Visando o acompanhamento e o auxílio aos ingressantes, o grupo PET realizou novamente neste ano o Projeto de Acompanhamento de Ingressantes (PAI).

Este projeto tem como intenções acompanhar a chegada de novos alunos no curso de Engenharia Agrícola, auxiliá-los em suas dúvidas e dificuldades que encontram no novo ambiente, buscar mudanças e melhorias para o curso e após isso levar elas junto a coordenadoria do curso. O PET manteve contato com os alunos durante todo este semestre, que foi de muitas esperanças e energias positivas graças a volta das atividades presenciais.

As respostas foram obtidas através de questionários aplicados aos alunos durante as aulas de introdução a Engenharia Agrícola, e  foram obtidas respostas relacionadas às dificuldades nas disciplinas, expectativas com o curso, pretensão de continuar no curso e um pouco das características gerais dos alunos.  O primeiro obteve 31 respostas, enquanto o segundo e terceiro obtiveram menos de 20. Isso mostra que o curso e o grupo PET devem estar mais atentos às atividades iniciais do curso, para verificar o que causa essas desistências.

O grupo PET realizou além dos questionários, auxiliando Diretório Acadêmico do Curso de Engenharia Agrícola (DACEA), a organização da XXXIX Semana Acadêmica, tornado assim mais uma forma de envolver e motivar os ingressantes com o curso, e com as atividades fora do currículo, mostrando assim o alvo da profissão. Por volta de 15 ingressantes participaram do evento.

O projeto PAE é uma iniciativa do PET para manter contato com os profissionais que saem graduados em Engenharia Agrícola na UFPel. Tal projeto tem grande relevância para o curso de engenharia agrícola, pois tende  aproximar os alunos formandos do curso com a universidade novamente, sendo possível que se realize parcerias entre os mesmos, através de cursos, palestras, pesquisas e estágios nas áreas do curso. Também, com tais informações é possível identificar quais áreas tiveram mais destaques dentre os formandos, vendo se o que a universidade oferece é o que o mercado de trabalho está a procura dos profissionais formandos do curso. 

O projeto teve início no ano de 2020, onde buscou informações superficiais dos egressos do curso de engenharia agrícola, e em determinado momento foi focado na procura dos egressos que fizeram para do Programa de Educação Tutorial (PET), para ver a influência que o PET exerceu em suas carreiras depois de formados. Já no ano de 2022 o grupo buscou procurar informações de todos os egressos do curso de engenharia agrícola da Universidade Federal de Pelotas. Inicialmente se focou em buscar informações de contato dos egressos como, e-mail, número de telefone e redes sociais, após esta procura encontramos alguma informação de contato de 507 egressos de um total de 681 egressos que se formaram até o ano de 2022. Com tais informações, foi desenvolvido um formulário virtual, com perguntas sobre a carreira acadêmica e profissional do egresso, para que fosse enviado aos egressos, para obtermos informações relevantes sobre os formados no curso de engenharia agrícola. Obtendo até o momento um total de 153 respostas dos egressos em nosso formulário. As respostas dos egressos foram analisadas e colocadas em gráficos para se ter uma visualização mais simplificada.

No gráfico 1, podemos analisar que a grande maioria cursou o mestrado e doutorado ou alguma especialização após a conclusão do curso, e a minoria dos egressos apenas concluiu a graduação. Desde modo que 25,2% cursaram doutorado e apenas 21,1% não continuaram na área acadêmica. Além disso, a pós-graduação que apresentou o menor número de egressos foi sobre o mestrado profissional, assim demonstrando que os egressos do curso optam por realizar alguma especialização ou pós-graduação na área acadêmica .

No ano de 2022 o PET realizou Três ações envolvendo as cidades de Pelotas, Camaquã, Canguçu, Chuvisca, São Lourenço, Rio Grande e Turuçu  que tem o intuito de minimizar as necessidades encontradas pelas famílias, assim como estimular a empatia com o próximo promovendo a cidadania.

Nossa primeira ação foi intitulada “CAMPANHA DO AGASALHO”, onde o PET realizou as arrecadações nas cidades de Canguçu, Camaquã, Pelotas, Turuçu, São Lourenço, Rio grande e Chuvisca sendo arrecadados casacos, moletons, jaquetas, calças, bermudas, camisetas, blusas, sapatos, meias, gorros e luvas para adultos e crianças.

Desta forma, as arrecadações em Pelotas, foram destinadas a Aapecan que recebeu 522 peças de roupas infantis e adulta masculinas e femininas, a Casa do Carinho que recebeu 350 peças de roupas infantis e adultas masculinas e femininas; em Turuçu foi destinado 4000 peças de roupas de arrecadação da cidade ao CRAS que o PET fez parceria para realizar a arrecadação e posteriormente doação as famílias carentes, em Chuvisca foram destinadas 2000 peças junto com calçados e acessórios a secretaria municipal de Assistência social, na cidade de Canguçu foram doadas 294 peças de roupas masculinas, femininas e infantis nas imagens abaixo é possível ver os pontos de arrecadação e os locais que foram doadas as roupas.

O projeto foi desenvolvido ao longo dos últimos 3 anos pelo grupo PET-EA, tendo no mês de dezembro de 2022, como um dos seus resultados a publicação do trabalho de conclusão de curso do petiano Wagner Schmiescki dos Santos. O TCC teve como título: “Avaliação da qualidade de grãos de milho expostos a diferentes doses de Ozônio”, sendo orientado pelo tutor do PET-EA, Maurizio SIlveira Quadro, tendo na banca o professor Ricardo Scherer Pohndorf e a mestranda Karine Pinto.

Além dos grãos de milho utilizados nas análises do TCC, foram ozonizados também sementes, obtendo-se dados para a publicação futura de artigos. Com relação aos grãos, viu-se que doses de 1400 a 2100 mg de O3 aumentaram os teores de proteína e óleos e diminuiu a acidez do óleo, além de realizar o controle de pragas e insetos de forma benéfica. 

Mais estudos são necessários e estão sendo desenvolvidos para a melhor utilização do ozônio para a manutenção da qualidade de grãos e sementes. Mas destaca-se que pelos resultados obtidos até o momento, tem-se um bom potencial para seu uso com esta finalidade.

A agricultura é uma atividade econômica responsável pela produção de alimentos que ao longo da história da humanidade ocupou terras férteis, desenvolveu técnicas e procedimentos que tornaram o solo mais produtivo, sempre almejando uma maior produtividade. Com o fortalecimento das cidades e da indústria, a agricultura tornou-se um setor de inovações técnicas e estabeleceu-se uma interdependência entre estes setores.

Nas últimas cinco décadas, o Brasil deixou de ser importador de alimentos para se tornar um dos maiores produtores e exportadores mundiais, sendo responsável por alimentar aproximadamente 1,5 bilhões de pessoas ao redor do mundo. Este número tende a aumentar, visto que estamos passando por um crescimento populacional, num nível nunca visto antes, projeções apontam que a demanda global por água aumente em 50% e a necessidade de expansão da produção de alimentos em 35%, até 2030 (EMBRAPA ,2012).

Tendo em vista este crescimento, a agricultura familiar cada vez possui maior importância à segurança alimentar global. Segundo a Organização Nações Unidas (ONU) 2014, às propriedades agrícolas geridas por famílias detêm cerca de 80% da produção de alimentos e 75% dos recursos agrícolas do mundo.

No Brasil não é diferente a agricultura familiar gera grande parte dos empregos no campo e também é responsável por mais de 70% dos alimentos consumidos nos lares brasileiros (IBGE, CENSO AGROPECUÁRIO 2017). A agricultura familiar desempenha papel crucial na economia de um grande número de municípios, como é o caso de Canguçu-RS, tornando-se desse modo, indispensável para o desenvolvimento do Brasil.

As dificuldades enfrentadas por esses produtores são inúmeras, como a falta de capacitação, mão de obra especializada, crédito para a compra de insumos e maquinários, falta de tecnologia e moradias precárias. Portanto, ao longo do ano de 2022, o grupo desenvolveu a revisão bibliográfica sobre a agricultura familiar, visto que era necessária para os alunos adquirirem o conhecimento necessário sobre o assunto e se encontrarem bem-preparados para a realização do projeto, além de seguir um embasamento científico para as etapas seguintes. Deste modo, a próxima etapa a ser realizada será a aplicação do formulário.

O saneamento básico no Brasil é definido como o conjunto de serviços de infraestruturas e instalações operacionais responsáveis pelo abastecimento de água potável; esgotamento sanitário; limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; e a drenagem e o manejo de águas pluviais em áreas urbanas. Infelizmente, a falta de estrutura ou a fragilidade da mesma em relação a serviços de água e saneamento podem causar ou induzir um estado de calamidade em relação ao aumento exponencial de doenças. Uma alternativa encontrada pelos municípios para reverter esta situação, foi a elaboração de uma Política Municipal de Saneamento Ambiental, a qual considera os princípios de universalidade, equidade, integralidade e controle social (BRASIL, 2005).

Entretanto, ainda persistem problemas vinculados à execução do plano, associados à falta de percepção técnica sobre os conceitos de saneamento e a indisponibilidade de informações importantes para sua aplicação, de forma a garantir um planejamento adequado das ações de saneamento necessárias a nível local. Dessa forma, uma alternativa para solucionar essa problemática é a capacitação dos agentes públicos municipais para que estes Planos de Saneamento possam ser desenvolvidos e implantados de forma que se adequem com a realidade de cada município, bem como sanar as dúvidas e questões técnicas para promover a execução e o desenvolvimento destas ações.

Com isso, o grupo PET-EA organizou uma oficina de capacitação para as prefeituras da região sul do estado, de forma a ampliar o acesso às informações coletadas e técnicas sobre os conceitos de saneamento. A oficina contemplou o assunto sobre o Plano de Saneamento Básico, e foi divida em duas partes: a primeira foi realizada no turno da manhã, com a participação de Anelise Huffner, do Ministério Público do RS, que tratou sobre as legalidades do Plano de Saneamento de Municípios; e a segunda parte foi sobre as Práticas de Adequação do Plano de Saneamento, em que Natali Santos, Auditora Ambiental, seguida de Luís Bohlke Neto, da empresa Serra Geral realizaram apresentações sobre o assunto. No total, contemplamos 20 municípios que estiveram presentes, de forma online, durante a oficina, sendo eles: Arroio do Padre, Capão do Leão, Itacoatiara – AM, Lubango, Nova Hartz, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, São José do Norte, Araricá, Arroio Grande, Bagé, Charqueadas, Fortaleza, Morro Redondo, Mariana Pimentel, Pelotas, Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, São Francisco de Paula, São Leopoldo. Atualmente, a oficina está disponibilizada no canal do Youtube do PET-EA e conta com 156 visualizações. 

A segunda oficina será realizada no dia 22 de novembro, e será sobre o assunto de “Saneamento Básico: Água e Esgoto.” Através dos dados obtidos, realizou-se também uma participação na 8ª SIIEPE, com a apresentação de trabalho intitulado: Capacitação de Técnicos Municipais da região Sul do Estado do Rio Grande do Sul para a Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico.

Abaixo, tem-se o link de acesso a oficina no nosso canal do Youtube e a apresentação do petiano Talisson com o trabalho que foi realizado a partir dos dados do projeto.

Link: https://www.youtube.com/watch?v=0BR6gXqf_UQ

Durante o ano de 2022, o grupo PET – Engenharia Agrícola desenvolveu o projeto petEAjuda, este projeto tem como principal objetivo aumentar os percentuais de aprovação em disciplinas do ciclo básico, pela disseminação de conteúdos didáticos e institucionais, proporcionando aos alunos um método de auxílio na aprendizagem.

Através da aplicação de questionários aos ingressantes do curso, foi possível identificar um alto índice de dificuldade com as disciplinas do núcleo básico, o que torna a experiência de discente algo problemático e que acaba contribui para o alto índice de evasão.

Desta maneira, o grupo criou um canal na plataforma Youtube, onde o material é depositado de forma online, se tornando de fato mais atrativo aos alunos do que os demais canais de auxilio, pois conta com exercícios resolvidos da própria lista do professor. Desta maneira, o aluno pode procurar ajuda a hora que preferir e revisar os conteúdos.

No ano de 2022 o canal obteve mais de 7400 visualizações em mais de 220 videoaulas. Além destas videoaulas, o grupo ainda conta com uma leva de vídeos que ainda estão sendo editados e melhorados pela equipe responsável para que futuramente sejam também disponibilizados aos nossos inscritos do canal.   

O PET – Engenharia Agrícola sempre se preocupou com o desempenho dos alunos do curso, e, portanto, oferece o máximo de apoio possível. Através do formato online encontrou uma maneira de facilitar os estudos destes alunos que apresenta dificuldades, podendo, dessa forma, interferir diretamente no grau de absorção de conteúdo e na aprovação desses acadêmicos.

A produção agrícola, a geração de energia e a sustentabilidade do meio ambiente estão entrelaçadas de modo que uma depende da outra para uma existência eficiente e maiores benefícios para aqueles que as promovem e consomem. Sem uma geração de energia constante e de alto grau, não há produção de qualquer espécie ou qualquer rentabilidade. Da mesma forma, sem uma produção de energia ecologicamente planejada, pode causar o declínio do ambiente em que se situa, trazendo malefícios e desvantagens para todos ao redor. Por fim, sem sustentabilidade na produção agrícola, haverá a falta de recursos, uma produção minguada e sem incentivos para continuá-la. É imprescindível que esse ciclo mútuo seja preservado e expandido, para que não haja desequilíbrio e consequências irreparáveis.

Desde o início da produção agrícola, estudos são feitos para que seja melhorada e haja meios de aprimorar os recursos utilizados, além de se tornar cada vez mais rentável e diversificada. Como supracitado, a produção de energia e sua utilização são fundamentais para uma agropecuária sustentável e eficiente.

Atualmente, a diversificação da matriz energética é a chave para uma mudança nos paradigmas de produção, visto que com maiores opções de produção haverá economia e conservação de diversos recursos, que mesmo utilizados para a geração de energia, podem ser revertidos para outras frentes. Desse modo, se vê a geração de energia hidrocinética como uma ferramenta muito bem-vinda na produção agrícola e no auxílio à matriz energética atual.

Com isso, o grupo PET-EA realizou um projeto de pesquisa onde o objetivo principal foi avaliar o potencial de geração da energia elétrica a partir do uso de energia hidrocinética dos canais de irrigação da Associação dos Usuários do Perímetro de Irrigação do Arroio Duro (AUD), localizada no município de Camaquã/RS.

A coleta de dados ocorreu no dia 17/11/2022, período em que uma das três bombas utilizadas para irrigação estava desativada, feito isso, foram realizados cálculos e analisados todos os resultados, onde foi possível concluir que, a geração de energia hidrocinética num dos canais de irrigação do Arroio Duro se mostrou inviável no momento. A velocidade média da correnteza com apenas duas bombas de irrigação em pleno funcionamento não atingiu valores satisfatórios, resultando em potenciais baixíssimos e incompatibilidade com qualquer tipo de equipamento voltado à geração de energia hidrocinética.

Figura 1: Petiano Guilherme realizando a coleta de dados.

Também foi possível concluir que a terceira bomba de irrigação não estar ativa é a principal razão por ter afetado os valores encontrados. Essa terceira bomba desativada, afetou diretamente a vazão da água e, consequentemente, a velocidade do fluxo. É possível que, quando as três bombas estejam em pleno funcionamento, haja melhores condições para estipular que tipo de equipamento de geração seria mais adequado.

Este projeto serve para afirmar que o canal de irrigação da AUD possui potencial de geração de energia hidrocinética. Não no momento nem com a tecnologia disponível, no entanto abre espaço para duas propostas: a de transformação do canal e a de desenvolvimento tecnológico. Para extrair o máximo de energia que o canal oferece, é preciso ligar esses dois pontos de forma que um possa ser mútuo ao outro. Uma reforma do canal de irrigação nada será de útil a não ser que uma tecnologia qualquer possa atender às suas características. Da mesma forma, uma tecnologia nova não servirá se não levar em conta o que o canal – e demais canais – de irrigação possui como fatores demandantes. Maiores estudos são necessários nos canais de irrigação da AUD e pode ser expandido, em especial ao Rio Camaquã, que possui um volume de água extremamente maior e permanente.

O grupo PET-EA tem o prazer de comunicar o resultado do seu processo seletivo. Realizada a avaliação dos candidatos pela Comissão de Seleção, em conformidade com o edital, a classificação deu-se pela média ponderada dos itens avaliados. Os candidatos que obtiveram média superior ou igual a 7,00 estão aprovados.

O grupo PET Engenharia Agrícola UFPel torna público a abertura do processo seletivo para novos petianos!

O processo seletivo seguirá o seguinte cronograma:

03/11/2022 – Lançamento do Edital.

04/11/2022 – Abertura das inscrições.

15/11/2022 às 23h59min – Encerramento das inscrições.

16/11/2022 – Homologação das inscrições.

17/11/2022 às 8h30min – Redação e dinâmica em grupo.

18/11/2022 às 8h30min – Dinâmica individual e Entrevista.

19/11/2022 – Divulgação do resultado.

Edital Processo Seletivo 2022