A guayusa é uma planta parente da erva-mate encontrada na parte amazônica do Equador. Com mais cafeína do que o próprio café, ela que vem ganhando espaço no mercado internacional.
O cultivo é antigo, mas a produção comercial é bem mais recente e tem a ver com o aumento do interesse pela planta no mercado internacional, especialmente dos Estados Unidos. Porém, se comparada com outros produtos da região, como o açaí e o guaraná, seu potencial ainda é pouco explorado.
Segundo a bióloga Maria de Lourdes Torres diz que a planta tem mais cafeína do que o café e muita teobromina, substância também presente no cacau. Esses dois componentes dão energia para quem busca uma vida saudável.
“É um excelente antioxidante, anti-inflamatório, antiviral, ajuda no processamento de açúcares, e isso faz com que a folha seja tão interessante de se cultivar”, explica a bióloga.
Tradição milenar
A nova era da guayusa como produto não elimina antigas tradições dos índios do equatorianos.
As pessoas recebem uma porção do chá da erva e começam a conversar entre si. Os nativos dizem que é hora de planejar o dia que vai nascer, contar histórias, revelar sonhos, interpretar sonhos.
É a hora dos mais velhos darem conselhos para os mais novos. Sem esquecer do valor estimulante que o chá tem para enfrentar o dia.
Antes de beber, os homens fazem um bochecho e soltam o líquido no ar, num borrifo. Os índios acreditam que a erva é um presente de Deus e que eles jogam para o alto para que essa dádiva caia sobre eles. Além disso, eles garantem que líquido serve como proteção contra cobras.
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