A TOCHA OLÍMPICA PASSA POR PELOTAS

Por Carlos Eduardo Holz e Jordan Romano

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Andrea Pontes iniciou o revezamento (Foto: Divulgação/Rio 2016)

A Chama Olímpica, um dos símbolos mais louváveis dos Jogos Olímpicos, passou por Pelotas no último dia 6, véspera do aniversário de 204 anos da cidade e pernoitou por aqui, para ter o merecido descanso. Evoca a lenda de Prometeu, que teria roubado o fogo de Zeus para entregar a nos, meros mortais.

            Configurou-se um verdadeiro Espírito Olímpico na comunidade pelotense que aguardava, com quase uma hora de atraso, a chegada da tocha à cidade. Já era noite quando a expectativa tomou conta das imediações do Quartel do 9º Batalhão de Infantaria Motorizada, no bairro Fragata, e deu lugar a sorrisos no momento da chegada da chama, vinda de Rio Grande.

            Durante todo trajeto, os 38 condutores no revezamento eram aplaudidos e aclamados aos gritos e recepcionados de pé com muita comoção durante todo o percurso em um total de oito quilômetros.

            Era visível a emoção entre os populares que se aglomeravam para ver o revezamento, onde a para-canoísta pelotense Andréa Pontes foi a primeira condutora da Tocha Olímpica. Formada em Direito, a paratleta sonhava ser jogadora de vôlei. Em 2007, após acidente automobilístico, perdeu o movimento das pernas, mas nunca a esperança. Dedicou-se a um novo esporte e hoje faz parte da Seleção Brasileira de Para-canoagem. “É a realização de um sonho. Estou muito feliz por ser uma das condutoras desse símbolo máximo dos Jogos e espero ainda me classificar e estar presente nas Olimpíadas representando meu país e minha cidade”, disse.

            Outro momento que requer destaque foi no último trecho, quando a professora de ginástica artística Ana Luiza Levien acendeu a Pira Olímpica no palco montado no largo do Mercado Público Central, zona do coração da cidade, perante os moradores que aguardaram até o último momento da cerimônia.

 

O FATO A SE LAMENTAR

 

Foram roubados equipamentos de transmissão ao vivo usados pelo portal na cobertura do caminhão do comboio que acompanha a passagem da tocha na madrugada. Conforme informações do boletim de ocorrência registrado junto à Polícia Civil, o motorista do caminhão percebeu sinais de arrombamento na parte traseira do veículo por volta das 6h30, manhã de quinta-feira, 7 de julho.

Infelizmente mais um vexame antes mesmo de começar os jogos, já não fossem suficientes as tentativas de apagar a tocha em algumas cidades brasileiras, Pelotas fica na conta “histórica” desta Olimpíada até então. Apesar da comoção representada por boa parte da sociedade, é evidente o desconforto em situações como a de coliformes fecais na Baía de Guanabara e os atletas ficando doentes ao treinar, do desabamento da ciclovia no Rio, o incidente com a onça acorrentada no Amazonas. Porém, e só porém, não fossem a “ainda” alegria do povo brasileiro, é evidente que o país não está preparado para tal evento. Mas já que estamos na reta final ao início das Olimpíadas, nos cabe é desejar SORTE ao evento em si, competência e sucesso aos atletas.

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