Drama e Comédia na série “This is Us”

Por Matheus Müller    

Quatro temporadas já foram lançadas no Brasil desde 2016

O seriado americano “This Is Us” é uma produção do diretor Dan Fogelman com exibição desde 2016, com cinco temporadas. Mas apenas quatro delas já foram lançadas aqui no Brasil no serviço de streaming Prime Video. A série tem uma pegada muito emotiva e busca sempre envolver e criar um laço com os espectadores através dos acontecimentos dramáticos e hilários da vida dos principais personagens. O elenco da série é basicamente a família Pearson, que tem as suas histórias e problemáticas desenvolvidas com maestria ao decorrer da narrativa.

A série apresenta um humor familiar durante todos os seus episódios e isso não é feito aleatoriamente. Muito pelo contrário, este é um artifício propositalmente utilizado para narrar a história. Todo esse aprofundamento nas vidas dos personagens nos faz ter apego por eles. E, então, assim, somos cativados no decorrer dos 18 episódios de cada uma das cinco temporadas.

Os personagens e seus respectivos atores são Randall Pearson (Sterling K. Brown), logo após sua esposa Beth Pearson (Susan Kelechi Waston), o patriarca da família Jack Pearson (Milo Ventimiglia), sua fiel dupla de vida Rebecca (Mandy Moore). A seguir, temos Kevin Pearson (Justin Hartley), Kate (Chrissy Metz) e, por último, seu marido Toby (Chris Sullivan).

A série retrata as vivências da família como um todo de uma maneira muito delicada, dando a atenção, tempo de tela e desenvolvimento adequados e precisos para cara personagem e a situação em que se encontra. Isso tudo foi desenvolvido desde o episódio piloto. Jamais perde o ritmo, sempre mantendo o telespectador surpreso e, às vezes, triste também.

O que dizer deste seriado? Revela um sentimento de pertencimento a algum lugar, uma emoção sentida por diversos telespectadores da obra, já que esta retrata as diferenças sociais de maneira única e que se espelha na sociedade contemporânea. Ela fala com os mais diversos públicos e toca em assuntos que são pouco falados e retratados na mídia, por esse motivo a série cativou tantos fãs ao redor do mundo.

A série sabe lidar com cuidado e destreza os acontecimentos. O enredo ganha vida e nos leva a ver a história fora da tela, como se fosse a vivência de algum conhecido nosso. Claro que tudo isso é no sentido figurado, já que estes personagens são fictícios e retratam não uma, mas diversas pessoas no mundo a fora.

“This Is Us” é acolhedora, misteriosa e complexa, mas não ao ponto de você não entender o que se passa durante a narrativa. Tenta buscar alguma solução junto com os personagens para seus problemas, estes que, por muitas vezes, projetamos como nossos problemas devido ao fato de que ocasionalmente serem parecidos com os nossos.

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Projeto Leia Rio Grande apoia escritores do município

Por Ana Caroline Rossetto e Milene Louzada   

Ações promovem nomes locais da literatura por transmissões e oficinas online

Próximo evento na quinta-feira pode ser acessado pelo Facebook

O Projeto Leia Rio Grande teve seu lançamento no dia 8 de julho em uma transmissão online, visto que a atividade iniciou durante o período pandêmico. Todas as suas ações foram realizadas no ambiente virtual. O principal intuito do projeto é incentivar e apoiar a literatura local da cidade de Rio Grande. Criou um canal de comunicação entre grupos, coletivos, instituições e pessoas que se interessem pelo fomento da leitura. Para ampliar ainda mais esta rede de apoio entre os escritores e os leitores, também há o trabalho com a memória rio-grandina, com a criação de conteúdos relativos à bibliografia e biografias de autores da cidade.

O projeto é uma parceria entre o Conselho Municipal de Política Cultural, Secretaria de Município da Cultura, Esporte e Lazer e Diretoria de Arte e Cultura (DAC) da Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Os grupos de leitura também são parceiros da atividade, sendo eles: Kilombo Literário, Confraria da Leitura, Clube de Leitura Furg, Clube de Leitura Conjunta e o Leia Mulheres Rio Grande.

Ao longo dos quatro meses de atuação, já foram executados cursos de escrita criativa e introdução a poética da poesia, encontros virtuais com autores, lançamentos de obras e dicas de leitura compartilhadas no perfil do Leia Rio Grande no Instagram.

Lançamento do grupo Escritores de Quinta

Uma das obras lançadas de forma online pelo Leia Rio Grande é o livro “Ventania” que, através de um encontro virtual no dia 26 de agosto, foi apresentado ao público. A obra foi contemplada no Edital do Livro da Câmara de Vereadores do Rio Grande e elaborado pelo grupo Escritores de Quinta, que é composto por oito autores, e organizado por Alison Guedes Altmayer e Joselma Noal.

Karoline Veiga França faz parte dos Escritores de Quinta e ressalta a importância do projeto no alcance de novos leitores e conexão com a literatura local. “O ‘Ventania’ foi um grande sucesso e temos um feedback interessante dos leitores. Alguns desses provavelmente vieram após a transmissão. As pessoas não só se interessaram em conhecer a obra contemplada, mas também a nossa obra anterior: ‘Histórias de Vento, Mar e Amor’”, destaca a escritora.

No dia 14 de outubro, mais uma ação foi realizada, dessa vez com foco na literatura infantil. A conversa online teve a participação de Elizângela Teixeira, professora e escritora do livro “Me chamem de Daniel, porque Daniel é o meu nome” e de Andriara Nunes Nunes, escritora de “Professora Andriara em: Gato Preto”, história construída com crianças da escola pública.

 

Elizângela Teixeira Foto: Reprodução Instagram

“Participar do projeto está sendo uma experiência maravilhosa, uma oportunidade de estabelecer diálogos, trocas, parcerias com outros escritores e amantes da Literatura”, diz Elizângela. A escritora também enfatiza a visibilidade que o projeto dá aos artistas e a ótima oportunidade de divulgar os seus trabalhos.

 

 

 

 

 

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Lanceiros negros: ideia para alavancar carreiras

Por Ester Caetano  

Projeto foi um desdobramento do Festival Porongos lançado em 2019

Na coordenação estão João Pedro Lopes, Thaise Machado e Mauryani Oliveira     Foto: Elizabeth Thiel

Impulsionando a cena artística do Rio Grande do Sul e ressignificando as comemorações da Semana Farroupilha do mês de setembro, o projeto Aceleradora Lanceiros Negros foi lançado no mês de agosto. Apoia o trabalho de artistas negros gaúchos e objetiva o fomento da cultura negra no Sul do Brasil.

A iniciativa é um desdobramento do Festival Porongos, criado em 2019 por jovens empreendedores negros. Nasce em forma de manifesto, fazendo presente a história dos Lanceiros Negros, que lutaram na Guerra Civil Farroupilha em troca de liberdade. A diretora criativa do projeto, Thaise Machado, comenta que a Aceleradora veio com o objetivo de levar adiante a ideia iniciada pelo festival.

Depois do lançamento de um edital de seleção e a divulgação dos selecionados, as atividades de mentoria e facilitação começaram no dia 4 de outubro e vão até a data de 11 de novembro. Foram 20 artistas selecionados. O perfil dos participantes vai desde produtores culturais, aqueles que gostam de fazer cultura ou os que querem ingressar no meio. “Chamou-se aqueles que estão já atuando na área, mas também pessoas que gostariam de atuar. Então, podem ser artistas, produtores, performers, qualquer pessoa que tenha uma ligação com arte e cultura. A gente acredita que a arte e a cultura também são uma ferramenta para galgar espaços e ser reconhecido profissionalmente”, relata Thaise.

A diretora criativa do projeto revela que a ideia surgiu como forma de alavancar carreiras múltiplas ao compartilhar conhecimentos na área. Parafraseando a ativista de Direitos Humanos, Jurema Werneck, acredita que os seus passos vieram de longe e, assim como foi difícil para ela emergir, seria possível fazer mais pelos outros que irão vir. “Porque olhando pra trás, no nosso percurso, a gente viu que foi uma caminhada muito difícil, muito sozinha, e a gente pensou em congregar”. E complementa: “A gente entende que essa ação é olhar para trás e compreender os passos dos nossos mais velhos e entender também que no futuro seremos esses mais velhos dessa nova geração. Então, é importante entender mesmo essa conexão ancestral que a gente tem”, expõe.

Pensou em um espaço que primeiro acolhesse potenciais agentes culturais entre pessoas LGBTQIAP+, negros, indígenas e afro-indígenas. Foi preciso entender as características e quais são as dificuldades para alcançar as capacitações. É preciso união, mesmo sendo um grupo diversificado e que cada um carregue as suas particularidades.  “Somos diversos no grupo, mas também temos características que nos aproximam e peculiaridades”.

Além da Thaise, estão à frente no comando das realizações os produtores Mauryani Oliveira e João Pedro Lopes. Eles trouxeram profissionais que são renomados na cena artística gaúcha, como Nina Fola, Saskia, Valéria Barcellos, Silvia Abreu, Rafa Rafuagi, Jaqueline Fernandes, Carol Anchieta, Dina Prates e Tiago Souza.

Serão programadas várias atividades todas com transmissão posterior pelo YouTube. A Aceleradora Lanceiros Negros é um projeto financiado pela Natura Musical, via Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Rio Grande do Sul. Acompanhe o andamento do projeto pela página do Facebook

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Rio-grandino Léo Handpan inova com instrumento musical incomum  

Por Paulo Marques   

Artista adotou para si o nome do artefato handpan, que é de origem europeia e tem referências indiana e caribenha

Léo Handpan homenageia com seu pseudônimo o seu instrumento musical favorito   Foto: Reprodução Facebook

Leonardo José Domingues Leopoldo é um músico rio-grandino que nunca se conformou com o mais do mesmo. Aficionado pela música e mais especificamente pela bateria, em 1995 começou os estudos para tocar o instrumento. Já no ano seguinte, juntamente com alguns colegas da escola, participou da sua banda inicial, a Marca Registrada. Esta foi apenas a primeira das muitas bandas que Léo fez parte na cidade de Rio Grande. Depois dela se sucederam outras tantas, como Proibida, Rajneesh, Duplo Vértice, Stay, Lollypop, Questão X e, por último, em 2012, a banda João Solteiro. Ao longo da sua trajetória, o músico realizou inúmeros shows na região e participou de concursos e festivais, sempre tocando bateria ou percussão.

Depois de mais de 15 anos vivenciando o mundo da música e das apresentações artísticas, resolveu dar um tempo. Não que tivesse enjoado ou cansado, mas sim motivado por necessidades pessoais, seja pelo trabalho, afinal não é um músico profissional, ou pela família, que passou a lhe demandar mais tempo. Porém, sempre antenado ao que de novo acontecia no cenário musical, começou a se interessar por um instrumento de percussão incomum e que lhe fazia sonhar em voltar a fazer aquilo que tanto gosta, tocar.

Léo passou então a aprofundar a pesquisa por um instrumento não muito comum por aqui, o handpan. Em 2017, descobriu no Brasil um fabricante e conseguiu adquirir o seu. A partir daí, a vontade em criar e fazer novas experimentações fazem parte da sua rotina, tanto que Leonardo Leopoldo se rebatizou como Léo Handpan. É como se estivessem nascidos juntos, o músico e o instrumento não se separam, são confidentes e companheiros nas mais diversas ocasiões.

Com a dificuldade de conciliar sua vida pessoal, profissional e musical, Léo desistiu, pelo menos por enquanto, de participar de uma nova formação de banda. É complicado, diz ele, juntar a galera para tocar, pois cada um tem seus compromissos. Desta forma, o handpan lhe permite investir em um projeto solo. Neste seu novo momento, primeiramente começou a fazer versões de músicas de sucesso utilizando o novo instrumento, tentando trazer a sua sonoridade para um público mais amplo, que se identifica mais facilmente com uma música conhecida. Um exemplo é a música “In the End” da banda estadunidense Linkin Park, o seu primeiro trabalho adaptado. O clipe da sua versão no handpan já possui mais de 25 mil visualizações na plataforma Youtube e ela foi utilizada para a produção de um trailer de um documentário chileno sobre a cultura do Peru. Esta bela curiosidade talvez seja motivada pela inegável sonoridade de um ambiente andino ao qual o handpan remete.

O trabalho autoral e a música “Cassinero”

Além de instrumentista de percussão, Léo também se aventurou na composição musical. A música “Cassinero” nasceu em meio a uma noite de sono, quando acordou com uma sonoridade na cabeça e uma parte da letra em mente, que rapidamente foi passada para o papel. Lançada no ano de 2019, a música valoriza a cidade de Rio Grande e, especialmente, o balneário Cassino, com sua orla de praia, os molhes da barra, as vagonetas, entre outras características locais. Léo é muito apegado às suas origens e conseguiu falar um pouco das suas vivências através desta composição, além de ser um gesto de reconhecimento e gratidão com a sua terra natal. Para ele, o Cassino é um lugar onde relaxa, encontra inspiração, diverte-se, e que está sempre aberto para a população desfrutar dos seus encantos.  

Sempre ligado ao estilo do rock, hoje Léo faz versões de músicas conhecidas para a sonoridade do handpan. O músico lamenta a falta de espaços locais para divulgar os trabalhos. Se já eram poucos antes da pandemia, a tendência é de que a situação se torne ainda pior em um futuro próximo. Por outro lado, as mídias associadas à internet possibilitam que a divulgação de um trabalho extrapole o perímetro local e possa ser conhecida em qualquer lugar do mundo.

O Handpan

               Artefato musical possui um formato que lembra uma nave espacial                     Foto: Reprodução Facebook

Este instrumento foi criado na Suíça por Felix Rohner e Sabina Schärer, sendo apresentado em 2001, após mais de dez anos de estudos em relação ao seu formato e aos seus sons. A inspiração se deu pela mistura de instrumentos de origem indiana com outro utilizado em Trinidad e Tobago. O handpan é tocado com as mãos e possui um formato que lembra uma nave espacial. De acordo com os seus criadores, o que mais fascina as pessoas é o efeito relaxante do seu som instrumental. Pode, inclusive, causar benefícios à saúde, tanto que é utilizado em sessões de meditação, relaxamento e yoga. O instrumento que Léo possui é de uma marca brasileira, fabricado em Minas Gerais pelo gaúcho formado em música pela UFPel, Giancarlo Borba.

Como projetos para o futuro, Léo Handpan tem o desafio de tentar popularizar um pouco mais o instrumento, fazendo com que ele não se restrinja apenas ao público que busca os benefícios relaxantes. Para isso, pretende seguir fazendo versões musicais através de covers e indo aos poucos introduzindo composições autorais no repertório para criar a sua própria identidade com o instrumento. Além disso, pretende elaborar uma forma de apresentação com o handpan, provavelmente com a participação de outros músicos e com elementos de música eletrônica, levando assim a sonoridade do instrumento a um público maior e mais abrangente.

Quem sabe, então, em algum evento musical próximo, você não se depare em meio ao palco de apresentação de uma banda com um instrumento em formato de disco voador que possui um som que irá lhe transportar mentalmente para um outro mundo.

O trabalho do músico rio-grandino pode ser acompanhado pelas suas mídias sociais como o Facebook, Instagram ou ainda pelo canal do Youtube.

Versão da  música “In the End” já tem mais de 25 mil visualizações no Youtube   Foto: Reprodução Facebook

 

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Que lindo, Leo Handpan merece esse reconhecimento!

Maria Lucia dos Santos Bezerra

Esse cara além de talentoso é um baita ser humano.
Sucesso eterno meu amigo…

Liane Guadalupe

Muito legal a matéria, eu não conhecia esse instrumento, pra quem curte arte foi uma excelente matéria. Parabéns ao jornalista e músico pela iniciativa.

Michele Vieira

Boa tarde amigo!

Onde comprou este lindo instrumento?

obrigado.

Daniel

Fala Leo blz adorei esse instrumento, não conhecia…achei o som incrível….tem o contato do fabricante? ..caso possa me indicar….o som do handpan e lindo demais….parece que toca nossa alma

Sucesso sempre Leo
Abraço

Marcos Moreira

Recém-lançada, série “Round 6” tem sucesso de audiência

Por William Engel     

Envolvendo jogos mortais, produção para o streaming é cercada de polêmicas

A personagem jogadora 067 é uma fugitiva da Coreia do Norte   Foto: Reprodução Netflix

No dia 17 de setembro, a Netflix, em parceria com a produtora Siren Pictures, lançou a série “Round 6”. De origem sul-coreana, vem ganhando milhares de fãs no mundo todo e chegou a ficar em primeiro lugar em mais de 75 países, desbancando inclusive fenômenos como a queridinha série inglesa “Sex Education”. Esse fenômeno tem explicação em seu roteiro, no qual 456 endividados participam de jogos sangrentos em busca de um prêmio milionário.

A série idealizada por Hwang Dong-hyuk, tem como enredo um grupo de encalacrados que recebe uma proposta de quitar suas dívidas participando de jogos, mas o que eles não esperam é que esses jogos são mortais. Os jogos infantis, em sua maioria com base na cultura sul-coreana, são a premissa da competição. Quem ganha passa de fase, quem perde leva um tiro. Esse modelo de competição sangrento e com muita adrenalina vem atraindo os espectadores.

A série, no entanto, não agradou todo mundo. Principalmente o senhor Kim da província de Seongju, na Coreia do Sul. Ele teve seu número de telefone divulgado no cartão entregue ao personagem principal na série. Informou que desde o dia 24 de setembro tem recebido mais de 4000 ligações e mensagens por dia. Apesar de estar sendo indenizado pela Netflix, lamenta ter de trocar de número, pois se trata de um telefone comercial.

Outro fator interessante na série é a semelhança com algumas produções como o filme “Jogos Vorazes” e a série brasileira “3%”, também do catálogo da Netflix. A produção do filme tem sido acusada de plágio por sua similaridade com um filme japonês de 2014 denominado “As The Gods Will”, que tem a mesma premissa de endividados competindo por dinheiro. Sobre a polêmica. o diretor Hwang Dong-hyuk afirma que apesar de algumas similaridades, seu projeto estava engavetado desde 2008.

Mais um problema vem sendo a audiência do público infantil, apesar de ser uma produção voltada para os adultos. Isso ocorre principalmente pelo fato de os desafios inicialmente serem brincadeiras para crianças. Também a divulgação da série por aplicativos e redes sociais tem sido uma preocupação para os pais.

                             Os atores Park Hae-soo e Lee Jung-jae participam da série                Foto: Divulgação/Netflix

A produtora de streaming Netflix vem dando bastante visibilidade a produções asiáticas, não é a primeira vez que traz  temáticas importantes da região como foi o caso da história da personagem 067 na série, que é uma fugitiva norte coreana. Essa realidade é algo muito comum na Coreia do Sul e a série traz à tona um dos problemas dessa evasão do norte e como isso afeta a vida das famílias, assim como a xenofobia realizada pelos sul-coreanos para com os nortenhos.

O sucesso foi tanto que a produção alcançou a extraordinária marca de 100% de aprovação da crítica no site americano Rotten Tomatoes, além da nota 8,3/10 no Site IMDB (Índice de Mídia e Datebase), e da nota 4,2/5 pelos usuários do site brasileiro Adorocinema. Outra série com a mesma temática é a japonesa com oito episódios “Alice in Borderland”, que também conta com um roteiro envolvendo mortes, competição e adrenalina.

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Rapper pelotense lança dois vídeos na internet

por Tatiane Meggiato    

O amor pela música levou projeto à aprovação em edital estadual

Lady Dee trouxe paixão pela arte de sua família

Ela foi influenciada pela música desde muito cedo. A percussão e o canto têm sido um legado dos seus pais. Atualmente, com 40 anos, Daiane Moraes, conhecida como Lady Dee, concilia a carreira musical com o trabalho na área dos serviços gerais, que exerce desde os catorze anos. Sobre a sua principal fonte de sustento, Daiane destaca: “Hoje minha renda continua como auxiliar de serviços gerais, ou melhor, faxineira, realmente nunca vivi da música, sempre foi por amor”.

A carreira musical de Lady Dee começou muito cedo como backing vocal (canto de apoio), no final de 1997, em um grupo chamado Mente Aberta, no seu bairro. Quando a proposta acabou, seguiu fazendo participações em outros grupos da cidade, além de projetos paralelos com bandas de pagode, reggae e carnavalescas. Com a aprovação no edital Fundação Marcopolo/ SEDAC RS, que disponibilizou recursos através da Lei Aldir Blanc, a cantora lançou recentemente dois clipes. “Só consegui gravar algo concreto através do edital que me proporcionou realização desse sonho hoje com 40 anos, sendo que estou há 24 anos no rap”, lembra.

Daiane Moraes participou de vários grupos antes de gravar clips

A rapper enfatiza também a dificuldade que várias vezes encontrou pelo fato de ser mulher e negra. Comenta que passou por diversas situações de preconceito e machismo por defender suas ideias. Por conta disso, até passou anos parada e na luta para conseguir alcançar seus objetivos, o que o projeto proporcionou atualmente. “O que eu queria eu consegui, levar leveza e verdade, fazer as pessoas cantarem sem medo de imposições e preconceitos, sem rótulos com letras feitas com alma e coração”.

A música de Lady Dee luta pela liberdade de expressão      Foto: Reprodução Youtube

Seus dois clipes foram lançados há menos de um mês com o apoio do edital e já somam milhares de visualizações.

O vídeo “Nossa trajetória” foi lançado no dia 20 de setembro.

“Cria do Gueto” no dia 28 de setembro.

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Batalha de rimas beneficente Extremo Sul MCs acontece até dia 10

Por Vitor Valente   

Valor arrecadado no evento será destinado à compra de caixas de leite

O projeto Rap Contra o Frio reúne há seis anos artistas da cena cultural de Rio Grande com o objetivo de auxiliar a população carente da cidade. Às vésperas do Dia das Crianças acontece a Batalha de Rimas Extremo Sul MCs. O evento começou no dia 3 e vai até 10 de outubro. São sugeridas doações de R$3,00 através do pix rapcontraofrio@gmail.com. Todo o valor arrecadado será destinado à compra de caixas de leite, que serão distribuídas no Dia das Crianças.

A batalha reúne artistas do Extremo Sul do estado (Rio Grande, São José do Norte, Pelotas, Canguçu, Bagé e Santa Vitória do Palmar) que disputam através dos stories do Instagram com vídeos de 30 segundos de versos livres. O público pode participar votando no freestyle preferido. Além disso, o evento conta com dois jurados que ajudam a definir os vencedores. Os oito temas das batalhas foram sugeridos pelo público. Os artistas selecionados são Daruma Og, Ad Snitram, RD, Gas, Creator, Phul, Miranda e Ipeey.

Chaveamento dos duelos já está definido          Foto: Reprodução/Instagram

André Dizéro, idealizador do Rap Contra o Frio, conta que se inspirou em um festival de grafite para a criação da batalha por stories. “Percebi uma oportunidade de trazer o modelo para a linguagem do rap e criar novas conexões entre os artistas e o público, fortalecendo ainda mais a corrente solidária”, diz André. “O projeto Extremo Sul tomou corpo e hoje faz parte da programação do RCOF”.

A primeira edição do evento foi realizada com beatmakers. “Por ser uma vontade antiga realizar uma batalha da modalidade e por perceber o crescimento do interesse da juventude que busca se inserir no meio musical”, explica Dizéro. “Foi da hora, tivemos muito engajamento e batemos a meta de arrecadações”. A organização fica sob responsabilidade do rapper, que comemora a parceria de longa data e transparente com os apoiadores. A premiação para o campeão inclui troféu Sesc, boné da Made in CDN, beat produzido pelo Tosze Beats, gravação, mix e master pela xLOUD Produtora e um ensaio fotográfico pela equipe da Diretoria de Arte e Cultura (DAC) da FURG.

André Dizéro é rapper, produtor cultural e empresário       Foto/Divulgação: Marcus Negri

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Todo Mundo Odeia o Cris

 

Por Matheus Müller      

Série lançada em 2005 aborda vida de comediante norte-americano

A sitcom americana “Everybody Hates Chris”, que leva no Brasil o título “Todo Mundo Odeia o Chris”, é uma série de comédia lançada no ano de 2005. A produção fez muito sucesso pelo fato de abordar temas e assuntos tão delicados quanto complexos, envolvendo a vida do comediante e ator Chris Rock, que dá nome à série.

As suas gravações foram finalizadas em 2009, com quatro temporadas ao todo. Foi um sucesso tanto nos Estados Unidos, quanto internacionalmente. Atualmente, está sendo exibida pela Rede Record.

A vida do  ator e comediante Chris Rock inspira série de TV    Fotos: Divulgação

A narrativa gira em torno do propósito de contar como foi a infância e a adolescência de Chris. Também envolve personagens ligados às bases de sua formação e de tamanha importância para o fluxo narrativo, como os membros da sua família e o seu melhor e único amigo da escola Greg (Vincent Martella).

Da esquerda para a direita, os principais personagens são a caçula da sua família Tonyia (Imani Hakim), o irmão Drew (Tequan Richmond), o melhor e único amigo branco de Chris, Greg (Vincent Martella), o personagem principal da série que aqui representa Chris Rock (Tyler James Williams), logo após temos a matriarca da família Rochelle (Tichina Arnold), e por fim o pai da família Julius (Terry Crews)

O show fez muito sucesso por aqui devido ao reconhecimento imediato por parte dos espectadores em relação a algumas situações fictícias que ocorrem ao decorrer da narrativa. São momentos cotidianos que compõem o dia a dia de Chris que se parecem muito com o que convivemos aqui pelo Brasil. Daí vem o apreço dos fãs pela série.

A direção teve o mérito de usar o humor na medida exata e nos melhores e mais pertinentes momentos, jamais parecendo algo forçado. É tudo literalmente dosado na proporção ideal para o entendimento dos fatos e para gerar apego aos personagens.

Fãs criaram vínculos com o cotidiano da família de Chris

Que o show de TV foi um sucesso geral todos já sabem, mas o porquê de ter um fim tão repentino não é algo tão conhecido assim. O último episódio da série, lançado no dia 8 de maio de 2009, deixa uma incógnita para o telespectador. A história trata de quando Chris recebe a notícia se passou ou não em sua prova do supletivo, mas, no fim, deixa a resposta em aberto e, desde então, não foram mais lançados novos episódios.

Acredita-se que Chris não teria passado no teste, e com isso havia deixado os estudos para ingressar na vida de comediante. Outro fator crucial para o término da série é que o comediante Chris Rock perdera o seu pai na vida real. Com isso, o tom da série ficaria meio pesado e sem sentido se continuasse a ser produzida.

A escolha de pôr fim à narrativa da série tão amada mundialmente veio pelo consenso por parte dos produtores e do comediante. Mas, mesmo com o fim de “Todo Mundo Odeia o Chris”, a produção segue sendo acompanhada e comentada por parte do povo brasileiro e, assim, mantém consigo os seus fãs de décadas.

O ator principal Tyler James Williams já pediu encarecidamente em diversas entrevistas para que seus fãs brasileiros parem de encher suas caixas de comentários, em suas redes sociais, com apelidos e brincadeiras. Não foi uma reclamação, mas sim um pedido verdadeiro, pois isso já chega a ser caótico comenta ele. Isso apenas demonstra nossa ligação com a série, suas piadas e com as afetuosas interações entre os integrantes da família principal.

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Os Saraivas e amigos gravam série de lives

Por Ronaldo Luis    

A nona apresentação on-line desta temporada da banda aconteceu dia 18 de setembro

                 Grupo contou com participações especiais em todas edições             Imagem: Reprodução

A banda Os Saraivas e amigos, liderada pelos músicos pelotenses Fábio e Felipe Saraiva, seguem apresentando suas lives durante este período de pandemia. Desde o início da série de shows on-line, já aconteceram nove edições. Com sua música, o grupo leva uma mensagem espirituosa de alegria aos seus fãs e famílias. No seu amplo repertório, um dos seus maiores sucessos é a música “Não Perca a Fé”, com uma mensagem especial para este momento.

Com apoio da Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, os músicos desenvolveram o projeto de apresentações que também contou com o patrocínio de várias empresas que valorizam as boas iniciativas, entre as quais o Frigorífico Castro, além do financiamento do Sistema Pró-Cultura RS LIC.

Já ocorreram lives com as participações especiais de Amâncio Jorge, Xavabanda e Mateus Almeida. A última apresentação on-line desta temporada foi realizada no dia 18 de setembro, nas dependências do Clube Brilhante em Pelotas.

Cada live exigiu planejamento com detalhes de produção e repertório

Ao falar sobre a construção da continuidade do projeto de shows on-line, o músicos Fábio e Felipe Saraiva comentaram sobre como está sendo este período da pandemia e as dificuldades encontradas. Com o avanço da vacinação, e com a previsão de um controle da pandemia, os músicos locais recomeçam, pouco a pouco, a retornar suas atividades culturais presenciais.

Arte no Sul – Fábio, quais foram os parceiros musicais que abrilhantaram as lives do grupo?

Fábio – Neste final de temporada, contamos com músicos fantásticos que valorizaram muito o nosso trabalho. Tivemos o Tonzinho Farias, na última o Elvis Jukebox, o músico Mapa e seu trombone mágico, o Márcio Jaguarão, também o Vinni Fernandes, entre outros membros da banda.  Esses foram os artistas que participaram das últimas quatro lives.

Arte no Sul – Conta para nós sobre as dificuldades que o grupo enfrentou para conseguir organizar as lives?

Fábio – O maior desafio que tivemos foi ensaiar um repertório novo para cada uma delas. Raramente a gente repetia as mesmas músicas, sempre com temas diferenciados do gênero musical. Tocamos músicas internacionais, pop, samba, MPB, sertanejo, samba raiz, românticas nacionais, sempre com muito carinho.

Arte no Sul – E as músicas âncoras do grupo, fizeram parte do repertório?

Fábio – Claro que sim, as autorais, “Não Perca a Fé”, “Aquele Olhar”, “Sente o Clima” e “Pilantragem”, a gente sempre repetia por ser de autoria da banda. Já as demais músicas, de outros compositores, a gente sempre procurava variar e renovar a programação musical.

Momento especial em agradecimento aos patrocinadores que acreditaram e possibilitaram a realização do projeto Os Saraivas e amigos

Momento especial em agradecimento aos patrocinadores que acreditaram e possibilitaram esta realização 

Arte no Sul – Felipe, qual o maior desafio encontrado?

Felipe – Então, o maior desafio que a gente teve foi o repertório musical, tanto para nós cantores como para a banda. Não é fácil encontrar as músicas certas no universo de talento musical disponível no mercado.

Arte no Sul – Quais são os planos da banda após o encerramento do projeto “Os Saraivas e amigos”?

Felipe – Os planos que já estão sendo programados e ainda não definidos é partir para os shows presenciais, mostrando a evolução do grupo e dando continuidade ao projeto de arrecadação de alimentos para entidades carentes em nossa região.

Os músicos comemoraram o resultado do projeto que deu continuidade ao seu trabalho musical   Fotos: Ronaldo Luis

 

No apagar das luzes ao final da nona e última live da temporada 2021, a equipe técnica emocionada, levou até os últimos minutos a melhor qualidade de imagem, transmissão, sonoridade com profissionalismo demonstrando profundo respeito pelo público que têm prestigiado os shows disponíveis no Youtube (veja os links a seguir).

No dia 18 de junho, na sua quinta live, apresentada no Theatro Guarany, os Saraivas responderam à pandemia mais uma vez com um trabalho sério e de muita qualidade, com a participação de Elvis Junkebox cantando clássicos do rock.

A sexta live ocorreu no dia 23 de julho, no Laranjal Praia Clube, com a participação do sambista Márcio Jaguarão e suas músicas autorais.

Na sétima apresentação, no dia 19 de agosto, o grupo contou com a participação especial do sambista Emerson Nunes.

Na oitava live, dia 5 de setembro, o convidado foi o músico Vinni Fernandes.

A nona e última live aconteceu no Clube Brilhante, dia 18 de setembro, com o convidado Mapa do Trombone e a participação especial de Elvis Jukebox.

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Além de ser fã de “Os Saraivas”, acredito que fizeram um bem, não só à minha família, mas a todas que aproveitaram o momento de estar em casa para curtir música de qualidade.
Ótima pauta!

Graça

Festquilombola celebra a contribuição negra

Por Jéssica Griep Timm     

Evento alusivo a cultura afro-brasileira é realizado em Canguçu

O município de Canguçu possui uma grande diversidade étnica cultural em sua formação. Até os dias de hoje, é possível observar uma forte presença de traços da imigração alemã, italiana, japonesa e africana em seu território. Por essa razão, ao longo dos anos, vêm sendo promovidos eventos para apresentar e valorizar essas culturas, como exemplo, o FestQuilombola.

O Festival da Cultura Quilombola é realizado desde 2014, instituído pela Secretaria Municipal de Educação e Esportes, em uma iniciativa da secretária de Educação da época, a historiadora e ativista do movimento negro, Ledeci Lessa Coutinho. Ela lembra que a ideia do festival surgiu perante a observação da falta de representação negra em eventos escolares no município.

“Não havia um movimento cultural educacional referente à questão da cultura negra em Canguçu. Ocorria o Festival da Cultura Alemã e Pomerana, também a Ciena, que fazia referência à questão do nativismo e havia até abordagens da cultura japonesa, mas nada que fizesse referência à presença e à contribuição dos negros na história e desenvolvimento de Canguçu. E, daí, surgiu a ideia do Festival da Cultura Quilombola, o FestQuilombola”.

O objetivo, conforme Ledeci, é prestar reconhecimento e dar visibilidade à história do povo negro.

“Quando tem um evento da cultura pomerana, por exemplo, as crianças que têm essa origem podem se enxergar na cultura, na indumentária, nos pratos típicos, nas suas danças. E as crianças negras, até então, não tinham esse momento de se reencontrarem com as tradições de seu povo. O FestQuilombola chega para preencher essa lacuna”, declara.

     Discurso de Ledeci Coutinho na segunda edição do FestQuilombola              Foto: Carina Reis

Em sua primeira edição, em 2014, o evento proporcionou às escolas municipais o conhecimento da cultura afrodescendente, através de oficinas de contação de histórias, danças e capoeira. Dimensionou a importância da contribuição do povo negro para a história canguçuense, riograndense e brasileira. Já no ano seguinte, foi realizada a 1ª Mostra Municipal do FestQuilombola, aberta ao público e com apresentações musicais, artísticas e artesanais da cultura negra.

Com grande participação da população, o festival vem mantendo a sua realização de forma anual, na seguinte dinâmica: em um ano de forma interna nas escolas e entidades quilombolas e no outro a realização da Mostra no Ginásio Municipal de Esportes. 

A primeira edição do FestQuilombola  foi um marco para Canguçu           Foto: Carina Reis

As comunidades quilombolas também participam ativamente na formação e preparação das atividades realizadas nas escolas, como protagonistas na construção do conhecimento, momento em que o município cumpre a implementação da lei 10.639/2003, que determina a obrigatoriedade da implementação da história e cultura afro-brasileira em seu currículo escolar.

Para Maica Soares, coordenadora do Núcleo de Etnias, Mulheres, Juventude e Melhor Idade da Prefeitura de Canguçu e integrante de comunidade quilombola, a realização do festival é observada como uma grande conquista.

“Eu falo como quilombola, este evento é um marco histórico nas comunidades de Canguçu. É um evento fundamental para nós mostrarmos as mais variadas formas de contribuição do negro para o Brasil. É uma data para refletir, valorizar e resgatar nossa cultura, que é omitida pela história”.

Além do festival, o município também realiza a Festa da Consciência Negra, na qual acontece em diferentes comunidades, que, atualmente, já somam 16 certificadas pela Fundação Cultural Palmares e espalhadas pelos cinco distritos do município.

As escolas têm participado com apresentações de dança no Festival                     Foto: Carina Reis

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