Brasil perde a terceira partida consecutiva e se complica na Série B

Zimmermann ainda não venceu desde que retornou ao Xavante. Imagem: Jonathan da Silva/GEB

Por Luís Artur Janes Silva

No último sábado (11), o Brasil voltou a campo para mais um compromisso válido pela Série B do Campeonato Brasileiro. O rubro-negro enfrentou o CRB de Alagoas, pela terceira rodada do turno inicial do certame. Ambas as equipes chegaram sem pontos conquistados ao confronto e necessitavam da vitória. O Brasil teve outra atuação insuficiente e foi derrotado pelos alagoanos, que venceram a partida por 2 a 0. Este foi o terceiro revés do Xavante na competição, que vive o seu pior começo de Série B, desde o ano de 2016.

 

O JOGO

O primeiro tempo de Brasil e CRB foi jogado num ritmo lento, que mostrou a pouca disposição dos times em ceder espaços ao adversário. O Xavante iniciou com mais posse de bola, mas foi incapaz de transpor o sistema defensivo do time alagoano. Pouco criativo no meio campo, o rubro-negro tentou chegar à meta do CRB utilizando-se da bola aérea, principalmente nas cobranças de falta, ou chutando de média distância.

Com esta falta de inspiração ofensiva, o Xavante teve apenas uma chance de gol, que aconteceu aos 17 minutos de jogo, quando Juba deixou Bruno Paulo, que mais uma vez atuou como homem de referência (que não é o seu forte), com chances de chutar a pelota, que passou perto do travessão defendido pelo goleiro Edson.

O jogo morno, ganhou alguma emoção aos 28 minutos da etapa inicial, quando o CRB resolveu sair de trás, usando sua única jogada, que era lançar a bola para o veloz Willie, que enfrentava de forma solitária a defensiva Xavante. Esta tática surtiu efeito no momento em que o atacante do time alagoano chegou à linha de fundo e passou para Igor, que de frente para o gol concluiu colocado, mas o goleiro Carlos Eduardo mandou para escanteio.

Foi através da série de escanteios originados por esta jogada, que aconteceu o lance que permitiu a abertura do placar pelo CRB. Após confusão na área, a indecisa arbitragem marcou pênalti contra o rubro-negro. Felipe Ferreira, o camisa 10 da equipe alagoana, bateu a penalidade com perfeição, deslocando Carlos Eduardo e colocando o CRB na frente do marcador.

Depois do gol, o ritmo da partida aumentou de intensidade, o que não significou melhora na parte técnica. Os jogadores do Brasil, com os nervos à flor da pele, passaram a pressionar a defensiva do CRB, mas também tentaram coagir a arbitragem em lances duvidosos.

Mesmo com o aumento de velocidade do jogo, ainda assim, o Brasil teve uma única chance de gol e de bola parada. O lance aconteceu aos 44 minutos, quando o lateral direito Ednei bateu uma falta da intermediária, mas do lado esquerdo. A bola foi colocada, mas o goleiro do time alagoano mandou para escanteio.

A segunda etapa começou da pior maneira possível para o rubro-negro. O CRB conseguiu uma falta na primeira investida do tempo final e, quando o cronômetro marcava dois minutos e meio de jogo, o volante Ferrugem chutou forte e com precisão, e venceu o goleiro Carlos Eduardo, que foi atrasado numa bola que podia ser defendida. Depois do vacilo, o arqueiro xavante passou a ser vaiado nos momentos em que tocava na bola. O placar passava a marcar 2 a 0 para o CRB e tornava a virada algo muito difícil para o Xavante.

Nervoso em campo, o Brasil perdeu-se nos primeiros quinze minutos do segundo tempo e só não sofreu mais gols porque a equipe alagoana também não é tão forte na sua parte ofensiva. O Xavante melhorou apenas depois das entradas do meia Diogo Oliveira, jogador mais técnico do time (mas que está na reserva), e de Rafael Grampola, o tão sonhado centroavante, recém-contratado. Atuando com Diogo Oliveira, responsável pela criação, e colocando Branquinho e Bruno Paulo abertos nas extremas, o Brasil passou a ocupar o campo de defesa do CRB.

Mais talentoso que Murilo Rangel, que irritou a torcida nos momentos em que tentou armar as jogadas, Diogo Oliveira fez o Brasil ter mais posse de bola e atuar mais próximo da área alagoana. Enquanto isso, Grampola mostrou que pode ser um centroavante efetivo, caso seja municiado pela meia cancha, pois movimenta-se bem e possui certa visão de jogo.

Mas, o Brasil continuou mostrando um velho defeito apesar da melhora que teve, pouca criação de chances reais de gol e péssimas conclusões de jogadas. Tanto é assim, que o rubro-negro teve apenas duas boas oportunidades na segunda etapa. Aos 37 minutos, Murilo Rangel, jogando como segundo volante após a entrada de Diogo Oliveira, acertou um belo chute da intermediária, que explodiu no travessão de Edson. No minuto seguinte, Diogo Oliveira conduziu uma ótima jogada pelo lado direito, chegando à linha de fundo e cruzando para Rafael Grampola, que cabeceou desequilibrado, permitindo que a defesa mandasse para escanteio.

Após estas duas chances, o jogo se arrastou até o apito final, que revelou um grupo de jogadores perplexos com a má situação vivida pelo rubro-negro. Para o atacante Bruno Paulo, em depoimento dado à Rádio Federal FM 107.9, a equipe tem que treinar e concluiu sua entrevista com a emblemática expressão “Tá brabo!”. Enquanto isso, Daniel Cruz, que recuperou-se de lesão e foi lançado na segunda etapa, disse que os jogadores tinham que continuar trabalhando de cabeça erguida, buscando pontos fora de casa, para sair o mais rápido possível da Zona de Rebaixamento. Já o líder técnico da equipe, Diogo Oliveira, foi sóbrio e reconheceu que os jogadores têm que ficar calados e ouvir as críticas. Além disso, Oliveira constatou que a equipe esteve bem postada até o pênalti que permitiu a abertura de placar pelos alagoanos.

Com a terceira derrota consecutiva na competição, o Brasil ocupa a última posição na tabela de classificação da Série B do Brasileirão. O Xavante está zerado em pontos e também nos gols. O rubro-negro volta a jogar na próxima terça (14), quando enfrentará o Figueirense, que empatou seus três jogos. A partida acontecerá no estádio Orlando Scarpelli (Florianópolis) e está marcada para iniciar às 21h30.

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