Programa de Acompanhamento de Ingressantes

O Programa de Acompanhamento de Ingressantes (PAI), promovido pelo grupo PET da Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), foi desenvolvido com o objetivo de facilitar a adaptação acadêmica e social dos novos estudantes, reduzindo índices de evasão e promovendo a permanência estudantil. Por meio da aplicação de questionários e da análise dos resultados obtidos, foi possível traçar um perfil detalhado dos ingressantes, identificar dificuldades enfrentadas e propor soluções para auxiliar na permanência e adaptação dos alunos ao ambiente universitário.

O grupo PET realizou uma apresentação para a turma de ingressantes do curso de Engenharia Agrícola em suas primeiras semanas de aula destacando nessa apresentação o que é o grupo PET, atribuições e divulgando alguns dos projetos pertencentes ao grupo e, ao final da apresentação aplicou o primeiro questionário com o intuito de saber sobre informações pessoais, como idade, cidade natal, renda familiar, escolaridade, se ingressou por ações afirmativas e o porquê escolheu o curso. Este primeiro questionário teve 30 respostas.

Figura 1: Apresentação do grupo PET para a turma de ingressantes 2024/1.

O primeiro questionário do PAI propôs examinar o perfil do ingressante ao Curso de Engenharia Agrícola da UFPel. Os resultados mostraram que o maior público-alvo do curso se identifica como homem, com 90% dos ingressantes com idade entre dezoito e vinte e três anos, de origem geográfica da cidade de Pelotas/RS ou de cidades próximas a ela, com renda mensal de até 1,5 salários, de escola pública, com interesse em engenharias e/ou ciências agrárias e que possui contato com o meio rural.

Com base nos dados iniciais, o segundo questionário aprofundou a avaliação sobre a adaptação dos estudantes ao curso, as dificuldades enfrentadas, e as iniciativas tomadas para superar essas barreiras, através de perguntas sobre adaptação ao curso, dificuldades nas disciplinas iniciais, reprovação em avaliações, dificuldades extracurriculares e se havia procurado por auxílios da faculdade. Através desse questionário obteve-se 21 respostas.

Figura 2: Percentual de dificuldades nas disciplinas.

Figura 3: Principais dificuldades enfrentadas pelos alunos.

Os resultados fornecidos pelo segundo questionário indicaram que, embora a maioria dos ingressantes esteja satisfeita com a adaptação ao curso, há desafios significativos em disciplinas específicas, como “Química Geral” e “Cálculo A”. As iniciativas de apoio, como monitorias, têm sido avaliadas positivamente, mas há baixa adesão. Além disso, observa-se uma necessidade de maior suporte financeiro e logístico aos estudantes.

Já o terceiro questionário, aplicado no final do semestre letivo com perguntas relacionadas à permanência no curso, o porquê deseja trocar de curso, se houve identificação com alguma área relacionada à Engenharia Agrícola e como os ingressantes avaliavam o Curso de Engenharia Agrícola até aquele momento, sendo 1 “péssimo” e 10 “excelente”. Este questionário teve 10 respostas.

Figura 4: Notas atribuídas pelos ingressantes para o curso da Engenharia Agrícola.

De acordo com os dados fornecidos através do questionário três, os alunos ingressantes demonstraram satisfação geral com o curso e planejam continuar no curso de Engenharia Agrícola. Há um equilíbrio entre expectativas altas para o próximo semestre e reconhecimento de pontos a serem aprimorados. Esses resultados fornecem subsídios importantes para o aprimoramento contínuo do programa e suporte aos estudantes.

Por meio das análises realizadas, o PAI se consolidou como um instrumento valioso para compreender as necessidades dos ingressantes e implementar ações estratégicas que minimizem a evasão.

A continuidade e aprimoramento do PAI permanecem como prioridades para os próximos anos, garantindo suporte aos futuros engenheiros agrícolas.