UFPel promove oficina de expressão cênica para a Invernada Juvenil da União Gaúcha João Simões Lopes Neto
Na noite de terça-feira, 4 de novembro de 2025, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) realizou mais uma ação de integração com a comunidade local. Os professores Thiago Amorim e Andrisa Zanella, acompanhados da monitora voluntária Anita Manzke, ministraram uma oficina especial aos peões e prendas da Invernada Juvenil da União Gaúcha João Simões Lopes Neto (UG).
A atividade, promovida pelo Núcleo de Folclore e Culturas Populares da UFPel (NUFOLK) em parceria com o Projeto Artes Cênicas e Primeira Infância (PAPIN), teve como objetivo desenvolver nos jovens habilidades de interpretação cênica, expressão corporal e liberdade criativa, fundamentais para o desempenho artístico dos grupos tradicionalistas.
Uma noite de vivência, criação e confiança
A oficina foi estruturada em dinâmicas práticas que estimularam a desinibição, a consciência corporal e o trabalho em grupo. Em um primeiro momento, os jovens foram convidados a participar de exercícios de experimentação lúdica e corporal, fundamentais para o controle da expressão e interpretação no palco. Em seguida, foram propostos dinâmicas voltadas à improvisação, experimentação gestual e quebra de padrões rígidos que, muitas vezes, limitam a performance artística dos dançarinos.
Segundo os ministrantes, o foco principal foi oferecer um espaço seguro para que os participantes pudessem testar novas possibilidades de movimento, reconhecer o próprio corpo como instrumento expressivo e fortalecer a confiança necessária para a atuação diante do público.
“Nos palcos, não basta dominar a técnica das danças tradicionais — é preciso expressar emoção, presença e harmonia artística. E isso nasce da liberdade corporal e da confiança em si mesmo”, destacou o professor Thiago Amorim durante a atividade.
A professora Andrisa Zanella reforçou que práticas como essa permitem ampliar o repertório cultural e sensível dos jovens: “O teatro e a dança se encontram naquilo que é humano: expressar, comunicar e tocar o outro. É isso que buscamos estimular com esta oficina”.
Extensão universitária como compromisso social
A ação integra um conjunto de iniciativas da UFPel voltadas à curricularização da extensão, aproximando a universidade das comunidades e fortalecendo o compromisso social da instituição. Em nível nacional, pesquisadores têm reforçado o papel estratégico da extensão para a formação integral dos estudantes.
Como afirma o educador e filósofo contemporâneo Boaventura de Sousa Santos, referência na área de educação e cidadania: “A universidade só cumpre sua função pública quando dialoga com aqueles que produzem conhecimento fora dos seus muros. Extensão é troca, e toda troca transforma.”
É nessa perspectiva que a oficina se insere: promover uma troca genuína entre a universidade e um dos mais tradicionais grupos da cultura sul-rio-grandense, valorizando práticas artísticas, identitárias e comunitárias.
Cultura, juventude e pertencimento
Para a União Gaúcha João Simões Lopes Neto, a noite foi de aprendizado e fortalecimento da identidade cultural. A proposta dialoga diretamente com o trabalho desenvolvido pelas invernadas artísticas, que buscam preparar jovens para apresentações, competições e eventos culturais de grande relevância no estado.
A monitora voluntária Anita Manzke ressaltou a importância da iniciativa:
“Essa vivência amplia horizontes e qualifica nossa atuação enquanto estudantes de licenciatura. Muitos desses jovens que participaram da oficina já dominam movimentos das danças tradicionais e atividades como esta ampliam sua confiança na própria expressividade. A oficina abriu portas para isso.”
A seguir, algumas imagens registradas no encontro:


































