Brasil abre dois gols de vantagem, mas cede empate ao Figueirense

Por Luís Artur Janes Silva

Leandro Leite e Rodrigo Alves disputam com jogador do Figueirense, mas não conseguem evitar o empate. Credito da imagem: Divulgação/ Brasil de Pelotas/ Estadão

Nesta quinta (19), o Xavante voltou a campo para mais um compromisso pela Série B do Campeonato Brasileiro. O rubro-negro pelotense enfrentou o Figueirense, em partida válida pela 23ª da competição. Com uma atuação irregular, o Brasil abriu dois gols de vantagem na etapa inicial, mas cedeu espaços ao adversário, que chegou ao empate no final da partida. O resultado do duelo (2 a 2) foi preocupante porque o time treinado por Bolívar não teve um bom comportamento técnico e tático durante o jogo e, pior que isso, enfrentou uma equipe que não tinha vencido nas treze rodadas anteriores e ocupava a lanterna do campeonato.

 

O JOGO

O Brasil iniciou a partida com marcação meia pressão ao ataque do Figueirense, que nos primeiros quinze minutos de jogo não conseguiu incomodar a defesa rubro-negra. Mesmo passando mais tempo com a bola nos pés, os jogadores do Figueirense não mostraram inspiração para ter um domínio mais efetivo das ações.

Assim, o primeiro momento de emoção da partida foi um gol do Xavante, que saiu quando Murilo Rangel recuperou a bola na intermediária ofensiva e passou para Diogo Oliveira, que estava colocado no bico esquerdo da grande área. O Maestro chutou com a perna esquerda e o balão foi rasteiro no canto canhoto do goleiro Matheus Vidotto. Com a abertura do marcador, o tímido Brasil desencantou e partiu para cima do adversário. Aos 19 minutos, o Xavante chegou novamente com Cristian, que arrematou da intermediária pelo lado direito e obrigou Vidotto a espalmar para escanteio.

Soberano em campo, o Brasil atingiu o auge da sua atuação aos 22 minutos da etapa inicial, quando Murilo Rangel, o grande artífice deste bom momento xavante, cobrou uma falta do lado direito do campo, mas utilizando o pé esquerdo. A bola foi à meia-altura e encontrou a cabeça de Leandro Leite, que concluiu para o gol, anotando o segundo tento rubro-negro e dando esperanças ao torcedor de ver a bola estufar as redes catarinenses em outras oportunidades.

Mas a partir daí, o Brasil parou de atacar e passou a ser lentamente empurrado contra o seu próprio campo, pelas linhas avançadas do Figueirense. Próximos aos trinta minutos de jogo, o time de Santa Catarina chegou duas vezes à meta de Carlos Eduardo. Numa delas, o lateral Victor Guilherme acionou Patrick, que chutou por cima do gol xavante. No lance seguinte, Victor Guilherme fez uma jogada individual e arriscou o arremate, que foi para fora.

Dono das ações, o Figueirense continuou pressionando o Brasil, que quase sofreu o gol aos 34 minutos. Após jogada de combinação entre Yuri Mamute e Renner pelo lado esquerdo, a bola sobrou para Patrick, que chutou para espetacular defesa de Carlos Eduardo. No lance seguinte, Tony arriscou da intermediária, mas o goleiro rubro-negro afastou a pelota. Sem saída de bola, o Brasil ficou apenas nas tentativas de incomodar o sistema defensivo da equipe “barriga verde”, que resultaram em fracasso.

Aos 45 minutos, a insistência do Figueirense foi premiada com o gol. O lateral Renner cruzou da esquerda, a bola passou toda a extensão da área e sobrou para Pereira na direita, que colocou o balão no comando de ataque e Willian Popp concluiu alto e sem chances para Carlos Eduardo, descontando para o time de Florianópolis.

No início da segunda etapa, o time catarinense quase chega à igualdade com Yuri Mamute, que aproveitou-se de falha da defesa xavante e chutou à queima-roupa para grande intervenção de Carlos Eduardo. Três minutos depois, o rubro-negro respondeu com Murilo Rangel, que concluiu com o pé esquerdo, obrigando Matheus Vidotto a mandar o balão para escanteio.

Após este início promissor, tivemos a queda de qualidade do jogo, que ficou restrito aos lances que oscilaram entre as intermediárias. Tanto foi assim, que outro momento de emoção foi acontecer aos 28 minutos do segundo tempo, quando Patrick recebeu no meio, limpou e chutou para defesa de Carlos Eduardo.

Sentindo que perdia o meio de campo, o técnico Bolívar tirou o atacante Rodrigo Alves e colocou o volante Carlos Jatobá no seu lugar. Mas a mudança não surtiu o resultado desejado, pois o Brasil continuou sem bloquear as investidas do Figueirense e perdeu a possibilidade de reter a bola no ataque, após a substituição de Alves.

Assim, o prêmio pela insistência do Figueirense apareceu aos 44 minutos da etapa derradeira. Willian Popp cobrou falta da esquerda, a bola desviou na barreira de jogadores do Brasil e tirou qualquer possibilidade de defesa do goleiro Carlos Eduardo. O Figueira conquistava a igualdade, mas Popp exagerou na comemoração, provocando a torcida xavante, e acabou expulso. Após o apito final, os aficionados rubro-negros voltaram-se contra a fraca atuação do seu time e protestaram veementemente.

Com este empate com sabor de derrota, o Brasil ocupa a 12ª posição na tabela de classificação da Série B, com 29 pontos. O Xavante volta a atuar na próxima terça (24), quando enfrentará o América-MG, em jogo que acontecerá no estádio Independência, na cidade de Belo Horizonte, e que tem início previsto para 20h30.

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