Grigor Dimitrov bate David Goffin e conquista Torneio dos Campeões do tênis

Grigor Dimitrov e David Goffin, os finalistas do Torneio dos Campeões da ATP, em 2017. Foto: Getty Images/Reprodução.

Por Luís Artur Janes Silva

No último domingo, dia 19, os aficionados pelo tênis, esporte das raquetes, estavam com o seu foco voltado para a Inglaterra. Isso aconteceu porque a cidade de Londres sediava desde o domingo anterior, dia 12, o Torneio dos Campeões da ATP, a Associação dos Tenistas Profissionais, entidade que organiza o circuito mundial do tênis masculino. Também conhecido como ATP Finals, esse campeonato reuniu os oito melhores tenistas do ano em emocionante tira-teima, que definiu o grande ás da temporada.

Rafael Nadal, Roger Federer, Alexander Zverev, Dominic Thiem, Grigor Dimitrov, David Goffin, Marin Cilic, Jack Sock e Pablo Carreno Busta formaram o time de postulantes ao título máximo do tênis no ano de 2017. Fato curioso foi o alto índice de lesões que afastaram algumas das estrelas do circuito mundial, que poderiam ter disputado este certame, antes do término desta temporada. Gael Monfils, Milos Raonic, Kei Nishikori, Stanislas Wawrinka e os gigantes Novak Djokovic e Andy Murray, que iniciou 2017 como líder do ranking mundial, tiveram que se retirar das quadras para voltarem em melhores condições físicas no próximo ano.

A onda de lesões acabou atingindo o atual líder do ranking, o espanhol Rafael Nadal, que abandonou o Finals logo após perder na estreia do torneio para o belga David Goffin. Nadal, que acabou substituído por Pablo Carreno Busta, foi surpreendido por dores no joelho que já haviam feito com que desistisse do Masters 1000 de Paris antes de jogar as quartas de final daquele campeonato.

Para muitos, a ausência de Nadal abria caminho para mais uma conquista de Roger Federer, o tenista que conquistou o maior número de canecos em 2017, sete troféus, incluindo os Abertos da Austrália e da Grã-Bretanha (Wimbledon), dois Grand Slam, o conjunto dos quatro campeonatos mais tradicionais do tênis mundial.

Mas, para surpresa do mundo do tênis, Federer foi derrotado na semifinal do Torneio dos Campeões, batido pelo belga David Goffin, 2 sets a 1 e de virada. O suíço, embora tenha lamentado a derrota, comemorou o fato de que terminou a temporada muito bem fisicamente, segundo suas próprias palavras, algo que não havia acontecido nos últimos anos.

O algoz de Federer enfrentou na final o tenista búlgaro Grigor Dimitrov, que bateu o estadunidense Jack Sock na semifinal. O embate ocorreu no último domingo, dia 19 de novembro, e foi definitivamente uma grande partida, digna de uma final de Torneio dos Campeões. A vitória de Dimitrov, 2 sets a 1, com parciais de 7/5, 4/6 e 6/3, coroou o ano de um dos tenistas mais regulares da temporada e o melhor desempenho técnico deste campeonato. A recompensa do búlgaro será terminar o ano na terceira posição do ranking mundial. Goffin, que foi impiedosamente batido por Dimitrov na fase inicial do ATP Finals, recuperou-se, e foi um adversário que vendeu caro a derrota na final.

O JOGO

A partida iniciou marcada pelo nervosismo e equilíbrio. Nos três primeiros games, os jogadores não conseguiram confirmar os seus saques. O equilíbrio foi à tônica durante todo o primeiro set, que parecia pender para o lado de Goffin até o oitavo game, quando Dimitrov conseguiu quebrar o saque do belga e encaminhou o fechamento da parcial inicial.

No segundo set, Dimitrov foi o senhor das ações até o sétimo game da parcial, quando uma sucessão de erros permitiu a reação de David Goffin, que quebrou o serviço do búlgaro e fechou de forma segura este set.

O último set do jogo foi nervoso na sua totalidade e equilibrado até o sexto game. Neste momento Grigor Dimitrov aproveitou-se de um hiato de insegurança do tenista da Bélgica e quebrou o seu serviço. A vitória parecia encaminhada, mas foi sacramentada com certa dose de sofrimento, pois Dimitrov teve cinco oportunidades para fechar o jogo e falhou. O triunfo foi conquistado na sexta tentativa de liquidar a fatura.

A partir daí a emoção tomou conta de Grigor Dimitrov, de seus familiares e dos  torcedores búlgaros presentes na cidade de Londres. O quarto título da temporada foi certamente o mais marcante da carreira do tenista da Bulgária, que achava que merecia estar em Londres, mas com certa dose de modéstia, não queria imaginar algo tão grande e tão bom.

TÊNIS BRASILEIRO PERDE A FINAL DE DUPLAS

Na categoria simples, ou individual, o tênis brasileiro terminará o ano sem nenhum jogador entre os 100 melhores do mundo. Este desempenho pífio é contrabalançado pelos duplistas Bruno Soares e Marcelo Melo. O mineiro Soares é o 10º melhor duplista do mundo e conseguiu chegar às semifinais do Torneio dos Campeões, atuando ao lado de Jamie Murray, irmão do escocês Andy, estrela individual do esporte.

Marcelo Melo entrou nas quadras londrinas como o melhor jogador de duplas do planeta. Atuando ao lado do polonês Lukasz Kubot, Melo disputou a final do Torneio dos Campeões, tentando ser o primeiro brasileiro vencedor do Finals depois de Gustavo Kuerten, que conquistou o torneio de simples no ano 2000. Mas, Melo e seu parceiro foram derrotados pela dupla formada pelo finlandês Henri Kontinen e o australiano John Peers, que não tiveram dificuldades e fizeram 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 6/2.

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