Conheça a importância e a beleza dos molhes da barra de Rio Grande

Por Daniel Correa, Helena Mendonça e Juliana Escouto

(Foto: Divulgação)

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Considerada uma das maiores obras de engenharia oceânica do mundo, os Molhes da Barra do Rio Grande foram construídos para dar segurança à navegação. A construção aconteceu entre 1909 e 1915, depois de várias décadas de estudos e projetos para controlar as condições adversas da entrada do único porto marítimo do Estado do Rio Grande do Sul. São constituídos por dois quebra-mares construídos com gigantescas pedras que avançam 4 km no Oceano Atlântico, sendo um deles localizado no município de Rio Grande (molhe oeste) e o outro em São José do Norte (molhe leste).

Além de essencial para a navegação, a obra é hoje um dos maiores atrativos turísticos da cidade. Nela os turistas e visitantes podem realizar o passeio de vagonetas, adentrando o oceano. As vagonetas são carrinhos movidos à vela, que deslizam sobre trilhos, controlados por trabalhadores conhecidos como vagoneteiros. O passeio dura cerca de 20 minutos e em época de temporada cada vagoneta realiza cerca de cinco viagens por dia.

Roque Ribeiro Moraes, 57 anos, vagoneteiro há 10 anos, explica que entre os trabalhadores existem 4 líderes que participam de reuniões e coordenam 59 homens, que tem nas vagonetas uma forma de complementar a renda familiar. Os líderes são escolhidos pela Superintendência do Porto do Rio Grande que, segundo Moraes, contribui com panos, roupas, fardamentos e a manutenção dos  trilhos.

Além de adentrar o oceano sob os trilhos dos molhes, o que chama a atenção de quem anda nas vagonetas são as pipas de Kite Surf, esporte náutico que ganhou muitos adeptos nos últimos anos.

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Por outro lado, diversas famílias vão até os molhes para pescar. É o caso de Roberto Ribeiro que, com certa frequência, leva o filho e a esposa para passar o dia no local que esbanja calmaria. “Viemos para cá por que é um lugar atrativo, é um lugar bom para vir com a família. É seguro, não tem trânsito de veículos, então a criança consegue ficar mais solta” afirma o chefe de família que conclui falando que nunca vai para casa sem peixe.

Outra opção para os turistas é degustar diversos lanches com frutos do mar nos trailers localizados na orla do balneário. Manoel José Tomás, 65 anos, proprietário de um dos trailers, conta que há mais de vinte anos atende moradores e turistas no mesmo local, próximo aos molhes, diariamente durante a temporada, e no inverno apenas aos finais de semana. O comerciante finaliza afirmando que tem boas expectativas para a próxima temporada.

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