Primeira conversa na Biblioteca Negra abordou romances de Harper Lee

Iniciando o XVIII Ciclo de Conversas na Biblioteca Negra, o professor do CLC João Luis Pereira Ourique apresentou uma fala intitulada “O sol é para quem vigia: o racismo na produção literária”, neste sábado, 10. A discussão abordou os dois romances de Harper Lee: To kill a mockingbird [O sol é para todos, na sua versão para o português], publicado em 1960, e Go set a watchman [Vá, seja um vigia, em português]. Foram discutidas as visões que formaram e ainda formam um imaginário positivo sobre a identidade cultural norte-americana pautada na crítica às injustiças sociais e ao racismo.

O sucesso da obra da década de 60 do século XX contrasta com o segundo romance de Lee, publicado em 2015, no qual se evidenciam condutas racistas de personagens consagrados pelo seu oposto, ou seja, pela defesa dos direitos e da igualdade entre os seres humanos. O debate seguiu estabelecendo, com a participação dos presentes, relações com a formação histórica e cultural do Brasil, apontando aspectos em comum em que o racismo se constitui como um elemento presente e constante.

No próximo sábado, 17, às 15h, o professor do CLC Alfeu Sparemberger falará sobre “O racismo na literatura brasileira”. Os encontros são abertos à comunidade em geral e acontecem no Clube Cultural Fica Ahí (rua Mal. Deodoro, 368). A temática desta edição das Conversas traz relações entre racismo e literatura.

 

O projeto tem apoio da área de Espanhol e da Câmara de Extensão do CLC e da Comissão de Combate ao Racismo e Discriminação na UFPel.

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