Início do conteúdo
    Boletim informativo
  • Rede de Museus da UFPel promove seminário sobre acessibilidade cultural

    De 25 a 29 de maio, a Rede de Museus da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) promoveu o Seminário Internacional de Acessibilidade Cultural. O evento, realizado on-line, contou com a participação de ouvintes e palestrantes de todo o Brasil e de Portugal. No total, foram realizadas 18 palestras, que debateram e refletiram sobre a inclusão da pessoa com deficiência em diferentes espaços e práticas culturais.

    O Seminário é uma das ações do Plano de Acessibilidade da Pró-Reitoria de Extensão e Cultural da UFPel e buscou ampliar a discussão sobre o tema. O evento contou com o apoio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que com a UFPel, compõem a Rede Interinstitucional de Acessibilidade Cultural. 

    As inscrições, iniciadas na noite do dia 19 de maio, precisaram ser encerradas já no dia seguinte. Em menos de 24h, mais de 500 inscrições foram feitas. Com isso, a organização, que esperava um público de aproximadamente 100 pessoas, decidiu transmitir ao vivo no Facebook todas as palestras, já que o WebConf da UFPel – plataforma utilizada na realização do Seminário – não suportaria este grande número de ouvintes. De acordo com Desirée Nobre, professora do curso de Terapia Ocupacional da UFPel e coordenadora do Seminário, mesmo já esperando um grande público, a alta procura foi uma surpresa. A professora, que participa da organização de outros eventos que abordam a pauta da acessibilidade cultural, percebeu que as pessoas interessadas no tema estão aproveitando esse momento de isolamento social para participar de eventos e se capacitar. “Esse número não só foi maior porque fechamos as inscrições, se tivéssemos deixado aberto, o número teria dobrado, com certeza”, complementa Desirée.

    Durante o Seminário, tanto na plataforma da UFPel quanto no Facebook, o público foi participativo e interagiu intensamente com os palestrantes. “Tínhamos um teto de uma hora, uma hora e meia, para cada palestra. Eram muitas perguntas dos participantes e muita vezes não conseguimos dar conta de responder todas”, conta Desirée.

    No fim do Seminário, após a última palestra, em assembleia final, por sugestão da professora Dra. Jeniffer Cuty, da UFRGS, foi redigida a “Carta de Pelotas: Resistência e Mobilização pelas Diferenças”, que tem como objetivo central “firmar um compromisso ético de defesa e respeito às diferenças que caracterizam o ser humano em sua pluralidade” (trecho da carta). “A Carta de Pelotas é um documento de resistência dos participantes do Seminário frente aos desmontes das políticas de inclusão que estão acontecendo em nosso país”, afirma Desirée.

    O documento foi assinado por mais de 60 pesquisadores e profissionais da cultura, pessoas com deficiência, docentes e discentes de diferentes cursos que participaram da assembleia. O texto pode ser lido abaixo: 

    Carta de Pelotas: Resistência e Mobilização pelas Diferenças

    Em 29 de maio de 2020, estiveram reunidos pesquisadores e profissionais da cultura, durante o fechamento do Seminário Internacional de Acessibilidade Cultural, organizado pela Universidade Federal de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil. Por meio virtual, realizaram-se 18 conferências, em 27 horas de reflexões e debates pertinentes ao tema do evento, o qual se concretizou integralmente por meio das plataformas digitais. Em assembleia final, o grupo de participantes e organizadores redigiu a presente carta, com o objetivo central de firmar um compromisso ético de defesa e respeito às diferenças que caracterizam o ser humano em sua pluralidade. Em tempos de autoritarismo, o óbvio precisa ser evidenciado.

    Considerando a riqueza étnica e linguística do Brasil, que contempla dois idiomas oficiais, a serem aprendidos e difundidos, sendo eles a Língua Portuguesa e a Língua Brasileira de Sinais, bem como um conjunto de dialetos de povos indígenas da nação-continente, urge uma mobilização por estas relíquias imateriais e pela sobrevivência dos povos originários, em seus territórios e em suas manifestações diversas.

    Considerando que todas as nações estão enfrentando a Pandemia do novo coronavírus, o compromisso pelo reconhecimento e pela valorização da diversidade humana é premente para a garantia de acessos e de atendimento humanizado.

    Considerando que a crise econômica e política que afeta países com sistemas neoliberais determinados na implementação de estados mínimos, compromete a garantia de direitos sociais de modo equânime e potencializa as desigualdades que se propagam a cada ano em países em desenvolvimento.

    Considerando que o Brasil passa por uma crise multidimensional, a qual contempla a crise sanitária da doença COVID-19, que está matando de modo exponencial brasileiros e fazendo com o que o país figure entre os primeiros no ranking de mortes diárias. Em dados de hoje, o Brasil é o segundo país com o maior número de infectados, totalizando 465.166 pessoas e beirando os 30 mil mortos. O país segue com mais de 1 mil mortes diárias decorrentes da COVID-19. Salienta-se, ainda, a triste realidade permeada por Fake News, por agressões contra a imprensa, contra agentes de saúde e por subnotificação acerca da doença. Cabe, portanto, mais do nunca, firmar um pacto de resistência a todas as nuanças de uma necropolítica já instaurada no Brasil, ou seja, da gestão de mortes diante deste panorama e de questões que antecedem à crise sanitária. 

    Sendo assim, nós, docentes, pesquisadores, profissionais da Cultura, estudantes de diversas áreas, comprometemo-nos em pactuar pela defesa da vida em sua diversidade, pela redução gradual da desigualdade social no Brasil, a qual necessita de políticas de Estado dedicadas aos seu enfrentamento. Comprometemo-nos, ainda, em difundir esta carta, junto aos nossos pares e à comunidade, para que possamos – Pessoas com Deficiência ou não – obter adesões pela vida sem ódio, pela paz, com respeito e com equidade no acesso a serviços, a lugares, à educação, à saúde, à cultura e a todos os produtos da criatividade humana, sem barreiras e sem estigmatização. Com segurança e com autonomia, com respeito e exercício permanente de empatia a todos, sobretudo às famílias com mortos pela COVID-19, e com alteridade, poderemos cumprir com o imperativo categórico do dever de memória diante deste quadro de desmonte da cultura e da educação no país. Nosso compromisso ético é pela manutenção das atividades educativas e culturais a todas as pessoas, de modo que toda política contrária ao acesso universal seja identificada e combatida por meios científicos.

  • Seminário da Semana de Museus 2020: Gravações das apresentações de trabalhos

    Estão disponíveis as gravações das apresentações de trabalhos realizadas durante o Seminário da Semana de Museus da UFPel 2020, entre os dias 19 e 21 de maio.

    As gravações do lançamento dos Anais da Semana dos Museus da UFPel de 2019 e das palestras do Seminário da Semana de Museus da UFPel 2020 estão disponíveis na página da Rede de Museus da UFPel no Facebook.

  • Museu Carlos Ritter: um ano da casa nova

    O Museu de Ciências Naturais Carlos Ritter (MCNCR) está prestes a completar 50 anos, mais existe outra data que deve ser lembrada. Em 13 de maio de 2019, há exatamente um ano, o Museu era reaberto em sua nova casa, o Casarão 1, localizado na Praça Coronel Pedro Osório, no coração da cidade de Pelotas.

    Na noite da reabertura, uma segunda-feira chuvosa, o Casarão recebeu um grande público. O evento, que integrou a agenda de 50 anos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), contou com a presença do vice-reitor, Luís Amaral, da Pró-Reitora de Extensão e Cultura (PREC), Francisca Michelon, do diretor do Instituto de Biologia, Luiz Fernando Minello, do diretor do MCNCR, João Iganci, e também de familiares do naturalista e empresário Carlos Ritter, cuja a coleção de animais taxidermizados deu origem ao Museu.

    O museu reabriu ao público com três exposições, que permanecem disponíveis aos visitantes. A primeira delas é um diorama, montado na entrada do MCNCR, que retrata uma paisagem típica do Pampa gaúcho com animais comumente encontrados na região. “O diorama chama muito a atenção dos visitantes e é uma forma de tratar de diferentes assuntos, sobretudo sobre a importância de preservar os ambientes naturais e preservar as espécies silvestres, e sobre os serviços ambientais que o Pampa nos oferece”, comenta o professor João Iganci.

    A segunda exposição é a coleção de borboletas de Ceslau Biezanko, entomólogo e ex-professor da Faculdade de Agronomia de Pelotas (atual Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel da Universidade Federal de Pelotas – FAEM/UFPel). A terceira e última atração é um painel com aves taxidermizadas elaborado a partir de uma fotografia do Pontal da Barra do Laranjal, uma área do Bioma Pampa dentro da cidade de Pelotas. “As aves foram fixadas na parede, sobre este painel de fundo, e estão dispostas de forma a representar o parentesco evolutivo entre as diferentes espécies. Esta disposição traz também inúmeras possibilidades de abordagens de temas científicos, sejam relacionados à evolução, às características ecológicas apresentadas pelas espécies e sobre a conservação da fauna nativa”, complementa Iganci.

    Relembrando a mudança, que ocorreu entre dezembro de 2018 e maio de 2019, o professor destaca o trabalho realizado pelos servidores da PREC e da Pró-Reitora de Planejamento e Desenvolvimento (PROPLAN), que trabalharam incansavelmente durante esse período para que tudo estivesse pronto para a reinauguração. Iganci também ressalta o esforço e a colaboração dos servidores Carolina Silveira Régis e Mauro Mascarenhas, e da equipe de monitores, formada por alunos de diferentes cursos da UFPel, que atuaram continuamente no processo de mudança.

    O Casarão 1

    Os Casarões 1 e 3, localizados na esquina da Praça Cel. Pedro Osório com a Rua Félix da Cunha, no centro de Pelotas, formam o conjunto conhecido como “Casas Gêmeas” ou “Casas Geminadas”, pois aparentam ser apenas um único prédio. Construídas entre 1911 e 1912, as casas foram um presente de casamento de Joaquim Augusto Assumpção – o Barão de Jarau – para suas filhas Judith e Francisca Augusta. Os Casarões integram o Conjunto Histórico de Pelotas tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em meados de 2018.

    Casarões 1 e 3

    As mudanças com a mudança

    Com o novo endereço, o número de visitas ao Museu teve um aumento considerável, atingindo em meados de 2019 um público semelhante à visitação anual dos anos anteriores. Estudantes e professores de escolas públicas de Pelotas continuam a constituir a maior parcela de visitantes do MCNCR, mas foi observado um aumento considerável no número de visitações realizadas por colégios particulares e, principalmente, de visitantes individuais, muitos deles de fora da cidade, do estado e até do país.

    “Desde a concepção inicial esta mudança não representava apenas uma mudança física de endereço, mas sim uma mudança de conceitos, buscando uma modernização da coleção, sobretudo da forma de exibição do acervo ao público visitante”, comenta Iganci. O professor também diz que, para ele, “um museu de ciências naturais tem como papel fundamental a aproximação da academia com a comunidade em geral”.

    A mudança de endereço também promoveu a proximidade entre os três museus da UFPel – Museu Carlos Ritter, Museu do Doce e Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (MALG) –, todos localizados no centro de Pelotas, nos arredores da Praça Cel. Pedro Osório e do Mercado Central. “A proximidade entre os três promove uma visitação integrada, é muito comum que o público visite no mesmo dia as exposições nos diferentes museus. Isso acontece tanto quando consideramos visitantes individuais, que relatam a visita nos outros museus, quanto também em relação aos visitantes em grupos, sejam de escolas ou outras entidades que agendam visitas nos três museus para aproveitar a visita ao centro histórico da cidade e o transporte”, conta Iganci.

    Os 50 anos do Museu Carlos Ritter

    No próximo dia 21, o Museu de Ciências Naturais Carlos Ritter completa 50 anos de sua fundação. A instituição tem sua origem na coleção particular do empresário e naturalista autodidata Carlos Ritter, doada à Escola de Agronomia de Pelotas (atual Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel da Universidade Federal de Pelotas – FAEM/UFPel) por sua esposa em 1926, ano da morte de Ritter.

    Carlos Ritter – Pintura de Roberto Heiden

    Durante seus 50 anos de história, o Museu Carlos Ritter se localizou em diferentes pontos da cidade de Pelotas. Sua primeira sede foi o então prédio da Reitoria da UFPel, situado em frente ao Mercado Central. Permaneceu ali até 1988, quando mudou-se para o número 464, da rua Félix da Cunha. Dois anos depois, devido à falta de condições de segurança necessárias para o seu funcionamento, o MCNCR instalou-se em uma casa da rua Marechal Deodoro, de onde se mudou em 2010, após o prédio apresentar problemas estruturais. O novo endereço do Museu foi o número 576, da rua Barão de Santa Tecla, do qual despediu-se no período entre dezembro de 2018 e início de 2019, quando ocupou o Casarão 1 da Praça Coronel Pedro Osório.

    As comemorações

    O aniversário de 50 anos já estava na mente da equipe do Museu há algum tempo. Em março, foi inaugurada a exposição “Além do naturalista: O legado de Carlos Ritter para a indústria cervejeira”, sobre a Cervejaria C.Ritter & Irmão, que retrata diferentes aspectos da empresa e sua relação direta com o MCNCR. A exposição, que faz parte das comemorações do aniversário, contou com a curadoria do diretor João Iganci e da professora Nádia Leschko, do curso de Design da UFPel e da Incubadora SulDesign.

    Convite para a exposição

    A exposição tem dois lados. Um sobre a história da cervejaria e o outro, mais científico, sobre os processos envolvidos na fabricação da cerveja. “Buscamos representar cada uma das etapas, ilustrando as plantas utilizadas como insumos para fabricar a cerveja, assim como a levedura e o processo de fermentação”, comenta Iganci.

    Um dos destaques da exposição é o mosaico composto por insetos, elaborado pelo próprio Carlos Ritter e que representa a fachada da antiga cervejaria. O mosaico, que estava guardado na reserva técnica do Museu, passou por um cuidadoso trabalho de conservação preventiva, realizado pelo técnico Mauro Mascarenhas, para que pudesse retornar à exibição.

    Poucos dias depois da abertura da exposição, em decorrência da pandemia do novo coronavírus e seguindo a decisão do gestão da UFPel em suspender suas atividades acadêmicas, o Museu fechou. Com a manutenção da decisão, as atividades presencias que seriam realizados para celebrar o aniversário não poderão acontecer. Com isso, uma série de atividades online serão desenvolvidas.

    Ontem (12), foi lançado o selo comemorativo dos 50 anos do Museu. No dia 19, às 19h, na página do Museu Carlos Ritter no Facebook, a professora Nádia Leschko vai conversar com o público sobre a criação do selo, a modernização da marca do Museu e as demais colaborações entre a incubadora SulDesign e o MCNCR.

    Selo comemorativo dos 50 anos

    Além disso, estão sendo programadas palestras sobre temas relacionados às ciências e também sobre a história do MCNCR e de Carlos Ritter. Renovando uma parceria de longa data com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o Museu pretende lançar na semana de seu aniversário um tour virtual. “Assim, se tudo der certo, esperamos suprir em parte a impossibilidade de visitas físicas ao Museu durante a quarentena e reaproximá-lo de seu público”, conta o diretor.

    No dia 21, o diretor João Iganci e o professor Leandro Maia, do Conservatório de Música da UFPel, vão participar de um sarau, que será realizado no Programa Pinheiro Nativo, coordenado pela professora Nivea Dias, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). O programa, que terá como tema o Dia Internacional da Biodiversidade, poderá ser acompanhado ao vivo, às 19h, por meio da página do Museu no Facebook ou no YouTube, através do canal da professora Nivea.

    Celebre também os 50 anos do Museu de Ciências Naturais Carlos Ritter. Publique uma foto sua no Museu e poste no Facebook e Instagram, não se esquecendo de marcar o MCNCR.

  • Divulgada a programação do Seminário da Semana de Museus da UFPel 2020

    Participando mais uma vez das atividades e ações da Semana Nacional de Museus, evento anual promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), a Rede de Museus da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) divulga a programação do Seminário da Semana de Museus da UFPel 2020, que será realizada entre 18 e 21 de maio. Neste ano, devido às restrições impostas pelas medidas de combate à pandemia do novo coronavírus, o SARS-CoV-2, vírus causador da COVID-19, o evento será realizado online, com palestras e apresentações de comunicações de trabalhos feitas por web conferência. 

    O tema desta edição é “Museus para a igualdade: diversidade e inclusão”, que traz para discussão a participação construtiva que os museus podem ter no tecido social, considerando as suas muitas possibilidades de atuação, seja na relação com seus públicos e acervos, como na relação dos museus entre si, especialmente no contexto das desigualdades presentes na sociedade contemporânea. 

    Para receber o certificado, será necessário participar de pelo menos 75% de todas as atividades do Seminário da Semana de Museus da UFPel 2020. Os ouvintes deverão se registrar durante o evento, seguindo as orientações dos mediadores.

    Para assistir as apresentações das comunicações de trabalhos, acesse https://webconf.ufpel.edu.br/b/jos-d2a-66k

    Para assistir as palestras, acesse https://webconf2.ufpel.edu.br/b/sil-jxj-3yy

    CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO DA SEMANA DE MUSEUS DA UFPEL 2020:

    • 18 de maio 

    16h – Lançamento do e-book dos Anais da Semana dos Museus 2019. 

    16h15 – Palestra “Museus acessíveis para promoção da igualdade, diversidade e inclusão”, com Viviane Sarraf (Pesquisadora-colaboradora do IEB-USP, fundadora e consultora da empresa social Museus Acessíveis). 

    • 19 de maio 

    9 às 12hComunicações de trabalhos

    17 h – Palestra Um museu para todos – a relevância do Programa de Acessibilidade, com Desirée Nobre Salasar (Terapeuta Ocupacional, Professora do Curso de Terapia Ocupacional da UFPel).

    • 20 de maio

    9 às 12hComunicações de trabalhos

    17 h – Palestra “Museus diversos para contextos adversos: reflexões sobre descolonização e a materialização das diferenças”, com Bruno Brulon Soares (Professor do curso de Museologia e da Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio – PPG-PMUS da UNIRIO, Presidente do Comitê Internacional de Museologia – ICOFOM do Conselho Internacional de Museus – ICOM.

    • 21 de maio

    9 às 12hComunicações de trabalhos

    17h –  Mesa redonda Consultoria para acessibilidade em museus: o papel da pessoa com deficiência, com os consultores para acessibilidade em museus, Leandro Pereira (PPG Memória e Patrimônio/UFPel), Leonardo Dias de Oliveira (Museu Histórico Nacional) e Ednilson Sacramento (Jornalista e Consultor de Acessibilidade/ UFBA).

  • Seminário da Semana de Museus da UFPel 2020: datas e horários das apresentações de trabalhos

    Confira as datas e horários das apresentações de trabalhos que serão realizadas online, entre os dias 19 e 21 de maio, durante o Seminário da Semana de Museus da UFPel 2020.

    No total, serão apresentadas 20 comunicações de trabalhos. Todas as apresentações ocorrerão no período da manhã. Para assisti-las, o interessado deverá acessar a sala de web conferência pelo link https://webconf.ufpel.edu.br/b/jos-d2a-66k.

    Os ouvintes deverão se registrar durante o evento, seguindo as orientações dos mediadores. Receberão certificados aqueles que participarem de pelo menos 75% de todas as atividades do Seminário da Semana de Museus da UFPel 2020 (apresentações e palestras).

    Para o Seminário, a Rede de Museus da UFPel aceitou trabalhos que consideraram as desigualdades presentes na sociedade contemporânea e abordaram a participação construtiva que os museus podem ter no tecido social, trazendo para discussão as muitas possibilidades de atuação dos museus, tanto na relação com seus públicos e acervos, como na relação dos museus entre si. 

    CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DAS APRESENTAÇÕES:

    Dia 19 – Terça-feira

    Horário Apresentador(a) Título
    9h Ana Carolina Lorenzet Galvan “Nós que aqui estamos por vós esperamos”: estudo sobre a conservação do patrimônio histórico no Cemitério Vera Cruz, Passo Fundo/RS
    9:15 Isis Gama / Andréa Bachettini / Keli Scolari Plano para estudos preliminares à restauração da obra de Dakir Parreiras: Fuga de Anita Garibaldi a cavalo, do Museu Histórico Farroupilha.
    9:30 Marcelo Madail / Fabiane Moraes / Guilherme Almeida / Andréa Bachettini Laboratório Aberto Conservação e Restauração de Bens Culturais da UFPel e o salvamento da cápsula do tempo de Yolanda Pereira
    9:45 Ana Carolina Fernandes / Carina Ferreira / Clarissa Neutzling / Luiza Santana / Annelise Montone Ações de conservação preventiva no acervo das telecomunicações: um campo para práticas discentes – 2020 – UFPEL, Pelotas, RS
    10h DEBATE
    10:30 Carina Ferreira / Ana Carolina Fernandes / Clarissa Neutzling / Luiza Santana / Annelise Montone O Museu da Baronesa em uma nova perspectiva: a arquitetura de uma casa senhorial no ambiente virtual
    10:45 Rafael Chaves / Rosali Henriques Museus virtuais brasileiros: teias da musealização
    11h Rute de Jesus Ferreira Silva O museu na palma da mão: experiências e reflexões sobre museus digitais e visitas virtuais.
    11:15 DEBATE

    Dia 20 – Quarta-feira

    Horário Apresentador(a) Título
    9h Talita Oliveira / Desirée Nobre  / Jéssica Araújo Um museu para todos: diagnóstico de acessibilidade do Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo
    9:15 Jéssica Araújo / Amanda Botelho / Isabela Andrades Um museu para todos: diagnóstico de acessibilidade no Museu do Doce
    9:30 Amanda Botelho / Desirée Nobre / Talita Oliveira Um Museu Para Todos: diagnóstico de acessibilidade do Museu Municipal Parque da Baronesa
    9:45 Desirée Nobre / Francisca Michelon Os museus federais e as barreiras de acessibilidade comunicacional
    10:00 DEBATE
    10:30 Cláudia Schuindt / Thayse Iglesias / Camila Silveira  Museu da Imagem e do Som: olhos e ouvidos para a acessibilidade
    10:45 Menderson Bulcão / Polyana da Silva Os percursos da institucionalização da cultura e educação inclusiva: a temática da diversidade e da inclusão nos editais culturais e sociais
    11:00 Letícia Beck Fonseca MALG: trabalhos de mediações com crianças e sua aprendizagem no Museu
    11:15 DEBATE

    Dia 21 – Quinta-feira

    Horário Apresentador(a) Título
    9h Roberto Heiden / Matheus Cruz A Foto do Mês no Museu do Doce: musealização e fotografia acessível
    9:15 Renan Mata / Noris Leal Gestão de acervos e inclusão: o caso do Museu do Doce
    9:30 Mirrael Zalewski / Marina Nascimento / Camila Silveira / Noris Leal Documentação do Museu de Ciências Naturais Carlos Ritter: o início de um trabalho
    9:45 DEBATE
    10:15 Lisiane Pereira / Silvana Bojanoski O levantamento das coleções da UFPel: um caminho para a democratização dos acervos
    10:30 Gabriela Ferreira / Márcia Bertotto Políticas públicas de cultura e o desenvolvimento do setor museal
    10:45 André Alexandre Gasperi A ética da diversidade: essência transdisciplinar para o museu do hoje
    11:00 DEBATE

     

  • Antônio Caringi é tema de bate-papos on-line promovidos pela PREC/UFPel

    Antônio Caringi Filho

    Com a proximidade do Dia das Mães, o escultor Antônio Caringi, autor da obra “Monumento às mães”, será tema de dois bate-papos do site “Tão Longe, Tão Perto”, espaço virtual criado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Pelotas (PREC/UFPel) com o objetivo de aproximar as pessoas neste período de isolamento social. 

    Com a participação do Prof. José Francisco Alves, autor do livro “A escultura pública de Porto Alegre: história, contexto e significado”, a primeira conversa, intitulada “Antônio Caringi, o criador de símbolos”, ocorre nesta quinta (07/08), às 17h. 

    Na sexta (08/05), também às 17h, acontece o segundo bate-papo, que contará com a presença de Amadeu Caringi, neto do artista, que em 2008 organizou e produziu o livro “Antônio Caringi – O Escultor dos Pampas”, buscando registrar a memória de seu avô a partir de um extenso trabalho fotográfico de seus monumentos públicos. Durante a conversa, o professor Lauer Santos, diretor do Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (MALG),  apresentará a nova coleção do Museu, a Coleção Antônio Caringi.

    Para participar, acesse o site “Tão Longe, Tão Perto” (https://bit.ly/34Tty9G) no horário programado e entre na sala através do link disponível na página da Sala 6 – Conversas sobre arte e cultura durante a pandemia. A participação em ambas as conversas é gratuita. Para receber o certificado de participação, o interessado deverá informar seus dados às mediadoras da sala.

    O artista

    Nascido em Pelotas, Antônio Caringi Filho (1905-1981) é considerado o principal estatuário da história da arte do Rio Grande do Sul. Pelo fato de diversas de suas obras retratarem grandes figuras gaúchas, Caringi ficou conhecido como “O Escultor dos Pampas”. Uma de suas principais esculturas é a Estátua do Laçador, um dos símbolos de Porto Alegre. 

    Durante sua carreira, Caringi produziu aproximadamente 128 obras entre estátuas, monumentos, medalhões, bustos e maquetes. Em 1952, foi responsável pela criação do curso de escultura da Escola de Belas Artes de Pelotas, instituição que deu origem ao atual Centro de Artes da UFPel.

    Homenagem às mães

    A obra “Monumento às mães”, feita em bronze, foi instalada na Praça Coronel Pedro Osório no ano de 1968, próximo a Fonte das Nereidas. Para a confecção da escultura, Caringi teve como modelo a poetisa Noemi Assumpção Osório Caringi, sua esposa.

    Monumento às mães. Foto: Gustavo Mansur

    Os convidados

    José Francisco Alves

    José Alves é bacharel em Escultura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), especialista em Gestão do Patrimônio Cultural pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), mestre e doutor em História, Teoria e Crítica de Arte pela UFRGS. 

    É membro da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA), Conselho Internacional de Museus (ICOM, sigla em inglês) e Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS, sigla em inglês). 

    Além de pesquisador e autor independente, é professor de Escultura do Atelier Livre de Porto Alegre. Tem ministrado mais de uma centena de cursos, palestras e conferências no Brasil, Europa e América do Sul, e publicado dezenas de artigos em periódicos científicos e de divulgação cultural, revistas e jornais, no Brasil, EUA, França, Espanha, Portugal, Argentina, Uruguai e Chile. Entre 2011 e 2013 foi o primeiro Curador-Chefe do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS).

    Amadeu Caringi

    Amadeu Caringi é bacharel em Direito pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Iniciou sua trajetória profissional como advogado empresarial. Em 1999,  passou a atuar no mercado de marketing e publicidade de Porto Alegre.

    Foi sócio-fundador da Santa Transmedia, premiada empresa de produção audiovisual que desde 2005 realiza projetos de filmes publicitários, animação e conteúdo para grandes marcas e agências do mercado nacional e internacional. 

    Em 2018, desligou-se da Santa Transmedia e fundou a Plateau, uma plataforma de startups e projetos de inovação e indústria criativa. Nesse período produziu duas séries de ficção para TV, além de projetos de conteúdo e tecnologia. Atualmente cursa MBA em “Gestão de Ecossistemas de Inovação” num curso conjunto promovido pela UFRGS/PUC/UNISINOS.

  • Prorrogadas as inscrições para comunicações no Seminário da Semana de Museus 2020

    As inscrições para comunicações de trabalhos a serem apresentadas no Seminário da Semana de Museus da UFPel 2020 foram prorrogadas até 8 de maio. A divulgação dos trabalhos aceitos também ganhou uma nova data.  Os textos selecionados serão divulgados em 15 de maio. Devido a pandemia do novo coronavírus e a necessidade do isolamento social, o Seminário, promovido pela Rede de Museus da UFPel, será realizado por meio de webconferência, entre os dias 18 e 21 de maio.

    Acesse o edital do Seminário da Semana dos Museus

    Considerando o tema da 18ª Semana Nacional de Museus, “Museus para a Igualdade: diversidade e inclusão”, serão aceitas comunicações de trabalhos que considerem as desigualdades presentes na sociedade contemporânea e abordem a participação construtiva que os museus podem ter no tecido social, trazendo para discussão as muitas possibilidades de atuação dos museus, tanto na relação com seus públicos e acervos, como na relação dos museus entre si.

    Não há taxa de inscrição para a apresentação de propostas de comunicação. Os textos apresentados no evento serão publicados nos Anais da Semana de Museus da UFPel 2020 em formato de e-book.

    Durante a Semana de Museus da UFPel 2020 (de 18 a 22 de maio) também serão realizadas palestras e o lançamento do e-book dos anais da edição de 2019 do seminário. A programação completa será divulgada em breve.

    Cronograma do Seminário

    • Inscrições das propostas: até 8 de maio de 2020;
    • Seleção e divulgação das propostas: até 15 de maio;
    • Data do Seminário: 18 a 21 de maio.

    Local do Seminário: será realizado por webconferência. O link será disponibilizado em breve.

  • Abertas as inscrições para comunicações no Seminário da Semana de Museus 2020

    Estão abertas, até 3 de maio, as inscrições para comunicações de trabalhos a serem apresentadas no Seminário da Semana de Museus da UFPel 2020 entre os dias 19 e 21 de maio. Devido à pandemia do novo coronavírus e a necessidade do isolamento social, o Seminário, promovido pela Rede de Museus da UFPel, poderá acontecer por webconferência.

    Acesse o edital do Seminário da Semana dos Museus

    Considerando o tema da 18ª Semana Nacional de Museus, “Museus para a Igualdade: diversidade e inclusão”, serão aceitas comunicações de trabalhos que considerem as desigualdades presentes na sociedade contemporânea e abordem a participação construtiva que os museus podem ter no tecido social, trazendo para discussão as muitas possibilidades de atuação dos museus, tanto na relação com seus públicos e acervos, como na relação dos museus entre si.

    Não há taxa de inscrição para a apresentação de propostas de comunicação.

    Cronograma

    • Inscrições das propostas: 3 de abril a 3 de maio de 2020;
    • Seleção e divulgação das propostas: até 13 de maio;
    • Data do Seminário: 18 a 21 de maio.

    Local do Seminário: Não definido.

  • Lançamento de livro sobre o patrimônio industrial da UFPel abre a atividade “Conversa com os autores”

    Na última quarta-feira, dia 30 de outubro, teve início a 47ª edição da Feira do Livro de Pelotas, um dos mais tradicionais eventos da cidade. Como parte da programação da Feira, a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Pelotas (PREC/UFPel) promove a atividade “Conversa com os autores”.

    A primeira destas conversas aconteceu na manhã de hoje, 1º de novembro, no auditório do Museu do Doce, na qual foi lançado o livro “O Patrimônio Industrial da Universidade Federal de Pelotas”. A obra foi organizada pela Profa. Dra. Francisca Michelon, que durante sua fala destacou a importância da obra para toda a comunidade devido seu valor histórico e de preservação da memória da população pelotense. “Não é sobre o patrimônio da Universidade, é sobre o nosso patrimônio”, acrescentou a professora.

    Em sua capa, a obra apresenta uma ilustração do Campus Porto da UFPel, popularmente conhecido como Anglo, assinada pelo arquiteto, artista plástico e professor Zeca Nogueira. Julián Sobrino Simal, professor da Universidad de Sevilla (Espanha) e especialista em História de Arquitetura Industrial e em Sistemas de Interpretação do Patrimônio Industrial, foi quem escreveu o prefácio.

    O livro também conta com um texto do pelotense Andrey Rosenthal Schlee, ex-diretor de Patrimônio Material e Fiscalização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e um dos responsáveis pelo reconhecimento da tradição doceira e do patrimônio arquitetônico de Pelotas pelo Iphan em maio de 2018. Em seu texto intitulado “O Conjunto Histórico de Pelotas como Patrimônio Nacional”, Schlee descreve como o patrimônio da cidade foi reconhecido por todo o país.

    Para a obra foi realizada uma extensa pesquisa sobre os prédios que hoje pertencem a UFPel, mas que no passado foram utilizados por empresas de diferentes áreas da indústria. Os responsáveis pelo estudo foram estudantes da Universidade que participam do Projeto “Memória, identidade e patrimônio industrial adquirido pela UFPel: Memórias dos lugares de produção de Pelotas e suas possibilidades de pesquisa a partir do trabalho com as comunidades”, coordenado pela Profa. Dra. Ana María Sosa González.

    Foram alvo da pesquisa:

    • O Campus Porto, que sediou de 1943 até o início da década de 1990, o frigorifico Anglo;
    • O prédio da Consulã, hoje ocupado pelo Instituto de Ciências Humanas (ICH) da Universidade;
    • As antigas instalações da Laneira Brasileira S/A, empresa beneficiadora de lã que encerrou suas atividades em 2003.
    • O Campus Alfândega, antigo prédio da alfândega de Pelotas, localizado na zona portuária da cidade;
    • O Campus Cotada, antiga fábrica de massas e biscoitos, que hoje abriga o Centro de Engenharias (CEng) da UFPel;
    • O prédio da antiga Cervejaria Sul Rio-Grandense/Brahma, onde atualmente se encontram a Editora e Livraria UFPel e a Galeria Brahma.

    O projeto gráfico do livro foi desenvolvido pela estudante de design digital, Isabela Nogueira, sob supervisão do coordenador de Arte e Inclusão da PREC/UFPel, Prof. Dr. João Fernando Igansi Nunes. A obra também possui textos escritos por Ana Lúcia Costa de Oliveira, Aline Montagna da Silveira, Otavio Martins Peres, Cíntia Vieira Essinger, Daniela Vieira Goularte e pelas professoras Francisca Michelon e Ana González, já citadas.

    No dia 10 de novembro, domingo, às 19h, os autores vão participar de uma sessão de autógrafos em uma das tendas da Feira do Livro (Praça. Cel. Pedro Osório). Na data, um link para a versão digital da obra será disponibilizada ao público presente. Outras conversas e lançamentos de livros estão marcados para acontecer nos museus da UFPel durante evento. Confira a programação completa em wp.ufpel.edu.br/prec/programacao-conversa-dos-autores-47a-feira-do-livro-de-pelotas/

  • “De Medeleines e Pirulitos: O Doce na Infância”: Museu do Doce abre nova exposição

    Em quais memórias da sua infância os doces estão presentes? Talvez venha a sua mente uma festa de aniversário na qual você pegou um brigadeiro antes do parabéns ou ficou ansioso para pegar os doces do bexigão que estava prestes a ser estourado. Ou a lembrança de sua mãe ou avó fazendo um bolo que você tanto gostava. Trazer de volta memórias como essas é um dos objetivos da nova exposição do Museu do Doce, “De Madeleines e Pirulitos: O Doce na Infância”, aberta ao público neste sábado (19).

    A Profa. Maria Leticia Mazzuccchi Ferreira, curadora da exposição ao lado do Prof. Roberto Heiden, explica que ela foi construída sob três eixos: o aniversário – que é o núcleo central; o doce como parte marcante da infância das pessoas; e o ligação entre o doce e a religiosidade, por exemplo, São Cosme e Damião, que estão na perspectiva do sincretismo do catolicismo com as religiões afro-brasileiras, nas quais são identificados como os orixás Ibejis.

    O acervo da exposição foi constituído, principalmente, por doações e empréstimos de moradores da cidade e até de fora do estado. O professor Heiden conta que a equipe do museu buscou no comércio de Pelotas materiais que tivessem relação com os doces, como cartazes, embalagens e displays. Um dos objetos encontrados nesta busca é o baleiro de vidro com tampas de metal que será utilizado para oferecer balas aos visitantes. “Ele é um objeto utilitário que está em uso. Saiu do ambiente dele, vai ficar uma temporada no Museu e depois voltará”, destaca o docente.

    Além dos doces em si, itens relacionados a eles também estão na exposição. Um exemplo são os álbuns de figurinhas. Quem nunca comprou chicletes para colecionar as figurinhas que vinham com eles?

    A exposição conta com exemplares de álbuns de figurinhas de diferentes épocas. O da Balas Atlas e do Vm Tesovro Ilvstrado, sucessos dos anos 1950 e 60. Do Chocolate Surpresa, comercializado no Brasil de 1983 a 2003, e do Chiclete Ping Pong, que teve sua venda encerrada no país na década de 90.

    Ao comparar os álbuns, Heiden salienta o contraste entre os temas das figurinhas que “tinham como função ajudar vender o doce”. Nos mais antigos, das décadas de 50 e 60, as temáticas possuíam um aspecto educacional, com imagens da fauna brasileira ou de indígenas nativos do nosso país, e, com o passar do tempo, se voltaram para algo mais comercial, “midiático”, por exemplo, filmes como “O Rei Leão” (1994).

    O centro de memória e pesquisa HISALES também contribui com a exposição com o empréstimo de alguns itens de seu acervo, como cartilhas de alfabetização e cadernos de alunos que contêm textos ou outros detalhes relacionados aos doces. “O doce é uma dimensão que atravessa várias momentos da infância, inclusive a escola”, comenta o professor.

    Os visitantes serão convidados a contribuir com a exposição com pequenos depoimentos sobre quais doces os fazem lembrar da infância e das suas festas de aniversário. Esses relatos serão expostos em painéis que já apresentam outras declarações enviadas antes da abertura da mostra. Segundo Roberto, a ideia é que esses painéis “tomem forma ao longo da exposição”.

    A exposição “De Madeleines e Pirulitos: O Doce na Infância” é destinada tanto às crianças quanto aos adultos, e fica em cartaz na Sala 2 do Museu do Doce até o dia 29 de fevereiro de 2020. O Museu (localizado na Praça Cel. Pedro Osório, Casarão 8) abre de terça a domingo das 14h às 18h30.