Divergente

Por Graça Vignolo de Siqueira

 Sinopse:

“A Chicago do futuro é dividida em cinco facções. Quando o jovem chega a determinada idade, deve decidir em  qual facção deseja habitar, se na que vive atualmente com seus pais ou se em outra que o teste indicará.  Esse é o novo dilema de Beatrice (Shailene Woodley) ao completar 16 anos e de seu irmão Caleb ( Ansel Elgort).”

 

As únicas informações iniciais que eu tinha sobre o filme era que fora baseado no livro de mesmo nome  escrito por  Veronica Roth e que teria continuação. Ah! Sim, eu já assistira ao trailer. Mas fiz questão de não pesquisar mais nada porque gostaria de assisti-lo sem pré conceitos.

 Quando cheguei ao cinema, minha primeira decepção foi que naquele horário a cópia seria dublada. Pensei então que se tratava de um filme infanto-juvenil, mas resolvi assistir mesmo assim. Que grata surpresa! Esqueci a dublagem, que, diga-se de passagem, é muito bem feita, me envolvi na trama, adorei a trilha sonora e indico a todos.

O filme é ambientado num futuro próximo, pós-guerra, sendo a cidade governada por uma mulher (Kate Winslet). Existem cinco facções cada uma representando valores diferentes e profissões.  Os agricultores são da Amizade, advogados, escritores e outros são da Erudição, quem faz a segurança são os da Audácia, tem ainda a Franqueza e Beatrice e sua família são da Abnegação.

Mas por terem livre arbítrio, os jovens podem escolher e é o que fazem Beatrice e seu irmão. Ela decide pela Audácia e Caleb pela Erudição. Seus pais ficam desolados, pois esperavam que eles continuassem todos juntos. Mas para enquadrar-se nos destemidos pode não ser tão fácil como ela imagina. Ao escolher esse caminho troca seu nome para Tris e terá que enfrentar desafios, entre eles encarar seus próprios medos.  Mas ao seu lado terá Quatro (Theo James).

Shailene Woodley e Ansel Elgort, que neste filme são irmãos, no esperado A Culpa é das Estrelasvinterpretam o par romântico. Jeremy Irvine foi cotado para personificar Quatro, mas tinha outros compromissos. Os fãs da saga, leitores vorazes dos três livros, foram despistados pelo diretor Neil Burger que usou o codinome “Catbird” enquanto gravavam cenas externas evitando assim o tumulto.

 Não posso qualificar o filme em relação ao livro porque não o li, mas posso garantir que terão ação, combate, cenas de treinamento, sangue- mas sem excesso- e um pouco de suspense. Há até um clima de romance pairando no ar.  E pelo que já li os fãs estão satisfeitos com o roteiro que contou bem a história dentro das 2h19.

Mais uma vez me certifico que bons filmes podem ser feitos sem efeitos especiais em excesso ou 3D. Ainda bem que Divergente pouco apela para isso. É um filme bom para todas as idades e pode ser tranquilamente assistido por pessoas que não leram o primeiro livro.

 O que mais decepcionará Tris é que onde vivem os da Audácia é um lugar de treinamento militar extremo. Além disso, acreditam que os fracos merecem a exclusão ou a morte. E tudo isso só lhe confirmará que sua personalidade tem um pouco de cada facção e que nenhuma delas a domina. O que torna Tris uma divergente.

Bom entretenimento, que venha logo Insurgente, sua continuação, e minha nota é 9.

 

Imagem: divulgação

Imagem: divulgação

 

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