Escola de Belas Artes Heitor de Lemos celebra 100 anos em Rio Grande

A instituição, fundada em 1922, é uma referência no incentivo à dança, música, teatro e artes plásticas no município.

Por Marianna Bertoldi Mattos

Grupo de dança em Bagé /Foto: arquivo pessoal Tati Klinger

Neste ano de 2022, a Escola de Belas Artes Heitor de Lemos, fundada na cidade do Rio Grande em 1922, completou 100 anos.  A escola possui enorme valor para o município, tendo em vista que é uma escola pública de ensino de artes e “são poucas cidades no estado do Rio Grande do Sul que têm escolas de Belas Artes”, como reforça a professora e bailarina, Tati Klinger.

A escola oferece de forma gratuita cursos de música, diversos instrumentos e canto, teatro, dança, artes plásticas e artes visuais. A instituição é gerida  pela Secretaria de Município da Educação, da prefeitura do Rio Grande,  juntamente com a Associação Amigos da EBAHL.

Em comemoração ao Centenário da instituição, a EBAHL vem realizando, desde o primeiro semestre desse ano, diversos eventos abertos à comunidade, como o “Chá de Memórias das Artes Visuais”, Galerias, Exposições Artísticas, Fotografias, apresentações musicais e de dança, além de eventos com parceiros e escolas do município.

Ainda em ritmo de comemoração, mais um evento está próximo de acontecer. A apresentação de dança “Festa da Bailarina” será realizada na noite de quinta-feira, 01 de setembro, no Teatro Municipal do Rio Grande. A Festa da Bailarina reunirá outros grupos de dança além do Grupo da EBAHL, como Morada da Dança PoA, Studio Vanessa Oliveira e Academia Ensaio que, juntos, celebrarão algo que partilham em igual sentido: a paixão pela dança.

A bailarina Tati Klinger leciona cinco turmas de Ballet Clássico na EBAHL e outras duas turmas de Repertório, disciplina teórico-prática. Além disso, também trabalha na Academia Ensaio, na parte administrativa e pedagógica. Sobre sua participação na celebração do Centenário da EBAHL, tanto como como professora da escola como administradora da Academia Ensaio, ela diz: “participar dessa comemoração de 100 anos com certeza é um grande orgulho para nós”.

Não somente os professores demonstram orgulho em fazer parte da história da Escola de Belas Artes, como também seus alunos. Este é o caso de Hellen Paim Lima, aluna de piano na instituição há 13 anos. “Nesse tempo, concluí Teoria e Solfejo Musical, História da Música. Atualmente estou no 7º ano do curso de piano, que é o penúltimo do curso”, comentou sobre sua trajetória no âmbito musical.

Hellen, ainda, relembra alguns momentos marcantes, como apresentações que participou e aprendizados. Segundo ela, alguns dos momentos mais marcantes foram poder tocar músicas a 4 mãos com colegas ou com seus próprios professores, pessoas que tanto admira.

A admiração pelo trabalho lá desenvolvido, e a paixão pela música, é algo que já vem de família. “Minha mãe também foi aluna no Belas Artes, estudou canto lírico. Assisti-la cantar sempre foi significativo pra mim, ela é muito talentosa e esforçada, era especial vê-la cantar e ver o progresso dela a cada apresentação”, compartilhou.

Quando questionei-a do porquê a arte é bela, respondeu dizendo que “é bela porque nos permite expressar nossos sentimentos, nossos anseios, muitos dos quais muitas vezes não sabemos expressar em palavras, por exemplo. A arte é capaz de unir as pessoas, de trazer mais harmonia e uma vida mais saudável e pacífica”.

E que seja cada vez mais assim. Mais valorizada e mais praticada. Parabéns, aos 100 Anos da Escola de Belas Artes Heitor de Lemos!

A arte está sempre viva dentro de todos nós.

Prédio da EBAHL/Foto: Facebook

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