O Programa Escolas Interculturais na Fronteira: Língua, Interculturalidade e formação continuada na Fronteira da Paz, da Câmara de Extensão (CaExt) do Centro de Letras e Comunicação (CLC), publicou neste mês de junho dois trabalhos extensionistas, referentes às ações desenvolvidas nas áreas de educação intercultural em zonas de fronteira e de formação continuada de docentes das escolas das redes públicas municipal e estadual de ensino. O projeto resulta de parceria interinstitucional entre a UFPel/CLC/CaExt e as Redes Básicas de Ensino de Santana do Livramento e Rivera, representadas pela Secretaria Municipal de Educação e 19ª CRE, de Santana do Livramento, e Escuela 5 Gabriela Mistral, de Rivera.
Segundo o coordenador do projeto, professor Paulo Borges, os trabalhos demonstram o quanto a extensão é um espaço importante para publicação científica. O primeiro trabalho, intitulado Escolas de fronteira: educação integral e currículo fronteiriço intercultural, de autoria dos coordenadores do projeto, Borges e Ana Lourdes Fernández, foi publicado na Revista Expressa Extensão da PREC/UFPel, v. 24, n. 1, 2019 – “Educação, Sociedade e Cultura”. Trata das ações extensionistas desenvolvidas nas escolas públicas do Brasil e do Uruguai com a participação de professores, alunos e comunidade e objetiva aprimorar as relações institucionais e as atividades educacionais desenvolvidas naquela zona de fronteira. Foram doze projetos de extensão relacionados ao Programa Escolas Interculturais de Fronteira (MEC/SEB) que abordaram os seguintes temas: formação continuada, língua, cultura, história, interculturalidade, vigem intercultural, diversidade cultural, metodologia de ensino e projetos de pesquisa. O artigo está disponível aqui.
O segundo trabalho, intitulado Uma proposta intercultural para a integração binacional na ‘Fronteira da Paz’ Santana do Livramento-Rivera, de autoria de Borges, Fernández e Pierre Moreira dos Santos, foi publicado no Livro Digital Fronteiras, organizado pela PREC. O texto apresenta um conjunto de observações realizadas a partir das experiências compartilhadas nas escolas parceiras e do contato com os falantes fronteiriços de diferentes segmentos sociais, faixas etárias e atividades profissionais. Além disso, traz uma análise sobre os diferentes projetos desenvolvidos no período de 2012 a 2017, abordando aspectos que tratam da fronteira como espaço econômico-cultural, diversidade linguística na fronteira da paz, o Programa Escolas Interculturais de Fronteira como espaço intercultural, integração binacional: o que e como fazer?, manifestações culturais e educacionais dos fronteiriços, sejam eles professores, estudantes ou pessoas que desenvolvem atividades cotidianas nas comunidades de Santana do Livramento e Rivera. O trabalho está disponível aqui.
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