Empreenda-se Talks reúne mulheres empreendedoras

“Nosso objetivo é desenvolver redes de relacionamento que sirvam como base e ajuda para essa comunidade”, comenta Aline. “É conhecer o que cada uma faz aqui e saber como podemos aproveitar isso, conectando todas nós para alcançar nossos objetivos. Fotos: Amanda Kuhn

Por Amanda Kuhn e Fátima Tauil

O “Empreenda-se Talks” aconteceu no dia 17 de outubro, no Parque Tecnológico de Pelotas. Foram realizadas sete palestras de 18 minutos cada. O evento reuniu cerca de 160 mulheres, com as mais diversas profissões, de várias cidades da região sul do estado, como Rio Grande e Canguçu.

O evento organizado por Aline Kosak, Andreia Marneli, Bianca Bazan e Deise Bastos foi um sucesso, abordando temas como protagonismo feminino nos negócios, uso das redes sociais como forma de se aproximar do público,  administração do seu próprio dinheiro e o equilíbrio das diversas áreas da vida da mulher.

A cerimônia contou com um espaço para coffee break e networking, além do espaço reservado para a Livraria Vanguarda, com diversos livros sobre empreendedorismo feminino. A palestra começou com a fala da secretária do governo, Clotilde Victória. Após, uma das curadoras do projeto, Aline Kosak, iniciou as apresentações.

Além disso, depois dos “talks” as mulheres foram chamadas ao palco para falar sobre o que aprenderam com as palestras e os temas expostos. Cada uma delas foi presenteada com um livro pela Livraria Vanguarda e as palestrantes foram presenteadas com um buquê de orquídeas.

“Ao expandir suas redes de conhecimento, o networking também é responsável por trazer informação para as empreendedoras, tanto para as iniciantes no mundo dos negócios, quanto para as mais experientes no mercado do empreendedorismo.” Declara Aline

As jornalistas Vitória Trescastro e Caroline Albaini conversaram sobre o uso das redes sociais no seu negócio, dando dicas de como se aproximar do público e ter uma relação de confiança com o cliente, que vai muito além de tentar vender um produto. As duas comentaram também o seu trabalho na Bendita Comunicação. As empreendedoras também divulgaram o Bendito Workshop (https://goo.gl/XPNGms), evento que abordará a criação de conteúdo nas redes sociais nos negócios.

Andreia Marneli, master coach, instrutora aprendiz, orientadora da Escola Coaching Express e uma das criadoras do “Empreenda-se Talks”, palestrou sobre motivação pessoal e profissional, além de dar dicas sobre como conciliar as áreas de suas vidas e conseguir a harmonia entre elas. Houve um momento em que Andreia convidou a plateia a levantar e dançar para levantar o astral das mulheres presentes.

A consultora de estilo pessoal e sócia-proprietária do Coletivo OM, Carolina Bennemann, deu dicas sobre imagem pessoal e autoestima. Carolina frisou que a imagem pessoal começa de dentro para fora, e é um processo muito mais mental do que físico.

A fundadora e coordenadora do Instituto Buquê de Amor – IBA, Janice Santos, contou sobre a criação do projeto, promoveu a fala “De coração para coração – A solidariedade como propósito de vida”, que hoje tem uma atuação muito forte na cidade, promovendo diversas palestras e eventos, conscientizando na prevenção de mulheres contra o câncer de mama. Atualmente, o IBA conta com um espaço próprio no Shopping Pelotas.  

“Educação financeira para mulheres”, fala ministrada pela Raquel Santos, assessora de programas sociais da Sicredi Zona Sul RS, jornalista e relações públicas, abordou como administrar seu próprio dinheiro, técnicas e dicas de economia para as espectadoras.

Carolina Niederauer, consultora de startups e negócios de impacto na Semente Negócios e fundadora da WeCloset, falou sobre a importância e o impacto do “mindset” no empreendedorismo. A consultora deu dicas e estratégias motivadoras sobre empreendedorismo.

A última fala foi da fundadora do Estúdio de Sonhos, especialista em vida com propósito, facilitadora de processos de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal e psicóloga, Arieli Groff, “Empreendendo com o propósito”, conversou sobre técnicas e estratégias no empreendedorismo feminino.

“Para mim empreendedorismo feminino tem a ver com comportamento, muitas vezes, as pessoas acham que empreendedorismo tá ligado a um cargo, e não tem a ver com o cargo, tem a ver com as inovações que as pessoas propõem, e o empreendedorismo feminino tem a ver com isso, com esse desenvolvimento, tanto dela, como mulher, quanto dela como profissional, essas coisas estão muito interligadas uma a outra, então é esse comportamento, essa autoconfiança, busca por iniciativa, rede de contato, planejamento, gestão financeira, tudo isso alinhado com, claro, as mulheres”, afirma Aline.

Aline frisa que para quem quer começar um projeto hoje, o segredo é a persistência, pois os primeiros anos são difíceis, e o planejamento. Hoje em dia, existe o SEBRAE, SENAC, SENAI para auxiliar quem quer ter o seu próprio negócio.

Em breves entrevistas com jovens empreendedoras que estavam presentes no evento, foi perceptível o quanto a técnica de networking é fundamental. Todas as entrevistadas ficaram sabendo do evento através de contatos e grupos de outras mulheres. Sobre a importância do evento para a comunidade feminina empreendedora a dentista Bárbara Almeida comenta: “É importante para a gente se desenvolver e estar sempre buscando novos conhecimentos”. “Para mim significou tudo, minha independência, poder sobre a minha própria vida” diz a comerciante Priscila Cardoso, quando questionada sobre o que representa empreendedorismo feminino para ela. Bianca Tavares, comerciante e dona do próprio negócio, comenta: “Eu senti liberdade, trabalhando pra mim mesma, e ditando meus próprios horários. Como sou mãe, isso facilita muito.”

O caminho da realização profissional das mulheres ainda enfrentará grandes lutas. O papel imposto às mulheres em geral no meio empreendedor é limitado e sufocante, tornando a jornada mais difícil. Entretanto, Aline deixa claro em sua fala que “a mulher tem consciência que deve se entrosar e fazer valer seus direitos, fazer valer sua força, e que merece sim o devido respeito. Respeito às suas questões, em todos os aspectos”. Para ela, a mulher contemporânea, se vê “inerente a dois desdobramentos, sem negligenciar nenhum deles: o de ser feminina, o de ser mãe (se assim o quiser), o de ser bonita, e o de ser gostosa, e o caminho de ser agente social, política, protagonistas do nosso próprio desenvolvimento”. A visão de uma mulher emancipada e participativa, que quer e está contribuindo com a sociedade.

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