Há 15 dias na orla da Praia, Elefante-marinho-do-sul segue descansando no Cassino

A presença do mamífero foi registrada, pela primeira vez, no dia 15 de janeiro. Desde então, os órgãos ambientais realizam o seu monitoramento diário

Por Laura Cosme / Em Pauta

Registro do Elefante-marinho-do-sul na orla da Praia do Cassino Crédito: Divulgação Portos RS / Em Pauta

Desde o dia 15 de janeiro, quando foi avistado, pela primeira vez, na Praia do Cassino, o elefante-marinho-do-sul está mobilizando as equipes do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM), do Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (NEMA) e da Portos RS para realizar o monitoramento diário do mamífero.

Nesta terça-feira, 30, após 15 dias de sua presença ter sido registrada na orla da praia, o Cram divulgou uma atualização do estado de saúde do animal. Segundo a equipe, com o passar dos dias, foi percebido que o elefante-marinho segue saudável e está no período de troca de pelos e pele.

Durante esta mudança, é comum que os animais passem longos períodos fora do mar para evitar que sua temperatura corporal fique baixa, pois a temperatura da pele influencia no crescimento de novos pelos. Além disso, o CRAM também informa que é habitual o animal ficar de jejum por um longo período.

(Legenda: registro do Elefante-marinho-do-sul na orla da Praia do Cassino Crédito: Divulgação Portos RS)

O Elefante-marinho-do-sul, da espécie Mirounga Leonina, trata-se de um animal macho, com cerca de três metros de comprimento e peso estimado em cerca de 800kg. A espécie possui este nome devido a presença de uma proeminência nas narinas.

O diretor do NEMA e coordenador do projeto Pinípedes do Sul, Sérgio Estima, explica que a aparição do mamífero não é tão ocasional, contudo, não significa que seja rara, principalmente, nesta época do ano, em que o animal está no seu período de descanso e troca de pelo. “Ao longo do ano esses animais estão 90% em alto mar, eles mergulham mais de mil metros de profundidade, e buscam a terra em dois momentos: para a reprodução e muda de pelagem”, comenta.

De acordo com Estima, ao avistar um animal na orla da praia, é importante que a comunidade acione os guarda-vidas ou entre em contato com o NEMA e o CRAM. “O animal está muito reativo. É uma oportunidade incrível estar observando um animal em vida livre, mas é necessário manter distância e não tentar colocar ele de novo para a água”, alerta.

Confira as orientações ao encontrar o Elefante-marinho-do-sul na Praia:

  • Não o molhar ou forçar que retorne ao mar; ele precisa estar aquecido e regula sua própria temperatura conforme a necessidade;
  • Não oferecer alimentos; neste período o jejum é uma estratégia da espécie;
  • Afastar os animais domésticos; o contato pode ser perigoso para ambos;
  • Tirar fotos sem flash e não colocar luz alta dos carros; o descanso é essencial para o sucesso na muda de pelos e pele.

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