HemoPel volta a pedir doações de sangue; estoque de bolsas está 60% abaixo do necessário

Hemocentro de Pelotas enfrenta a falta de doadores e o baixo nível de estoques mais uma vez

Hemocentro Regional de Pelotas fica na Av. Bento Gonçalves, 4.569. | Foto: Michel Corvello/Prefeitura de Pelotas/ Em Pauta

Por Helena Schuster / Em Pauta

Neste mês de setembro, o Hemocentro Regional de Pelotas voltou a pedir a ajuda da comunidade para abastecer os estoques de sangue. Todos os tipos sanguíneos são necessários, sendo os de RH negativo em maior urgência, principalmente os tipo A- e O-. Segundo a instituição, o estoque de bolsas está 60% abaixo do necessário – cenário que, infelizmente, vem se repetindo nos últimos meses.

Somente neste ano, o Hemopel já registrou nível crítico pelo menos três vezes, nos meses de janeiro, maio e agosto, com estoques 90% abaixo do necessário. A falta de doadores é um problema já conhecido do hemocentro, que se acentuou ainda mais com a pandemia. Mesmo com a adoção de todos os cuidados contra a Covid-19, a insegurança afastou novos doadores e agravou os períodos que, habitualmente, já apresentavam queda nas doações, como na época de férias e festas de fim de ano. Segundo dados do Ministério da Saúde, em todo o país, o número de doações de sangue em 2020 caiu 10% em relação ao ano anterior.

No Hemopel, desde o início da pandemia, o estoque de diversos tipos sanguíneos ficou em nível crítico inúmeras vezes. De acordo com as informações do site pelotense Socilogue – Sociedade pelo Sangue, um dos piores períodos para o hemocentro, durante a pandemia, foi em outubro de 2020, quando seis dos oito tipos sanguíneos apresentaram estoques em nível crítico.

Estoques de sangue do hemopel durante a pandemia. | Imagens: Socilogue/Redes sociais

Os níveis baixos de sangue do hemocentro são uma grande preocupação também para os hospitais da região, que necessitam das bolsas para a realização de diversos procedimentos, como tratamentos de câncer e cirurgias. Atualmente, além de três hospitais em Pelotas (São Francisco de Paula, Pronto Socorro de Pelotas (PSP) e Beneficência Portuguesa), outros 24 municípios da região Sul e da Campanha também são abastecidos através das doações realizadas no Hemopel.

O que saber para doar

O processo todo, desde a chegada, cadastro, entrevista e doação, dura pouco mais de 30 minutos. | Foto: Marcel Ávila/Prefeitura de Pelotas/ Em Pauta

Todas as pessoas saudáveis, sem sintomas gripais e que não tiveram contato com suspeitas ou confirmações de Covid-19 podem fazer a doação de sangue. Também é necessário ter entre 16 e 69 anos e pesar no mínimo 50 quilos. Menores de idade precisam apresentar autorização do responsável e pessoas a partir dos 60 anos podem fazer a doação apenas se já tiverem doado antes. No dia da doação, o doador necessita estar alimentado, ter dormido pelo menos seis horas na noite anterior, não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 12 horas e evitar fumar uma hora antes. Outras regras específicas e impedimentos podem ser esclarecidos no Hemocentro.

Homens podem realizar as doações a cada dois meses, com o máximo de quatro doações por ano. Já as mulheres podem doar a cada três meses e fazer, no máximo, três doações anuais.

Como chegar no Hemocentro

O HemoPel fica na avenida Bento Gonçalves, 4.569. As doações podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h. Para outras informações, entre em contato com (53) 32223002.

O Hemocentro também oferece carona para grupos com dificuldade de chegar ao local. Para quem mora em Pelotas, o transporte está disponível a grupos de seis a 12 pessoas. Para municípios vizinhos, a carona é agendada para até 12 pessoas. Grupos, independentemente da carona, podem ser marcados previamente, por telefone, para que a equipe se prepare e o tempo de espera não seja grande.

Se você não mora em Pelotas, procure o hemocentro mais próximo de você. A sua ajuda pode salvar vidas. Doe sangue, doe vida!

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