Professor do Jornalismo lança livro-reportagem sobre o Caminho do Peabiru

O professor do curso de Jornalismo da UFPel Carlos Dominguez lança livro-reportagem sobre o Caminho do Peabiru. Convite para lançamento da obra: 2 de agosto, auditório da Reitoria, Campus Anglo, UFPEL, às 19h. Em Porto Alegre: 9 de agosto, auditório 02, Fabico/UFRGS, às 19h.

Como adquirir o livro: 

Resumo

Há milhares de anos um sistema de estradas ligou as civilizações do litoral Norte do  Peru até o berço da cultura Inca, no Lago Titicaca, através da cordilheira dos Andes.  A expansão de seu território foi erguendo vias de pedra em quatro direções até às  terras baixas, na Bolívia, Norte da Argentina e do Chile, Paraguai, e o litoral do  Brasil. O centro do continente era dominado pelos guaranis. Hoje, o legado milenar  de interações, trocas, festas sagradas e migrações, sintetizado pelas vias do antigo  caminho, permanece vivo nas culturas dos povos originários que ainda vivem na rota  sagrada do sol e das estrelas.  

Foram cinco anos de pesquisas, entrevistas, viagens, investigações, inspirações,  imersões, além do contato em um mergulho jornalístico nas entranhas do continente,  no ambiente, na natureza, nos povos, nos costumes, nas tradições dos verdadeiros  donos da terra confrontados com a barbárie de 500 anos de colonização, genocídios,  roubos e domínio estrangeiro.  

Nesta epopéia, foram muitas entrevistas com jornalistas, pesquisadores, arqueólogos,  bioarqueólogos, historiadores, folcloristas e habitantes dos lugares próximos ao  Caminho do Peabiru, estrada sinalizada na rocha por gravuras rupestres milenares,  mapas que orientavam os viajantes no passado e na época da chegada dos primeiros  colonizadores, como Aleixo Garcia e Alvar Ñunes Cabeça de Vaca, como relatam os  cronistas de 1500. A visão dos povos andinos e a visão dos povos das terras baixas.  Incas e Guaranis se enfretaram inúmeras vezes antes da chegada dos europeus e hoje  continuam vivendo junto ao caminho sagrado do Tape Aviru (guarani) ou Qhapac  Ñan (quechua). E resistindo ao avanço do agronegócio predatório que destroi o  ecosistema natural onde viveram em equilíbrio por milhares de anos. 

Conheça as mais variadas expressões do imaginário ameríndio nas paisagens do  Caminho do Peabiru. Por meio desta reportagem em profundidade, que mescla a  investigação científica com a narrativa de uma epopeia secular, desde o ancestral mundo andino até a chegada dos primeiros europeus ao litoral sul do Brasil. Esta é a  história de pessoas que vivem e estudam o caminho. Em muitos tempos. Nestes 5 anos de investigação foram muitos fotógrafos que registraram o Caminho do Peabiru hoje: Álvaro Pouey, Charles Guerra, Daniela Xu e Dea Amaral emprestaram  seus imaginários para 50 páginas de fotografias dos locais e pessoas que teimam em  não desaparecer e preservam as memórias de outras maneiras de viver em paz,  guiados pelo sol e pelas estrelas. 

O autor 

Carlos Dominguez é jornalista. Escreveu as reportagens de profundidade Rio Vacacaí-Mirim, o lado verde de Santa Maria e O Segredo de Sambaqui. É criador, repórter e editor da Ponga Reportagem de Profundidade (http://pongapress.com/), um coletivo composto por jornalistas, fotógrafos, editores, pesquisadores e designers que trabalham para oferecer uma imersão detalhada em universos que estão escondidos, mas muito próximos do cotidiano. Produziu as videorreportagens: os Ribeirinhos do Rio Uruguai, o Silêncio dos Afogados e As margem da Democracia. Escreveu o livro O silêncio dos afogados – O ethos jornalístico e a complexidade ambiental em Garabi-Panambi, publicado pela Editora Imaginalis (https://www.ufrgs.br/imaginalis/editora/silencioafogados/).  

É professor do Curso de Jornalismo da UFPEL e PhD em Comunicação e Informação-Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde é membro do grupo de pesquisa Imaginalis do PPGCOM-UFRGS. Sua tese de doutorado é uma reportagem-ensaio que aborda a questão ambiental na fronteira Brasil-Argentina. Foi Editor de Política, repórter e colunista do Diário de Santa Maria e Jornal de Santa Catarina. 

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