Reta final para regularização dos trailers em Pelotas

Por Laércio Diniz 

Com um novo plano de ocupação recebido com desconfiança, os comerciantes têm apenas até o dia 17 de março para se regularizarem.

Imagem: reprodução

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A situação dos trailers em Pelotas ainda está longe de agradar a todos. Com a pressão do Ministério Público, protestos por parte dos proprietários dos estabelecimentos e uma opinião pública dividida, a Prefeitura Municipal apresentou, no último dia 31, o novo plano de ocupação do espaço urbano. A principal mudança no novo plano está na desistência, em uma primeira instância, do executivo abrir um processo de licitação para a adequação dos trailers e espaços utilizados.

 Essa mudança, no entanto, não diminuiu nem um pouco o sentimento de insegurança de quem tira dessa atividade a sua fonte de sustento, já que eles ainda têm apenas até o dia 17 de março para regularizar a situação, e não possuem sequer a garantia de que vão poder continuar em seus locais de trabalho. Na Avenida Bento Gonçalves, por exemplo, serão disponibilizados apenas 10 pontos fixos, sendo que existem cerca de 46 trailers operando ao longo da avenida, segundo um levantamento feito pela própria Prefeitura.

 Entre a população, mesmo que exista relativa força nos dois posicionamentos, seja a favor ou contra a retirada de alguns trailers, pelos mais variados motivos, as opiniões acabam convergindo quando se fala em uma necessidade maior de fiscalização.  “Já é uma espécie de ponto turístico, todo mundo vai nos trailers”, diz a estudante de moda da UCPel, Priscilla Cardoso. “Iria ficar melhor se padronizassem porque, ao mesmo tempo em que existem lancherias muito bem cuidadas, existem outras caindo aos pedaços”, acrescenta a estudante.

 “Se permanecer da forma que está, com trailers caindo aos pedaços como existem vários na Avenida Bento, estes precisam sair de circulação, porque, além de atrapalharem o direito de ir e vir com seus espaços expandindo cada vez mais, causam um grande desconforto visual, justamente pela falta de investimento em seus espaços”, argumenta a estudante de Publicidade e Propaganda, também da Universidade Católica de Pelotas, Adriana Rabassa, que completou dizendo que a principal culpa disso tudo é da Prefeitura Municipal, que foi, segundo ela: “empurrando com a barriga, enquanto foi possível, esta questão”.

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