A agricultura é um dos principais setores que movimenta a economia do país e, com os avanços tecnológicos, a demanda por profissionais desta área aumentou cada vez mais. Por conta disso, é necessário que haja uma divulgação da atuação do profissional de Engenharia Agrícola para que o alcance de pessoas que possam ter a oportunidade de conhecer esta área seja maior.

Assim, o grupo PET-EA preparou dois vídeos de divulgação que explicam as principais funções deste profissional, bem como sua importância no ramo agrícola. Os vídeos podem ser acessados no canal no Youtube do PET-EA, através dos links abaixo:

• https://youtu.be/iZ_w1s2Z91M
• https://youtu.be/01JoqkqSsjQ

Os vídeos apresentam a história do curso de Engenharia Agrícola da UFPel, o pioneiro do país, além de explicarem as principais áreas de atuação deste profissional e mostrarem o ambiente acadêmico da universidade. Estes vídeos contam com a participação do grupo PET-EA, professores e o coordenador do curso.

Além disso, durante o ano de 2021, o PET-EA movimentou as redes sociais com publicações referentes a temas da área de engenharia agrícola contendo informações relevantes e demais curiosidades, para que pessoas de outras regiões também possam ter acesso a estes conhecimentos. Estas publicações são chamadas de “Você Sabia?”, e encontram-se no nosso Instagram (@petagricolaufpel).

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O Programa de Educação Tutorial do curso de Engenharia Agrícola (PET-EA) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) retomou o projeto “Visitas Técnicas Orientadas”, após um hiato no ano de 2020 devido à pandemia da COVID-19, impedindo os alunos de serem recebidos por instituições da cidade de Pelotas/RS e região. Enquanto o ano de 2021 ainda tenha sido caracterizado pela pandemia, foi possível realizar o projeto com adaptações, focando em levar a instituição ao aluno, ao invés do contrário. A partir disto, se abriu um meio inovador para continuar exibindo o mundo profissional, a vida cotidiana de setores empresariais e acadêmicos, a quem tivesse interesse.

No início de 2021, os Petianos buscaram locais de interesse em Pelotas/RS e região, para que pudessem entrar em contato e assim marcar uma visita técnica. Locais foram classificados de modo a serem encaixados nas cinco grandes áreas do curso, para que seja variado o suficiente, com intuito de atrair o maior número de alunos. Ao mesmo tempo, se realizou uma pesquisa de interesse entre discente e docentes, para compreender o que pessoas de fora do grupo gostariam de ver. Com os interesses internos e externos alinhados, se partiu para o contato com as instituições escolhidas para verificação de disponibilidade. Enquanto algumas mostravam interesse, todas declinaram a oferta, pois a presença de várias pessoas de fora poderia ser maléfica ao estado de saúde dos funcionários dos locais trabalhados.

Com o motivo de rejeição apontado, o grupo estabeleceu uma inversão da metodologia aplicada ao projeto. Ao invés de levar alunos aos locais de interesse, se filmaria as visitas. A gravação seria editada e compartilhada nas redes sociais do PET-EA, com aprovação primária do local visitado por uso de imagens. Contatos com locais de interesse foram reestabelecidos. No entanto, ainda não se mostrava atrativo o suficiente, dessa vez aliado justamente com a preocupação das empresas com o uso de imagem, que poderia servir de má propaganda.

Devido às rejeições de instituições terceiras, o PET-EA buscou atender outro ponto de interesse: mostrar a estrutura e laboratórios utilizados pelo curso ao longo da graduação, para aqueles alunos que ainda não tiveram a oportunidade devido à pandemia. Esse ponto foi aliado com o projeto de “Divulgação do Curso”, que tem intuito de atrair pessoas de fora da faculdade a seus projetos e propósitos. O primeiro local visitado foi o Laboratório de Agrotecnologia, mantido pela Profa. Dra. Gizele Ingrid Gadotti, no “Prédio 33” do Campus Capão do Leão, onde foi apresentado as atividades cotidianas do laboratório e demais funções exercidas por ele e seus integrantes. O vídeo da visita contou com uma parte prática, na exibição de equipamentos e materiais, e uma conversa, tanto sobre o laboratório quanto o curso em si. Se destaca que tanto este quanto as demais visitas técnicas seguiram protocolos de sanidade contra a COVID-19.

Clique nos links abaixo para visualização de ambas as partes:

• https://drive.google.com/file/d/1JI50DBwqsi296GOAe3aghwB6laZznzG7/view?usp=sharing
• https://drive.google.com/file/d/16qF32-rAwAdLDFDf1fynl_J1tFw2bQzw/view?usp=sharing 

Figura 1 – Filmagem da visita técnica ao Laboratório de Agrotecnologia.

Conforme o restante dos laboratórios e estruturas do curso estava sendo exibido pelos vídeos do projeto “Divulgação do Curso”, o grupo regressou à busca por instituições privadas para filmagem de visitas técnicas. Com o passar do tempo e muitas rejeições, o projeto culminou a partir de outro projeto, o “II ConectAgro”, onde as visitas técnicas foram um ponto chave para a diferenciação desse evento online dos demais. O grupo se movimentou para conseguir locais até a data do evento, conseguindo três:

• Frigorífico Espinilho, em São Lourenço do Sul/RS;

• Água Mineral Itaara, em Chuvisca/RS;

• Agropecuária Canoa Mirim S/A, em Santa Vitória do Palmar/RS.

Com as parcerias formadas, o grupo partiu em pequenos grupos para cada um dos locais, equipados de câmera e microfone.

No Frigorífico Espinilho, em São Lourenço do Sul, o PET-EA foi recebido pelo dono, Sr. Adriano Schuch, que apresentou todas as operações e processos da produção da carne, desde a engorda até o descarte. O vídeo foi apresentado no primeiro dia do “II ConectAgro” e angariou um total de 147 visualizações, disponível através do seguinte link: https://youtu.be/D-nQ_UOBIgk.

Figura 2 – Adriano Schuch apresenta a estrutura do Frigorífico Espinilho.

Na Água Mineral Itaara, em Chuvisca/RS, o PET-EA foi recebido pelo dono do empreendimento, que explicou como a indústria se originou, e pelos funcionários, que apresentaram os procedimentos de envasamento de água, deste a coleta até a expedição. O vídeo foi apresentado no segundo dia do “II ConectAgro” e angariou um total de 185 visualizações, disponível através do seguinte link: https://youtu.be/yqpP5rR8sNg.

Figura 3 – Dono da Água Mineral Itaara introduz o empreendimento.

Por fim, na última visita técnica do ano, o PET-EA foi à Agropecuária Canoa Mirim S/A, em Santa Vitória do Palmar/RS. O grupo foi recebido pelo Sr. Lauro Ribeiro, ex-petiano e egresso do curso, e é atualmente um dos diretores da empresa. Apresentou todos os serviços e etapas exercidos pela empresa, na parte de gerenciamento de lavouras de arroz, soja, milho e trigo, produção de sementes de arroz, armazenagem de grãos e pecuária de cria, recria e engorda, além de toda a logística de veículos e máquinas. O vídeo foi apresentado no terceiro e último dia do “II ConectAgro” e angariou um total de 82 visualizações, disponível através do seguinte link: https://youtu.be/crWvOzhc2Ms.

Figura 4 – Acompanhamento de plantio de milho na Agropecuária Canoa Mirim S/A.

Pelo Gráfico 1, é possível ver a relação de visualizações entre as visitas técnicas do “II ConectAgro”. A visita ao Laboratório de Agrotecnologia não foi incluída, pois não foi postada no canal do YouTube do PET-EA, como foram as demais. As duas primeiras visitas atingiram marcas superiores à 100 visualizações, o que pode ser explicado pela apresentação de tópicos não ortodoxos, como foi a terceira visita.

Gráfico 1 – Relações de visualizações entre as visitas do II ConectAgro.

Ao longo do ano de 2021, se pôde analisar que o projeto foi realizado de acordo com a proliferação da COVID-19 na região sul do estado do Rio Grande do Sul. Apenas depois dos números de vítimas caírem foi que o PET-EA recebeu aceitação na filmagem e atendimento presencial aos locais, algo rejeitado por muitas instituições durante grande parte do ano. Seguindo esse padrão, pode se dizer que o projeto se tornará mais completo com o passar do tempo, conforme a situação de saúde do estado e do Brasil regressar ao normal. O projeto se mostrou de grande interesse entre alunos e professores, pois auxiliar na compreensão de aplicação de conhecimentos teóricos em ambientes mais profissionais. A adaptação escolhida pelo grupo de filmar as visitas foi um grande diferencial, pois tratou de levar conhecimento a qualquer pessoa de um modo mais real, algo que uma aula não teria capacidade. Pontos de dificuldade encontrados durante a execução do projeto devem ser levados em conta até o retorno total de atividades presenciais na Universidade, para que se extraia o melhor dos locais a serem visitados.

Durante o ano de 2021, o grupo PET – Engenharia Agrícola continuou o desenvolvimento do projeto PETEAjuda, este projeto teve início, pois o curso de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Pelotas, como as demais engenharias, possui um grau de complexidade bem elevado. Através da aplicação de questionários aos ingressantes do curso foi possível identificar um alto índice de dificuldade com as disciplinas do núcleo básico, o que torna a experiência de discente algo problemático e que contribui para o alto índice de desistência.

Desta maneira, o projeto tem o intuito de auxiliar os discentes com as disciplinas, de maior necessidade, para fazer isso o melhor método encontrado pelo grupo PET – EA foi utilizar o canal na plataforma Youtube, ou seja, o instrumento didático escolhido foram as vídeo aulas. 

O material gerado no formato online pelo PET-EA se tornou mais atrativo aos alunos do que os demais canais de auxilio, pois conta com exercícios resolvidos da própria lista do professor e também com vídeos do livro utilizado pelo docente. Desta maneira, o aluno pode procurar ajuda a hora que preferir e revisar os conteúdos, realizando alguns exercícios e sanando as suas dúvidas.

O PET – Engenharia Agrícola sempre se preocupou com o desempenho dos alunos do curso, e, portanto, oferece o máximo de apoio possível, através do formato online encontrou uma maneira de facilitar os estudos da fração de alunos que apresenta dificuldades, podendo, dessa forma, interferir diretamente no grau de absorção de conteúdo e na aprovação desses acadêmicos.

O projeto de perdas na colheita do PET-EA tem como objetivo analisar o comportamento das perdas em relação à ocorrência de parâmetros diretos e indiretos  previamente definidos, quantificação das perdas quanto ao sistema de corte, sistema de trilha e as  perdas totais, determinação dos parâmetros que mais influenciam as perdas e elaborar planos de  trabalho que visem à diminuição das perdas. 

No início do ano entramos em contato com alguns produtores explicando tais objetivos do projeto. Em março de 2021 no interior de São Lourenço do Sul foi feita uma parceria, onde o proprietário aceitou que o projeto fosse realizado em sua propriedade. Assim, um grupo de petianos se deslocou até a cidade que fica a 70 km de Pelotas para a realização da proposta (figura 1). 

Figura 1 – Grupo de petianos em campo.

Após a ida a campo, se precisou da ida ao laboratório para fazer as análises necessárias. Assim, um grupo pequeno de petianos assumiu o compromisso de realizar as atividades de laboratório, sempre seguindo todas normas vigentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a COVID-19.

Figura 2 – Analise em laboratório.

As amostras foram coletadas em três pontos diferentes, onde a velocidade de operação da colhedora era diferente em cada um deles, sendo em 1,2 km/h, 1,6 km/h e 2,0 km/h. E após realizar a análise em laboratório, chegou-se a conclusão que ocorreu a perda de 671,7 kg.ha -1.  Deste modo, representando 5,71% da produtividade obtida na safra 2020/2021. 

Na tabela abaixo, é possível observar as perdas que ocorreram em cada velocidade de operação. 

Figura 3 – Valores finais das perdas para cada variação de velocidade.

O projeto Painel Agro surgiu como uma alternativa às palestras, uma vez que se tem mais interação e discussão com os convidados, portanto, atraindo mais a atenção dos ouvintes. Ao invés de apenas um palestrante, reunimos dois profissionais para conversar sobre um assunto pré-estabelecido, e essa conversa é mediada por dois petianos. 

O painel Agro ocorreu no ano de 2021 no formato online, onde reuniu profissionais de todo o Brasil, e foram discutidos temas relacionados à energia de biomassa, déficit de armazenagem, expansão da soja, gestão e liderança no agro, e também foi discutido sobre a atuação das mulheres no agro 4.0. 

Abaixo está o quadro com os painéis já realizados juntamente com os temas, convidados e petianos envolvidos. 

A divulgação dos painéis agro ocorreu através da elaboração de artes, onde constava o tema abordado, informações sobre os convidados e a data e hora do painel. E em seguida, era realizada a divulgação nas redes sociais do PET-EA.

O painel agro vem contribuindo para a aprendizagem, comunicação e o desenvolvimento dos petianos participantes e, ao mesmo tempo, divulgar conhecimentos sobre os temas para estudantes das ciências agrárias e interessados de todo o país. 

Ocorreram 5 painéis este ano, onde cada encontro teve a duração média de 1 hora e 30 minutos, e foram alcançadas mais de 550 pessoas, ficando com uma média de 110 telespectadores em cada painel. Todos os painéis estão disponíveis no canal do PET – Engenharia Agrícola no Youtube.

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