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Dicas do GAMA

Olá!

Seja bem vinda(o) a este espaço da nossa página!

Com base na nossa experiência, tanto como alunos como professores participantes do GAMA, organizamos nesta página algumas sugestões que julgamos importantes para o sucesso nas disciplinas de cálculo (em outras também!)

Esperamos que vocês gostem!

Equipe do Projeto GAMA

 

A gestão do tempo disponível

          Gerenciar bem o tempo disponível, é uma das atitudes mais importantes para que possamos assumir o controle sobre as nossas aprendizagens.

          Uma boa estratégia para gerir melhor o seu tempo pode ser organizar uma agenda semanal de atividades. Descreva, nesta agenda,  todos os seus compromissos de estudo, trabalho e as lacunas disponíveis para o estudo extra-classe. Não esqueça de reservar também horários de descanso, lazer, prática de esportes ou outras atividades que consideres importantes! Atualize esta agenda semanalmente!

Por exemplo:

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado
8hs – 9hs Aula de Cálculo …. …. Estudar cálculo …. ….
9hs – 10hs Aula de Cálculo …. …. Estudar cálculo …. Estudar cálculo
10hs – 11hs …. Estudar cálculo Aula de Cálculo …. …. Estudar cálculo
11hs – 12hs …. Estudar cálculo Aula de Cálculo …. …. ….
…. …. …. …. …. …. ….

 

          Crie uma agenda  provas, trabalhos e outros compromissos acadêmicos. No caso de tarefas mais complexas, divida em tarefas menores e estabeleça datas para a finalização de cada tarefa intermediária. Isto lhe ajudará a ter uma visão mais ampla de seus compromissos acadêmicos e auxiliará na confecção da agenda semanal.

Sugestão: Faça um registro da alocação do seu tempo ao longo de uma semana. Analise o tempo gasto em cada atividade, mas também o tempo perdido. Liste alguns obstáculos à concretização do horário, mas também algumas sugestões para os eliminar. Liste prós e contras da programação do tempo.

Faça anotações durante as aulas!

          Fazer anotações durante as aulas pode ser um recurso extremamente importante para a aprendizagem. Nem todas as informações estarão no quadro. Anote também as suas dúvidas e tente estabelecer relações com outros conteúdos já estudados.

          Em uma aula expositiva (presencial ou em vídeo, por exemplo), o hábito de anotar apresenta duas funções principais: Como processo e como produto. Como processo porque ajuda na concentração da atenção, contribuindo para que você não perca o “fio condutor” da aula. Como produto pois o resumo te ajudará a organizar e revisar a informação, posteriormente.

          Anotar e sublinhar, por exemplo, são processos de tomada de decisão. Configura uma escolha sobre o que é nuclear na informação e o que é acessório. Sempre que possível, apresente as dúvidas durante a aula ou no final da mesma, em particular com o seu professor, se você se sentir mais à vontade assim.

 

Antes da próxima aula, revise o conteúdo da aula anterior

          Antes da próxima aula, não esqueça de revisar as anotações da aula anterior. A abordagem em uma aula de matemática costuma ser sequencial, ou seja, para compreender bem o conteúdo de hoje, é necessário ter compreendido (se não na totalidade, mas pelo menos superficialmente) o conteúdo da aula anterior. Imagine, ao longo de um semestre, quantas aulas de cálculo… a maior parte delas organizadas sequencialmente… Deixar para estudar tudo na semana da prova, tem pouca chance de dar certo… Quando não for possível um estudo aprofundado da aula anterior, antes da próxima aula, uma leitura de 10 minutos, por exemplo, já ajuda muito! Refresca o que foi aprendido na aula anterior e deixa o terreno pronto para a próxima! Isto pode ser feito, por exemplo, num intervalo entre as aulas, no intervalo do trabalho ou mesmo ao longo do deslocamento para a aula.

          Lembre-se, o estudo fora da sala de aula é tão importante (talvez ainda mais) do que o estudo em sala de aula.

          Sempre que puder, estude o conteúdo da próxima aula, de maneira antecipada. Esta leitura favorece a atenção e a compreensão dos novos conteúdos durante a aula.

 

Mantenha a atenção e concentração na tarefa

          Muito cuidado com os seus “distratores de estimação”. Eles não devem ser subestimados. Ao longo de uma tarde de estudos, quantas vezes você interrompe o seu raciocínio para ler uma mensagem nova em um grupo num aplicativo de troca de mensagens ou uma postagem nova em uma rede social? Faça esta experiência! Contabilize! Provavelmente o resultado vai surpreender você!  Qualquer aprendizagem, mas em especial a matemática, necessita concentração. Interrupções frequentes ao longo do estudo desviam a atenção e prejudicam a continuidade do raciocínio que permite a compreensão efetiva.

          Estes distratores podem ser internos ou externos. Alguns distratores internos bastante frequentes são a preocupação exagerada, a imaginação desenfreada, o “sonhar acordado”, o aborrecimento, medos, desejos, angústias, etc… Alguns distratores externos frequentes são os barulhos intensos, a desarrumação, a desordem do material de estudo, o calor ou frio, os toques no celular, conversas paralelas, saídas extras, etc.

          Ao realizar uma tarefa, é importante se manter o foco e o esforço ao longo do tempo. Afinal, não há garantia de encontrarmos sempre aquelas tarefas que consideramos “mais prazerosas” ou que mais nos motivam. Ás vezes, as tarefas se estendem por períodos mais longos do que gostaríamos ou se referem a assuntos que não estão no nosso rol de “interesses imediatos”. Todas as atividades são importantes e a não realização de algumas pode ter implicações na aproximação ou afastamento de seus objetivos. Ao realizar uma prova, por exemplo, controle os pensamentos e distrações. No final, revise a prova antes de entrega-la, tentando identificar algum erro.

Sugestão de atividade: Tente identificar os seus principais distratores e liste estratégias para os combater.

 

Faça adequações no seu ambiente de estudo

          O ambiente de estudo é extremamente importante para uma aprendizagem de qualidade. Reestruture o seu ambiente físico e social. O local de estudo pode favorecer ou atrapalhar o estudo. Identifique quais são as condições ambientais que mais favorecem a sua aprendizagem. As condições de temperatura do ambiente, por exemplo. Em casa, identifique o local mais propício para um estudo mais produtivo. Geralmente, as bibliotecas são locais mais reservados e silenciosos. Algumas instituições possuem salas de estudo, individuais ou compartilhadas. Procure descobrir os horários de funcionamento destes locais e anote na sua agenda. Mas existem outras possibilidades.

 

Reúna os recursos necessários para facilitar a aprendizagem

          Reunir os recursos necessários pode contribuir muito para que o horário de estudo seja mais produtivo.

Sugestão: Por exemplo, reúna e organize todas as listas de exercícios sugeridos pelo seu professor (salve em uma pasta destinada para “atividades de cálculo” em seu computador, ou imprima e guarde em uma pasta organizadora, se preferires).

 

Tente compreender a lógica e identificar padrões

         Em matemática, especificamente, é muito importante compreender os encadeamentos lógicos que garantem os resultados.  Tão importante quanto saber utilizar uma fórmula é saber porque ele é verdadeira. Isto pode te ajudar na resolução dos problemas que possuem maior grau de complexidade.

          Ao resolver um problema sugerido pelo seu professor de Cálculo, por exemplo, faça uma síntese dos passos principais utilizados e anote ao lado do problema. Isto lhe permitirá identificar padrões nas resoluções de alguns exercícios e otimizará o seu estudo de revisão, antes da prova.

 

Tente manter a resolução das listas de cálculo em dia

          Quanto mais você conseguir se dedicar e manter as aprendizagens em dia, maior será a sua crença de que pode se sair bem na prova. Esta crença é muito importante, pois dificilmente alguém irá direcionar seus esforços para algo que acredita não ser capaz de fazer!

 

Organize formulários

          Depois de verificar o argumento que garante a validade daquela fórmula, a memorização é importante para dar maior agilidade na resolução dos problemas. Organize formulários onde estas fórmulas possam ser acessadas rapidamente e memorize as mais utilizadas! Memorizar compreensivamente é diferente de decorar… Na página do projeto GAMA, por exemplo, você encontra este formulário elaborado por nós. Ele reúne diversas fórmulas muito utilizadas nas aulas de cálculo.

 

Programe intervalos

          Faça intervalos periódicos e programados, para recarregar a sua energia evitando assim a desatenção. Nestes intervalos, faça algo que seja prazeroso pra você. Pode ser, por exemplo, tomar aquele “cafezinho” com um amigo ou familiar. Acessar as redes sociais… Se você está cumprindo o seu planejamento de estudos, provavelmente este cafezinho não terá aquele “gosto amargo da culpa” por não estar estudando. Pode ser uma espécie de recompensa pela sua disciplina, até! Mas tome cuidado, estabeleça e cumpra o tempo destinado a este intervalo! Estudar 10 minutos e se dar o prêmio de uma hora de intervalo pode não ser muito produtivo. O contrário, quem sabe?

 

Procure controlar suas emoções e a ansiedade

          O cuidado com o gerenciamento da ansiedade, das emoções, expectativas, é essencial. A ansiedade, por exemplo, pode desencadear dificuldades de concentração, de memorização, de raciocínio e interferir na capacidade de tomada de decisões.

          Cabe ressaltar que “um tanto” de ansiedade é fundamental para nos mantermos ativos e centrados nas nossas atividades, em busca de nossos objetivos. Mas que muito menos ou muito mais pode nos prejudicar. Este “tanto” depende de cada um!

Sugestões: Crie uma rotina, se alimente bem, tome cuidado com as expectativas que você cria, pratique exercícios físicos e não tenha o hábito de ficar sempre se comparando com os outros.

 

Resolva provas anteriores.

          Isto ajuda a monitorar a sua compreensão sobre o tema em questão e já estarás te preparando para a hora da prova! Além disso, analisar a prova de um semestre anterior pode te ajudar a antecipar dificuldades. Ao receber uma prova corrigida, a receba como uma possibilidade de novas aprendizagens. Identifique o que errou e corrija. O erro é uma fonte fundamental para motivar novas aprendizagens. Converse com o professor, caso julgues necessário. Retire implicações para o futuro.

 

Participe de grupos de estudos

          Uma boa sugestão nesta hora é formar grupos de estudo. Muito provavelmente outros colegas seus podem ajudar. Ás vezes, somos mais receptivos à explicação de um colega do que à explicação do próprio professor! A linguagem utilizada por alguém que está estudando aquele conteúdo pela primeira vez traz elementos que possivelmente não configuram em uma linguagem mais técnica, utilizada por alguém que já conhece aquele conteúdo a décadas… além disso, explicar a matéria para um colega ou responder a perguntas que surgem durante um estudo em grupo ajuda a certificar-se do nível de compreensão dos conteúdos estudados.

 

Procura por ajuda

          Ás vezes, as dificuldades são tantas que não sabemos em por onde começar. Não nos sentimos motivados nem mesmo para pedir ajuda, estamos imobilizados… mas certamente o seu caso não é o único!

        Geralmente as instituições de ensino possuem mecanismos de ajuda, que incluem apoio a aprendizagem de conteúdos específicos (o projeto GAMA, por exemplo), além de outros tipos de assistência pedagógica e psicológica.

          No caso do projeto GAMA, por exemplo, são desenvolvidas diversas atividades que visam preencher lacunas na formação matemática anterior e também apoiar os estudantes frente as novas aprendizagens matemáticas. As aulas e monitorias são desenvolvidas por estudantes de vários cursos de graduação da UFPel, o que possibilita que você interaja com estudantes que também passaram por diversas dificuldades no começo da graduação, talvez muitas semelhantes àquelas que você está enfrentando. Além do conhecimento matemático, não faltará uma palavra amiga se surgirem momentos difíceis!

          Ás vezes, é da nossa cultura a associação que se faz do “pedir ajuda” como algo que diminui o estudante. Na verdade, é o contrário. Pedir ajuda é uma estratégia de aprendizagem muito importante. Demostra um considerável grau de autoconhecimento de um estudante que utiliza este recurso como estratégia para vencer os obstáculos que se apresentam a sua aprendizagem. O estudante que aprende a reconhecer a dificuldade da tarefa e procura ajuda, quando percebe que precisa, tem mais probabilidade de sucesso acadêmico.

 

Sugestões de leitura:

AZZI, R. G.; DANTAS, M. A.; BENASSI, M. T.; GUERREIRO-CASANOVA, D.; MACIEL, A. C. Conversas do Elpídio sobre o estudar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2012. 128p.

AZZI, R. G.; BENASSI, M. T.; MACIEL, A. C. ; DANTAS, M. A.; GUERREIRO-CASANOVA, D. Elpídio conversa sobre autorregulação da aprendizagem. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2013. 106p.

ROSÁRIO, P. L.; NUÑES, J.; PIENDA, J. Comprometer-se com o estudar na universidade: cartas de Gervásio ao seu umbigo. Coimbra: Edições Almedina, 2017.