Técnica não atesta êxito no ofício

por Diego Krüger

De acordo matéria de Paula Adamo, da BBC Brasil, algumas das características que serão essenciais para a entrada no mercado de trabalho, no futuro, não são técnicas mas sim socioemocionais. Resiliência, curiosidade, colaboração, pensamento crítico e capacidade de resolução de problemas são exemplos de habilidades essenciais para os futuros profissionais, diz o texto.

Em pesquisa realizada pelo MBA da FGV, no Rio de Janeiro, essas habilidades socioemocionais – ou soft skills (habilidades não cognitivas) – foram citadas por todas as empresas quando perguntadas sobre o que queriam em seus funcionários.

Mais do que ensinar às crianças tais competências, é preciso descobrir se o momento onde esses vão vir a ser os fatores determinantes para o ingresso no mercado de trabalho está mesmo tão distante quanto aparenta.

Para Fernando Mantovani, atuante no segmento de recrutamento e seleção de executivos desde 2005 e managing director da Robert Half no Brasil, “características comportamentais como energia, comprometimento, vontade e abertura para o aprendizado, habilidade de comunicação e de trabalho em grupo causam excelente impressão em um processo seletivo de qualquer profissional”.

Muitas das habilidades não cognitivas apontadas pelas empresas já são determinantes em uma contratação – ou demissão – atualmente. Enquanto há pesquisas que buscam aprimorar a educação para uma melhor preparação para a vida profissional, os jovens estagiários ingressantes no mercado de trabalho precisam aprender muitas vezes na prática as competências fundamentais para o sucesso profissional, as quais não lhes foram ensinadas na educação básica ou até mesmo na universidade.

O fácil acesso ao conteúdo, porém, não substitui a formação teórica e técnica oferecida pela universidade. Mantovani afirma que “alinhar valores pessoais aos valores da empresa é fundamental. Isso não é algo que se aprende somente com a experiência de trabalho”. Ele continua: “aprender como funciona a dinâmica de um ambiente corporativo só é possível vivendo o dia a dia de uma empresa”. Conhecer essa dinâmica, ele afirma, é o principal diferencial adquirido por meio da experiência durante a graduação.

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