UFPel recebe atividades da 1ª Conferência Livre Nacional de Cuidados Paliativos
A Unidade Cuidativa da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), ligada à Faculdade de Medicina (Famed), irá receber atividades da 1ª Conferência Livre Nacional de Cuidados Paliativos. O evento ocorrerá no dia 19, das 13h às 18h, na sede da Cuidativa (Av. Duque de Caxias, 104 – prédio da antiga Laneira). As atividades serão presenciais e on-line. As inscrições podem ser feitas por formulário eletrônico.
Cuidados paliativos são cuidados ativos direcionados ao alívio do sofrimento relacionado à doença ou condição de saúde grave, oferecidos a pessoas de todas as idades e a seus familiares e cuidadores.
O evento, organizado pela Frente PaliATIVISTAS – Cuidados Paliativos pelo Brasil, origina-se do movimento para participação social de paliativistas de todo o país – usuários, trabalhadores da saúde, gestores e prestadores de serviço ao SUS – na defesa, junto à 17ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), da Política Nacional de Cuidados Paliativos. A proposta é assegurar garantia de financiamento a essa política pública, que seja integrada às Redes de Atenção à Saúde e como componente de cuidado na Atenção Primária à Saúde, através da Estratégia de Saúde da Família. A organização do evento busca apoio em defesa do acesso aos cuidados paliativos como um direito humano e dos princípios inarredáveis de valorização a vida e da dignidade humana.
A conferência tem como tema “Cuidados Paliativos: um direito humano – políticas públicas JÁ” e terá ações em diversas localidades do Brasil. As atividades têm a intenção de aprofundar o debate sobre a implementação da Política, e, assim, contribuir com a construção de caminhos para melhoria da qualidade de vida e de morte no Brasil.
Por meio dessa discussão, o encontro também propõe-se a dar visibilidade à urgência em oferecer cuidados paliativos às pessoas em sofrimento agora, por meio da ampla divulgação dos alarmantes índices de sofrimento relacionado à doença grave, e baixa e desigual qualidade de morte no país.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que apenas 14% daqueles que necessitam de Cuidados Paliativos no mundo conseguem recebê-los – mais de 56,8 milhões de pessoas todos os anos – com pior acesso nos países de baixa e média renda. Estima-se que, até 2060, a necessidade de Cuidados Paliativos para aqueles na fase final da vida dobrará e 48 milhões de pessoas morrerão com sofrimento grave relacionado à saúde.
Atualmente, cerca de 70% das mortes no Brasil são causadas por doenças crônicas e em grande sofrimento, sem assistência qualificada. Apenas 7,3% dos brasileiros que necessitam têm acesso aos Cuidados Paliativos. “Nosso país possui um dos piores indicadores de qualidade de morte do mundo”, alertam os organizadores. Calcula-se que 1% a 2% da população atendida na atenção primária esteja próxima ao último ano de sua vida, taxa que sobe para 30% entre as pessoas hospitalizadas. O número é alarmante: de 2 a 4 milhões de pessoas precisam de Cuidados Paliativos agora no Brasil, porém, os serviços especializados estão isolados e concentrados nas regiões mais desenvolvidas, impossibilitando atingir as necessidades e mínima dignidade às pessoas nessa situação de alta vulnerabilidade.
Programação
– Abertura
– Vídeo da Frente PaliATIVISTAS
– Mesa de abertura com representantes do Ministério da Saúde (Lúcia Souto), Conselho Nacional da Saúde (Priscila Viegas) e executiva da Frente PaliATIVISTAS (Julieta Carriconde Fripp)
– Palestra com Luiz Augusto Facchini – Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco)
– Apresentação dos Polos PaliATIVISTAS
– Grupos de Trabalho e Propostas nos Polos
– Eleição de delegados
– Encerramento