Comissão Especial que analisa a veracidade do componente étnico-racial dos candidatos que se autodeclaram negros nos processos seletivos ou em concursos públicos para provimentos de cargos na Universidade Federal de Pelotas, em conjunto com a Coordenação de Inclusão e Diversidade promoveu na última sexta-feira, dia 18 de maio, oficina denominada “Promoção da Igualdade Racial e Enfrentamento ao Racismo, em um contexto étnico-racial e inclusivo”. O evento, que foi realizado no Auditório II do Centro de Artes, contou com a participação 66 (sessenta e seis), dos 90 (noventa) inscritos. Na ocasião estiveram presentes representações de segmentos variados, tais como: Movimentos Sociais Negros; Instituições locais e regionais, como IFSul, FURG, UNIPAMPA, Prefeitura; Representações de Comunidades Indígenas e Quilombolas, os quais enalteceram a iniciativa com suas falas aguerridas.
Na oportunidade realizou-se uma reflexão acerca dos importantes temas trazidos pelos palestrantes, informando ao público sobre o histórico da discussão racial no Brasil, a necessidade das ações afirmativas – AA, com enfoque especial na Universidade, e o papel desempenhado pelas comissões de heteroidentificação, responsáveis pela verificação complementar da autodeclaração étnico-racial prestada pelos candidatos a alunos e servidores que pretendem ocupar vagas destinadas ao acesso afirmativo na UFPEL.
Segundo destacaram as técnicas-administrativas responsáveis pela organização, Adriana Gomes e Mara Beatriz Gomes, inicialmente a oficina foi pensada, em caráter de urgência, para atender à formalidade de capacitação dos membros das comissões de heteroidentificação trazida pela Portaria Normativa MPOG 04/2018, bem como para renovar e ampliar seus quadros, de modo que todos os responsáveis estejam compromissados e coesos em garantir o acesso efetivamente aos sujeitos dessa política. Porém, diante da relevância e diversidade do eixo temático relativo às AA’s, e especialmente pela demanda do público que se fez presente, a discussão continuará no decorrer do ano, através de novos encontros, dentro da estrutura de um projeto de extensão que visa fortalecer no ambiente universitário a cultura, identidade e a autoestima desses grupos étnico-raciais que ainda são discriminados nos espaços institucionais.
(Fonte: Mara Beatriz Gomes)
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