Era Bernardinho conhece o vice-mundial

Por Mateus Bunde

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Polônia não deixa Brasil levar o título do Mundial. Foto: Reprodução (http://goo.gl/lZSKQp)

 

Sob a tutela de Bernardinho – 13 anos no comando da seleção –, o Brasil conheceu sua primeira medalha de prata no Mundial de vôlei. Após derrota de 3×1 para a Polônia (25-18, 22-25, 23-25 e 22-25), a Seleção não conseguiu superar a forte equipe polonesa, além do mar vermelho e branco de polacos, que lotavam, cantavam e embalavam seus compatriotas em quadra.

No primeiro set, parecia que o Brasil levaria o ouro sem muito suor, com uma vitória relativamente larga por 25 a 18. No segundo set, a Seleção Brasileira não voltou com o mesmo ímpeto ofensivo e saiu derrotado após um 25 a 22 para os poloneses. A torcida da casa levantou a voz e embalou a seleção polaca à virada, num apertado 25 a 23. Desacreditada no terceiro set, a seleção verde e amarela “acizentou“ sob o alvi-rubrolocal. A surra no corredor polonês se tornou real, após o fim do quarto set que consolidou o bi-mundial dos poloneses, após 40 anos.

Bernardinho reclama de organização

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O técnico Bernardinho parece não ter ficado satisfeito. Foto: Reprodução (http://goo.gl/lfBeP3)

A organização do campeonato foi motivo de protesto pelo técnico brasileiro. Na pauta de reclamações do treinador estavam: em primeiro, a escalação de um árbitro, o qual já havia se envolvido em problemas com a Seleção Brasileira, para a final; e, em segundo, o fato de o Brasil ter realizado melhor campanha na primeira fase, porém ter caído num grupo com a poderosa Rússia e a dona da casa, Polônia, na segunda fase da competição.

Bernardinho terminou sua coletiva oficial de imprensa preocupado com o futuro do esporte, regido pelo conterrâneo Ary da Graça. “O jogo baixo que se constrói me preocupa com o futuro do voleibol, como instituição estamos desprotegidos. A Federação Internacional está fazendo gato e sapato da gente”, criticou o treinador.

Alguns jogadores, no desembarque em São Paulo, fizeram coro ao técnico em reclamar da entidade máxima da modalidade. Murilo, por exemplo, se mostrou chateado e opina que a FIVB (Federação Internacional de Vôlei) não deseja que apenas uma seleção domine o esporte. “Isso já vem há algum tempo, não é de hoje. É bem claro que esse monopólio não é bom para o esporte. Eles querem uma pluralização. Nunca vi alterarem o regulamento no meio do campeonato”, relatou Murilo.

Ary da Graça se defendeu das declarações

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O presidente Ary da Graça, em entrevista ao jornal O Globo, rebateu as críticas do técnico Bernardinho a respeito da organização do Campeonato Mundial. O presidente da entidade resumiu toda sua entrevista em uma pequena resposta, afirmando que “o Brasil não foi prejudicado em absolutamente nada”.

Ainda na entrevista para a edição impressa do jornal, Ary salientou que “quem escolhe onde e quando jogar é a anfitriã, está escrito”, porém, em seguida, completou com uma frase final polêmica: “e se não estivesse escrito, quanto mais o anfitrião for até a final, melhor é. A torcida comparece”, finalizou a entrevista.

Veja o vídeo da torcida polonesa embalando a seleção:

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