Crítica de série: Dear White People

 

 

 

A atriz Logan Browning é Sam White, em Dear White People (Imagem: Adam Rose/Netflix/Divulgação)

 Calvin Cousin

            Tendo conhecimento dos casos de racismo na academia e no jornalismo que permeiam o cotidiano, é necessário encontrar veículos de comunicação contra-hegemônica que abordem causas sociais e lutem pela inserção de minorias em espaços que, muitas vezes, lhes são negados. Sob essa ótica, a série Dear White People (“Cara Gente Branca”, criada por Justin Simien e baseada em um filme do mesmo nome) apresenta os conflitos raciais existentes em uma renomada – e fictícia – universidade estadunidense, com diversos narradores.

            O “Dear White People” do título refere-se ao programa de rádio universitária apresentado por Sam White (Logan Browning), no qual a estudante expõe os casos de racismo que vivencia junto de seus colegas. Tratando desde as questões estéticas relacionadas aos seus cabelos até os fatos envolvendo a AP House, dormitório de todos os negros da instituição, Sam é uma voz da justiça social que exige ser ouvida. A primeira temporada do programa inicia com uma denúncia anônima: um dos jornais da universidade, coordenado por homens brancos, estava sediando uma festa de blackface como resposta ao programa de rádio, o que gera uma revolta generalizada entre os estudantes negros. A partir desse ponto, a série utiliza flashbacks de forma frequente e engenhosa para relatar os eventos que levaram até a festa e sua repercussão, alternando o foco, a cada episódio, entre personagens.

            Sam é uma personagem complexa e encarnada por Browning de maneira satisfatória, mostrando diversas facetas conflitantes de sua personalidade: a protagonista, ao longo de toda a temporada, precisa equilibrar ativismo com sua vida pessoal e afetiva, ainda que a escolha entre um e outro pareça inevitável. Dona de um carisma impecável, a figura nunca deixa de transparecer sensibilidade, especialmente quando precisa protestar contra a forma como é tratada.

            Ao lado de Sam, em um triângulo amoroso, estão seu namorado Gabe (John Patrick Amedori) e Reggie (Marque Richardson). O primeiro, um jovem branco. O segundo, um jovem negro. Gabe é a epítome do bom moço, apaixonado por Sam e simpático à causa da namorada. Sendo o único personagem branco a protagonizar um episódio, tem-se a expectativa de que o estudante irá proclamar algo extremamente problemático e perder a simpatia do público, mas isso nunca acontece. Ele realmente é uma pessoa bacana, e Amedori passa essa ideia.

            Reggie é um caso curioso. Um ativista radical que condena Sam por se relacionar com um branco, o personagem só ganha verdadeira personalidade nos meados da temporada, quando participa de uma briga na casa de um amigo e acaba sendo ameaçado por um policial, que aponta uma arma para o seu rosto. Em uma das diversas cenas nas quais a violência policial contra negros é evidenciada (refletindo o movimento #BlackLivesMatter), a expressão de puro pavor no rosto de Reggie – e a cena em que chora sozinho em seu quarto – rompem com a atitude durona que apresentava até então. Contudo, caso o espectador seja adepto do binge-watching e assista vários episódios na corrida, é provável que a simpatia desapareça logo em seguida, pois Reggie não tarda a manipular Sam e provocar Gabe sem um real motivo.

            Lionel (DeRon Horton) é o nerd jornalista que está se descobrindo gay, e um exemplo de como o alívio cômico pode ser, também, o personagem mais inteligente da trama, ao desbancar as falsas alegações a respeito dos patrocínios recebidos pela universidade para a manutenção da AP House. Suas cenas flertando, além de hilárias, fazem jus às primeiras experiências que qualquer homossexual teve ao ir a uma festa. Troy (Brandon P. Bell) é colega de quarto de Lionel e o primeiro presidente negro do grêmio estudantil da universidade. Sua virilidade ambulante pode ter sido influenciada pelo pai (Obba Babatundé), o reitor com expectativas muito elevadas em relação ao filho. Coco (Antoinette Robertson) encerra o enredo principal. É a “primeira dama” do grêmio estudantil e alpinista social, nascida em família pobre e adotada por um milionário, Coco abriu mão de sua estética e aderiu ao comportamento das amigas brancas para que fosse bem aceita pela classe alta do campus, ainda que abaixo de muito sofrimento.

            Alterando o foco de episódio para episódio, Dear White People consegue abordar diversas questões do racismo em sua primeira temporada, que inicia com a festa de blackface e termina com protestos de estudantes brancos sobre racismo reverso. Desde a boneca “feia” (negra) encontrada na infância até a hipersexualização de mulheres negras, os personagens carregam cargas emocionais que são extravasadas através do ativismo, da arte e da comunicação, pois nem mesmo renomadas universidades estão livres de opressões. Junta-se tais características às inspiradas escolhas narrativas e o resultado é uma série que merece um hype maior do que está recebendo.

  • Dear White People está disponível no Netflix.
  • A primeira temporada possui 10 episódios de 22-28 minutos.

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“Oxigênio”: filme rodado em Rio Grande inova

Diversos rio-grandinos participaram na parte técnica e elenco                     Fotos: Bruno Zanini Kairalla e Divulgação

Fernanda Cadaval

     “Oxigênio”, o filme longa metragem que mistura três gêneros cinematográficos diferentes, apresenta como proposta ser multi plataforma e servir de incentivo para a sétima arte na região, como afirma o produtor do longa Beto Rodrigues. A rodagem do filme está tendo a participação de rio-grandinos na parte técnica e atuação, além de partes da cidade servirem como cenário. Confira a história dessa série feita originalmente para a televisão que virou filme.

DAS TELINHAS PARA A TELONA

O ano era 2014 e a RBS TV exibia o programa Curtas Gaúchos. Uma das séries apresentadas foi “Oxigênio”, exibida em seis episódios e com grande índice de audiência. No entanto, desde sua concepção, a direção do curta tinha planos mais ousados para a produção, que foi pensada para ocupar os diversos meios disponíveis, como a TV, o cinema e as plataformas digitais.  O produtor e sócio-diretor da Panda Filmes Beto Rodrigues lembra: “Naquela época já queríamos transformar a série em filme. Porém, devido ao tempo curto que a televisão proporciona, algumas cenas foram cortadas. Por isso, precisamos realizar algumas regravações para transpor em longa-metragem”.

CONTEMPORÂNEO E MULTIPLATAFORMA

Beto Rodrigues: filme é para várias plataformas 

A série/filme apresenta questões que estão presentes no dia a dia, como a preocupação com a preservação do meio ambiente, tema central da história. O formato da produção foi todo elaborado para ser exibido em diferentes plataformas. Além disso, para contar o enredo, propõe uma mistura de gêneros – ficção científica, ação e suspense -, sendo o primeiro produto com esse perfil feito no Rio Grande do Sul.

De acordo com Beto, a questão ecológica tem permeado as discussões sobre o futuro do País e do planeta e o filme e a série “Oxigênio” se inserem nesse contexto, oferecendo ao espectador uma fábula capaz de divertir e conscientizar. “A abordagem do roteiro evita qualquer espécie de didatismo. De outra parte, os elementos de ficção científica integrados à história contribuem para a diversificação temática da história. Esse recurso busca capturar a imaginação do público mais jovem, adepto de uma fabulação que lida com o imaginário fantástico e as novas tecnologias”, conta o produtor.

 SINOPSE

“Oxigênio” é um longa-metragem derivado da série homônima de seis episódios que fala em modo de ficção sobre um assunto contemporâneo e urgente: a destruição do meio ambiente. A história narra os eventos que ocorrem quando uma passagem entre dimensões paralelas se abre e dois mundos entram em contato. O primeiro é um planeta deserto e arruinado pela poluição. O outro mundo é a Terra, condenada pela ação humana a trilhar o mesmo caminho. Está nas mãos de uma criança o poder de alterar esse destino.

História fala de dois mundos paralelos e evoca problemas ambientais

RIO GRANDE EM CENA

Dirigido pelo cineasta Pedro Zimmerman, o filme teve quatro diárias de filmagem na cidade do Rio Grande, entre os dias 27 e 30 de maio. Segundo Rodrigues, “Rio Grande possui a atmosfera adequada para a proposta do filme, especialmente, pelo aspecto histórico, destacado pelos seus casarios e ser uma cidade portuária. Além disso, tivemos sorte com o clima, precisávamos de dias meio cinzentos e foram assim os dias quando estivemos trabalhando”, afirma Beto.

Rio Grande não serviu somente de cenário, mas também rio-grandinos fizeram parte da produção e do elenco do longa-metragem. Na parte técnica os rio-grandinos presentes foram: Pablo Bech – primeiro assistente de câmera; Bruno Franz – segundo assistente de câmera; Lucas Costa e Gianluca Cozza- estagiários de produção; Fafá Rocha (Oficina do Sabor)  – Catering e Regina Bastos – assistentes de produção executiva. Já na composição da figuração especial e dublês os papareias presentes foram: Miguel Fernandes da Silva, com seis anos de idade que refez algumas cenas do protagonista do filme e os atores Elonir Gonçalves, Robson Rodrigues, Wanderlly Armesto e Sheron Guidotti. O elenco, conta ainda com nomes conhecidos do cinema e da TV brasileira, como Ingra Liberato, Bruno Torres e Marcos Breda.

Sobre essas participações, Beto Rodrigues afirma que a integração “estimula as pessoas que trabalham com o audiovisual. E, quando o filme estiver pronto, a ideia é fazer uma projeção dele aqui em Rio Grande”. Apesar de estar indo para a fase da pós-produção, pretende-se estrear ainda em 2017. O filme “Oxigênio” é o primeiro projeto gaúcho aprovado no Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), o maior agente de fomento da América Latina, que é gerido pelo BRDE e administrado pela Agência Nacional de Cinema (ANCINE). É patrocinado pela Lei do Audiovisual e possui como parceiros a Refinaria de Petróleo Riograndense, a Yara Brasil, o Banrisul, a Corsan, a Sul Gás, a Rede Zaffari e a Medlive.

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Imaginação ganha forma na cartonagem

 

Papelão, cola e tecido: materiais básicos 

Diogo Funari Di Lucia

     Caixas, maletas, carteiras, bolsas… A arte de transformar itens básicos como papelão, cola e tecido em utensílios muito úteis e bonitos para a decoração de interiores e dia a dia. Essa é a cartonagem, uma técnica muito versátil onde as possibilidades de criação são do tamanho da imaginação do artista.

O trabalho é artesanal e exige muita precisão e prática para conquistar o resultado e acabamento perfeito. A professora e atualmente corretora de imóveis Lisarb Castro se interessou pela técnica e começou a pôr em prática em meados do ano passado: “Descobri a cartonagem observando uma bolsa clutch que comprei. Achei que não era difícil produzir uma outra e assim ter mais opções. Me apaixonei pela cartonagem e a cada peça produzida minha realização pessoal aumenta ainda mais.”

Lisarb ainda conta sobre como a produção vem fazendo dela uma pessoa melhor: “Os benefícios são muitos. Descobri que posso ser uma pessoa mais paciente e menos ansiosa. Sinto-me sempre motivada!”.

Quem entra no ramo da cartonagem se depara com um mercado amplo e rentável. É possível produzir sem sair de casa, para presentear, trabalhar por encomenda ou até se tornar fornecedor para lojas. O custo de produção geralmente é baixo e o lucro pode ser muito grande. O segredo para o sucesso é a criatividade. Criar peças únicas é essencial para se destacar diante da concorrência.

A cartonagem pode dar espaço para uma ampla variedade de ideias

Lisarb já pensa em iniciar um curso para interessados na cartonagem. “A vontade de criar o curso talvez esteja ligada a profissão: professora e a vontade de multiplicar conhecimento. Aprender e ensinar”.

Além do curso, a corretora criou uma página no Facebook para expor o material já criado e futuramente promover a curso. Lisarb se sente confiante em relação os futuro: “Assim que conseguir fechar uma turma já vou dar inicio ao curso”. Conheça mais do seu trabalho na página LisArt Mimo no Facebook. 

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Fenadoce: uma Feira cultural

Associação da Cohab Tablada contribui com sua dança para a Fenadoce

Carolina Ávila

     A Fenadoce 2017 já acabou, mas em 2018 tem mais. A feira abre anualmente e dura um pouco mais de duas semanas. Etnias e visões de mundo se integram, pois, além dos visitantes locais, há público de diversas cidades, estados e até países. A arte da dança é uma daquelas que contribui para fazer deste evento um momento dos mais significativos da vida cultural da região.

Para doceiras, doceiros e confeitarias, é uma ótima oportunidade de divulgar e vender os doces pelotenses. Para expositores, é uma maneira de divulgação e renda extra no ano. Para os visitantes, é um momento de conhecer a gastronomia e cultura local, além de ser prazeroso e divertido. Há também oportunidade para a divulgação de trabalhos de diversos artistas e, uma das maneiras ofertadas, são as apresentações que acontecem no palco da Praça de Alimentação.

Conforme os dados do site da Fenadoce, em 2016 foram 271 mil visitantes que pisaram na feira. Quem está trabalhando e divulgando seu produto, ganha bastante visibilidade.

A Fenadoce também é o momento de valorização de diversas manifestações artísticas, como a dança. Mariana Espilman é professora de dança no Colégio Simon e também coordena seu próprio grupo (vinculado a Associação Comunitária do bairro Cohab Tablada), que leva o seu nome. Ela trabalha com técnicas de ballet clássico e jazz. Ressalta que o colégio onde trabalha possui uma vertente voltada ao desempenho físico e treinamento, mas é mais amadora, por isso a visibilidade de suas realizações não é tão grande. Destaca que o reconhecimento do grupo de dança vem de eventos culturais, como a Feira do Livro, criações próprias e, a própria Fenadoce.

Recentemente foi criada uma associação na cidade de Pelotas – ADAP – formada por bailarinos, professores e coreógrafos, os quais lutam pela legitimação da área. Mariana fala que, depois desta criação, há um maior reconhecimento local na área de dança, mas ainda há muito caminho pela frente. Por isso, é importante que a cidade proporcione eventos que atraiam um grande público. Segundo a professora, “a Feira do Doce é um excelente espaço para apresentar trabalhos culturais, aliás, um dos poucos espaços que temos na cidade. Dançar na Fenadoce traz muita visibilidade para os grupos, além de funcionar como uma espécie de intercâmbio cultural para professores e bailarinos”.

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Novo espaço estimula a leitura

A sala na Rodoviária possui uma estante única com obras de autores pelotenses           Foto: Quindim Cultural

     Ricardo Borges Leite

     No dia 3 de Maio, a Estação Rodoviária de Pelotas (Eterpel) inaugurou o projeto “Embarque na Leitura”, que tem como objetivo aumentar a circulação na Rodoviária, e estimular a leitura entre a população.

     Com idealização da Eterpel e apoio do Sesi e da Fiergs, a sala de leitura, localizada no segundo andar do prédio da Rodoviária, conta com mais de dois mil livros para empréstimo aos usuários que se cadastrarem.

     A ideia da sala de leitura foi concebida no ano passado pelo hoje diretor financeiro da Eterpel Wagner Rodrigues, quando ainda era diretor-presidente. Segundo Rayane Lacerda, da área de comunicação da Eterpel e que participou do planejamento do projeto, buscou-se parceiros para expandir a proposta. “Afinal, quando trabalhamos em conjunto, as chances de ser um projeto melhor são grandes”, observa.

     A Eterpel fechou acordo com o Banco de Livros de Porto Alegre, que enviou livros regularmente, chegando à marca de 2000 exemplares. Somando-se às doações da comunidade, a sala de leitura tem, hoje, 2300 obras, que podem ser retiradas após cadastro no local. A ideia é de criar um vínculo entre a população e a Rodoviária, para que o local não seja apenas de passagem, mas uma área de convívio social e cultural.

     Com pouco mais de um mês e meio de funcionamento, o retorno por parte da sociedade parece ser bastante positivo, indicam os idealizadores. O projeto já conta com mais de 100 pessoas cadastradas, que retiraram livros para a viagem ou para levar para suas casas durante uma semana.

Objetivo é incentivar a leitura

     Segundo Rayane, o projeto tem por objetivo principal “incentivar o hábito da leitura e proporcionar contato direto com os livros, pois a empresa entende que muitas pessoas não têm acesso a eles”.

     Além disso, os idealizadores apontam que esse projeto pode estimular uma “rede de incentivo à leitura através das rodoviárias do Estado”. Pelotas é pioneira, porém, representantes de outras rodoviárias já deram sinais de que se interessam pela ideia, indica Rayane.

Como funciona o “Embarque na Leitura”

     Qualquer pessoa pode se cadastrar e retirar um livro por até sete dias, sendo possível renovar por mais sete. Os usuários que forem ler durante a viagem e não voltarem a Pelotas tem a opção de deixar no banco do ônibus, sendo que a empresa devolverá à biblioteca.

     A sala do Embarque na Leitura possui títulos dos gêneros literatura estrangeira, literatura brasileira, espiritualista, religião, infanto-juvenil, infantil e história, além de livros didáticos. Ainda, a sala de leitura possui uma estante única com obras de autores pelotenses, e está aberta aos autores locais que buscam promover suas obras. O espaço também pode ser utilizado para eventos culturais, nesse caso, os interessados devem entrar em contato com o setor de comunicação da rodoviária.

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Instituto João Simões Lopes Neto deve reinaugurar neste mês

Fachada do Museu localizado na Rua Dom Pedro II, 810

   Luis Fernando de Vargas Junior

     Localizado na Rua Dom Pedro II, número 810, o Instituto João Simões Lopes Neto é um local que reflete significados culturais na história de Pelotas. O museu que está em reforma desde janeiro de 2017, tem pretensão de reinauguração neste mês. A casa, entre tantos papéis, possui um objetivo único de salvaguardar o simbolismo do importante escritor pelotense.

     João Simões nasceu no dia 9 de março de 1865 e veio a falecer em 14 de junho 1916, com apenas 51 anos. De acordo com os estudos literários, o pelotense pode ser considerado um dos maiores autores regionalistas do Rio Grande do Sul, pois procurou em grande escala expressar o seu amor pela terra gaúcha. Os livros ‘’Contos Gauchescos’’ (1912) e ‘’Casos de Romualdo’’ (1914), foram algumas das suas obras, sendo o primeiro livro responsável por grande parte de seu sucesso.

     A jornalista e secretária da Instituição, Jéssica Gebhardt, apontou a procura de agendamento para visitas, as solicitações em grande parte são feitas por professores. A entrevistada ainda relatou que a reforma está acontecendo em ambientes específicos como, por exemplo, no auditório e ressaltou: “Está ficando tudo muito lindo e não vemos a hora de poder reabrir”.

     Nossa equipe também conversou com o presidente da Organização, Antonio Carlos Mazza Leite que relatou o empenho do Instituto em preservar, valorizar e divulgar a memória e a obra de João Simões Lopes Neto, bem como a história e a cultura pelotense. Antonio Carlos apontou que a instituição tem promovido diversas atividades, essas procuram dar maior relevância à obra do escritor como, por exemplo, palestras, debates, concursos de monografias, apresentações teatrais e diversos outros movimentos.

      O responsável ressaltou um importante passo para a preservação e divulgação da obra do homenageado da casa: “Finalmente, a estátua de Simões Lopes Neto, inaugurada na Praça. Cel. Pedro Osório, em dezembro do ano passado, transformou-se em atração permanente para os pelotenses e para os turistas, que não se cansam de tirar fotos ao lado do escritor e se interessam por conhecê-lo melhor”.

     Para os interessados em redescobrir a história de um dos mais importantes escritores regionalistas do Brasil ou para solicitar uma visita após a reabertura, é possível contatar a organização por meio do telefone (53) 30271865, pelo e-mail assessoriainstitutojsln@gmail.com ou pela Fan Page do Museu no Facebook. É válido lembrar que o Instituto João Simões Lopes Neto possui entrada franca e seu horário de funcionamento é das 14h às 18h de segunda à sexta.

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Cinema em Pelotas: os bastidores das salas de exibição da cidade

 

Matheus Pereira

Os cinemas competem com o fácil acesso aos filmes no conforto do lar

             Quem conheceu Pelotas há algumas décadas sabe que cada bairro tinha uma ou mais salas de cinema. Vários eram os espaços onde a população podia desfrutar dos mais diversos exemplares do audiovisual. Com o tempo, as salas foram entrando em extinção e grandes cinemas foram fechando as portas, deixando prédios abandonados ou nas mãos e outros negócios. Onde antes havia o Cine Capitólio, um dos maiores cinemas da cidade, hoje existe um estacionamento de veículos.

            As explicações para o fechamento de cinemas são inúmeras e vão desde o surgimento das tecnologias e pirataria até a simples perda de interesse o público. Em Pelotas, hoje, dois cinemas dividem a atenção do público. Um é o CineArt, o mais antigo da dupla, que tenta conquistar mais público através de uma mudança radical.

            Localizado no centro da cidade, no terceiro andar de um pequeno centro comercial, o CineArt tenta vencer a concorrência e as adversidades do negócio ao tentar cada vez mais melhorar os serviços prestados ao público. Depois de ano exibindo filmes em película, a gerência finalmente trocou todo o sistema de exibição para modernos projetores digitais. A tecnologia 3D também chegou na intenção de inovar e trazer as pessoas que acabaram migrando para a forte concorrência que surgiu há alguns anos.

            No Shopping Pelotas, pouco mais distante do Calçadão central, uma enorme rede de cinemas inaugurava mais uma de suas filiais. O Cineflix Shopping Pelotas acabou conquistando com uma variedade maior de filmes, além de maior rapidez nas estreias. Além disso, investiu em cinco grandes salas de exibição com conforto, projeção digital e em 3D. A concorrência parecia desleal, mas com o tempo as situações foram equilibrando.

Espaço para todos

            Conversando com os gerentes de ambos os cinemas, a resposta é uma só: ainda há público e espaço para o cinema. Para os proprietários do CineArt, é cada vez mais difícil convencer as pessoas a saírem de casa para assistir um filme. Com plataformas de streaming, downloads, TV a cabo e muitas outras opções, sair do conforto do lar pode ser a última escolha de uma família. É por isso que é preciso inovar em conforto, novos filmes, variedades nas guloseimas à venda e, claro, nas promoções.

            O mesmo acontece no cinema do Shopping Pelotas. Para a gerência do lugar sempre haverá público. A dificuldade é saber como agradá-lo. A questão dos filmes dublados e legendados é uma das mais polêmicas. A equipe, por exemplo, joga filmes legendados para o turno da noite, o que gera reclamações por parte daqueles que só têm a tarde livre. Já as cópias dubladas são mais procuradas, mas afastam completamente aqueles que procuram uma experiência mais pura, com som original e texto mais fiel.

            No meio da briga, as salas de exibição tentam agradar todos os públicos, mesmo que isso seja impossível. Os lançamentos, por exemplo, não são decididos pela equipe local. Quem define o que entra e sai de cartaz é uma equipe específica para isso que envia os filmes selecionados para cada cidade. O processo não é inteiramente conhecido, mas a seleção certamente leva em conta o histórico da cidade e o mercado. Em outras palavras, se o público pelotense não procura por filmes de terror quando estes estão em exibição, a empresa não exibirá esse gênero no futuro.

            Cinema, no final, é um negócio. As opções são diversas: tem salas pequenas, grandes, filmes dublados, legendados, 3D, promoção, pipoca e muito mais. Quem curte uma opção diferenciada ainda há o Cine UFPel, que realiza exibições especiais com programação predefinida.

            Agora, no início do inverno, muitos talvez prefiram ficar em casa, no conforto e calor de seus lares. É bom saber, entretanto, que os cinemas estarão lá, em seus devidos lugares, sempre que quisermos retornar. Como um lar, uma segunda casa.

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Casa Cultural Las Vulvas: uma discussão sobre produção cultural e empoderamento feminino

Clara Celina

Este espaço alternativo dá lugar para diversas manifestações artísticas e a discussão das questões femininas

     A produtora cultural Cássia Camila é administradora da Casa Cultural Las Vulvas, centro cultural que tenta promover a visibilidade de artistas independentes e colocar as mulheres em foco. É também um dos únicos locais em Pelotas que promove eventos abertos exclusivos para mulheres, permitindo um ambiente de interação seguro, no qual elas podem conversar entre si a respeito de suas vivências e dificuldades.

     Nesta entrevista Cassia Camila fala especificamente do contexto artístico e dos empreendimentos culturais pelotenses, com base nos conhecimentos e experiências de administradora da Casa Cutural Las Vulvas. Também comenta as dificuldades de ser produtora e artista enquanto mulher.

Cassia fala da trajetória do espaço desde os tempos do  Arte Cidade Criativa                                                                               Foto: Quindim Cultural/YouTube

 

 

Arte no Sul – Como é empreender em arte e cultura, dando visibilidade para a cena local, para artistas independentes e que estão em início de carreira?

Cassia Camila – É um trabalho que eu considero bem difícil, sobretudo porque nós não recebemos apoio e em minha opinião é quase como um serviço público porque Pelotas tem muitos artistas, mas poucos lugares que são para a arte e a cultura. Tem muitos barzinhos de lazer que envolvem música e exposição, mas o foco não é no artista. Nós, aqui com a casa começamos como um espaço de encontro entre artistas independentes que conhecemos através da nossa experiência e, por ventura, são esses artistas que menos conseguem visibilidade.

Acho que é um processo natural, porque artistas com mais visibilidade procuram locais que existem há mais tempo, que envolvem mais grana… Isso complica nossa trabalho como produtoras culturais, que é uma profissão nova – na verdade, ainda nem é considerada profissão -, mas que tentamos encarar com responsabilidade, porque entendemos que vários problemas sociais podem ser sanados com arte e cultura, não em termos de recursos, mas de conscientização.

Por exemplo, eu penso que em vez de ir prestigiar cantores e artistas que já têm certa visibilidade, mas que trazem discursos preconceituosos e machistas, é melhor valorizar artistas independentes que estão começando, mas que possuem discursos de resistência. Isso já faria toda diferença. E acho que esse é um dos problemas da nossa sociedade, é uma desigualdade muito grande que se exerce no campo cultural também.

Tem muitos artistas que ganham muito, produtores culturais que ganham muito – tanto de recurso privado, quanto de recurso público – e artistas que ganham muito pouco, que têm acesso mínimo a esses recursos e eu não acho que a falta de acesso se deva à falta de qualidade. Pelo contrário, alguns possuem muito mais qualidade do que os que possuem maior visibilidade, só que não encontram oportunidades. E essa falta de oportunidades se dá por vários motivos, às vezes as pessoas não abrem portas para alguns artistas porque são mulheres, ou porque são da periferia ou se envolvem com determinados segmentos culturais que não são bem aceitos. Então, aqui, a Casa Las Vulvas é um espaço alternativo e de resistência, porque para ter um espaço assim tem que ter muita grana e para ter essa grana nós fazemos várias coisas, inclusive vender comida na rua. Por isso, também, eu acho que é um empreendimento cultural e social. É difícil se manter, sobreviver do que a gente faz.

Arte no Sul – E como é para você enquanto mulher empreendedora, quais as dificuldades que você encontra no meio?

Cassia Camila – Nós colocamos esse nome, Casa Cultural Las Vulvas, também para deixar claro que é uma casa de mulheres. Antes tínhamos outro nome, era Arte Cidade Criativa. Nessa época o coletivo tinha homens e as coisas ocorriam de outras formas, quando os homens começaram a sair do coletivo – por diversos motivos, alguns se formaram, mudaram de cidade, enfim – quando ficaram apenas mulheres e passamos a fazer eventos só para mulheres, tudo mudou completamente. Isso ainda com o nome de Arte Cidade.

Antes de ter só mulheres, as pessoas não sabiam quem geria a casa, viam só que tinha uma representação masculina. Quando as mulheres começaram a formar a identidade do coletivo e, sobretudo, depois, quando ficou só eu e a Ana, um casal de lésbicas, as coisas mudaram. Por mais que nós não tenhamos estabelecido que aqui fosse um lugar de mulheres para mulheres, as pessoas já viam isso e mudou o público da casa. Alguns homens, artistas que trabalhavam junto com a gente, simplesmente pararam de trabalhar. Entende? Ao ponto de não conversar mais, de não tocar no assunto, não vir mais na casa.

Muitas pessoas perguntam se essa casa é só pra mulher. Por mais que não seja, nunca perguntam se um lugar é só pra homens só porque é gerido e com foco em homens. Nós sentimos várias dificuldades, até para concorrer a edital público. Antes, quando não tinha esse foco, nas mulheres, era muito mais fácil, ganhávamos tudo que era edital. Agora, mesmo já tendo uma caminhada, alguns anos de experiência, não ganhamos mais. Aí eu me pergunto qual é a questão, por que antes, sem experiência, conseguíamos e agora não mais, o que acontece? Para mim, é explícito de que é porque somos mulheres, lésbicas, essas coisas.

Arte no Sul – A Casa Cultural Las Vulvas é um dos únicos ambientes de Pelotas que proporciona eventos só para mulheres, como você organiza isso?

Cassia Camila – Nós fazemos alguns eventos só para mulheres, acho que pelo menos metade, tem o Encontro das Bruxas, algumas rodas de conversa e oficinas. Só que mesmo nos eventos abertos, para o público geral, dificilmente vêm homens. Alguns ainda perguntam se o evento é só para mulheres, respondemos que não, que a casa não é só para mulheres e que nós informamos quando o evento é restrito. Então isso também dificulta nosso trabalho, porque às vezes tem meninas heterossexuais e se os namorados não podem vir, elas também não vêm.

Então, assim, os eventos só para mulheres criam um ambiente mais seguro, só que financeiramente nós não vivemos uma situação de mundo em que mulheres têm poder aquisitivo para conseguir manter um espaço sem adesão dos homens.

A maior parte dos eventos nós não cobramos entrada, e quando cobramos é um valor simbólico justamente porque consideramos essas questões. Hoje, 70% da população pobre é composta por mulheres. A maioria das mulheres, até artistas – quando estávamos focadas na questão do Rap, por exemplo, as mulheres do Rap que são da periferia tinham muito mais dificuldade do que os homens, muitas eram casadas, precisavam da autorização do marido para vir, tinham filhos, não podiam vir à noite, etc. – Então existem várias questões que dificultam nosso trabalho e não dificultariam se fossem homens.

Financeiramente, para a casa, o encontro das bruxas é um evento em que conseguimos arrecadar o suficiente para a manutenção do espaço, mas muitos encontros nós pagamos para fazer.

Às vezes nós vemos meninas reclamando de festas misóginas, e também é algo que me incomoda porque falam muito disso, reclamam desses ambientes, mas ao mesmo tempo não aparecem aqui. Se esses mesmos ambientes fazem uma festa legal para cada dez festas machistas e você vai, já tá ajudando na manutenção do espaço deles. Enquanto aqui, deixando de vir em um evento também já se deixa de ajudar na manutenção do espaço.

Então existe um lugar seguro para mulheres, mas não se valoriza. Gostaríamos que as mulheres também valorizassem mais o trabalho que fazemos aqui.

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Cenário musical de blues e rock predomina nos bares pelotenses

 

Larissa Medeiros

     Pelotas oferece um grande número de bares e festas com shows notáveis. No que diz respeito a blues e outros gêneros musicais “irmãos”, além de vertentes como o rock, por exemplo, os shows fortalecem a cultura local. A maioria deles é feita por artistas e grupos pelotenses, como Mato Cerrado, Clown, Shaka Bullets, Matudarí, Postmortem, Freak Brotherz, entre muitas outras, e costumam tocar para públicos consideráveis em diversos eventos.

    Muitas desses bandas possuem integrantes em comum, o que cria uma amizade muito grande entre si e traz apoio mútuo, até mesmo entre os seguidores delas. Stefano Rosa, baterista da Clown, ressalta que tudo flui com naturalidade. “Poder tocar em vários projetos, com estilos e músicas diferentes, é mais massa ainda. E não só porque somos amigos, mas são músicos muito bons, antes de qualquer coisa”, diz. A banda Clown iniciou o trabalho recentemente, no segundo semestre de 2016, e já conta com boas avaliações dos públicos por onde passou. Passeia tanto por shows maiores, com bastante público, quanto por locais com público menor, como em pubs.

Banda Clown com Luã Funari (baixo), Stefano Rosa (bateria), Eduardo Machado (vocal) e Yuri Barbosa                                                                                                                                Foto: Reprodução/Facebook

    Bares como Bar do Nenê, Sherlock, Bar da Lua, Diabluras, o Bazar da Cerveja, Bierlaguer, e Johnnie Jack são alguns desses locais. Com programações que envolvem quase toda a semana, esses lugares já têm clientes fiéis. Mesmo assim, para atrair novos consumidores, apostam em artistas que já possuem histórico de carisma com o público. É o caso de músicos como César Lascano, Eric Peixoto, Alex Vaz, Kamilla Queiroz, Matt DeHarp, Matheus Torres, Eduardo Machado e Marília Piovesan. Matheus Torres e Eric Peixoto, por exemplo, formaram uma dupla em 2014, Desde então tocam em torno de quatro vezes por mês, pelo menos. Focando no blues e em suas vertentes, suas influências vão de Albert King e Stevie Ray Vaughan a Neil Young e Dave Matthewz.

Eric Peixoto e Matheus Torres na apresentação do Terça com Música em 2016                                                                                     Foto: Reprodução/Facebook

     Mas esse cenário não é feito apenas de belas músicas e artistas talentosos. Algumas avaliações negativas são feitas pelos músicos, como o pagamento, por exemplo. De acordo com vários artistas, a remuneração que recebem não é adequada ao trabalho que realizam. O couvert artístico, por exemplo, deveria ser repassado de forma integral ao músico, mas nem sempre isso acontece. Alguns bares têm essa prática e nem mesmo se responsabilizam pelo equipamento de som.

     Matheus Torres afirma que os estabelecimentos, de forma geral, não querem pagar os valores considerados justos pelos músicos. “Ninguém quer ter prejuízo, ninguém quer pagar o verdadeiro valor que o trabalho artístico vale”, ressalta Torres.  Stefano Rosa complementa a reclamação e ainda comenta: “Os donos de estabelecimentos têm que ouvir e sentir mais a noite, e não pensar só em enriquecer. Afinal, todos fazem a noite juntos, tanto o empresário, quanto os clientes, músicos e funcionários”. Essa situação causa incômodo geral aos artistas, já que há uma desvalorização do músico enquanto profissional. A reclamação é recorrente, e os músicos pedem compreensão e colaboração dos empresários para que a arte siga sendo compartilhada com todos os clientes da melhor forma, contentando todas as partes.

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A melhor banda de Pelotas é BRUXA DE SADE!!! 

Bruno Okuma

 

 

 

Junho Socioambiental promove cultura ecológica

 

Jessica Correa Pereira

Houve participação intensa da comunidade nas atividades ambientais e artísticas em Rio Grande

     No sábado, dia 10 de junho, aconteceu em Rio Grande o encerramento das ações da quarta edição do Junho Socioambiental. Promovido pela Secretaria de Município do Meio Ambiente – SMMA/PMRG, o evento busca integrar educação ambiental e cultura com a comunidade durante o mês do Meio Ambiente.

   Neste ano as ações foram realizadas na Escola Municipal de Ensino Fundamental Zelly Pereira Esmeraldo, localizada no bairro Cidade de Águeda, sendo uma das propostas para esta edição a descentralização dos eventos municipais. Para o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Morrone, foi positivo realizar esta edição do Junho Socioambiental num bairro afastado do Centro, pois houve uma participação ativa da comunidade em geral desde o planejamento das atividades realizadas em conjunto com organização escolar até o encerramento.

   Durante a tarde de sol a comunidade pode aproveitar o trabalho musical do Dj MaGreen enquanto apreciava a “Passarela da Moda do Reciclado” da estilista Maria de Fátima e a coreografia “Hip Hop Não Tem Idade” do Grupo Maturidade em Ação, do Núcleo de Iniciação Esportiva da Secretaria de Município da Educação – SMEd.

   Para garantir a diversão da criançada, o Serviço Social do Comércio do Rio Grande do Sul (SESC-RS) disponibilizou para o evento os brinquedos infláveis e o Núcleo de Educação para o Trânsito da Secretaria de Município de Mobilidade Urbana e Acessibilidade – SMMUA integrou as atividades com a Escolinha de Trânsito.

    A novidade na edição também foi o 1º Festival de Rap Ambiental, uma oportunidade para os estudantes com o apoio dos professores experimentarem a criação musical e se apresentarem para o público. A estudante do quinto ano, Yasmim Pereira, trouxe em sua letra de rap o receio pelas ações predatórias provocadas pelo homem ao meio ambiente “O que é? Desmatamento e queimadas / Destrói a natureza sem nenhuma piedade / Poluindo os mares destruindo o meu mundo”. Segundo o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Morrone, o festival proporcionou “reflexões ambientais de extrema importância e relevância, interagindo com a educação ambiental e as atividades culturais”. Todos os inscritos no festival concorreram no sorteio de brindes realizado pela SMMA com o apoio da Sagres Rio Grande.

    Na semana do evento ocorreram palestras para os estudantes da escola, como “A Importância da Árvore” que resultou na conscientização ambiental através do diálogo e no plantio de mudas de árvores na área escolar na tarde de encerramento. Também foram oportunizadas oficinas de confecção de caminhas para cães e gatos com materiais reciclados, de cascos de tartaruga com papel e de Arte com Sucata.

    Somando com as ações o “Castramóvel”, Unidade Móvel de Esterilização Cirúrgica da Coordenadoria Municipal de Defesa do Direitos Animais – CMDDA, está localizado neste mês na escola para atender os animais levados por responsáveis que são moradores do bairro.

    O Junho Socioambiental 2017 também contou com o apoio das Secretarias de Município da Cidadania e Assistência Social – SMCAS, da Saúde – SMS, da Cultura – SMCult, da Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres – CMPM e da Associação de Apoio a Pessoas com Câncer – AAPECAN.

    A receptividade do público durante a ação realizada fez com que, além das atividades propostas, integrassem espontaneamente a promoção do meio ambiente através de ações culturais com a comunidade.

A Escola Municipal Zelly Pereira Esmeraldo sediou o evento no bairro Cidade de Águeda

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