Poesia de Lobo da Costa em foco

– Reportagem de Patrícia Tanaka –

Houve música, dança e gastronomia no I Sarau Dedo de Moça –

Foto Patrícia Tanaka

Luiza fez uma performance de dança do ventre

O atelier gastronômico Dedo de Moça organizou o seu primeiro sarau que aconteceu no dia 21 de maio. A ideia de Izabel Brum, proprietária do bistrô e criadora do evento, era de reunir várias expressões artísticas em seu espaço. Os artistas podiam se inscrever gratuitamente para fazer as suas performances. O tema principal foi o poeta e jornalista pelotense Lobo Da Costa.
Poesias de vários poetas foram distribuídas e lidas em voz alta. Um varal de poesias de Lobo da Costa foi montado para inspirar as pessoas. Aline distribuiu poesias, e fez a leitura oral para os presentes.

Após a leitura dos poemas, as pessoas se dirigiram para dentro do bistrô para degustar as delícias  vendidas. No cardápio opções invernais, como sopa, chás e brownies de chocolate.

 

 

Um varal de poesias e performances homenagearam o poeta pelotense

Um varal de poesias e apresentações homenagearam o poeta pelotense – Fotos de Patrícia Tanaka

Quem foi Lobo da Costa?

Francisco Lobo da Costa – (Pelotas 1853-1888), que dá nome a uma das principais ruas do bairro Centro de Pelotas, foi um poeta, jornalista e teatrólogo brasileiro. É um dos autores mais expressivos do movimento romântico na literatura gaúcha.
A obra poética de Lobo da Costa foi publicada em jornais, em especial Eco do Sul, Diário de Pelotas e Progresso Literário. Alguns de seus poemas mais conhecidos são: “Isabel”, “Fragmento”, “Sombras e Sonhos”, “Amor”, “Melodias”, “Aquele Ranchinho”, “Os Romeiros da Morte” e “Adeus”.

No sarau, houve uma performance com a apresentação da poesia “A última confissão de Eugenia Câmara”.

A última confissão de Eugenia Câmara

O padre era um tipo venerado,
Mais pálido que o mármore de Carrara;
Tinha os olhos no chão – O seio arfando.

Deserto estava o templo, porém quando
A voz do sacerdote se escutara,
Abriu-se a porta da secreta ara
E um arcanjo de luz passou chorando.

– Crê em Deus, minha filha? – Eu o idolatro.
– De que se acusa, que pecado há feito?
– Meu padre, perdoai-me, eu tenho quatro.

– Credo em cruz! – brada o velho, a mão no peito.
– Amo a glória, o prazer, amo ao teatro,
E Castro Alves morreu por meu respeito.

Serviço:  O atelier gastronômico Dedo de Moça fica na Rua Gonçalves Chaves, n: 3285a, funciona de segunda a sábado das 11:30 às 18:30.

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Orquestra prima pelo repertório

– Reportagem de Rafael Duval Pinto –

Grupo de Teutônia fez apresentação dia 7 de maio no aniversário da APUFPel –

 A Associação dos Aposentados e Pensionistas da Associação dos Aposentados e Pensionistas da UFPel (APUFpel) comemorou o seu aniversário de 21 anos no dia 7 de maio. O evento foi realizado no Clube Diamantinos. Centenas de pessoas, entre elas, associados, familiares e não sócios prestigiaram a celebração, que teve como principal atração a Orquestra de Teutônia, lotando as dependências do local. Nesta noite, programada para grandes emoções, também foram vistas as coreografias do grupo de dança da APUFpel, entre outras apresentações. Após o jantar, iniciou o show mais esperado da noite, sob o comando do maestro Astor Jair Dalferth. Os músicos começaram cantando o “Parabéns para Você”, com a participação do público, que continuou a vibrar com o repertório diversificado.

Sob o comando do maestro Astor Jair Dalferth a Orquestra inclui no seu repertório música popular, jazz, rock e pop rock.

Sob comando do maestro Astor Jair Dalferth, Orquestra tem no repertório música popular, jazz, rock e pop rock

 A Orquestra de Teutônia, como o nome diz, nasceu como uma conjunto municipal, que remete a denominação da cidade natal. Criada em 1983, logo após a emancipação político-administrativa de Teutônia, contou inicialmente com 13 músicos, que se encontravam semanalmente, sob a coordenação do professor Airton Grave. Tinha como função principal levar a música instrumental para festas comunitárias e outros eventos socioculturais.

 O maestro Astor Jair Dalferth é músico, compositor e arranjador. Possui graduação em Música pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). Rege a orquestra desde 1989. A ideia de formar o grupo nasceu através de um sonho pessoal, compartilhado por todos os integrantes. Sendo uma pessoa motivadora, disciplinada e inovadora, o maestro foi um dos responsáveis diretos pela introdução de coreografias nas orquestras onde trabalha, pois, segundo sua visão, “a música popular é movimento, é fazer música para todos os sentidos do ser humano”.

Na sua primeira formação, em 1983, a Orquestra contava com somente 13 integrantes

Na sua primeira formação, a Orquestra contava com somente 13 integrantes

Inspirada nas grandes orquestras de Glenn Miller, Ray Conniff, James Last e Perez Prado, tem um grande diferencial: o balanço brasileiro que proporciona um espetáculo diferenciado, moderno e inovador. Com uma apresentação que dura aproximadamente 90 minutos, inclui no seu repertório música popular, jazz, rock e pop rock. Com o passar dos anos esse destaque fez com que a orquestra deixasse um pouco sua cidade para tocar em outras partes do Estado, do País e do mundo.

 Atualmente, o conjunto conta com 24 músicos, todos profissionais, mais da metade com formação universitária em Música. O grupo é distribuído em naipes (saxofone, trompetes, trombones, teclados, guitarra, baixo elétrico, bateria, percussão e vocais).   A idade dos integrantes está entre 24 a 58 anos. A Orquestra de Teutônia é conhecida no sul do Brasil pelo seu repertório sempre atualizado, pela vibração, energia e balanço impostos pelos instrumentistas, que fazem o público vibrar, dançar e se emocionar. Segundo o maestro, quando surge uma vaga, é feito um processo seletivo, no qual há treinamentos que duram três meses, compostos de ensaios intensos, para depois ser feita uma avaliação para saber se a pessoa está apta para entrar na Orquestra.

 Devido a toda sua versatilidade, a Orquestra foi premiada em várias ocasiões, sendo os dois prêmios mais importantes, os conquistados na Europa, em 1997 e 2000, no festival internacional da cidade alemã de Grimma. Foi destacada em 1997 na categoria Orquestras de Sopro, concorrendo com mais de 25 grupos europeus. A sua participação ocorreu graças à parceria com o MINC (Ministério da Cultura), que concedeu 12 passagens aéreas. Em 2000, participou do 4º Festival Internacional de Música de Grimma, na categoria Orquestras Estrangeiras, quando mais uma vez conquistou o primeiro lugar, concorrendo com orquestras do Japão, Iugoslávia, Hungria, Polônia, Holanda, Chechênia e República Tcheca. Novamente a Orquestra contou com o apoio do MINC, que concedeu 14 passagens aéreas.

 No final do baile, a Orquestra foi muita ovacionada pela plateia, que pediu bis. Ao encerrar, o maestro em nome da orquestra agradeceu o convite e prometeu vir mais vezes à nossa cidade. Após a apresentação, a festa ficou por conta do DJ Vinícius Marques que animou o público por mais algumas horas. Para contratar a orquestra os interessados devem manter contato pelo site da orquestra , ou pelos telefones (51) 3762.1045  e (51) 9995.2314.

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Luar agitou o feriado

– Reportagem de Luis Otavio Schebek  e Gislene Farion – 

Evento ocupou quadra da rua Três de Maio, em frente à Praça Conselheiro Maciel –

O público prestigiou o evento na Praça

Cerca de três mil pessoas compareceram no evento, que começou às 13h e terminou às 22h

Já se tornaram comuns em Pelotas promoções reunindo muita gente na rua. Pelo menos uma vez por mês alguém se propõe a lotar alguma localidade da cidade com atrações culturais, e desta vez não foi diferente.

No feriado do dia 26 de Maio, o Luar de Baker Street ocupou uma quadra da rua Três de Maio, em frente à Praça Conselheiro Maciel, onde fica o campus do Direito da Universidade Federal de Pelotas. O evento foi realizado em conjunto por dois bares locais, o Bar da Lua e o Sherlock PUB, contando com a presença de diversos expositores, como lojas de roupas, artesanato, barbearia e tatuadores, sem contar com o som garantido por DJs como DJ Magreen e Marcelo Souza (Rocka Rolla), fechando com o som da banda The Woods.

Os organizadores contam que a ideia surgiu após os dois bares realizarem eventos de rua próprios, sendo que o St Patricks é realizado pelo Sherlock PUB e o PRA RUA, pelo Bar da Lua. Ao notarem que tinham um público em comum, os bares resolveram organizar em conjunto o Luar. A ideia foi, além de ocupar a Três de Maio, utilizar o espaço da Praça Conselheiro Maciel, para que as pessoas usufruíssem do ambiente agradável daquele espaço público. E assim foi colocada a tenda para a programação musical no centro e as outras atrações em seu entorno. As bancas que serviam os alimentos e os chopes ficaram na rua, precavendo-se para não poluir o local.

A estimativa de público girou em torno de três mil pessoas durante todo o evento, que começou às 13h e terminou as 22h. A receptividade foi muito positiva, com as diferentes atrações e a variedade de chopes artesanais com preços que agradavam a todos os bolsos. Isso foi somado ao clima de descontração e ao frio ameno.

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Mostra revisita obra de Gotuzzo

– Reportagem de Carina dos Reis e Lucas Pereira –

Museu de Artes  comemora 30 anos em grande estilo com exposições e encontros –

Abriram no dia 18 de maio as comemorações do trigésimo aniversário do Museu de Artes Leopoldo Gotuzzo (MALG),  vinculado à Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Nas comemorações, serão realizados ciclos de palestras e exposições referentes à vida e obra do pintor homônimo.

Segundo Juliana Angeli, diretora do Museu, festejar o aniversário com esta programação, é celebrar a arte. “Nós planejamos marcar a data do aniversário de uma forma, e comemoramos de uma maneira totalmente diferente”.

Quebra-cabeças homenageIa a obra do artista pelotense

Quebra-cabeças homenageIa a obra do artista pelotense

A data de aniversário ocorre só em novembro, porém Juliana explica que foi montada uma logística enorme pra lembrar em longo prazo um dos mais importantes museus de Pelotas. “Nós montamos além das exposições aqui no Museu, um ciclo de palestras que ocorreram no início de maio durante todo o sábado. As palestras aconteceram de forma gratuita, no salão de atos do Centro de Artes, e propiciaram certificados aos ouvintes”.

O museu faz exposições frequentes

Segundo a diretora do museu, não é somente durante aniversário que as exposições tomam conta da galeria “Nós, além de ganharmos destaque durante o aniversário do MALG, promovemos exposições especiais em vários momentos, como a Primavera dos Museus, a Semana dos Museus e a Semana do Patrimônio. Fizemos diversos eventos no ano todo, juntamente com os cursos de Artes Visuais, de Museologia e a Sociedade de Amigos do Museu (SAMALG)”.

Exposição

As programações em comemoração aos 30 anos do MALG trouxeram 17 artistas de diversas partes do País para fazerem releituras ou obras relacionadas à obra de Leopoldo Gotuzzo. Questionada sobre como foi feita a seleção desses artistas, Juliana explica que todos eles, independentemente da localidade, têm laços com Gotuzzo. “Nós escolhemos a dedo os artistas, pois todos eles deveriam estar ligados ao Museu. Alguns eram alunos da UFPel, outros são influenciados pela obra de Gotuzzo, pintaram ou deram ideias para os quadros dele”

O acervo de “Gotuzzos” é enorme, tanto que não deu para expor em um único momento. “Temos diversas obras de Gotuzzo aqui dentro, em breve renovaremos o acervo do museu”, explicou Juliana. Dentre as obras, destacam-se as clássicas do artista, e também as releituras, como o quebra-cabeças que faz o visitante repensar as obras do pintor. Para quem quer visitar Gotuzzo, o MALG fica aberto de segunda a sábado das 10h às 20h, e no domingo das 13h às 18h. O espaço fica na rua General Osório, número 725, bairro Centro de Pelotas.

Veja o vídeo produzido pelo Programa Galeria.

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Rio Grande tem novo espaço cultural

– Reportagem de Etienne de Castro Farias –

A cantora Luciana Lima criou um local para artistas debaterem e trocarem ideias –

A cidade do Rio Grande tem atualmente 200 mil habitantes e é considerada o berço de muitos artistas independentes. No entanto, há alguns anos não havia manifestação cultural por parte daqueles que têm o papel de fazer a arte ser sentida, respirada e vivida em uma cidade.

Em fevereiro de 2015, a cantora e compositora Luciana Lima alugou uma casa para que que os artistas locais tivessem um espaço para debater e trocar ideias sobre a cultura em geral. Por estar inserida na parte da música, houve uma dificuldade inicial de reunir os artistas das mais diversas áreas. Foi então que nasceu o projeto Arte na Praça, evento que ocorre aos finais de semana, com data previamente marcada, e é aberto para todo e qualquer artista que queira expor o seu trabalho. Além de abrir horizontes para os talentos locais, o evento cumpre o seu objetivo ao se tornar um evento público e com autonomia total, no qual a troca de conhecimentos é o grande filão.

 

Wesley Conrado e Luciana Lima coordenam o projeto cultural

Wesley Conrado e Luciana Lima coordenam o projeto voltado às artes e atividades culturais

Foi realizando estes eventos que Luciana conheceu e se aproximou de outros artistas rio-grandinos, isto era o que ela precisava para idealizar o projeto Clube do Autoconhecimento, na Casa das Primaveras – como é carinhosamente chamada pelos frequentadores.Foram nestes eventos que Luciana ganhou um grande parceiro para tirar a ideia da cabeça e colocá-los na prática, Wesley Conrado. Os dois já se conheciam e tinham pensamentos muito parecidos, o que facilitou o convívio e a execução do projeto.

O Clube do Autoconhecimento  

Segundo a responsável pelo Clube, ele nasceu através das inquietações pessoais sobre como melhorar o mundo, no entanto, foi percebido que o necessário era fazer uma mudança interna, mas como realizar essa mudança de hábitos tão enraizados? Nada melhor do que ter como base para se autoconhecer a arte e a cultura e buscar outras pessoas que também estejam atrás desta mudança.

O Clube conta atualmente com 25 associados, que pagam um valor único de R$ 50,00 e têm desconto nas oficinas e acesso à biblioteca da Casa das Primaveras. Entre os cursos e palestras disponibilizados por diversos artistas, mediante fechamento de turma, estão: compostagem, vegetarianismo – pela saúde, pelos animais e pelo planeta; gastronomia vegetariana, canto terapia, improviso teatral, desenvolvimento do senso corporal, desenvolvendo seu potencial – clownesco (linguagem dos palhaços), desmascarando EU – Duke de Orleans (oficina de confecção de máscaras de cerâmica), criação de poesia, meditação sonora, street art, yoga, estudos budistas, confecção de mandalas, filtro dos sonhos e olho da deusa.

A joia do Clube é uma semente de dente de leão, planta que tem as suas sementes espalhadas com o vento, e a ideia é exatamente essa. “Tu vens, participas da oficina e podes levar isso para a tua casa, para os teus amigos, tu te transformas em uma semente de dente de leão e tu vais espalhar essas ideias por onde tu andares também. Se tu fores um solo fértil, tu vais gerar mais sementes”, explica Luciana. A casa fica aberta das 10h às 21h e qualquer pessoa, de qualquer idade, pode associar-se.

O projeto do Clube do Autoconhecimento foi encaminhado à Secretaria Municipal de Educação, com o objetivo de levar esta experiência aos professores da rede pública e disseminá-la entre os estudantes. No entanto, houve uma troca de comando do órgão municipal, o que dificultou o andamento do projeto, portanto, até o fechamento da matéria, o grupo não tinha uma resposta sobre a proposta.

Além disso, o projeto também foi encaminhado à Secretaria de Cidadania e Assistência Social. A ideia segundo Wesley, é de que o clube funcione de forma itinerante dentro dos cinco Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), de Rio Grande, e da ala feminina da Penitenciária Estadual do Rio Grande (PERG). “O Clube não é necessariamente a casa, e sim a ideia em si, ele pode ir pra qualquer lugar, ele pode ir pra onde a pessoa que tem o conhecimento quiser levar”, afirmou Conrado.

Quem quiser conhecer um pouco mais sobre o clube pode visitá-lo em Rio Grande, na Rua Andradas, 395, ou ainda pode visitar a fanpage no Facebook.

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Fenadoce celebra 30 anos

– Reportagem de Michel Corvello Martins – 

O evento  recebe em Pelotas centenas de milhares de pessoas de várias regiões –

 

Foram recebidas 295 mil pessoas em 19 dias de evento no ano passado Foto: Marcel Ávila/Prefeitura de Pelotas

 Foram recebidas 295 mil pessoas em 19 dias de evento no ano passado                                                      Foto: Marcel Ávila/Prefeitura de Pelotas

 

Até o dia 12 de junho acontece a Feira Nacional do Doce, a Fenadoce, que teve início no dia 25 de maio em Pelotas. O evento simboliza um momento muito importante na região. Além disso, esta edição é especial, pois o evento completa três décadas de existência.

 A Fenadoce recebe centenas de milhares de pessoas anualmente. No último ano, foram recebidas 295 mil pessoas em 19 dias de evento. Também foram comercializados 2,3 milhões de doces, agregando valores significativos à economia e o turismo da cidade.

Segundo pesquisa exibida na feira em 2015 pelo curso de Turismo da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), 60% do público visitante é pelotense e 40% são turistas vindos de outras cidades do Rio Grande do Sul e fora dele. A pesquisa mostrou também que 95% dos turistas pretendiam voltar para o evento em 2016.

Neste ano, o ingresso custa oito reais e o estacionamento dez, ambos de segunda à sexta-feira. Aos sábados, domingos e feriados o ingresso é dez reais e o estacionamento 13. A feira abre das 14h às 23h, de segunda a sexta, e das 10h às 23h, nos demais dias, incluindo feriados. O preço do doce é 3,25 reais. O controle de autenticidade é feito pelo selo concebido pela Associação dos Produtores de Doces de Pelotas, ou seja, os doces possuem procedência garantida, além de serem populares pelos seus sabores adoráveis.

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O sentido dos cursos de cinema

– Reportagem de Calvin Cousin e Gabriela Schander – 

Uma conversa sobre a produção técnica e cultural nas formações em audiovisual –

 

A Universidade Federal de Pelotas (UFpel) tem a distinção de ser a única universidade federal no Rio Grande do Sul com um curso em Cinema e Audiovisual e uma das únicas no País com o curso de Cinema de Animação. A primeira experiência da instituição com um bacharelado voltado para a sétima arte se deu em 2007, com a fundação do curso de Cinema e Animação, que posteriormente foi dividido em graduações distintas, conforme relata a coordenadora dos cursos, a professora Carla Schneider: “Descobriu-se que o perfil do aluno que quer fazer cinema live-action, com atores, é muito diferente do de quem quer fazer cinema de animação. Então, o curso de Cinema e Animação foi extinto e, em 2010, abrimos Cinema de Animação e, no ano seguinte, Cinema e Audiovisual. São formações muito específicas”.

Carla Schneider: coordenadora dos cursos de cinema da UFPel

Dialogando constantemente com o corpo estudantil, os responsáveis pelo funcionamento dos cursos buscam atualizar aspectos do currículo a cada dois ou três anos, assim como ressaltar a necessidade e importância de um maquinário de boa qualidade para a formação dos alunos. “No momento que dá um problema aqui, tudo para de funcionar, pois sem equipamento não tem como ensinar”, descreve Carla. Para tanto, uma disciplina de Operação de Equipamentos Audiovisuais é obrigatória para os alunos do primeiro semestre de Audiovisual, com o intuito de preservar e orientar o uso do material disponível. A disciplina faz parte da proposta pedagógica de horizontalidade que os cursos propõem.

A horizontalidade integra disciplinas que apresentam alguma relação em cada semestre com o intuito de conseguir dos alunos um produto cinematográfico coeso e bem elaborado. No curso de Cinema e Audiovisual, os estudantes produzem, em média, um material por semestre, inclusive no primeiro, algo que não acontece em Animação. Através de relatos das turmas, professores do curso perceberam que pedir um trabalho de maior duração para ingressantes seria algo além da conta, então o que é solicitado é um pencil test, mais curto, que costuma durar trinta segundos.

Para obter a graduação em Audiovisual na UFPel, os alunos necessitam um produto final, que corresponde ao trabalho de conclusão de curso. A graduanda Júlia de Moura, matriculada no sétimo semestre, contou um pouco sobre sua produção: o longa-metragem “Despedida”.

O primeiro longa produzido por uma equipe de alunos da universidade promete mostrar o lado sensível, poético e subjetivo das relações humanas. O enredo envolve Sofia, uma mulher que retorna à casa distante que morou durante sua infância depois da morte do pai. Por meio desse retorno, a personagem entra em conflitos internos e, então, acontece uma simbiose simbólica entre a Sofia adulta e a criança. O filme é sobre as várias despedidas que as pessoas vivenciam interiormente e as inúmeras questões que cercam nossa existência e que podem ser reveladas por meio da interferência do ambiente em que nos encontramos. Com roteiro e direção de Júlia de Moura, direção de fotografia de Juliana Pancinha, direção de produção de Mateus Armas e direção de som de Gabriel Blaas, o longa atualmente se encontra em fase de pré-produção e tem previsão de lançamento para setembro desse ano.

Sobre a produção de um filme na universidade, Júlia contou que as adversidades enfrentadas em uma produção feita por estudantes, muitas vezes, tangem problemas financeiros. A casa encontrada para locação de filmagem é em Santa Maria, e isso “já demanda gastos com deslocamento, alimentação, etc. Além disso, mobiliar uma casa vazia conforme o roteiro é bem difícil, levando em consideração o baixo orçamento, já que não existe nenhum apoio financeiro da universidade”, afirma a estudante.

Essas questões, porém, foram sendo conversadas ao longo da fase de pré-produção e resolvidas conforme as demandas. Nessa fase também aconteceram as decisões prévias de direção e direção de arte e fotografia, além de decupagens e escolha de elenco. Júlia afirma que esse “é um período bem extenso, de escolhas e de conseguir tudo que de fato vai precisar durante a produção. É bastante chato, mas é quando colocamos a mão-na-massa para conseguir todo o material necessário para produzir o filme”.

Cena do filme "Despedida": lançamento previsto para setembro

Cena do filme “Despedida”: lançamento previsto para setembro

Já na fase de produção, quando o produto foi gravado, as decupagens já estavam prontas com todos os planos e os cronogramas estabelecidos. Nessa fase, a ideia de fazer um curta-metragem se transformou na preparação de um longa, para que a história não fosse cortada e ficasse com lacunas. A última parte, mais longa e trabalhosa, foi a da pós-produção, período de montagem, correção de cor e efeitos especiais.

Quando questionada sobre a visibilidade que os curtas e longas produzidos pelos alunos da universidade têm, Júlia é categórica: “poderia ser melhor”. Ela menciona a Lei do Curta, estabelecida pela Lei Federal 6.281 de dezembro de 1975, que estabelece a obrigatoriedade de exibição de um curta-metragem nacional antes de qualquer longa-metragem estrangeiro. A lei, contudo, não é cumprida, o que torna a produção universitária mais desvalorizada, visto que a produção desse tipo de material tem vida curta e são difíceis de distribuir em território nacional.

Apesar das dificuldades, na UFPel existe o projeto do Cine UFPel, um espaço conquistado pelos cursos. A proposta do projeto é a de trazer filmes sensíveis e humanos, de preferência nacionais e com apresentação de curtas antes de sua exibição.

A coordenadora Carla aponta uma série de dificuldades para a manutenção dos cursos, eis que, tendo em vista o contexto econômico e político do país, esses estão recebendo uma cota de 25% do valor recebido em 2015. Todos os recursos recebidos, sejam para eventos ou para compra de material, se dão através dos editais que a universidade propõe e isso acarreta na impossibilidade de abrir um acervo, como uma videoteca, para que as pessoas tenham acesso a toda a produção cinematográfica da instituição. Ainda assim, Carla conta que o material encontra outros meios de chegar ao público: “O que se consegue agora é disponibilizar num portfólio online, mesmo que os materiais disponíveis não sejam os mais recentes, pois os alunos geralmente assinam um termo de direitos que resguarda um ano de ineditismo do trabalho feito. Nesse período, eles optam por circular pelos festivais.”

Apesar das dificuldades, a professora acredita que os cursos já causam impacto na região, com a inclusão de alunos trabalhando com o audiovisual nas campanhas políticas, por exemplo. Ela salienta o papel da universidade no ato de fazer cinema e o papel do cinema no cotidiano: “Estamos em uma época muito audiovisual, de muita produção. Fazer cinema é transformar pensamento em imagem. Temos a função de fazer as pessoas verem a profundidade que um filme pode ter, além do entretenimento: a possibilidade de tocar o público com a questão que apresenta. É uma experiência bem forte se quisermos levar a sério”.

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Rosa Elaine Gonçalves

O skate como saída do consumo de drogas ilícitas

skate

Os próprios skatistas trabalharam nas obras de restauração da pista no Parque Marinha

Reportagem de Débora Klein

O esporte como fuga do uso de drogas pesadas é o que promove o movimento “Skate pra Frente, Vida sem Crack”. Desde 2010 o projeto, nascido no bairro Parque Marinha em Rio Grande, mostra caminhos de manobrar o consumo de drogas ilícitas através da prática de atividade física aos jovens rio-grandinos. Ainda que malvisto por parte da sociedade, o skate é hoje o segundo esporte que mais ganha adeptos no Brasil.

Tudo começou quando Luís Duarte Lobo, mais conhecido como Guga, retornou para o Parque Marinha junto com a sua família. Guga conta que era morador do bairro e realizava alguns eventos culturais e atividades esportivas aos moradores até 2008, mas, por dois anos, esteve fora da localidade. Ao retornar para o local, ele e sua mulher, Aline Lobo, encontraram a praça abandonada. “O pessoal parou de praticar e estava usando como ponto para consumo de drogas pesadas”, conta Luís. Foi aí que o casal resolveu mudar a característica do espaço novamente. “Demos um viés mais preventivo em relação ao consumo de drogas e começamos a luta pela reforma da pista”.

E foram os próprios skatistas que restauraram a pista. Após problemas com a empresa responsável pela construção, Guga e outros atletas assumiram a responsabilidade e criaram o espaço que hoje recebe jovens de diversos bairros da cidade. Seja com reuniões na pista, seja na casa de Luís: o movimento tenta, a cada dia, aproximar mais os jovens do esporte e afastar das drogas. “Não adianta a gente querer se iludir que vai tirar um cara que está há 40 anos nesse caminho, tu tens que prevenir quem está querendo entrar, tu tens que mostrar para esse cara que tem que ser consciente do que está fazendo, do que está usando”, afirma.

Skatista há 20 anos, Lobo conta que já conheceu muitas histórias, positivas e negativas. “É uma via de mão dupla, a gente vê tanto jovens saindo quanto entrando e tentamos dialogar, mostrar as consequências do consumo”. Através de uma conversa aberta, consciente e por meio do livre arbítrio, o movimento debate sobre as ações negativas e proativas, tanto para eles mesmos quanto para terceiros.  “Com a velocidade de raciocínio que os nossos jovens têm, não adianta dizer para eles que isso está errado, tem que mostrar por que está mal”, afirma.

Com a força de vontade e amor pelo esporte, o movimento também ajudou a impulsionar a visibilidade da prática na cidade. Em agosto de 2015, a pista de skate do Parte Marinha foi espaço para um dos maiores campeonatos de skate: a segunda etapa prata do Circuito Gaúcho de Skate, que reuniu atletas de diversas regiões. E tem mais: o primeiro colocado na categoria Amador é William Ribeiro, uma das revelações do skate rio-grandino.

Agora, além de continuar a auxiliar os jovens rio-grandinos, o movimento quer fazer com que os atletas sejam reconhecidos na cidade. “A cada esquina tem um cara andando de skate e a gente tenta fomentar a situação, dar uma característica mais séria para o pessoal parar de achar que é um bando de maloqueiro”, comenta Luís. Entre os planos está a realização de eventos na cidade, que necessitam de algumas mudanças para acontecer como, por exemplo, a construção de pistas no Balneário Cassino e na Perimetral – promessas que a muito não saem do papel – além de estrutura profissional e financeira.

De acordo com Luís é preciso profissionalismo básico para haver capacidade de Rio Grande sediar bons eventos e movimentar a comunidade em prol do esporte. “Muitos não sabem, mas o skate rio-grandino é conhecido no Estado inteiro, em qualquer cidade que tu chegas e fala que do município, o pessoal respeita muito, por que a cena sempre foi forte”, finaliza.

No vídeo Pista de Skate no Parque Marinha, os atletas falam da sua experiência e amor pelo esporte.

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Guido CNR completa 15 anos de carreira

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Leandro Fagundes expressa em suas músicas a realidade social

Reportagem de Camila Porto e Rayssa Natale – 

Leandro Fagundes, mais conhecido como Guido CNR, é um cantor de rap conhecido por suas melodias pesadas, que objetivam retratar a realidade e sentimentos. O cantor já passou por muitas coisas nesses 15 anos de carreira. Carregando o peso do preconceito, Guido conquistou uma legião de fãs e ganhou o mundo. Vencendo inúmeras dificuldades, o cantor hoje vive da música e está entre os 10 mais populares de Pelotas.

O cantor aceitou o convite da equipe de reportagem e nos deu uma entrevista exclusiva!

Arte no Sul: Na tua visão, o rap tem ganhado espaço?

Guido CNR: O rap está crescendo, ganhando espaço, deixou de ser considerado música de favelado, apesar de ter sua origem na periferia. Hoje em dia todo mundo escuta rap e consegue tirar sua própria lição.

AS: Como você enxerga o campo da música? Há boas oportunidades ou é difícil se manter no meio?

Guido CNR: A música sempre foi um meio difícil. Não é fácil viver da música, ganhar respeito. As oportunidades são poucas.

AS: Discute-se muito a questão racial. Você acha que isso influenciou no seu trabalho? Se sim, se forma positiva ou negativa?

Guido CNR: Claro que influenciou, ouvi muito’ não’ por ser negro. Muita gente virou a cara para o meu trabalho pela minha cor, não deu a oportunidade de eu mostrar meu talento.

AS: Que mensagem você tenta passar com a sua música?

Guido CNR: Minha música é a realidade. Todo tipo de realidade. Mas meu foco maior é a realidade do negro e pobre e o amor.

AS: Pelo que vemos, tens fãs muito fiéis. Como você se sente sabendo que teu trabalho influencia outras pessoas?

Guido CNR: Meus fãs são a razão de tudo. Saber que meu trabalho mudou-os é saber que tudo está valendo a pena!

AS: Você tem algum recado que queira deixar pros leitores?

Guido CNR: Meu recado é que as pessoas precisam abrir o coração pra música, deixar ela entrar e te tocar. Isso é o que faz uma música valer a pena. Queria agradecer o carinho de todos e a atenção que tenho recebido, os elogios e aquele incentivo. Todos sabem como vivi o que passei e mesmo assim dei a volta por cima e é esse incentivo de vocês que me faz acreditar que hoje estou no caminho certo, obrigado de coração.

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ONG Anjos e Querubins luta por cultura e educação

Reportagem de William  Machado –

Aqueles que fazem a diferença e enfrentam qualquer barreira estão cada vez mais presentes em nossa sociedade. Um exemplo disto é o caso da Organização Não-Governamental Anjos e Querubins. Seu presidente, Ben Hur Flores, teve a iniciativa de implementar atividades que combatessem a discriminação com um olhar voltado para as comunidades das  periferias.

Ben Hur salienta que “a ONG virou praticamente uma prestadora de serviço, sempre a favor da educação”, ao dar auxílio gratuito para a comunidade pelotense e da região. Nos primórdios das atividades da instituição, a pretensão era apenas um grupo de teatro, porém o apelo popular e os trabalhos, que ganharam força ligados à cultura, fizeram com que uma nova proposta fosse pensada para expandir o grupo, não somente no bairro Getúlio Vargas, mas para toda a cidade e região.

Ben Hur Flores planeja fazer um musical em homenagem à cantora Clara Nunes

Ben Hur Flores planeja fazer um musical em homenagem à cantora Clara Nunes                            Foto: William Machado

 

A organização já teve atuação em diversos espaços de troca de cultura no Brasil, como, por exemplo, no caso do encontro ocorrido em julho no Rio de Janeiro com uma ideia proposta por lideranças para discutir o porquê de não existir uma integração maior e compartilhamento das dificuldades que são enfrentadas por todas as comunidades carentes deste país.

A atuação da ONG não se limita apenas à sua nova sede, na localidade do Navegantes, mas sim em outros espaços, no Bairro Areal, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Lélia Romaneli, e até mesmo em outros municípios, como na cidade de Herval, com a ideia de atingir novos públicos também em Pelotas, no Dunas e no Pestano, no CAIC.

Atualmente, na sua sede no Navegantes existe uma nova agenda de troca de experiências como intercâmbios de alunos oriundos de outros países que estão atuando junto à ONG na promoção de igualdade. Um dos instrumentos mencionados pelo presidente é a possibilidade de ser um facilitador na educação, como cita o exemplo da menina Andréia Medeiros, a qual participou desde o início das atividades e, apesar das dificuldades do trabalho de gari, está cursando a faculdade de pedagogia, servindo de inspiração para os demais participantes.

Ben Hur ainda revela intenções de, em parceria com a Orquestra Afrobeat, da própria instituição, realizar em 2016 um espetáculo de teatro musicado, contando um pouco da trajetória de uma das maiores intérpretes do samba de raiz Clara Nunes. Antes de finalizar, relata que uma das principais ideias é fazer mostras de arte, não dentro das regiões periféricas, mas sim levando suas vozes para a zona central da cidade.

Ao final, para que haja o fortalecimento das comunidades, afirma que é necessário trabalhar com o coletivo, sendo isto primordial para geração do desenvolvimento de uma nação. Quando questionado a respeito do que espera deste sistema de intercâmbios e como acharia que a mudança pudesse acontecer, responde que lutando sozinho não se conseguirá absolutamente nada, sendo o foco principal chamar cada vez mais a atenção do poder público municipal, estadual e federal.

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