Projeto Perdas na Colheita Mecanizada

Perdas na Colheita Mecanizada de grãos no Rio Grande do Sul

  O projeto de análise de perdas na colheita desenvolvido pelo PET-EA examina as perdas ocorridas durante o processo de colheita mecanizada de grãos no Rio Grande do Sul. Isso abrange a mensuração das perdas associadas ao sistema de corte, sistema de trilha e perdas totais. Além disso, busca identificar as variáveis ​​que mais impactam as perdas, elaborando planos de trabalho específicos para reduzi-las. 

  Inicialmente, os membros do projeto conduziram pesquisas bibliográficas sobre as metodologias empregadas. Identificando duas abordagens distintas, procedeu-se a análises comparativas para determinar quais delas são mais práticas e não prejudiciais ao processo de colheita para os produtores. Além da comparação entre as metodologias, também foram realizadas análises em relação às variações de velocidade. 

  As análises durante o processo de colheita mecanizada ocorreram nos municípios de Arroio Grande e Chuvisca, ambas no estado do Rio Grande do Sul. Foi realizado o levantamento das perdas em três lavouras distintas, sendo duas na cultura da soja e uma na cultura do arroz. 

  No dia 5 de abril de 2023, ocorreu a visita a uma propriedade rural no município de Arroio Grande onde foi realizado a determinação das perdas durante o processo de colheita do arroz. Nessa fase inicial, foram comprovadas apenas as perdas, sem considerar outros parâmetros, como a metodologia empregada e as variações de velocidade. Foi constatada uma perda de 17 sacas por hectare, deste modo sendo informado ao produtor para realizar as devidas regulagens no sistema de trilha e na plataforma de corte.  

  No dia 27 de abril de 2023 ocorreu a determinação das perdas na colheita mecanizada da cultura da soja, também no município de Arroio Grande. Nesta ocasião, compararam-se duas metodologias: uma fundamentada na determinação por meio de armações e outra na demarcação de uma área de dois metros quadrados. Observe-se que a abordagem utilizando armações proporcionou resultados superiores. Além disso, ao analisar a variação de velocidades, proporciona-se que o aumento da velocidade de colheita de 3,8 km/h para 4,2 km/h resultou em uma diminuição das perdas, tornando o processo mais eficiente.

  No dia 30 de abril de 2023, foi realizada a análise das perdas na cultura da soja no município de Chuvisca. Durante esse processo, foi possível identificar a magnitude das perdas que ocorreram, fornecendo orientações ao produtor para fazer ajustes necessários no sistema de trilha e na plataforma de corte. Além da análise das perdas, procedeu-se à comparação de metodologias, reafirmando que a abordagem das armações apresentou resultados superiores. Esta abordagem permitiu identificar as perdas específicas em cada sistema, sem interromper o processo de colheita. 

Imagem 1: (Integrante do PET-EA juntamente com o professor Carlos Tillmann realizando a determinação das perdas no arroz).

Imagem 2: (Determinação das perdas na colheita da Soja)

Imagem 3: (Integrantes do PET-EA que realizaram a determinação das perdas na cultura da soja)

  Após a coleta de todos os grãos que foram perdidos durante o processo de colheita, os mesmos foram encaminhados para o laboratório de pós-colheita do Centro de Engenharias da Universidade Federal de Pelotas. Onde as amostras permaneceram por 24 horas em uma estufa a 105°C, para assim determinar corretamente a umidade presente e a perda real que os produtores obtiveram.