Amarelinho da Bruxa: A História e a Alma do Bloco Burlesco Bruxa da Várzea
Bruxa da Várzea
Carlos de Oliveira Dias – mais conhecido como Amarelinho da Bruxa – é um dos fundadores do Bloco Burlesco Bruxa da Várzea, uma entidade que se consolidou como uma tradição irreverente e cultural na região. Fundada oficialmente em 10 de fevereiro de 1962, a Bruxa nasceu de uma brincadeira entre amigos, reunidos na esquina da Rua Gomes Carneiro com a Garibaldi, em torno de um antigo armazém do Seu Ventura.
Carlos de Oliveira Dias – mais conhecido como Amarelinho da Bruxa – é um dos fundadores do Bloco Burlesco Bruxa da Várzea
Em meio a histórias que se misturam com a própria memória do bairro, Amarelinho relembra como a entidade surgiu no contexto dos encontros noturnos e da camaradagem dos jovens da época. “A Bruxa da Várzea nasceu de uma brincadeira que se transformou em um símbolo cultural. Naquela esquina, ali perto do Armazém, as ideias foram tomando forma e ganhando corpo – literalmente –, com a construção de bonecos, cartolas e uma identidade que homenageava as senhoras da região”, conta.
A trajetória do bloco é pontuada por momentos marcantes: dos primeiros encontros, passando pela criação dos instrumentos feitos com materiais simples, até a consolidação de uma tradição que rendeu ao grupo 40 troféus, dois Estandartes de Ouro, dois pentacampeonatos e inúmeros registros históricos – inclusive 15 livros publicados sobre sua história. Segundo Amarelinho, “o que nos orgulha é a continuidade dessa tradição, que resiste ao tempo e mantém viva a memória dos nossos fundadores e de toda a comunidade que sempre nos apoiou.”
Entre as curiosidades, o entrevistado relembra a “ida ao asilo”, uma iniciativa que se tornou um compromisso por 50 anos, onde o grupo levava alegria – e muita música – para os idosos da região. Essa tradição, iniciada com caminhadas a pé e depois fortalecida pelo apoio da comunidade e de empresas locais, consolidou a imagem do bloco como um agente de integração social.
Além de preservar a memória dos que já se foram – muitos dos fundadores e membros históricos não estão mais entre nós – a Bruxa da Várzea se modernizou e passou a contar também com parcerias importantes, como a colaboração com a universidade local. “A faculdade abrilhantou o nosso bairro e hoje, com essa parceria, oferecemos nossa comunidade para novos eventos e atividades. É um trabalho de respeito à história e de olhar para o futuro”, ressalta Rógerio, que assumiu a diretoria da Bruxa mais recente, e participa há 40 anos da Bruxa.
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Rogerio (direita da foto) junto com Amarelinho (esquerda da foto)
Para Amarelinho, a força da Bruxa da Várzea reside na união dos seus integrantes e na paixão que cada um deposita na entidade. O bloco não é apenas uma manifestação cultural, mas um verdadeiro movimento que celebra a identidade e a história local, envolvendo gerações e trazendo sempre uma mensagem de inclusão e alegria.
EM 2024, O PET FEZ PARCERIA E CRIAMOS UMA NOVA BRUXA DA VARZEA PARA SAIR COMO CARRO ALEGÓRICO
Abrimos o ano com um baita projeto de extensão que envolveu tanto os próprios petianos e demais estudantes ( petianos honorários) do Centro de Artes – UFPEL. E começamos a trabalhar na Bruxa no atelie de pintura junto com tutor do PET, professor Clóvis Costa e envolvendo a consulta de demais professores da casa que pudessem auxiliar no plano de estruturação da Bruxa
Todo o processo foi divulgado no nosso Instagram, veja nosso stories salvo “Bruxa da Várzea” e veja mais como foi o desfile: @petartesufpel
