Docentes e técnicos-administrativos vão às ruas nesta sexta-feira

Imagem: Reprodução/Facebook

Por Rayane Lacerda

A próxima sexta-feira, 10 de novembro, será marcada por diversas paralisações em prol da mobilização contra as reformas e medidas adotas pelos governos de Michel Temer e José Ivo Sartori. Com uma programação planejada para marcar as manifestações em Pelotas, docentes e técnicos-administrativos em educação (TAEs) da UFPel esperam lutar pela garantia de seus direitos.

Trabalhadores e trabalhadoras optaram pela paralisação durante assembleia ocorrida em 17 de outubro, após indicação de data realizada pelos metalúrgicos. A mobilização foi deliberada pelo Congresso da CSP-Conlutas, segundo site oficial da ADUFPEL (Associação de Docentes da Universidade Federal de Pelotas).

A luta pela manutenção de direitos dos TAEs

O dia 10 de novembro marca, ainda, o início da greve dos técnicos-administrativos. A categoria tomou a decisão em assembleia no dia 25 de outubro de acordo com o indicativo da Fasuba (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil).

Em entrevista para o Em Pauta, o técnico-administrativo da UFPel, Bruno Añaña, mostra as diversas dificuldades enfrentadas pelo grupo. “As reivindicações são baseadas nos ataques consequentes que o governo Michel Temer vem impondo aos servidores TAEs, como o aumento da contribuição de 11% para 14% para salários acima de R$ 5531,31, congelamento de reajuste salarial previsto para 2018, plano de demissão voluntária (PDV) e a possibilidade de demissão por desempenho”, explica Bruno. Ao comentar a última reivindicação citada, ele conta que a demissão por desempenho compreende critérios de avaliação puramente subjetivos: “Já vimos casos como o da UFSC, em que um servidor em estágio probatório foi demitido por motivos políticos”, lamenta.

Falta de repasses e corte de direitos

Bruno iniciou o seu trabalho como técnico-administrativo em 2012 e conta que, ao entrar, presenciou o final de uma greve ocorrida naquele ano. As reivindicações da época garantiram o plano de carreira, um direito que o governo de Michel Temer quer mexer após muita luta para conquistá-lo. “Vejo que cada vez mais a negociação é restrita e inflexível com os servidores de educação e os repasses cada vez menores para as universidades”, afirma. Ele continua: “Esse quadro pode ser facilmente notado dentro da UFPel, que vem enxugando investimentos, demitindo terceirizados e escasseando recursos materiais básicos para o funcionamento da Instituição”.

A programação em Pelotas

Em Pelotas, a programação do dia está organizada e sendo divulgada em todos os meios sindicais. Confira as atividades do dia:

14h: Abraço na Justiça do Trabalho

16h: Ato público unificado no chafariz da rua Andrade Neves – ato com a participação dos vários segmentos do serviço público e união com o ato contra o projeto Pacto Pela Paz, proposto pela Prefeitura Municipal de Pelotas.

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