Além de Geraldo Alckmin, mais de 50 deputados trocam de partido

Político paulista troca de partido e ingressa no PSB

O período da janela partidária vai de 3 de março até 1º de abril e permite trocas de partido para a disputa eleitoral

Por Rafaela Stark/ Em Pauta

O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou de um evento de filiação ao PSB, partido para o qual se transferiu após 33 anos de PSDB. O ato, que aconteceu no dia 23 de março, é visto como uma evidência de que Alckmin vai disputar as eleições de 2022 ao lado de Lula, do PT.

A aproximação do ex-tucano com o petista vem se dando aos poucos, durante seu primeiro discurso como filiado do PSB, o mesmo elogiou: “Lula é, hoje, aquele que melhor reflete o sentimento de esperança do povo brasileiro”. A aliança entre as legendas dos dois políticos se apresenta como a principal oposição ao atual governo, algo quase impossível de imaginar, visto que Alckmin e Lula foram, por muitos anos, rivais na disputa pela presidência.

Alckmin e Lula devem disputar eleição presidencial na mesma chapa. Foto: reprodução de redes sociais / Em Pauta

Junto de Geraldo Alckmin, mais de 50 deputados, tanto federais quanto estaduais, mudaram suas siglas nos primeiros vinte dias de janela partidária. Esse período, que vai dos dias 3 de março até 1º de abril, possibilita que políticos troquem suas legendas sem perder o atual mandato. De acordo com o levantamento do G1, cerca de 10% da Câmara dos Deputados se transferiu para outros partidos, que segundo o cientista político da Fundação Getúlio Vargas, Cláudio Couto, não possui relação com o fim das coligações, prática que deixa de ser permitida a partir desse ano.

Dentre os partidos que mais ganharam integrantes, está o PL, que até então não era expressivo no cenário político. A explicação para a entrada de 27 membros se dá com a filiação do presidente Jair Bolsonaro, realizada em novembro do ano passado, depois de dois anos de sua saída do PSL, sigla pela qual se elegeu em 2018. Boa parte dos deputados que se elegeram junto a Bolsonaro eram desconhecidos, mas por estarem ao lado do candidato conseguiram uma vaga na Câmara, então essa mudança já era algo esperado.

Já outros partidos perderam espaço, exemplo do PTB, que sofreu baixa de 40% em seus parlamentares. As maiores bancadas ficam entre União, que teve prejuízo considerável com a saída de 26 integrantes, PT se manteve estável e PL, que se tornou o partido com maior espaço na casa, com 63 membros.

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