Sonho do primeiro mundial de vôlei feminino é adiado mais uma vez

Após uma consistente campanha, o Brasil enfrentou a invicta Sérvia e foi derrotado com facilidade em seu pior jogo na competição

Por Luis Collat

Durante toda a partida, os ataques de Boskovic não foram parados pelo bloqueio brasileiro /Foto: CBV

Neste sábado (15), a seleção brasileira de vôlei feminino disputou a final do mundial na cidade de Apeldoorn, na Holanda, e deixou a quadra com uma derrota. As adversárias na busca do título inédito eram as Sérvias, campeãs da edição de 2018. 

A forte seleção europeia chegou à final após vencer todos os jogos disputados, sendo oito deles vencidos pelo placar de 3 x 0. Na semifinal, derrotaram os Estados Unidos, país que conquistou o ouro da modalidade nas Olimpíadas de Tóquio 2020 por 3 x 1. Já o Brasil teve uma derrota em seu caminho até a final, para o Japão na 4ª rodada.

Como grande destaque do Brasil no mundial, a central Carol, que marcou incríveis 57 pontos de bloqueio nas partidas anteriores a decisão, era a grande aposta para interromper os ataques da oposta Tijana Boskovic, maior pontuadora da competição. Mas a expectativa não se confirmou no 1º set, quando o Brasil foi derrotado por 26 x 24 sem bloquear uma única bola da Sérvia.

No set seguinte, a equipe brasileira, ainda aparentemente desconcentrada e abalada pelo resultado do 1º, tentou iniciar sua reação, mas esbarrou em uma atuação de gala da dupla formada por Boskovic e pela levantadora Drca, que ajudou a seleção Sérvia a vencer por 25 x 22 

O 3º e último set escancarou o quão justa foi a vitória da tranquila das europeias. Mesmo cometendo um número maior de erros ao final da partida, alcançaram o domínio completo desde os primeiros pontos graças a sua forte atitude em quadra, abrindo uma ótima vantagem contra um Brasil que já não demonstrava poder de reação. Com um 25 x 16 no placar, a Sérvia foi decretada como Bicampeã do Campeonato Mundial de Vôlei Feminino.

Com o resultado, o Brasil alcançou seu 4º vice na competição, sendo o time que mais perdeu em finais. Para os supersticiosos, os momentos de glória foram apenas adiados, levando em consideração que em todas as Olimpíadas que sucederam as edições do mundial onde o país foi vice (1996, 2008 e 2012), o ouro foi conquistado. Apesar do tão esperado título não ter sido alcançado, a competição deixa saldo positivo para a seleção especialmente pela presença de jogadoras de uma nova geração que fazem parte de uma renovação de ciclo para a  disputa em Paris, como a oposta Kisy, de apenas 22 anos. 

“Acho que a gente tem que ressaltar tudo que esse grupo fez. A Entrega, a resiliência. Com o que a gente passou nesse campeonato, o time realmente se uniu e se fortaleceu” – Comentou Gabi, na saída de quadra, sobre a  participação brasileira no mundial. Ao lado de Carol, ela foi eleita para a seleção da competição, que consagrou a jogadora sérvia Boskovic como melhor jogadora.

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