A CONEXÃO FRANCESA

Por: Graça Vignolo de Siqueira

Sinopse:

“Transferido para Marselha, o magistrado Pierre Michel (Jean Dujardin) logo descobre que seu maior desafio será desmembrar uma articulada quadrilha de traficantes de heroína que domina a cidade. Acabar com a Conexão Francesa torna-se sua obsessão e Michel dedica anos de sua vida à missão, acompanhando de perto os passos de Gaëtan Zampa (Gilles Lellouche), inalcançável chefe do bando.”

O oscarizado Jean Dujardin é o juiz de menores, Pierre, que se dedica a atender jovens viciados. Tudo que ele deseja é saber o nome do fornecedor. Sua dedicação é tanta que logo o procurador do estado resolve nomeá-lo juiz responsável pela investigação do tráfico de heroína que está aumentando em Marselha.

O problema é enorme e a polícia, embora saiba quem é o chefe do tráfico, não tem como provar nada. Muito menos colocá-lo atrás das grades.

Tanny Zampa atua como um verdadeiro mafioso e sua turma é implacável, tortura e mata quem não colabora. E está traficando a droga, em grande quantidade, para os EUA. Logo os agentes do DEA (órgão de combate às drogas) se juntam a Pierre na caçada aos responsáveis por isso.

Bem, A Conexão Francesa é baseado em fatos reais que ocorreram na década de 70, na França. O mesmo tema pode ser visto em Operação França, de William Friedkin, com Gene Hackman e Roy Scheider, sucesso em 1971. O filme, na época, ganhou inúmeros prêmios.

Eu, particularmente, admiro a seriedade dos filmes europeus. Embora tenham ação e perseguição, não se equiparam aos filmes americanos, com efeitos especiais que fazem mais sucesso do que a trama em si.

Inclusive, a trilha sonora é bem mais contida, o que torna o filme mais sério. Com certeza não decepcionou a plateia que foi prestigiar a sessão, no Cineflix do Shopping Pelotas.

Desde o início já sabemos quem é quem e mesmo assim torcemos para que o juiz e sua equipe tenham êxito. É bem possível que você, ao assistir A Conexão Francesa, lembre-se de juiz brasileiro que está incansável na caça contra corruptos. A comparação é imediata.

Tudo que Pierre precisa é pegar os traficantes e descobrir o endereço do laboratório onde a droga é refinada. Mas parece até que alguém está trabalhando no paralelo, pois ele nunca tem êxito.

Recomendo para quem gosta de filme sério, baseado em fatos reais e com uma ótima reconstituição de época, inclusive com imagens de telejornais que retratam aquele período.

Nota 9.

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