo, de 1981, com a música “Valeu” do poeta. A performance do cantor de “Se houver céu” foi uma das prediletas de Leminski. Paulinho participou do Festival Paulo Leminski, que aconteceu no dia 24 de agosto, em Curitiba. Vitor Ramil, Arnaldo Antunes, e Zeca Baleiro estavam entre os convidados. A filha de Leminski e da poetiza Alice Ruiz, Estrela Ruiz Leminski, também participou. Em 2014, ela gravou o álbum duplo “Leminskanções”, que resgata 25 canções do repertório do pai – tanto músicas solo, como “Verdura”, gravada por Caetano Veloso no LP “Outras palavras” (1981), quanto parcerias, como “Oxalá”, composta e gravada por Moraes Moreira no “Pintando o oito” (1983).

 

Ramil toca violões e canta com parcerias de André Gomes, Edu Martins e Alexandre Fonseca     Foto: Marcelo Soares

 

“Amar Você é Coisa de Minutos”

O início de um dos melhores e mais conhecidos poemas de Paulo Leminski, “Amar você é coisa de minutos” ganhou música de Vitor Ramil e transformou-se na canção “Amar Você”.  Os versos de devoção e entrega à mulher amada ganharam leveza e lirismo na melodia de Vitor Ramil, e a performance de André Gomes no sitar acentua a espiritualidade no arranjo. Ramil toca violões e canta, acompanhado por Edu Martins (synth bass) e Alexandre Fonseca (bateria, tablas, percussão e programação).

Com lançamento previsto para o dia 10 de outubro (Satolep Music), o álbum “Mantra Concreto” nasceu no período da pandemia, em 2021.  “Justamente por estar isolado em casa, fui contaminado pela poesia de Paulo Leminski. Certo dia, enquanto lia o poema ‘Sujeito Indireto’, passei a mão no violão e minha imunidade baixou. ‘Quem dera eu achasse um jeito, de fazer tudo perfeito’ logo virou canção. Nos dias subsequentes a cena se repetiu com outros poemas. Em três semanas, treze poemas, treze canções”, lembra Vitor Ramil.

A produção do single “Amar você” e do álbum “Mantra Concreto” é de Vitor Ramil, Alexandre Fonseca e Edu Martins, com gravação de Lauro Maia, mixagem de Moogie Canazio e masterização de André Dias. As capas do single e o do álbum são criações do designer Felipe Taborda.

Ouça o single neste link a partir de quinta, dia 26 de setembro. 

 

 

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“Pelotas Mal Assombrada”: um passeio pelo desconhecido

Uma jornada pela história sombria e não contada da cidade revela secretos ocultos         

Por Emily Alves e Lidiane Lopes   

O tour “Pelotas Mal Assombrada” está trazendo à tona uma perspectiva desconhecida da cidade, explorando uma visão gótica e questionadora. Em atividade há um ano, o passeio aborda temas como racismo, desigualdade social, suicídio e outros mistérios que se conectam à história local. Pelotas, como muitas cidades brasileiras, guarda segredos ocultos que poucos conhecem, e esse projeto pretende desvendar alguns deles.

Esta programação foi idealizada pelos professores de História, Lizandra Pinheiro e Nikolas Corrêa. Lizandra, professora e organizadora do projeto, é a principal responsável pela execução de todas as etapas do passeio. Ela cuida da organização antes, durante e após cada realização, sendo a peça central para o funcionamento e continuidade da iniciativa. Nikolas, também professor, é o contador de histórias. Com mais de 10 anos de experiência em pesquisa sobre as lendas e crimes da cidade, ele traz o conteúdo histórico do passeio à vida, conectando os visitantes a um passado muitas vezes esquecido. Desde 2019, Nikolas administra a página @pelotasantiga, na qual compartilha curiosidades e histórias sobre a cidade.

O “Pelotas Mal Assombrada” vem atraindo um público crescente e despertando a curiosidade dos moradores e visitantes. Ao caminhar pelas ruas históricas da cidade, os participantes se deparam com narrativas que discutem não apenas o lado misterioso de Pelotas, mas também questões sociais relevantes. O tour reflete sobre momentos e figuras marcantes da história do município, propondo um olhar crítico sobre seu passado. Pelotas, ao contrário do que muitos pensam, faz parte de um seleto grupo de cidades brasileiras cujas histórias assombradas estão longe de serem esquecidas.

 

Grupo em frente à Catedral Metropolitana de Pelotas durante o tour histórico  Foto: Lizandra Pinheiro

 

Com um enfoque que vai além do mero entretenimento, o projeto também busca promover uma reflexão sobre os desafios e questões históricas da cidade, convidando os participantes a questionar e debater as camadas mais profundas de sua identidade. A junção de narrativas históricas com um contexto social mais amplo faz do “Pelotas Mal Assombrada” uma experiência diferenciada, tanto para aqueles que buscam uma aventura no desconhecido quanto para os interessados em história e cultura.

O passeio se estabeleceu como uma forma única de explorar Pelotas, sendo uma oportunidade para moradores e turistas conhecerem a cidade sob uma nova perspectiva. Além das histórias, o tour utiliza a arquitetura e o ambiente urbano como parte integrante da experiência, fazendo com que os participantes sintam-se imersos nos cenários onde os eventos relatados ocorreram.

 

Resgate de histórias do passado é vivenciada ao lado das obras do patrimônio histórico

 

O passeio inicia na Catedral Metropolitana São Francisco de Paula, onde seus conflitos com a maçonaria e o início da construção religiosa na cidade começam. Mas, além de templos e catedrais, uma lenda urbana de Pelotas fala sobre a maldição de uma princesa cigana que esteve na cidade no final do século XIX. Doente e sem melhora, seu povo teria buscado ajuda médica, mas os profissionais se recusaram a tratá-la por ser cigana. A princesa piorou e morreu, mas, antes de falecer, teria amaldiçoado a cidade com as palavras: “esta cidade de hoje em diante não mais prosperará.” Logo, prosseguimos para as ruas, mais especificamente para a rua General Argolo, onde é abordada a morte do jornalista romântico e gótico do século XIX, Lobo da Costa, que teria sido encontrado sem vida e, até então, esquecido pela sociedade.

As histórias seguem o roteiro, passando pelo antigo cemitério central da cidade, uma pequena saudação à mascote do passeio, a figura de uma gárgula, e, em seguida, para a rua Doutor Cassiano, conhecida como zona de meretrício da região em séculos passados, onde se discute de forma questionadora a posição da mulher na sociedade.

A quinta parada não podia ser diferente, abordando o assassinato brutal da rua Voluntários da Pátria, conhecido como “O assassinato de João dos Reis,” que reflete a situação atual da sociedade. A sexta parada fala sobre a Pompas Fúnebres Moreira Lopes, conhecida por ser a funerária mais antiga do Brasil. Seu prédio exibe uma autêntica arquitetura Art Nouveau encantadora, e sua localização no Centro Histórico adiciona um toque especial, proporcionando uma atmosfera única.

Dando espaço para a sétima parada, podemos dizer que é a mais temida por todos que passam por ela, seja de dia ou de noite: a “praça dos enforcados”, também conhecida como a praça dos suicidas, nos arredores da rua Professor Doutor Araújo. E, por fim, os túneis subterrâneos da antiga cervejaria Ritter, construída em 1880, onde são abordados temas esotéricos que envolvem o movimento filosófico Rosa Cruz do século XVII.

De acordo com Nikolas, a importância cultural que o tour pode proporcionar para quem participa é sair do convencional e mostrar o lado mais irreverente que a cidade possui.

“Quando desenvolvemos o tour, nunca imaginamos chegar onde chegamos. Sem posts patrocinados, sem anúncios pagos, tudo foi feito por divulgação orgânica. Isso é muito bom, indica que estamos no caminho certo e pouco explorado. Nossa ideia sempre foi mostrar uma Pelotas diferente da que estamos acostumados. Nossa cidade tem muita história e muitos problemas mal resolvidos. Então partimos dessa ideia e conseguimos alcançar muitas pessoas,” diz Nikolas.

Sobre o planejamento da produção e apuração das histórias, Nikolas relatou que todo o processo é baseado em estudos e pesquisas sólidas. “Eu estudo a história de Pelotas há mais de 10 anos, e tenho um catálogo muito variado de lendas, crimes e mistérios. Ano passado (2023), quando começamos a estruturar o passeio, queríamos algo coeso e possível de ser feito a pé. Então, listamos os pontos e avaliamos quais eram relevantes para o trajeto como um todo. Acredito que nosso passeio tem um início, meio e fim bem definidos. Ao longo do tour, resgatamos conceitos que já foram desenvolvidos em outros pontos.”

A fascinação pelas histórias permeia o passeio para aqueles que participam pela primeira vez. Pensando nisso, Nikolas também falou sobre o mistério favorito que mais gostou de produzir para o tour. “Gosto bastante dos mistérios sem solução. Acho muito interessante a lenda da Cigana Terena e do Homem do Chapéu Cinzento. Mas meu favorito é o que falamos sobre João dos Reis. Trata-se de um tema ainda muito complicado para nós, um reflexo da sociedade do século XIX que ainda persiste. Um crime com aquela brutalidade é algo aterrorizante até hoje,” conclui Nikolas.

O convite está aberto. Se ficou interessado, o tour é mensal, com vagas abertas divulgadas com antecedência na página do Instagram.

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Aléxia Porto: jovem escritora conquista milhares de seguidores e encanta leitores com sua arte

Natural da cidade de Capão do Leão, autora começou seu trabalho criativo já na infância    

Por Vanessa Oliveira e Lidiane Lopes     

 

Espinhos

O seu problema é que

Você se contenta com espinhos

Desde que se conhece por gente.

 

Então, quando alguém lhe apresenta uma flor

Você recusa.

 Por não saber receber o amor sem sentir dor.

 

– Isso chega ser desumano consigo mesmo.

 

Uma das poesias de Aléxia Porto, jovem escritora natural de Capão do Leão, ilustra a profundidade e a sensibilidade de sua obra. Com apenas 18 anos, Aléxia já se destaca no cenário artístico nacional. Desde pequena, sua trajetória já indicava que seguiria o caminho das artes. “Com apenas oito anos de idade já escrevia minhas primeiras histórias e sempre tive apreço pela arte”, conta.

 

       Aléxia lançou recentecente seu livro na livraria Feito de Letras, em Pelotas         Foto: Reprodução/TikTok

 

Seu trabalho recém-lançado, “O que os pássaros me contaram”, é um livro de poesia que mostra o lado sensível e emocional das quatro estações do amor. Paixão, amor, perda e cura. A obra é dividida em quatro capítulos, e cada um ganha o nome de uma estação. Primavera, verão, outono e inverno. Mostrando cada episódio do amor ao processo de cura e libertação. É um livro que trata dos processos dolorosos e do recomeço de uma nova etapa. Cada estação com suas características, cores e amores. Mostrando que toda fase deve ser aproveitada e que, no final de tudo, sempre existe um recomeço e que o amor é a melhor opção.

Além de escritora, Aléxia também participou de projetos como atriz, incluindo a produção de um curta-metragem com um amigo da família, e destacou-se em concursos de poesia e shows de talentos na escola.

Em 2021, ela deu um passo significativo ao oficializar sua paixão pela escrita. Criou a página no Instagram @vivendo_escrita e publicou seu primeiro poema no TikTok @_alexiaporto intitulado, “Não se apaixone por artistas”. O poema rapidamente viralizou, conquistando milhares de pessoas que, assim como ela, têm uma forte conexão com a arte. Atualmente, seu perfil no TikTok já soma mais de 100 mil seguidores, espalhando sua poesia por todo o Brasil.

Aléxia tem ampliado sua atuação não apenas no mundo digital, mas também fisicamente. Seus poemas já foram recitados em saraus no Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo, além de integrarem projetos em escolas e faculdades. “A poesia sempre esteve em mim, e eu a utilizo como forma de expressão para me entender melhor e mostrar quem eu realmente sou”, reflete a jovem escritora.

Em 2023, a trajetória de Aléxia foi reconhecida pela prefeitura de Capão do Leão, que a homenageou com a comenda Florisbelo Garcia. No mesmo ano, ela participou da Feira do Livro de sua cidade, quando compartilhou suas experiências com alunos de escolas locais. A jovem escritora também lançou seu livro, “O Que os Pássaros Me Contaram”, na Livraria Feito de Letras, em Pelotas. “Foi uma tarde muito especial, onde pude me conectar com várias pessoas e partilhar o que mais amo: a arte”, lembra.

Aléxia ainda teve a oportunidade de conhecer pessoalmente Fabrício Carpinejar, um de seus escritores favoritos, durante uma palestra. “Foi um momento incrível. Conversamos sobre arte, e entreguei a ele um exemplar do meu livro”, relata.

Novos projetos e reflexões

Aléxia Porto já está em processo de escrita de seu próximo livro, revelando que a arte de escrever continua a ser uma forma de autodescoberta e maturidade. Para ela, seu livro “O que os pássaros me contaram” representa um marco importante e de crescimento pessoal.

“Espero que, ao lerem meu livro, os leitores percebam a maturidade adquirida entre os versos e que consigam lidar com os ciclos e as fases da vida. Que cresçam com cada etapa e aceitem a vulnerabilidade. Que entendam que a maturidade não é sinônimo de emoção ou fraqueza; ser vulnerável é sinal de força”, reflete Aléxia.

Ela deseja que seu livro não apenas inspire, mas também acolha seus leitores. “Espero que este livro abrace a cada um deles, assim como eu fui abraçada durante o processo de escrita. Que, ao longo dos versos, eles possam crescer e se conhecer, da mesma forma como eu amadureci enquanto escrevia cada palavra.”

Com uma carreira promissora à sua frente, Aléxia Porto continua a inspirar e encantar com sua poesia, mostrando que a arte não tem idade nem fronteiras.

Para os interessados em conhecer mais de perto o trabalho de Aléxia Porto, seu livro “O que os pássaros me contaram” está disponível para compra no site da sua editora. Basta acessar drafteditora.com.br. Além disso, a obra também pode ser adquirida pela Amazon, onde o ebook está disponível, acessando este link.

Conecte-se com Aléxia Porto

Além do livro, os leitores podem acompanhar Aléxia e seu trabalho artístico pelas redes sociais. No Instagram, ela compartilha seus pensamentos e poesias na página @vivendo_escrita, e no Tiktok, seus vídeos poéticos podem ser encontrados no perfil @_alexiaporto.  Em ambas as plataformas, ela interage com seus seguidores, compartilhando seu amor pela poesia e a arte.

Conheça um pouco mais da escritora e seus pensamentos neste vídeo do YouTube:

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Chegada da Chama Crioula marca início dos Festejos Farroupilhas em Canguçu

Programação teve início no dia 8 de setembro e prossegue até dia 22        

Por Amanda Leitzke e Chaiane Römer        

 

Prefeito de Canguçu, Marcus Pegoraro, recebendo a Chama Crioula   Fotos: Otávio Lopes

 

No domingo, dia 8 de setembro, a cidade de Canguçu recebeu a Chama Crioula, trazida pelo piquete O Vanguardeiro. Este evento deu início aos festejos farroupilhas no município, que se estenderão até o dia 22 de setembro. Durante a tarde, a programação incluiu uma ronda de integração no Ginásio Municipal e um show com o Capitão Faustino.

A festividade deste ano será prolongada por quase um mês, o que reflete a grande importância e o envolvimento da comunidade local. A coordenadora do Departamento de Cultura, Lizane Ledebuhr, explica que a tradição dos festejos em Canguçu vai além da típica “Semana Farroupilha”. “Normalmente, associamos a Semana Farroupilha a uma semana de eventos, mas a nossa programação se estende por mais de 15 dias. Por isso, passamos a chamar de Festejos Farroupilhas. Contamos com a participação ativa dos Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) e das escolas, que promovem uma ronda a cada dia para garantir a integração entre todos os participantes.”

 

Piquete O Vanguardeiro trazendo a Chama Crioula para Canguçu no dia 8 de setembro

 

O tema dos festejos deste ano é o centenário de nascimento do poeta regionalista Jayme Caetano Braun (1924-1999). O patrono estadual é o violonista, cantor e compositor de música nativista Pedro Ortaça. Em Canguçu, a homenageada é Janeti Terezinha Cardoso Vargas. Lizane Ledebuhr revela que a escolha de Janeti foi unânime. “Durante uma reunião com patrões e entidades, surgiram dois nomes, além de um indicado pela Câmara de Vereadores. Após votação, a professora Janeti foi escolhida por seu papel significativo no CTG e na cultura tradicionalista, sendo também a primeira prenda do Rio Grande do Sul.”

A programação dos festejos inclui rondas estudantis e eventos nos CTGs ao longo do mês, com grande importância para a preservação da cultura tradicionalista. O professor e membro do Departamento de Cultura, Giales Raí Rutz, ressalta a relevância dessa participação. “O principal objetivo é manter viva a cultura tradicionalista, envolvendo tanto as escolas quanto os CTGs. As escolas são fundamentais para introduzir a cultura gaúcha desde a infância, e essa conexão com os CTGs permite que as crianças cresçam imersas na tradição.”

Há dois anos, Canguçu viveu um dos momentos mais marcantes da cidade com a 73ª Geração e Distribuição da Chama Crioula, realizada nos dias 12 e 13 de agosto de 2022. O evento, organizado pela 21ª Região Tradicionalista e pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), marcou o início dos festejos farroupilhas no Rio Grande do Sul. O professor e também membro do Departamento de Cultura, Andrio Aguiar, recorda o impacto desse evento: “Foi um marco histórico para Canguçu. A cidade teve a oportunidade de sediar a geração e distribuição da chama, algo que a comunidade não conhecia até então. O evento trouxe uma enorme visibilidade para Canguçu, atraindo delegações de todo o Estado, do País e até do exterior. A recepção calorosa da população e a participação ativa das escolas foram cruciais para o sucesso do evento.”

Os festejos farroupilhas de 2024 estão apenas começando em Canguçu. Com uma programação rica em atrações e atividades, o evento promete manter viva a chama do tradicionalismo e o entusiasmo da comunidade canguçuense até o final do mês.

Confira a programação completa divulgada pela Secretaria Municipal de Educação, Esportes e Cultura de Canguçu:

 

 

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