Festival premia talentos gaúchos

Reportagem de Manuela Soares – 

Evento contou com artistas de Rio Grande, Canoas, Tramandaí e Porto Alegre –

Festival Mar em Canto reuniu talentos de várias cidades gaúchas

Festival Mar em Canto reuniu talentos de várias cidades gaúchas                   Fotos: Manuela Soares

No dia 24 de setembro, foi realizada a última noite de apresentações e premiação das canções que foram selecionadas para as finais da segunda edição do Festival Mar em Canto de música popular e litorânea na Sociedade Amigos do Cassino (SAC). O festival contou com a participação de artistas das cidades de Rio Grande, Canoas, Tramandaí e Porto Alegre. Teve como propósito estimular a fruição da arte pela comunidade e fomentar talentos locais e regionais.

Para concorrer às finais, foram selecionadas 10 canções: o Catador de Conchas, Rincão das Águas, Maria e o Mar, Por uma Prece, A Última Canoa, Soltando Amarras, Ondas Salgadas da Dor, Estrela do Mar, Cardume de Lixo e Espelho de Sal. Houve prêmios de primeiro, segundo e terceiro lugar e nas categorias: melhor intérprete, melhor letra, melhor arranjo e melhor instrumentista.

A comissão julgadora foi composta pelo instrumentista e produtor musical, Bruno Pires, o instrumentista que faz parte da Banda da Marinha de Rio Grande, Daniel Nascimento, e o músico, compositor e representante da Associação de Músicos de Rio Grande (ASMURG), Leandro Costa. Em meio às apresentações, eles avaliaram as canções nos quesitos Letra, Ritmo, Harmonia, Afinação, Interpretação e Identificação com a temática do Festival.

Após as apresentações das canções finalistas, os jurados se reuniram para escolher os vencedores, enquanto isso, aconteceu a apresentação da Banda Rossini e uma homenagem para a ex-secretária adjunta da Secretaria de Cultura do Rio Grande, Elisa Calveti, cujo falecimento completou um ano.

No momento da premiação, foram anunciadas as seguintes canções e participantes vencedores:

1º lugar e R$ 5 mil – Rincão das Águas (Cristofer Pereira de Pìnho);

2º lugar e R$ 3 mil – canção Ondas Salgadas da Dor (Ricardo Cordeiro/Luana Fernandes);

3º lugar e R$ 1,5 mil – A Última Canoa (Adriano Sperandir/Carlos Roberto Hahn)

Melhor instrumentista e R$ 1 mil – Ângelo Schenke;

Melhor letra e R$ 1 mil – canção Cardume de Lixo (Carlos Eichner Rodrigues);

Melhor interprete e R$ 1 mil – Bruno Acosta (Estrela do Mar);

Melhor arranjo e R$ 1 mil – canção A Última Canoa (Adriano Sperandir/Carlos Roberto Hahn).

Vencedores acompanhados pelo secretário de Cultura de Rio Grande, Ricardo Freitas.

Vencedores acompanhados pelo secretário de Cultura de Rio Grande, Ricardo Freitas

A instrumentista e participante da banda que venceu o terceiro lugar, Charlise Bandeira, comentou: “Estou extremamente feliz com esta vitória, pois sou a única mulher instrumentista que participou do festival e por ter interpretado a canção Última Canoa que foi criada por uma pessoa muito especial para mim”. Salientou que “é importante fomentar a produção de música por artistas locais e incentivar a continuidade deste tipo de festival”. Rio-grandina, que completa 15 anos de carreira, teve seu primeiro contato com a música quando começou a tocar flauta na banda do Colégio Estadual Lemos Junior, de Rio Grande.

Para o tecladista e participante do grupo que venceu o segundo lugar, Marcelo Vaz, “a música não deve ser vista como uma competição, mas como um compartilhamento de experiências com artistas de outras cidades do Estado”. E acrescenta: “Mesmo não acreditando em competições, fico muito contente por, juntamente com meus colegas de Porto Alegre, termos ganhado o segundo lugar”. Marcelo é músico há 21 anos, é graduado em Licenciatura em Música pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), pós-graduado em Metodologia do Ensino em Artes pelo Centro Universitário Internacional (UNINTER) e teve seu primeiro contato com a música na escola em São José do Norte.

ORGANIZAÇÃO

            O evento foi organizado pela Secretaria de Município da Cultura (Secult) de Rio Grande em parceria com a Sociedade Amigos do Cassino (SAC) e a empresa Yara Brasil.

Para o secretário da Cultura de Rio Grande, Ricardo Freitas, “mesmo com problemas de baixa adesão do público e de datas, este trabalho teve o intuito de consolidar o festival no município, pois agrega uma ampla diversidade de gêneros musicais, mostra a relevância da valorização dos artistas locais e incentiva a composição autoral”.

De acordo com a coordenadora de produção da Yara Brasil, Verônica Borges, “para a empresa, é de suma importância estar compartilhando este momento com a Secretaria, no qual prestigia-se grandes apresentações e o enriquecimento da cultura no município”.

RECEPTIVIDADE

Na plateia, a auxiliar de faturamento, Miriam Schroeder, ressaltou: “Gostei muito das apresentações musicais. Acredito que este tipo de manifestação cultural deveria existir também nas escolas da rede, para que desde a infância as crianças aprendam a valorizar a cultura”. No entanto, observou que “o único problema do evento foi a falta de divulgação, o que fez com que este fosse prestigiado por poucas pessoas”.

O eletricista Rubilar de Gouveia comentou: “O evento atingiu minhas expectativas, pois aprecio muito a música tradicionalista e várias canções que passaram para final são de músicos que cantam este gênero musical”.

EDIÇÃO ANTERIOR

A primeira edição do Festival Mar em Canto aconteceu em outubro de 2015, integrada a programação da 16ª Festa do Mar. As apresentações do Festival ocorreram no palco da Corsan e no mesmo formato deste ano, com três noites de apresentações e premiações para o primeiro, segundo e terceiro lugares, para as categorias melhor intérprete, melhor letra, melhor arranjo e melhor instrumentista. A cobertura do evento na edição do ano passado pode ser conferida no site da Secretaria de Município da Cultura de Rio Grande.

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